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O ANO
Poesia trovadoresca
Fernando Esquio
Após uma leitura atenta do poema, responde ao questionário, de uma forma clara
e cuidada.
Amigo, pois vos nom vi
I II
1. Esta cantiga revela o A. um dístico com um verso intercalado.
contraste...
2. O refrã o é constituído por... B. o paralelismo anafó rico e semâ ntico.
A par das cantigas de amigo e das cantigas de amor, as cantigas de escá rnio e
maldizer constituem um dos três grandes géneros em que se divide a lírica galego-
portuguesa. De acordo com a «Arte de Trovar» incluída no Cancioneiro da Biblioteca
Nacional, Cantigas de Maldizer son aquelas que fazê os trobadores mais
descubertamente; en elas entrã palavras que queren dizer mal e nõ aueran outro
entendimento senõ aquel que queren dizer chaãmente e cantigas descarneo son aquelas
que os trobadores fazê querendo dizer mal dalguen en elas e dizem-lho per palavras
cubertas que aiam dous entendymentos para lhe lo non entenderen... ligeyramente (CBN,
Arte de Trovar, Tit. III, C.VI).
Após uma leitura atenta do texto, responde ao questionário, de uma forma clara e
cuidada.
I II
1. Apesar das diferenças entre ambas, A. constró i a sá tira de forma direta, com
a distinçã o entre cantigas de escá rnio palavras «que queren dizer mal».
e cantigas de maldizer...
2. A cantiga de escá rnio... B. nunca foi verdadeiramente feita pelos
trovadores e compiladores.
3. A cantiga de maldizer... C. constró i indiretamente a sá tira, por meio da
ironia e sarcasmo.
Após uma leitura atenta do poema, responde ao questionário, de uma forma clara
e cuidada.
Soaram as vozes do arroido pela cidade, ouvindo todos bradar que matavam o
Mestre; e assi como viú va que rei nom tinha, e como se lhe este ficara em logo1 de
marido, se moveram todos com mã o armada, correndo à pressa pera onde diziam
que se isto fazia, por lhe darem vida e escusar2 morte.
Á lvaro Pais nom quedava3 de ir pera alá , bradando a todos:
– Acorramos ao Mestre, amigos! Acorramos ao Mestre que matam sem porquê!
A gente começou de se juntar a ele e era tanta, que era estranha cousa de ver.
Nom cabiam pelas ruas principais e atravessavam lugares escusos 4, desejando cada
um de ser o primeiro; e, perguntando uns aos outros quem matava o Mestre, nom
minguava5 quem responder que o matava o conde Joã o Fernandez, per mandado da
rainha.
E, per vontade de Deus, todos feitos de um coraçom, com talente6 de o vingar,
como7 foram à s portas do paço, que eram já cerradas, ante que chegassem, com
espantosas palavras, começaram de dizer:
– U8 matam o Mestre? Que é do Mestre? Quem cerrou estas portas?
Ali eram ouvidos braados de desvairadas9 maneiras. Tais i10 havia que
certificavam que o Mestre era morto, pois as portas estavam cerradas, dizendo que
as britassem11 pera entrar dentro, e veriam que era do Mestre ou que cousa era
aquela.
Deles bradavam por lenha e que viesse lume, pera poerem fogo aos paços e
queimar o tredor12 e a aleivosa13. Outros se aficavam14 pedindo escadas pera subir
acima, pera verem que era do Mestre; e em tudo isto era o arroido atã o grande, que
se nom entendiam uns com os outros, nem determinavam nenhuma cousa. E nom
somente era isto à porta dos Paços, mas ainda arredor deles per u homens e
mulheres podiam estar. Umas vinham com feixes de lenha, outras tragiam carqueija
pera acender o fogo, cuidando queimar o muro dos paços com ela, dizendo muitos
doestos15 contra a rainha.
De cima, nom minguava quem. bradar que o Mestre era vivo e o conde Joã o
Fernandes morto; mas isto nom queria nenhum crer, dizendo:
– Pois se vivo é, mostrai-no-lo e vê-lo-emos.
Entom os do Mestre, vendo tã o grande alvoroço como este, e que cada vez se
acendia mais, disseram que fosse sua mercê 16 de se mostrar à quelas gentes; de outra
guisa17 poderiam quebrar as portas, ou lhes poer fogo; e, entrando assi dentro per
força, nom lhes poderiam depois tolher18 de fazer o que quisessem. Ali se mostrou o
Mestre a uma grande janela que vinha sobre a rua, onde estava Á lvaro Pais e a mais
força de gente, e disse:
– Amigos, apacificai-vos, ca eu vivo e sã o sou, a Deus graças.
