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O ABORTO NA SOCIEDADE BRASILEIRA

O aborto na sociedade brasileira vem sendo uma pauta muito discutida, pelo
aumento dos casos no brasil. No país, são realizadas cerca de 240 mil internações por
ano no SUS para tratamento de mulheres com complicações decorrentes de
abortamento, o que gera gastos anuais, em média, de 45 milhões de reais. O problema
revela forte desigualdade sociais e regionais em alguns estados das regiões norte e
nordeste.

No Brasil, a saúde da mulher foi implantada nas políticas nacionais de saúde no


século XX, ficando, neste período, limitada às ações relativas à gravidez e ao parto. As
instruções materno-infantis, instituídas nas décadas de 1930, 1950 e 1970,
demonstravam um espectro limitada sobre a mulher, fundamentada em sua
especificidade biológica e na sua função social de mãe e doméstica, responsável pela
educação, educação e cuidado com a saúde dos filhos e demais membros da linhagem
(BRASIL, 2007). De acordo com Rocha e Barbosa (2009), no passar dos anos, a visão
limitada que se tinha sobre a mulher como um ser subordinado foi se transtornando.

A administração brasileira, no fim de 2007, alastrou o Projeto Especial de


Planejamento Familiar, procurando aprimorar a problemática conexa ao aborto, e foi
apoiado por um coligação de feministas, que aproveitou a ocasião para tornar visível os
princípios feministas do estado laico, dos direitos reprodutivos, em relação ao aborto
inseguro e a protestação do plano de descriminalização (SCAVONE, 2008).

Portanto vivemos em um país com uma cultura restritivas até para caso de
anomalias fetal grave em que não temos nenhuma alternativa para cuidar e tratar ainda
que os pais queiram infelizmente, não a meio de salvar esses recém-nascidos. Para isso
precisamos caminhar com os países mais desenvolvidos entendendo que podemos fazer

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher:


princípios e diretrizes. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. 2007a.
Disponível em: <http://conselho. saude.gov.br/ultimas_noticias/2007/politica_mulher.pdf>.

ROCHA, M. I. B.; BARBOSA, R. M.(Org.). Aborto no Brasil e países do Cone Sul: panorama
da situação e dos estudos acadêmicos. Núcleo de Estudos de População. 2009. Disponível em:
<http://www. redesaude.org.br/portal/home/conteudo/biblioteca/biblioteca/ textos-diversos/017.pdf>.

SCAVONE, L. Políticas feministas do aborto. Revista de Estudos Feministas., Florianópolis, v.


16, n. 2, p. 675-80, mai./ago. 2008.
que nosso país se sensibilize mais com esses assuntos e com as famílias que passam por
situações como essas.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher:


princípios e diretrizes. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. 2007a.
Disponível em: <http://conselho. saude.gov.br/ultimas_noticias/2007/politica_mulher.pdf>.

ROCHA, M. I. B.; BARBOSA, R. M.(Org.). Aborto no Brasil e países do Cone Sul: panorama
da situação e dos estudos acadêmicos. Núcleo de Estudos de População. 2009. Disponível em:
<http://www. redesaude.org.br/portal/home/conteudo/biblioteca/biblioteca/ textos-diversos/017.pdf>.

SCAVONE, L. Políticas feministas do aborto. Revista de Estudos Feministas., Florianópolis, v.


16, n. 2, p. 675-80, mai./ago. 2008.

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