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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
IV SEMINÁRIO NACIONAL DE TERRITÓRIO E GESTÃO DE POLITICAS SOCIAIS
III CONGRESSO DE DIREITO À CIDADE E JUSTIÇA AMBIENTAL
Abstract: The current neoliberal situation has serious implications in the field of Social
Protection, and it is important to discuss and give visibility to the manifestations of the social
unprotections motivated by this system in the field of the Single System of Social Assistance.
Through a bibliographical survey on the subject, we aim to dialogue with the concept of
social deprotection and its manifestations in the daily actions; providing a reflection on the
subject and a look at the responsibility of the State in the face of these situations, considering
that it has the function of guarantor of right, but, it promotes a set of social deprotection by
not realizing its responsibility.
10 famílias com
vivência de situação de pobreza e indigência
vulnerabilidade
Crianças e adolescentes migrantes em situação de
socioeconômica
pobreza e miserabilidade
Crianças e adolescentes impedidos de construção
de projetos pessoal de vida pela contínua vida
institucionalizada -
Vivência de crianças e
Crianças e adolescentes impedidos de vivência em
11 adolescentes em
família substituta, guardiã ou acolhedora e/ ou
instituições
adoção por ausência de oportunidades
Adolescentes abrigadas grávidas ou com filhos
pequenos
Ausência de trabalho
socioeducativo para Adolescentes e jovens em cumprimento das
adolescentes e jovens medidas socioeducativas impedidos da frequência
12 em conflito com a lei, ao trabalho socioeducativo qualificado para sua
em cumprimento da reorganização de projetos de vida e sua acolhida
medida socioeducativa na convivência familiar
em meio aberto
Ausência de convívio
familiar e comunitário a
Crianças e adolescentes apartados do convívio
13 crianças, adolescentes e
familiar e comunitário
jovens em conflito com a
lei
Vivência de pessoas Pessoas idosas sem condições de prover seu
idosas e pessoas com próprio sustento e nem tê-lo provido pela família -
deficiência sem
Pessoas com deficiência incapaz para a vida
14 condições de prover seu
independente e para o trabalho, sem condições de
próprio sustento e nem
prover seu próprio sustento e nem tê-lo provido
tê-lo provido pela sua
pela família
família
Ausência prolongada do
provedor(s) na relação
Esgarçamento das relações entre os membros da
cotidiana com membros
15 família demandando o apoio para fortalecer
da família face a
relações de pertencimento e de referência
exigências de trabalho e
locomoção
Localização isolada de
moradia da família sem Necessidade de ampliar vivencia de pertencimento
16 oferta de trabalho e que fortaleçam os vínculos entre os membros da
demais recursos de família ampliando suas referências
apoio e proteção social
Famílias com um ou
Proteção Básica
mais responsável
desaparecido (s),
falecido(s), interno(s) ou Necessidade de estruturas de apoio a famílias com
17
egresso(s) do sistema ausência de convívio entre seus membros
prisional, com especial
atenção às gestantes e
nutrizes
Necessidade de apoio a famílias cujo cotidiano de
sobrevivência exige a antecipação de
responsabilidades de crianças perante seus
Vivência de ruptura dos irmãos
Convivência Familiar
educar os filhos
Famílias com crianças e adolescentes com
Vivência em agregado deficiência e vivendo em situação de pobreza e
21 familiar sem condição indigência
de educar os filhos Famílias com crianças e adolescentes migrantes
em situação de pobreza e miserabilidade
Egressos de “medidas de segurança” e do sistema
prisional pertencente à família em situação de
pobreza
Sobrevivência
O tripé da seguridade perdeu a direção de sua “cabeça”, conforme prevista pela CF-
88. Nesses 30 anos, não foi construída a unidade diretiva nem a isonomia de trato
da proteção social entre os brasileiros. Não há um Plano de Proteção Social Pública
para o Brasil e para os brasileiros (SPOSATI, 2018, p. 2324).
Almeida (2016, p.17) coloca que umas das dificuldades inerentes à política de
assistência social “é a discussão sobre a sua capacidade de afiançar proteções diante das
demandas sociais apresentadas por seus usuários no âmbito de seus serviços”, o que pode
indicar, segundo a mesma, “a falta de correspondência entre demanda e oferta e,
consequentemente, uma ineficiência na oferta protetiva”.
De acordo com Almeida (2016, p.17), com o processo de reordenamento da
Assistência Social proveniente das deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência
Social de 2003 em Brasília, foi instaurado um novo direcionamento para a compreensão da
propositura protetiva, com base num conjunto de serviços socioassistenciais voltado à
proteção de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e riscos sociais, ameaça
e/ou violação de direitos essenciais para a conquista de um padrão básico de vida,
independente da condição de renda.
Amplia, assim, a Política de Assistência Social ao estabelecer suas ações não
apenas a pobreza material, mas o conjunto de desproteções sociais que precarizam as
condições de vida dos indivíduos e famílias, considerando que
Considerações Finais
Pode-se concluir que é importante aprofundar estudos de âmbito nacional com seus
desdobramentos territoriais no que tange ao conhecimento das desproteções sociais e dos
vazios de cobertura. Deve considerar as vulnerabilidades sociais presentes, não só na
capacidade da família como na relação de ausência/presença de acesso a infraestrutura,
segurança de trabalho, condições adequadas de moradia, atenção em serviços sociais,
garantia de mobilidade urbana e rural e demais direitos sociais.
Tal tema colabora com a ideia de o Estado reconhecer suas responsabilidades como
ente protetivo dos cidadãos em situação de vulnerabilidade social, que acessam a Política
de Assistência Social, contudo, que percorrem um processo de desproteção que indica
graves patamares de ausência do amparo à proteção estatal. Destarte, é fundamental o
Poder Público se antecipar à ocorrência da violação de direitos, fortalecendo o caráter
preventivo da proteção social.
O Estado tem a função de garantidor de direito, porém, promove um conjunto de
desproteção social ao não efetivar sua responsabilidade pública e instituída legalmente.
Portanto, a desproteção social decorre da ausência do Estado e possui intrínseca relação
com o contexto capitalista que promove um conjunto de violações de direitos.
Londrina PR, de 02 a 05 de Julho de 2019.
Referências
ALMEIDA, Andreia Cristina da Silva. Desproteção social no âmbito da dinâmica dos serviços
do SUAS: estudo a partir da realidade cotidiana das famílias atendidas no CREAS. 2016.
275f. Tese (Doutorado em Serviço Social e Política Social) – Universidade Estadual de
Londrina, Paraná.
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