E tanta era a turvaçã o deles e assi tinham já em crença que o Mestre era morto,
que tais havia aí que aperfiavam19 que nom era aquele; porém, conhecendo-o todos
claramente, houveram grande prazer quando o viram.
Fernã o Lopes, Crónica de D. João I (ed. Teresa Amado), Comunicaçã o, 1992
(Texto com algumas alteraçõ es ortográ ficas)
Capítulo XI
Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavom o Mestre, e como aló 1 foi
Alvoro Paez e muitas gentes com ele.
O Page do Mestre que estava aa porta, como lhe disserom que fosse pela vila
segundo já era percebido2, começou d'ir rijamente3 a galope em cima do cavalo em que
estava, dizendo altas vozes, bradando pela rua:
– Matom o Mestre! matom o Mestre nos Paços da Rainha! Acorree ao Mestre que
matam!
E assi chegou a casa d’Alvoro Paez que era dali grande espaço4.
As gentes que esto ouviam, saiam aa rua veer que cousa era; e começando de falar
uus com os outros, alvoraçavom-se nas vontades5, e começavom de tomar armas cada
uu como melhor e mais asinha6 podia. Alvoro Paez que estava prestes7 e armado com ua
coifa8 na cabeça segundo usança daquel tempo, cavalgou logo a pressa em cima duu
cavalo que anos havia que nom cavalgara; e todos seus aliados com ele, bradando a
quaesquer que achava dizendo:
— Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Mestre, ca9 filho é del-Rei dom
Pedro.
E assi braadavom el e o Page indo pela rua.
6. Explica, por palavras tuas, por que razã o se diz que Fernã o Lopes escreve quase ao
estilo de um repó rter.
Capítulo CXV
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de
Castela pôs cerco sobre ela.
Nenhum falamento1 deve mais vizinho ser deste capítulo que haveis ouvido, que
poermos logo aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-rei de Castela
sobre ela; e per que modo punha em si guarda o Mestre e as gentes que dentro eram por
nã o receber dano de seus inimigos; e o esforço e fouteza2 que contra eles mostravam
enquanto assim esteve cercada.
Onde sabei que, como3 o Mestre e os da cidade souberam a vinda del-rei de Castela
e esperaram seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a
cidade os mais mantimentos que haver pudessem, assim de pã o e carnes como
quaisquer outras causas. E iam-se muitos à s liziras4 em barcas e batéis, depois que
Santarém esteve por Castela, e dali traziam muitos gados mortos que salgavam em tinas
e outras cousas de que fizeram grande acalmamento5. E colheram-se dentro à cidade
muitos lavradores com as mulheres e filhos e causas que tinham, e doutras pessoas da
comarca de arredor, aqueles a que prougue6 de o fazer; e deles7 passaram o Tejo com
seus gados e bestas e o que levar puderam, e se foram contra 8 Setú bal e pera Palmela. E
outros ficaram na cidade e nã o quiseram dali partir; e tais hi houve, que puseram todo o
seu, e ficaram nas vilas que por Casteia tomaram voz.
Os muros todos da cidade nã o haviam míngua de bom repairamento; e em setenta
e sete torres que ela tem a redor de si, foram feitos fortes caramanchõ es de madeira, os
quais eram bem fornecidos de escudos e lanças e dardos, e bestas de tomo, e doutras
maneiras, com grande avondança de muitos virotõ es. (…)
1. palavras; 2. coragem; 3. logo que; 4. terreno alagado nas margens de um rio; 5. abastecimento; 6. agra-
dou; 7. e alguns; 8. em direçã o a; 9. preparativos.
1. Indica a ideia veiculada pelo cronista no primeiro pará grafo deste capítulo.
3. Transcreve marcas que evidenciem que o cronista narra como quem fala.
5. Transcreve marcas que atestem os planos de visã o existentes neste texto: visã o de
conjunto e visã o de pormenor.
7. Transcreve a frase que mostra que um cerco como este jamais tinha sido visto.
Fala:
Vejamos se nesta feira
que Mercú rio aqui faz,
acharei a vender paz,
que me livre da canseira
em que a fortuna me traz.
Se os meus me desbaratam,
o meu socorro onde está ?
