Problemas Com A Marcação de Férias - Saiba o Que Diz A Lei

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PESSOAL EMPREGO E FORMAÇÃO

Problemas com a marcação de


férias? Conheça 10 regras
Quer desfrutar das férias no mesmo período que um colega
de trabalho? Saiba o que diz a legislação.

Artigo atualizado a 26-05-2021 PARTILHAR

Marcar as férias nem sempre é um processo pacífico. Há que conjugar os desejos de todos os
trabalhadores e, ao mesmo tempo, assegurar o interesse da empresa. Uma tarefa que, por
vezes, parece impossível. Neste artigo mostramos como se resolvem os conflitos na
marcação de férias à luz do Código do Trabalho.

1. Sem acordo, empregador decide


As férias devem ser marcadas por acordo. Esta é a regra. Mas quando é impossível chegar a
um entendimento, o destino dos dias de descanso do trabalhador fica, por assim dizer, nas
mãos do empregador. A entidade patronal deve, contudo, observar algumas regras.

2. Ouvir antes de marcar


Na falta de acordo sobre a marcação de férias, o empregador tem de ouvir a comissão de
trabalhadores ou, caso não exista, a comissão intersindical ou a comissão sindical
representativa do trabalhador em causa.

3. Marcação nos meses mais quentes


Tratando-se de uma pequena, média ou grande empresa, o empregador só pode marcar o
período de férias entre 1 de maio e 31 de outubro, a menos que o instrumento de
regulamentação coletiva de trabalho ou o parecer dos representantes dos trabalhadores
admita época diferente.

4. Períodos mais pretendidos rateados


Sempre que seja possível, os períodos de férias mais pretendidos – por norma, julho e agosto
– devem ser divididos proporcionalmente, beneficiando alternadamente os trabalhadores em
função dos períodos gozados nos dois anos anteriores. Desta forma, evita-se que os períodos
mais cobiçados sejam gozados sempre pelos mesmos trabalhadores.

5. Dez dias seguidos (pelo menos)


Na marcação de férias, o empregador tem de garantir, no mínimo, o gozo de 10 dias úteis
consecutivos. Os restantes dias podem ser marcados de forma interpolada, desde que o
trabalhador concorde.

6. Casais gozam férias juntos


Os cônjuges ou unidos de facto que trabalham na mesma empresa devem gozar férias na
mesma altura, exceto se houver prejuízo grave para a empresa. Já os trabalhadores com
filhos em idade escolar não têm qualquer prioridade na marcação das férias.

7. Marcação de férias até 15 e abril


O empregador deve elaborar e fixar o mapa de férias, com os períodos de descanso de cada
trabalhador, até 15 de abril. O calendário de marcação de férias deve estar afixado até 31 de
outubro.
8. Férias interrompidas ou adiadas só com justificação
Por exigências de funcionamento da empresa, o empregador pode adiar as férias já
marcadas. Além disso, pode ainda interromper o período de descanso, devendo permitir o
gozo seguido de metade das férias a que o trabalhador tem direito. Em ambos os casos, o
trabalhador tem direito a ser indemnizado pelos prejuízos sofridos com a alteração.

9. Empresa pode fechar para férias


O empregador pode encerrar, total ou parcialmente, a empresa para férias, durante os
seguintes períodos:

Até 15 dias consecutivos entre 1 de maio e 31 de outubro;

Mais de 15 dias consecutivos ou fora do período entre 1 de maio e 31 de outubro, quando


assim estiver fixado em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou mediante
parecer favorável da comissão de trabalhadores;

Mais de 15 dias consecutivos, entre 1 de maio e 31 de Outubro, quando a natureza da


atividade assim o exigir.

10. Doença suspende férias


Em caso de doença do trabalhador o gozo das férias não se inicia ou suspende-se. Nessa
circunstância, após o fim do impedimento, os dias não gozados devem ser remarcados, por
acordo, ou, na falta deste, pelo empregador, sem sujeição ao período de 1 de maio a 31 de
outubro.

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