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DIC

Exemplo
Exercı́cios

DELINEAMENTO INTEIRAMENTE
CASUALIZADO (DIC)

Lucas Santana da Cunha


http://www.uel.br/pessoal/lscunha

Universidade Estadual de Londrina


Departamento de Estatı́stica

01 de julho de 2017

Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL


Introdução
DIC
Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Introdução

No Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) a distribuição


dos tratamentos às unidades experimentais é feita inteiramente
ao acaso.

Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL


Introdução
DIC
Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Introdução

No Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) a distribuição


dos tratamentos às unidades experimentais é feita inteiramente
ao acaso.

Os outros delineamentos experimentais, por exemplo: blocos


casualizados e quadrado latino, se originam do DIC pelo uso de
restrição na casualização.

Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL


Introdução
DIC
Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Introdução

No Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) a distribuição


dos tratamentos às unidades experimentais é feita inteiramente
ao acaso.

Os outros delineamentos experimentais, por exemplo: blocos


casualizados e quadrado latino, se originam do DIC pelo uso de
restrição na casualização.

Por levar em consideração apenas os princı́pios da repetição


e da casualização, são considerados os mais simples delinea-
mentos experimentais.

Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL


Introdução
DIC
Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Introdução

No Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) a distribuição


dos tratamentos às unidades experimentais é feita inteiramente
ao acaso.

Os outros delineamentos experimentais, por exemplo: blocos


casualizados e quadrado latino, se originam do DIC pelo uso de
restrição na casualização.

Por levar em consideração apenas os princı́pios da repetição


e da casualização, são considerados os mais simples delinea-
mentos experimentais.

São instalados em situação de homogeneidade, por isso, são


muito usados em laboratórios, casas de vegetação, etc.
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Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Vantagens

1 Pode-se utilizar qualquer número de tratamentos e repetições,


sendo que o número de repetições pode variar de um tratamento
para outro (ensaio desbalanceado) sem dificultar as análises. O
número de repetições depende apenas do número de parcelas
disponı́veis;

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Vantagens e desvantagens
Exemplo
Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Vantagens

1 Pode-se utilizar qualquer número de tratamentos e repetições,


sendo que o número de repetições pode variar de um tratamento
para outro (ensaio desbalanceado) sem dificultar as análises. O
número de repetições depende apenas do número de parcelas
disponı́veis;

2 Apresenta maior número de graus de liberdade associado ao


erro em relação a outros delineamentos.

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Tabulação e modelo estatı́stico
Exercı́cios
Análise de Variância

Desvantagens

1 Exige homogeneidade total das condições experimentais;

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Análise de Variância

Desvantagens

1 Exige homogeneidade total das condições experimentais;

2 Pode-se obter uma estimativa da variância devido ao erro ex-


perimental bastante alta, quando não utilizado corretamente,
pois, uma vez que não se considera o princı́pio do controle lo-
cal, todas as variações exceto as devidas aos tratamentos, são
consideradas como variação ao acaso.

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Análise de Variância

Tabulação dos dados


Suponha que haja a tratamentos ou diferentes nı́veis de um único
fator que se queira comparar. A resposta observada de cada dos a
tratamentos é uma variável aleatória. Os dados seriam da forma:

Tratamentos Observações Totais Médias


1 y11 y12 ··· y1b T1 ȳ1
2 y21 y22 ··· y2b T2 ȳ2
.. .. .. .. .. ..
. . . ··· . . .
a ya1 ya2 ··· yab Ta ȳa

em que yij representa a j-ésima observação do i-ésimo tratamento;


b b a X
b
X X yij X yij
Ti = yij ȳi = e ȳ = .
b ab
j=1 j=1
Lucas Santana da Cunha http://www.uel.br/pessoal/lscunha i=1 j=1
ESTATÍSTICA EXPERIMENTAL
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Tabulação e modelo estatı́stico
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Análise de Variância

Modelo estatı́stico
O modelo para o delineamento inteiramente casualizado é:


i = 1, 2, . . . , a
yij = µ + τi + ij , (1)
j = 1, 2, . . . , b

em que,
yij é o valor observado para a variável resposta obtido para o i-ésimo
tratamento em sua j-ésima repetição;
µ é a média de todos os valores possı́veis da variável resposta;
τi é o efeito do tratamento i no valor observado yij ;
ij é o erro experimental associado ao valor observado yij ;
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Análise de Variância

Quando se instala um experimento no delineamento inteiramente ca-


sualizado, o objetivo é, em geral, verificar se existe diferença signifi-
cativa entre pelo menos duas médias de tratamentos. As hipóteses
testadas são:

H0 : µ1 = µ2 = · · · = µa
H1 : µi 6= µj Pelo menos duas médias de trat. diferem entre si

Uma forma equivalente de escrever as hipóteses anteriores é em


termos dos efeitos dos tratamentos τi , que é:

H0 : τ1 = τ2 = · · · = τa = 0
H1 : τi 6= 0 Pelo menos um tratamento

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Análise de Variância

Do modelo estatı́stico


i = 1, 2, . . . , a
yij = µ + τi + ij , (2)
j = 1, 2, . . . , b

Tem-se que os estimadores de mı́nimos quadrados para µ e τi , são


dados por:


µ̂ = ȳ ;
τˆi = y¯i − ȳ ; i = 1, 2, . . . , a.

