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Fiabilidade e Manutenção

Módulo II
Manutenção

Manutenção:

 Qualquer BEM está sujeito a um processo de


deterioração que progressivamente o impede de
desempenhar a sua função;
 Para evitar este processo de deterioração é
necessária a execução de determinadas acções ou
trabalhos sobre o BEM

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Manutenção

Manutenção:

 Definição: (AFNOR X 60-010)


“Conjunto de acções que permitem manter ou
restabelecer um BEM num determinado estado
específico ou com a finalidade de assegurar um
determinado serviço.”

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Manutenção

Manutenção:

Um BEM deverá ser sujeito a manutenção quando a sua


falha:
 Afectar a SEGURANÇA do pessoal e instalações;
 Afectar a OPERACIONALIDADE da empresa;
 Acarretar CUSTOS inaceitáveis de reparação ou o seu
custo de investimento for elevado;
 Afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do
conjunto em que se insere.
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Manutenção Disponibilidade:

A probabilidade de um equipamento se
Manutenção: encontrar operacional no instante t,
sabendo que no instante t0 ele estava
Um BEM deverá seroperacional.
sujeito a manutenção quando a sua
falha:
 Afectar a SEGURANÇA do pessoal e instalações;
 Afectar a OPERACIONALIDADE da empresa;
 Acarretar CUSTOS inaceitáveis de reparação ou o seu
custo de investimento for elevado;
 Afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do
conjunto em que se insere.
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Manutenção

Disponibilidade:

 A função disponibilidade, D(t), expressa-se matematicamente


pela seguinte expressão:

D(t ) =
MTBF
MTBF + MTTR

onde

MTBF – Tempo médio de funcionamento entre duas avarias;


MTTR – Tempo médio de reparação;

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Manutenção:
Fiabilidade:
Um BEM deverá ser sujeito a manutenção quando a sua
Define-se como a capacidade de um bem
falha: desempenhar a sua função específica, em
condições
 Afectar a SEGURANÇA definidaseeinstalações;
do pessoal por um período de
tempo determinado.
 Afectar a OPERACIONALIDADE da empresa;
 Acarretar CUSTOS inaceitáveis de reparação ou o seu
custo de investimento for elevado;
 Afectar de forma inaceitável a FIABILIDADE do
conjunto em que se insere.
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Fiabilidade:

 A função fiabilidade expressa-se matematicamente através da


probabilidade do bem não falhar num dado período - A
probabilidade é função do tempo e representa-se por R(t).
t
− ∫ λ (t )dt
R (t ) = e 0 = e − λ ⋅t

 A probabilidade de falha nesse período é expressa pela função


F(t):
F (t ) = 1 − R(t )

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Tipos e acções de manutenção:


MANUTENÇÃO

PLANEADA NÃO PLANEADA

PREVENTIVA CORRECTIVA CURATIVA

SISTEMÁTICA CONDICIONADA

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Tipos e acções de manutenção:

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Tipos e acções de manutenção:

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Tipos e acções de manutenção:

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Tipos e acções de manutenção:

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Tipos e acções de manutenção:

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Politicas da Manutenção:

Depois da identificação do EQUIPAMENTO sujeito a


manutenção é necessário definir a política de manutenção a
utilizar:
 Política de Substituição;
 Política de Observação; ( wait and see)
 Política de Oportunidade;
 Política de Reparação em Avaria;
 Política de Manutenção Periódica;
 Política de Manutenção Condicionada;
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Politica de substituição:

Por vezes não é considerada uma acção de manutenção.

 Aplica-se a componentes baratos de fácil substituição ou


que não têm hipóteses de reparação, ficando muitas vezes
a cargo do operador da máquina ou sistema (Ex:
substituição de um fusível);
 Aplica-se quando é mais económico comprar que reparar
(Ex: substituição da ventoinha de um computador).

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Politica de observação:

Pode e deve ser aplicada nos seguintes casos típicos:

 Equipamentos novos dos quais se desconhece o seu


comportamento;
 Equipamentos na fase inicial de avarias (novos ou após
reparações);
 Equipamentos cujas avarias são raras e sem importância
para a segurança e para a fiabilidade e indisponibilidade do
conjunto.

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Politica de oportunidade:

 Aplicada a equipamentos ou componentes que só podem


ser intervencionados com elevadas indisponibilidades e não
afectam nem a segurança nem a fiabilidade do conjunto;
 Estas acções são efectuadas apenas quando há paragens
para as intervenções de manutenção de outros
equipamentos ou componentes importantes (Ex: inspecção
da bomba de circulação quando o motor de propulsão pára
para reparação).

