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Unidade Atividade Disciplina 2ªsérie

escolar do Turma:_____
Hekinan 2ºE.M. LITERATURA
Nome: Número Data
/ / 2021

ATIVIDADE DE LITERATURA
Romantismo Europeu – material extra
Analisem as obras de arte:

Em todas as imagens você percebe que há figuras femininas, descreva-as segundo o seu ponto de vista,
depois cole essa atividade no seu caderno.
Agora, veja um fragmento da primeira obra Romântica, como escola literária, as bases do sentimentalismo
romântico e do escapismo pelo suicídio foram estabelecidas pelo romance “Os sofrimentos do jovem
Werther“, de Goethe, publicado na Alemanha em 1774.

Excerto do texto: "Despedi-me de Carlota e


lhe protestei que ainda a tornaria a ver no
mesmo dia. Cumpri a minha palavra; e desde
aquele momento o sol, a lua, as estrelas,
podem fazer tranquilamente suas revoluções;
eu não sei se é dia ou noite, todo o universo
desaparece aos meus olhos."
Resumo da obra (alemã):

Trata-se de um romance epistolar, uma coletânea (conjunto) de cartas que o protagonista por nome
Werther envia para seu amigo e confidente Guilherme. Essas cartas irão retratar toda a frustração
amorosa de Werther para com sua amada Carlota, culminando em um fim trágico. Sua narrativa é
unilateral, um monólogo, visto que o leitor não tem acesso às respostas de Guilherme, embora esteja
implícito que o mesmo se correspondia com Werther com frequência. Apenas no final que há uma
interrupção do narrador para situar-nos do trágico destino de nosso protagonista.
Werther, inicialmente, viaja para uma pequena cidade a fim de cuidar dos negócios da família.
Encantado com a natureza do lugar, suas primeiras cartas resumem-se ao vislumbre de sua nova
moradia, as pessoas e ao clima amistoso e jovial da cidade. Tudo perde seu brilho, enfim, quando Werther
conhece Carlota, uma jovem donzela já prometida em casamento para Alberto. O que era admiração virou
paixão; o que era paixão tornou-se obsessão. Nosso protagonista não consegue pensar em mais nada,
em mais ninguém. Tudo se resume a Carlota. Em suas cartas, outrora repleta de esperanças, alegrias e
descobertas; Werther destila para seu amigo Guilherme toda sua angústia, tristeza e desilusão por não
poder possuí-la. O que antes era primavera e verão... tornou-se outono e inverno. Não suportando ver sua
amada nos braços de outro, Werther decide mudar-se temporariamente de cidade, mas, ao retornar,
Carlota e Alberto já estão casados, fato que agrava mais ainda sua já fragilizada alma perdida.
Interessante observarmos que Alberto em momento algum assume o papel de vilão ou antagonista da
história. O próprio Werther nutre por ele uma profunda e sincera admiração. O que notamos é um homem
lutando contra os anseios de seu próprio coração enganoso. Um homem mergulhado em sentimentos e
sensações contrárias à razão por cobiçar uma mulher casada e inacessível. Completamente egocêntrico,
individualista e egoísta, Werther decide pôr fim ao seu sofrimento da pior – embora para ele, única – forma
possível: tirando sua própria vida.
Curiosidades: Quando de sua publicação, o romance tornou-se viral entre os jovens da época.
Não era difícil encontrar pelas ruas homens vestidos tal qual Werther, mas, o que aparentemente
era considerado apenas uma inocente admiração tornou-se caso de polícia quando foi constatado
um crescente e considerável aumento das taxas de suicídios por toda Europa. Esses casos foram
atribuídos à possível influência negativa do romance de Goethe nos jovens amantes do século XVIII
(visto que os corpos eram encontrados com um exemplar do livro em seus bolsos), o que
contribuiu para que sua obra prima fosse proibida em diversos países. Essa onda de suicídios
recebeu o nome de Efeito-Werther.

Há um forte indício de poder se tratar de um


romance autobiográfico. Tal como Werther, o jovem
Goethe também se apaixonou por uma mulher de
nome Charlotte que estava prometida em casamento a
um grande amigo seu. Ciente que não poderia
concretizar seu sonho, ele decide mudar de cidade.
Como se não bastasse, Goethe também possuía outro
amigo, Karl Wilhelm Jerusalem que, também
apaixonado por uma mulher casada, decidiu pôr fim a
própria vida com um tiro fatal na cabeça. Mesmo
discordando do destino de Werther, em alguns
momentos nos identificamos com ele. Para que já
viveu um grande amor, é fácil sentir empatia pelo
nosso trágico personagem.