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Análise de Variância

ANAVA

Para verificarmos se a hipótese nula (H0 ) é rejeitada ou não, completa-


se o seguinte Quadro da Análise de Variância:

Tabela 1: Quadro da Análise de Variância.

CV G.L. S.Q. Q.M. Fcalc Ftab


SQTrat QMTrat
Tratamentos a-1 SQTrat a−1 QMRes F(α;GLTrat ,GLRes )

SQRes
Resı́duo a(b-1) SQRes a(b−1) - -
Total ab - 1 SQTotal - - -

Se Fcal > F(α;GLTrat ,GLRes ) , então rejeita-se H0 , ou seja, há pelo


menos duas médias de tratamentos que diferem entre si.

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Análise de Variância

Somas de quadrados

E assim, tem-se que a soma de quadrados total que corresponde à


soma de quadrados dos desvios de todos os dados em relação à
média é particionada da seguinte forma:
a X
X b a X
X b
(yij − ȳ )2 = (yij − y¯i + y¯i − ȳ )2
i=1 j=1 i=1 j=1

fazendo manipulações algébricas, tem-se


a X
X b a X
X b a X
X b
(yij − ȳ )2 = (y¯i − ȳ )2 + (yij − y¯i )2
i=1 j=1 i=1 j=1 i=1 j=1

SQtotal = SQtrat + SQres

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Vantagens e desvantagens
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Análise de Variância

a X
b a X
b Pa Pb 2
X X ( i=1 j=1 yij )
SQtotal = (yij − ȳ )2 = yij2 −
ab
i=1 j=1 i=1 j=1

a X
b
( ai=1 bj=1 yij )2
Pa 2
P P
i=1 Ti
X
2
SQtrat = (y¯i − ȳ ) = −
b ab
i=1 j=1

em que Ti é o total do i-ésimo tratamento.

SQres = SQtotal − SQtrat

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Análise de Variância

Pressuposições

Como vimos anteriormente, a análise de variância para testar essas


hipóteses só é válida se forem satisfeitas as seguintes condições:

1) aditividade: os efeitos devem se somar (não há interação);

2) independência: os erros (ij ) devem ser independentes;

3) normalidade: os erros (ij ) devem possuir uma distribuição


normal (teste Shapiro-Wilks e análise gráfica);

4) homocedasticidade ou homogeneidade de variâncias: os


erros (ij ) devem possuir uma variância comum σ 2 (teste de
Bartlett, teste F máximo e teste de Levene);

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Vantagens e desvantagens
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Coeficiente de Variação

Uma medida para avaliação da precisão de experimentos é o


coeficiente de variação (CV ), dado por:


QMres
CV = .100

Quanto menor o CV , mais preciso o experimento. A tı́tulo de
classificação, pode-se utilizar a seguinte tabela
CV Precisão
< 10% Alta
10 a 20% Médio
20 a 30% Baixa
> 30% Muito Baixa

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DIC
Exemplo Exemplo 1
Exercı́cios

Exemplo 1
Considere um experimento cujo objetivo é verificar se o uso de raı́zes e
tubérculos, como suplementação de inverno na alimentação de vacas em
lactação, aumenta a produção de leite. Os valores das produções (kg ) de
leite a 4% de gordura das vacas que participaram do estudo, podem ser
resumidos abaixo:
Sem suple. (t1 )Mandioca (t2 )Araruta (t3 ) Bat.Doce (t4 )
19,58 23,40 35,42 22,15
21,07 22,37 32,47 24,37
23,43 24,36 34,48 26,54
25,42 25,12 33,79 20,37
22,81 22,94 35,04 19,54
23,54 21,56 35,19 24,06 Total
Ti 135,85 139,75 206,39 137,03 619,02
Considerando que as pressuposições da análise de variância foram satis-
feitas, a um nı́vel de 5% de significância, concluir a respeito da suple-
mentação.
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DIC
Exemplo Exercı́cio 1
Exercı́cios

Exercı́cio 1
Num experimento de competição de linhagens de aves, com objetivo de se com-
parar a média de pesos (kg) aos 63 dias de idade, foram comparadas 5 linhagens.
Linhagens Pesos médios das parcelas
Cobb 1,73 1,75 1,70 1,73 1,79
Pilch 1,61 1,59 1,64 1,64 1,65
River 1,75 1,80 1,83 1,73 1,85
Ross 1,79 1,87 1,85 1,83 1,74
Rubbard 1,63 1,66 1,61 1,69 1,46
a) Formule as hipóteses relativas a este experimento;
b) Escreva o modelo estatı́stico do experimento;
c) Apresente o quadro da Análise de Variância e cite quais hipóteses devem
ser assumidas para validade da mesma;
d) Interprete, estatisticamente, o resultado do teste F e comente o resultado,
na prática.
e) Comente sobre a precisão do experimento.

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Exemplo Exercı́cio 1
Exercı́cios

Exercı́cio 2
Um técnico de laboratório quer comparar a resistência à ruptura de
três marcas de fio e, inicialmente, ele limita sua análise aos seguintes
resultados (em quilogramas):
Fio 1 18,0 16,4 15,7 19,6 16,5 18,2
Fio 2 21,1 17,8 18,6 20,8 17,9 19,0
Fio 3 16,5 17,8 16,1 16,2 - -

Considerando que as pressuposições da análise de variância foram


satisfeitas, verifique, ao nı́vel de 1% de significância, se há pelo
menos uma diferença entre as marcas de fio.

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