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Politica de oportunidade:

 Aplicada a equipamentos ou componentes que só podem


ser intervencionados com elevadas indisponibilidades e não
afectam nem a segurança nem a fiabilidade do conjunto;
 Estas acções são efectuadas apenas quando há paragens
para as intervenções de manutenção de outros
equipamentos ou componentes importantes (Ex: inspecção
da bomba de circulação quando o motor de propulsão pára
para reparação).

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Politica de reparação em avaria:

 Adopta-se em equipamentos que não afectam nem a


segurança nem a fiabilidade do conjunto e que pela
sua simplicidade não provocam avarias em cadeia,
nem outra avaria mais grave.

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Manutenção

Politica de manutenção sistemática:

 Aplica
- se sempre que a avaria do equipamento afecte a
segurança, a Fiabilidade e Indisponibilidade do conjunto
e os Custos de reparação sejam muito elevados. (Ex:
revisão e teste de pressão a garrafas de ar comprimido);
 A Intervenção de manutenção é decidida pelo facto de
determinada periodicidade se verificar (Ex: 5000 horas
de funcionamento, semestre, ...).

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Politica de manutenção sistemática:

 Baseia- se na análise do histórico de avarias, no estudo


da probabilidade destas ocorrerem (fiabilidade) e na
informação do fabricante;
 Esta política falha muitas vezes porque os modelos de
fiabilidade não podem equacionar os erros de condução
nem determinadas relações de causa - efeito como a
avaria provocada por uma deficiente montagem.

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Politica de manutenção condicionada:

 Nesta política utilizam


- se técnicas específicas para medir
periodicamente parâmetros do equipamento ou sistema
que dão indicações sobre o seu estado ou condição;
 As acções de manutenção são decididas em função do
estado do equipamento;
 A utilidade destas técnicas é tanto maior quanto mais
cedo detectarem as anomalias que poderão conduzir à
avaria.

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Politica de manutenção condicionada:

 Aplica
- se sempre que a avaria do equipamento afecte a
segurança mesmo em sobreposição com a Preventiva
Sistemática;
 Aplica
- se quando a avaria afecta a Fiabilidade e a
Disponibilidade do conjunto.

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Manutenção Condicionada:

 Objectivos:

Diminuição de Custos

Aumento da Disponibilidade

Aumento da Segurança

Aumento da Produtividade

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Manutenção Condicionada:
Realiza-se através da:
 Obtenção de dados necessários e suficientes para a AVALIAÇÃO
DO ESTADO actual da máquina;
 QUANTIFICAÇÃO DO TEMPO DE VIDA RESTANTE dos
componentes da máquina;
 DETERMINAÇÃO DO TEMPO MÁXIMO QUE A MÁQUINA
PODE TRABALHAR até à próxima intervenção de manutenção;
 DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS DIRECTAS DE AVARIA e
obtenção de informação para melhoria do desenho, construção e
operação da máquina.
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Manutenção Condicionada:

É a MELHOR forma de manutenção.


É a mais VANTAJOSA mas também a
mais EXIGENTE.

Não é possível a sua implementação


exclusiva.
Depende do sector ou indústria, ela tem maior ou
menor peso na manutenção global da empresa.

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Manutenção Condicionada:
Justificação
económica

 Redução das avarias de 50 a 60%;


 Redução dos stocks de sobresselentes entre 20 e 30%;
 Redução das paragens de 50 a 80%;
 Aumento do tempo de vida das máquinas de 20 a 40%;
 Aumento da produtividade de 20 a 30%;
 Aumento dos lucros de 25 a 60%.
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Falha ou Avaria:

Alteração ou cessação da capacidade de um BEM ou


EQUIPAMENTO para realizar a sua função específica.

Classificação das avarias:

 Rapidez de manifestação;
 Grau de importância;
 Causas e as consequências da avaria.

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Avarias:
Avaria catalítica: (Rapidez e grau)
Avaria simultânea repentina e completa.
Avaria secundária e avaria primária: (Causa)
Avaria de um dispositivo cuja causa, respectivamente, está ou não
está na avaria de um outro dispositivo.
Avaria crítica: (Causa)
Avaria que impede o desempenho da função e faz correr graves
riscos e danos pessoais ou desgastes muito importantes no material.

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Ciclo de vida de um órgão:

De forma a maximizar o desempenho de um órgão tem


que se considerar todo o seu ciclo de vida. Este ciclo
compreende as seguintes fases:

 Projecto;
 Fabricação;
 Operação;
 Desactivação.

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1ª Fase - Projecto:

Nesta fase analisam-se os modos possíveis de falha e


fixa-se a fiabilidade requerida. Para isso tem que se
especificar os objectivos do órgão:

 Requisitos funcionais;
 Condições de serviço;
 Vida útil.

