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Quando, sem perceber, nos tornamos o principal obstáculo para a nossa felicidade
Vários são os sinais de que estamos sabotando nossos próprios sonhos, projetos e processos
de crescimento e realização.
Por instinto, todos nós queremos nos sentir bem, desejamos a felicidade, saúde, paz, sucesso.
No entanto, podemos nos tornar o principal obstáculo para alcançar o que mais desejamos. É o
famoso “tiro no pé”.
Mas quem seria louco o suficiente para atirar no próprio pé, literal ou figuradamente? Claro
que ninguém faria isso em sã consciência, no entanto, de maneira inconsciente, fazemos isso o
tempo todo.
É um transtorno psicológico que vai além de um sentimento de frustração diante de algo que
deu errado ou da mudança de planos diante de situações adversas. A autossabotagem
patológica é um padrão de comportamento que se repete em várias ou todas as áreas da vida.
Mas e o que dizer daqueles “hábitos de estimação” que também podem ser extremamente
danosos para o nosso bem estar físico e emocional?
Isso mesmo, todas nós, vez ou outra, acabamos nos acomodando e mantendo práticas que
sabemos serem altamente prejudiciais para a nossa saúde física, emocional, espiritual ou
social.
Veja quais destes hábitos você tem mantido em sua rotina e o quê é possível mudar para
quebrar este ciclo de autodestruição em que corremos, corremos e permanecemos no mesmo
lugar.
1. Má alimentação – Você já ouviu falar que o intestino é o nosso segundo cérebro? Pois
é. Nossa alimentação é responsável não só pela nutrição do físico, também pela maior
parte de toda a regulamentação hormonal. Condimentos, sal, açúcar, industrializados,
embutidos e fast-foods são os grandes responsáveis por uma qualidade de vida ruim.
Além de diversas doenças, uma dieta desregrada também é a responsável pelo mau
humor, falta de motivação, raciocínio lento, irritabilidade, dores crônicas, problemas
de pele/cabelo/unha, e já é a principal causa de mortes em todo o mundo. Estudos
comprovam que uma em cada cinco mortes registradas no mundo está relacionada à
má alimentação.
Saber que determinado alimento faz mal e mesmo assim, insistir em mantê-lo na dieta
é contribuir para uma rápida degeneração celular. Em outras palavras: é dar um tiro no
pé, rs...
2. Pouca hidratação – Somos água, isso mesmo, 60% do nosso corpo é composto por
água. Ela é também 80% do nosso cérebro. Por isso “quem não se hidrata, se mata”
afirma a medicina. A água é vital para o bom funcionamento geral do nosso corpo.
E podemos ir além da água ingerida e fazer dela uma aliada para o bem estar geral.
Quem não se sente bem numa praia, na margem de um rio, contemplando uma bela
cachoeira ou até mesmo num relaxante banho? A água limpa. Nos limpa por dentro e
por fora.
Já foi comprovado cientificamente que o cheiro do mato possui grande poder de cura,
aumenta as moléculas anti câncer na corrente sanguínea, reduz o stress sobre o
sistema nervoso e ativa o sistema imunológico.
Cientes disso, muitos têm optado por abandonar os grandes centros e viver uma vida
mais simples no campo. Mas nem é preciso mudanças tão radicais. Tirar alguns
momentos por dia para uma caminhada em meio à natureza, pisar na areia, tocar uma
árvore, cultivar plantas dentro de casa, tomar sol, brincar com animais de estimação e
até mesmo olhar fotos e vídeos do campo já trazem enormes benefícios. E,
frequentemente, incluir passeios a parques e bosques na agenda vai fazer seu
organismo agradecer.
4. Excesso de eletrônicos – Estamos cada vez mais conectados. Se esta já era uma
realidade antes da pandemia causada pelo Covid-19, que obrigou o planeta a ficar de
quarentena, preso em nossas casas e nos comunicando com o exterior apenas através
da Internet, quanto mais depois dela.
A tecnologia exerce um papel fundamental em nossa sociedade, mas o uso
indiscriminado de aparelhos - conectados ou não à internet - tem causado ou
potencializado sérios danos à nossa saúde física, relacional e psicológica.
As telas possuem um efeito viciante que, como qualquer vício, exige sempre mais para
satisfazer a dependência criada. Além disso, o excesso de tempo na frente de
eletrônicos produz também: síndrome do pensamento acelerado, má qualidade do
sono, isolamento social, irritabilidade, danos visuais, stress auditivo, stress muscular e
articular, danos à pele (causada pela luz artificial dos aparelhos), etc.
Para parar de se autossabotar, fique atenta para não se tornar dependente dos
aparatos digitais. Estipule horários para o uso de celulares, jogos, filmes, redes sociais,
etc. e diminua as atividades pelo menos duas horas antes de deitar à noite. Faça o
teste e veja a diferença.
Crescer dói. Evoluir dói. Sair da zona de conforto dói. Por isso, muitas vezes parece ser
mais fácil ficar onde estamos. Mas não se iluda, pois quando paramos de crescer, o
resultado não é permanecer no mesmo lugar, mas decrescer.
O corpo precisa de movimento. Como diz o antigo ditado: “águas paradas não movem
moinhos”. Se quisermos colher, vamos precisar plantar e plantar dá trabalho mesmo.
A atividade física regular tem inúmeros benefícios, não preciso alistar aqui. E a sua
ausência gera uma série de graves consequências a curto, médio e longo prazo. Saber
disso e continuar sedentária é, sem dúvida, se autossabotar. Então, descubra algo que
lhe dê prazer e seja viável dentro da sua rotina e mexa-se!!!
Exercite também o cérebro: boas leituras, cursos, um novo idioma, novas habilidades,
são exemplos de atividades que mantém nossa mente ativa.
O problema é que, se permitirmos que a nossa mente passe a maior parte do tempo
pensando em coisas ruins e remoendo sentimentos negativos, isso irá refletir
diretamente em nossa saúde mental, emocional e até física.
Poderíamos colocar vários outros hábitos que caracterizam atos de autossabotagem, mas creio
que estes já são suficientes pra fazermos uma análise de nós mesmos e verificar o que
podemos mudar ou melhorar para podermos agir como parceiros de nós mesmos,
contribuindo para a nossa realização pessoal e para o bem comum, e não nos tornando pedra
de tropeço nesta jornada.
Finalmente, seja gentil consigo mesma – ninguém é perfeito. Temos dias bons e dias ruins. E o
fracasso faz parte da jornada de todo ser humano. Cultive o bom humor.
E aí, você se identificou com algum dos exemplos de autossabotagem que demos aqui?
Lembrou de algum outro que não foi citado? Deixe sua mensagem aqui nos comentários e
conte-nos a sua experiência.
Márcia Rezende