Se os cristã os mesmos me matam,
a vida quem ma dará
que todos me desacatam?
Pois s’eu aqui nam achar
a paz firme e de verdade
na santa feira a comprar,
quant’a mi dá -me a vontade
que mourisco hei de falar.
DIABO Senhora, se vos prouver,
eu vos darei bom recado.
ROMA Nam pareces tu azado
pera trazer a vender
o que eu trago no cuidado.
(...)
4. Roma apresenta um objetivo preciso para a sua deslocaçã o a este espaço. Identifica-o.
5. Expõ e os argumentos apresentados pelo Diabo para demover Roma dos seus
propó sitos.
6. Focando-te apenas neste excerto, clarifica a crítica que é feita à personagem Roma.
1. Explica por que razã o é que esta peça se intitula Auto da Feira.
TEXTO 1 TEXTO 2
TEXTO 1
1. Enuncia o tema de conversa entre mã e e filha.
5. Indica como se enuncia, neste excerto da Farsa de Inês Pereira, a saída recente de uma
personagem e a entrada pró xima de outras.
TEXTO 2
1. Indica a relaçã o que existe entre as duas personagens que protagonizam este excerto.
2. Especifica o indício que nos é dado, neste excerto, sobre o tempo histó rico.
TEXTOS 1 e 2
1. Inês (TEXTO 1) nã o entende a «discriçã o» na mesma perspetiva que o Escudeiro (TEXTO
2). Explica em que diferem os dois pontos de vista.
Entra logo Inês Pereira, e finge que está lavrando só, em casa, e canta esta cantiga:
Canta Inês:
Quien con veros pena y muere
Que hará quando no os viere1?
(Falando)
INÊS Renego deste lavrar
E do primeiro que o usou;
Ó diabo que o eu dou,
(…)
MÃE Lianor Vaz, que foi isso?
LIANOR Venho eu, mana, amarela10.
MÃE Mais ruiva11 que uma panela!
LIANOR Nã o sei como tenho siso12.
Jesu! Jesu! Que farei?
Nã o sei se me vá a el-rei13,
se me vá ao Cardeal.
MÃE Como? E tamanho é o mal?
LIANOR Tamanho? Eu to direi.
Vinha agora pereli14
ao redor da minha vinha,
e um clérigo, mana minha,
(…)
LIANOR Eu vos trago um bom marido,
rico, honrado, conhecido;
diz que em camisa18 vos quer.
(…)
INÊS Si,
venha e veja-me a mi,
quero ver, quando me vir,
se perderá o presumir19
logo em chegando aqui,
pera me fartar de rir.
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, Porto Editora, 2014
1. quem com ver-vos pena e morre, que fará quando vos nã o vir. 2. ocupaçã o. 3. aproveitados. 4.
travesseiros de franjas. 5. de estar sempre no mesmo sítio. 6. macaca. 7. feitiço. 8. que desgraça! 9. ativa.
10. pá lida. 11. corada. 12. discernimento; juízo. 13. D. Joã o III. 14. por ali. 15. por Deus, na verdade. 16.
Lançou mão de mi: quis-me agarrar. 17. rapaz. 18. pobre e sem dote. 19. presunçã o.
Lírica de Luís de Camões, Maria Vitalina Leal de Matos, Editorial Caminho, 2012
1. paradigma, ideal, 2. cabeleira loura, 3. solar (de Febo, deus romano do Sol), 4. digno, 5. feiticeira da mitologia
grega, 6. pérolas, 7. figura mitoló gica, símbolo da beleza, apaixonou-se por si pró prio, ao olhar o reflexo do seu
rosto nas á guas.
2. O poema é constituído pelo mote e por duas voltas. Refere o conteú do das voltas.
I II
1. Sainho A. de prata.
2. Cinta B. de fina escarlata.
3. Cabelos C. de chamalote.
4. Vasquinha D. de ouro entrançado.
5. Mã os E. mais branca que a neve pura.
6. Transcreve o(s) adjetivo(s) que resume(m) o retrato físico e psicoló gico de Lianor no
refrã o.
78
Um ramo na mã o tinha… Mas, ó cego,
Eu, que cometo1, insano e temerá rio,
Sem vó s, Ninfas do Tejo2 e do Mondego,
Por caminho tã o á rduo, longo e vá rio!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tã o contrá rio,
Que, se nã o me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo3.