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Manutenção

2ª Fase - Fabricação:

 Nesta fase, as considerações de fiabilidade


encontram-se ligadas estritamente com as práticas do
Controlo de Qualidade.

 A fiabilidade especificada não deve ser comprometida


durante a fase de fabricação devido a causas
relacionadas com materiais ou componentes não-
conformes e/ou defeitos de fabricação/montagem.

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Manutenção

3ª Fase - Operação:

Na “fase de operação”, deve-se prestar uma grande


atenção ao comportamento real de funcionamento do
órgão, já que irá permitir:
 A realização de estimativas de fiabilidade permitindo
ajustar pela prática, a fiabilidade informada pelo fabricante;
 Ajustar o programa de manutenção (preventiva ou
condicionada) recomendada pelo fabricante, às condições
reais de operação;

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3ª Fase - Operação:

 Introduzir melhorias quer ao nível do projecto do órgão quer


ao nível da fabricação, quer ainda ao nível da operação se
for decidido introduzir alterações;
 Estabelecer políticas de “gestão de stocks” fundamentadas
em critérios de racionalidade económica, já que a
fiabilidade constitui a base para o cálculo do nº de órgãos
de reserva destinados a substituir os que se vão avariando.

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Etapas da Fiabilidade:

Admitindo que de princípio qualquer órgão deve funcionar em


condições que proporcionem a maior eficácia, segurança e
economia dos meios, então torna-se necessário percorrer as
três etapas da fiabilidade que são:

 Medir;
 Melhorar;
 Optimizar;

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Etapas da Fiabilidade:
1ª Etapa – Medir:
Trata
- se de deduzir a expressão de fiabilidade adequada a
cada tipologia de um órgão e investigar o seu resultado;
2ª Etapa – Melhorar:
A partir do momento que a fiabilidade está definida, existe
uma procura de formas para conseguir a melhoria da
fiabilidade global, tendo em conta os compromissos de
custo e de segurança;

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Etapas da Fiabilidade:
 Reduzir ao mínimo possível a complexidade;
 Aumentar a fiabilidade dos componentes;
 Introduzir equipamentos redundantes;
 Estabelecer rotinas de inspecção e de manutenção
preventiva.

3ª Etapa – Optimizar:
Consiste em maximizar a fiabilidade de um órgão, considerando
como adquiridos um determinado peso, volume, custo e
disponibilidade.

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Fiabilidade e Qualidade:
As noções de Fiabilidade e Qualidade são indissociáveis. Sem
qualidade durante a concepção e fabrico dos produtos não se
põe sequer a questão de saber se os produtos são fiáveis.
A relação entre a Fiabilidade e a Qualidade pode ser encarada
de duas formas diferentes:
 Inicialmente, a Fiabilidade dos equipamentos vai
condicionar a Qualidade dos produtos produzidos;
 Após a entrada em funcionamento, a Qualidade com que
foram produzidos vai influenciar a sua própria Fiabilidade.
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Manutenção

Fiabilidade e Qualidade:
Segundo a norma AFNOR X50-109, a Fiabilidade aparece
como uma componente da qualidade juntamente com:

 Características e desempenhos;
 Manutibilidade;
 Disponibilidade;
 Durabilidade;
 Segurança de utilização;
 Características não poluentes;
 Custo global de posse.
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Manutenção

Fiabilidade e Qualidade:
A Qualidade é uma forma de garantir a Fiabilidade dos bens
produzidos visto que a não Fiabilidade tem custos elevados:
 Devolução do produto;
 Perda do mercado com a consequente degradação imagem
de marca;
 Manutenção mais cara.
A Qualidade tem que ser garantida durante o fabrico para que
o produto seja de utilização segura ao longo do seu tempo de
vida útil.
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Manutenção

Fiabilidade e Qualidade:
A função Manutenção tem grande importância na qualidade
dos produtos fabricados influenciando, assim os custos de
produção.
A função Manutenção só conseguirá os seus objectivos de
minimização dos:
 Custos da sua própria função;
 Custo de produção de produtos não conforme;
 Custos de tempos de indisponibilidade dos equipamentos.
se ela própria possuir “o mínimo de atributos para não ser
rejeitada pelo cliente”.
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Manutenção

Fiabilidade e Qualidade:
Estes atributos passam por:

 Garantir o bom funcionamento dos equipamentos após


intervenção da Manutenção;

 Cumprir os prazos de intervenção estipulados;

 Intervenções a custos competitivos;

 Conseguir satisfazer na globalidade as necessidades do


utilizador dos equipamentos intervencionados.

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