Disponível em: https://garimpoliterario.wordpress.com/2016/09/04/resenha-os-sofrimentos-do-jovem-werther-goethe/


Lord Byron Romantismo inglês
Biografia: Byron nasceu da cidade de Londres em 23 de janeiro de 1788, seu
primeiro livro de poemas foi “Horas de lazer”, escrito em 1807.
Em 1791 ficou órfão de pai. Com sete anos se apaixonou por sua prima Mary
Duff. Vivia mergulhado em leituras. Em 1798, com dez anos de idade herdou o título
nobiliárquico de um tio-avô que foi assassinado, tornando-se assim o sexto Barão
dos Byron.
Fez muitas viagens, que o inspiraram, para cidades da Espanha, Grécia, Malta,
Suíça, Itália e Albânia. Em Genebra, viveu com Claire Clairmont com quem teve uma
filha, em 1817, chamada Allegra.
Byron era aleijado de um pé. Morou um tempo em Lisboa, porém uma situação
desagradável o indispôs contra os portugueses. Foi morar no Oriente, em seus
últimos anos de vida. Morreu em Missolonghi (atual Grécia) no dia 19 de abril de
1824, aos 36 anos.

Curiosidades: Em 1815 Byron casa-se com Anne Milbanke. Após um ano de casado, Anne pediu o
divórcio, escandalizando a sociedade inglesa, que o associou aos rumores de incesto do poeta com sua
meia-irmã Augusta Leigh. Resolve então deixar a Inglaterra e muda-se para a Suíça. Ainda em 1816,
escreve o canto III de “Peregrinação de Childe Harold”.
Em 1819 começou o poema herói-cômico “Dom Juan”, uma sátira brilhante, mas que deixou inacabada.
No mesmo ano, ligou-se à condessa Teresa Guiccioli, partindo para Ravena onde participou das
conspirações dos carbonários.

Obras de arte:

Características de seu estilo literário (obras e personagens) Lord Byron:


As obras de Lord Byron, que influenciaram muitos escritores românticos do século XIX, são marcadas
por personagens com personalidades marcantes. Estes personagens apresentam comportamento
autodestrutivo, passado obscuro, aversão social, rebeldia, talentos marcantes e grande exibição de
paixões.
Seus poemas são carregados de inspiração exaltada, crítica social, impetuosa e violenta. Apresentam
temas ligados à tristeza humana e melancolia.

Exemplos de Frases:
- "Quando o homem deixa de criar, deixa de existir".
- "O melhor profeta do futuro é o passado".
- "O ódio é a loucura do coração".
- "O ódio é o prazer mais duradouro; os homens amam com pressa, mas odeiam calmamente".
Disponível em: https://www.suapesquisa.com/pesquisa/lord_byron.htm
Disponível em: https://www.ebiografia.com/lord_byron/
Romantismo Português
É dividido em três gerações

Primeira Geração

Almeida Garrett - Destaca-se nessa geração o autor Almeida Garrett, autor do


poema “Camões”, de 1825, marco inicial do romantismo português. Trata-se de um
manifesto de independência, em estrutura de epopeia, que retrata o poeta Luís Vaz
de Camões como um herói romântico, perseguido e envergonhado da conjuntura
política de seu país.
Curiosidades: Antes da Fama
Ele estudou Direito na Universidade de Coimbra. Publicou sua obra de estreia,
Lucrécia, em 1819. Ele era politicamente ativo e buscou exílio na Inglaterra duas
vezes.
Ele casou e se divorciou de Luisa Midosi e um tempo depois teve um filho com
sua companheira de longa data, Adelaide Deville Pastor.
Em 9 de dezembro de 1854 faceleu em casa, vítima de um câncer hepático.
Disponível: https://www.cultuga.com.br/lugares-importantes-para-almeida-garrett/

Alexandre Herculano - (1810-1877) foi um escritor, historiador e jornalista


português, um dos principais autores do Romantismo em Portugal, nasceu em
Lisboa, Portugal, no dia 28 de março de 1810. De origem humilde, estudou no
Colégio da Congregação do Oratório entre os anos de 1820 e 1825. Não
frequentou a universidade. Em 1830 fez um curso de Comércio e em seguida fez o
curso de diplomacia na Torre do Tombo. Estudou francês, inglês e alemão.
Envolvendo-se com as lutas liberais que se espalhavam pelo país, Alexandre
Herculano tomou parte em diversas atividades político-revolucionárias, foi
perseguido e obrigado a emigrar em 1831, para a França. Nessa época, por meio
de muitas leituras conheceu o romantismo dos escritores franceses.
Quando regressou a Portugal alistou-se no exército de D. Pedro IV, participando
de várias lutas. Em 1833, foi nomeado para assessorar o diretor da Biblioteca
Pública do Porto, onde ficou até 1836.