79
Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A Fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora exprimentando
Os perigos Mavó rcios4 inumanos,
Qual Cá nace5, que à morte se condena,
Nũ a mã o sempre a espada e noutra a pena;
80
Agora, com pobreza avorrecida,
Por hospícios6 alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo, mais que nunca, derribado;
Agora, à s costas7 escapando a vida,
Que dum fio pendia tã o delgado,
Que nã o menos milagre foi salvar-se
Que pera o Rei judaico8 acrecentar-se.
81
E ainda, Ninfas minhas, nã o bastava
Que tamanhas misérias me cercassem,
Senã o que aqueles que eu cantando andava
Tal prémio de meus versos me tornassem9:
A troco dos descansos que esperava,
Das capelas10 de louro que me honrassem,
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tã o duro estado me deitaram!
2. Explica o sentido do apelo feito pelo sujeito poético, na estrofe 78, explicitando
as razõ es por ele apresentadas.
3. Expõ e sucintamente o conteú do das estrofes 79 e 80, referindo o seu cará ter
autobiográ fico.
4. Explica o sentido dos vv. 5-8 da estrofe 82, relacionando-os com o conteú do da
estrofe anterior.
105
(...)
Ó grandes e gravíssimos perigos,
Ó caminho de vida nunca certo,
Que aonde a gente põ e sua esperança
Tenha a vida tã o pouca segurança!
106
No mar tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que nã o se arme e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tã o pequeno?
I II
1. Mar A. «tanta necessidade avorrecida»
B. «tanta guerra»
C. «tanta tormenta»
2. Terra D. «a morte apercebida»
E. «tanto engano»
F. «tanto dano»
3. Identifica o recurso expressivo presente nos versos seguintes.
«Ó grandes e gravíssimos perigos,
Ó caminho de vida nunca certo,»
B.
1. 1. C.; 2. A.; 3. B.
2. A palavra que identifica o interlocutor do sujeito poético é «amigo».
3. B.
4. A.
C.
1. 1. B.; 2. C.; 3. A.
2. A.
3. As cantigas que nã o apresentam refrã o sã o antigas de mestria.
D.
1. As «flores do verde pino» desempenham o papel de confidente do sujeito poético, ouvindo os seus
lamentos e dando-lhe esperança e tranquilidade quando lhe assegura que o seu amado há de chegar antes
do fim do prazo estabelecido.
2. Refrã o.
3. A.
B.
1. O apelo emotivo feito pelo pajem e por Á lvaro de Pais ao povo, com recurso ao discurso direto: «—
Matom o Mestre! matom o Mestre nos Paços da Rainha! Acorree ao Mestre que matam!»; «(…) bradando a
quaesquer que achava dizendo: — Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Mestre, ca filho é del-Rei
dom Pedro. E assi braadavom el e o Page indo pela rua.»
O alvoroço que se gerou na cidade e que despertou uniã o no povo: «alvoraçavom-se nas vontades e
começavom de tomar armas cada uu como melhor e mais asinha podia»; «Soarom as vozes do arroido
pela cidade ouvindo todos bradar que matavom o Mestre».
A movimentaçã o do povo pelas ruas da cidade: «se moverom todos com mã o armada, correndo a pressa
pera u deziam que se esto fazia, por lhe darem vida e escusar morte.»
A concentraçã o do povo nos paços da rainha: «A gente começou de se juntar a ele, e era tanta que era
estranha cousa de veer. Nom cabiam pelas ruas principaes, e atrevessavom logares escusos, desejando
cada uu de seer o primeiro.»
A aclamaçã o enternecedora feita ao mestre quando o encontram vivo, com recurso ao discurso direto: «—
Ó Senhor! Como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse treedor!
Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais. E em dizendo esto, muitos choravom com
prazer de o veer vivo.»; «— Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?»
2. A. V; B. F; C. F; D. V.
3. «Como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse treedor! Viinde-vos,
dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.»
4. A.; D.
5. O título resume os vá rios momentos do excerto – o alvoroço que se gerou na cidade quando o povo se
deu conta do perigo de vida que o Mestre corria e a movimentaçã o conjunta de Á lvaro de Pais e do povo,
como personagem coletiva, em socorro do seu Mestre.