António Feliciano de Castilho - fidalgo da Casa Real, nasceu a 28 de Janeiro


de 1800, em Lisboa, numa casa da velha rua da Torre de S. Roque, hoje rua de
S. Pedro de Alcântara, Foi uma criança com dificuldades de saúde, incluindo
sérios sintomas de tísica (1). Com 6 anos, inicia a instrução primária na «escola
de meninos» de mestre Eusébio; no inverno de 1806-1807, é vítima de violento
contágio de sarampo e fica irreparavelmente cego. Apesar de nessa altura já
saber ler e escrever, a cegueira impediu-o durante toda a vida de escrever e ler,
tendo de estudar ouvindo a leitura de textos e foi obrigado a ditar toda a sua
obra literária.
Assim, a sua aprendizagem faz-se apenas pelo que ouvia ou lhe diziam,
mas, mesmo assim, Castilho conseguiu alcançar razoável erudição no latim e
nas humanidades clássicas, o conhecimento superficial de algumas línguas, e o
conhecimento aprofundado da língua portuguesa, que lhe permitiu distinguir-se
como poeta e prosador.

Casa de A. F. de Castilho em Castanheira do Vouga

Disponível: https://tertuliabibliofila.blogspot.com/2010/11/antonio-feliciano-de-castilho.html

Mapa mental Romantismo


Disponível:https://www.google.com/search?q=caracter%C3%ADsticas+da+primeira+gera
%C3%A7%C3%A3o+romantica+de+portugal&sxsrf=AOaemvKO8X0UKuE3d73YpzGA3CSOmZJ0mA:1642127093641&source=ln
ms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiOrN6QmLD1AhUDPnAKHXccBkQQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1536&bih=722&dpr=1.25#img
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Segunda geração
Camilo Castelo Branco (técnica de folhetim, transição para o Realismo):
"Amor de perdição", "Amor de Salvação" e "Coração, cabeça e estômago" (obra
satírica); Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do
que escrevia. Recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D.
Luís I.
Ele nasceu na freguesia dos Mártires, em Lisboa, Portugal, no dia 16 de
março de 1825. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta
Rosa do Espírito Santo Ferreira, ficou órfão de mãe com um ano e de pai com 10
anos. Foi morar com uma tia e depois com sua irmã mais velha. Em 1841, com
apenas 16 anos, casou-se com uma jovem de 15 anos, Joaquina Pereira, mas
logo a abandonou.
Em 1843 ingressou na Escola de Medicina no Porto, mas se entregue à boemia e não conseguiu
concluir o curso. Em 1845 publicou seus primeiros trabalhos literários. Em 1846 colabora com o jornal O
Povo. Nesse mesmo ano, fuge com a jovem Patrícia Emília, mas a abandona, poucos anos depois. No
ano seguinte morreu sua esposa legítima e depois a filha do casal. Em 1850, passou por uma crise
espiritual e ingressou no seminário do Porto, pretendendo seguir a vida religiosa.

Ainda em 1850, conheceu Ana Plácido, casada com um comerciante. Em 1859, Ana abandona o
marido e vai viver com Camilo. Em 1860 é processado e preso por crime de adultério, mas é absolvido no
ano seguinte, passando a viver com Ana. O casal vai morar em Lisboa e depois em São Miguel de Seide,
sempre com muitos problemas financeiros.
Camilo Castelo Branco viveu cercado de problemas e no fim da vida estava quase cego (em
consequência de uma sífilis) e os dois filhos que tivera com Ana Palácios – um tinha problemas mentais e
o outro era rebelde – que lhe causaram muitos sofrimentos. Não suportando todos os abatimentos, Camilo
suicida-se com um tiro de pistola.

Características literárias: é o chamado ultrarromantismo, em que as características românticas são


levadas ao exagero, mal do século negativismo, morbidez e sentimentalismo exagerado. O principal autor
dessa tendência é o romancista Camilo Castelo Branco, autor de estilo passional e pitoresco.

Obras de arte

Zé Povinho", de Rafael Bordalo Pinheiro

Terceira Geração

Júlio Diniz (1839-1871) foi um escritor e médico português, um dos mais


importantes ficcionistas românticos de Portugal. Sua obra representou uma
verdadeira análise da sociedade burguesa da segunda metade do século XIX.
Ele utilizava o pseudônimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, nasceu em
Porto, Portugal, no dia 14 de novembro de 1839. Neto de ingleses foi educado sob
os moldes da burguesia britânica, da qual assimilou os costumes e valores.

Características da Obra de Júlio Diniz


O amor é o grande tema dos romances de Júlio Diniz, contudo não é concebido
de forma fatal, como era para o ultrarromântico. Os enredos, girando em torno de
problemas amorosos e familiares, são simples e no final os mal-entendidos se
esclarecem e tudo se resolve.

Destaca-se também, nos romances de Júlio Diniz, a preocupação com a


caracterização do contexto socioeconômico onde se desenrola o enredo. Além de
traços de realismo e objetividade com uma linguagem simples sem o tom
declamatório tão comum entre os escritores românticos.
De estilo espontâneo e sugestivo, antecipou-se com delicadeza às técnicas realistas na abordagem
dos costumes e das relações sociais, especialmente em "Os Fidalgos da Casa Mourisca" (1871), em que
adquire mais densidade. Júlio Diniz faleceu no Porto, Portugal, no dia 12 de setembro de 1871, com
apenas 32 anos.

Disponível em: https://www.ebiografia.com/julio_diniz/

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