6. Do leque de características de repó rter existentes na escrita de Fernã o Lopes destacam-se a alternâ ncia
de planos (plano de conjunto – plano de pormenor – grande plano); a boa estruturaçã o dos seus textos; a
narraçã o jornalística; as deslocaçõ es espaciais; a recriaçã o de diá logos; o sensorialismo, com recurso à
visualidade e à presença auditiva; o estilo orató rio e a linguagem corrente que Fernã o Lopes usa
(parecendo que narra como quem fala) e os artifícios a que o cronista recorre para colocar o leitor no
centro da açã o.
7. B.
C.
1. Neste pará grafo o cronista estabelece uma ligaçã o com o capítulo anterior e faz uma síntese do que nos
vai narrar – o modo como estava a cidade de Lisboa aquando do cerco, a forma como o povo se preparou
para a defesa e a coragem e determinaçã o demonstradas pelos portugueses.
2. A. V; B. F; C. F; D. V.
3. Estilo de escrita coloquial («em tanto que diziam os que viram que tã o formoso cerco de cidade nã o era
em memó ria de homens que fosse visto de mui longos anos até aquele tempo»); interpelaçã o do leitor
B.
1. A peça chama-se Auto da Feira, uma vez que o seu argumento se desenrola em torno da ideia de
comércio. Nesta peça vicentina é retratada uma feira organizada por Mercú rio na qual serã o vendidos
vícios e virtudes, alegoricamente representados.
2. D.
3. No Auto da Feira estã o em jogo os valores do bem e do mal, da virtude e do vício.
4. Roma é a personagem que oscila entre o bem e o mal. Ela representa a Igreja Cató lica, que, segundo Gil
Vicente, se tem entregado aos prazeres mundanos. Esta personagem denuncia a sua carência de bens
espirituais, dos quais se supõ e ser a representante má xima, e o apego aos bens materiais.
5. A.
6. A.
7. C.
8. D.
TEXTO 2
1. Sã o marido e mulher.
2. «Moço à s partes dalém / vou fazer-me cavaleiro.» Estes ú ltimos versos remetem-nos para uma época
em que se combatia, no Norte de Á frica, pelo domínio do territó rio que pertencia aos muçulmanos. Muitos
nobres portugueses, particularmente escudeiros, tinham nestes combates a ú nica possibilidade de se
tornarem cavaleiros, de se promoverem ou mesmo de sobreviver (eventualmente enriquecer com os
despojos de guerra).
TEXTOS 1 E 2
1. Para Inês «discriçã o» era uma sú mula de vá rias características como sensatez, educaçã o, maneira de
falar correta, atitudes de cortesia em relaçã o às mulheres. Para o Escudeiro, «discriçã o» era sinó nimo de
cautela. Nã o correr o risco de perder a sua fonte de rendimentos, a mulher, e para tal fazer dela sua
prisioneira e mantê-la fiel pelo medo.
B.
1. C.
2. Inês queixa-se de trabalhar muito e de estar cansada de o fazer, de estar sempre em casa e de nã o se
divertir. Perante as queixas de Inês, a mã e reage de forma iró nica e até um pouco agressiva, dizendo que
Inês é preguiçosa.
3. Segundo a mã e, o facto de Inês ter fama de preguiçosa poderá ser um impedimento ao casamento de
Inês.
4. A mã e aconselha Inês a nã o ter pressa em se casar, como se pode constatar através dos versos «Nã o te
apresses tu, Inês. Maior é o anno co mês».
5. Lianor Vaz desempenha o papel de alcoviteira ou casamenteira.
6. Inês é uma moça simples e fú til, mas muito ambiciosa e caprichosa. Ela nã o gosta de trabalhar e quer
arranjar rapidamente um marido que a liberte das tarefas domésticas.
7. A. V; B. F; C. V; D. V.
B.
1. O tema deste poema é a exaltaçã o da beleza de Lianor.
2. O conteú do centra-se na descriçã o pormenorizada da graciosidade e beleza de Lianor a vá rios níveis,
tais como os traços físicos, a indumentá ria e os gestos.
3. C.
4. O esquema rimá tico é ABB / CDDCCBB / EFFEEBB.
5. 1. C.; 2. B.; 3. D.; 4. E.; 5. A.
6. O adjetivo que resume o retrato físico de Lianor é «fermosa» e o que traça o seu retrato psicoló gico é
«nã o segura».
7. D.
B.
1. C.
2. 1. C., F., D.; 2. B., E., A.
3. Apó strofe.
4. A expressã o «bicho da terra tã o pequeno» significa que o ser é frá gil e indefeso perante as vicissitudes
da vida.