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DO SISTEMA
TEGUMENTAR,
LOCOMOTOR, NERVOSO E
CARDIORESPIRATÓRIO
FICHA CATALOGRÁFICA
312p.
“Graduação - EaD”.
1. Sistema 2. Locomotor 3. EaD. I. Título.
CDD - 612
Impresso por:
P E N SA N D O J UNTO S
ZO O M N O CO NHEC I M ENTO
INDICAÇÃO DE FIL ME
Utilizado para desmistificar
pontos que possam gerar
confusão sobre o tema. Após o Uma dose extra de
texto trazer a explicação, essa conhecimento é sempre
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interlocução pode trazer pontos bem-vinda. Aqui você terá
adicionais que contribuam para indicações de filmes que se
que o estudante não fique com conectam com o tema do
dúvidas sobre o tema. conteúdo.
E M FO CO INDICAÇÃO DE L IVRO
6 UNIDADE 1
SISTEMA TEGUMENTAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
112 UNIDADE 2
204 UNIDADE 3
SISTEMA TEGUMENTAR
MINHAS METAS
Incentivar o conhecimento.
P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar, na memória, detalhes sobre o cresci-
mento dos tecidos humanos, incluindo a recuperação
da nossa própria pele, ou seja, do tecido epitelial e, desta
forma, entender como ela cresce e se desenvolve. Então,
como nosso sistema tegumentar consegue crescer?
Vamos recordar detalhes sobre mitose celular, assistindo ao
vídeo a seguir.
Vamos, agora, começar a entender melhor o Sistema Tegumentar, o que ele é, para
qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos.
Descrição da Imagem: apresentamos um novo corte transversal de pele, mostrando as camadas do tecido epi-
telial, coradas em violeta.
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E U I NDI CO
A PELE
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Descrição da Imagem: na figura temos cinco impressões digitais em preto, em uma folha de papel branco.
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Descrição da Imagem: temos nesta imagem algumas variações de tons de pele, apresentadas em figuras de
rostos em variações diferentes.
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Além da variação de tonalidade da sua cor, a pele possui algumas funções básicas
e primordiais que contribuem para a sobrevivência humana.
São elas:
■ Proteção das estruturas internas: a pele por si só impede a agressão dos
órgãos e tecidos por agentes físicos (radiações, agentes mecânicos, frio e
calor) e, ainda, realiza proteção contra agentes biológicos (bactérias, vírus
e fungos).
■ Proteção imunológica: o tegumento cutâneo “a pele”, graças à presença
de células imunologicamente ativas na sua superfície e nas suas camadas
posteriores, torna-se um órgão de grande atividade imunológica, em que
atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular,
protegendo-nos diariamente.
■ Manutenção da homeostase (harmonia e normalidade das funções fisio-
lógicas): as glândulas sudoríparas regulam a temperatura e o equilíbrio
hidroeletrolítico por meio das suas secreções, que contém água e eletró-
litos. Auxilia ainda na impermeabilidade da pele, ou seja, impede a saída
de água do organismo humano.
■ Percepção: na pele estão instalados os receptores neurais, estrategicamen-
te adaptados nessa região para perceberem sensações do meio externo
(tato, pressão, calor, frio e dor).
■ Secreção: a exemplo da função secretiva, encontra-se a liberação de se-
creção sebácea, importante para a manutenção eutrófica da própria pele,
particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Além disso,
a secreção em forma de sebo, liberado por essas glândulas, possui proprie-
dades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D.
Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não
tem valor como função excretora.
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E U I NDI CO
CAMADAS OU COMPARTIMENTOS
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Epiderme
Derme
Hipoderme
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ficação de onde o estímulo está sendo gerado e ocorra uma discriminação mais
precisa. Esse estímulo, dependendo da ocasião, pode ser percebido ou interpre-
tado como uma condição de alerta ao organismo humano sistêmico.
Além da pele, o sistema orgânico do corpo humano, conta com outras es-
truturas as quais dentro das suas particularidades, possuem responsabilidades
primordiais para a manutenção e sustentação da vida humana. Essas estruturas
também são nominadas como “anexos”, se destacando: pelos, unhas, glândulas
sebáceas, sudoríparas e mamárias.
Quanto aos pelos, são estruturas ricas em queratina, formam-se no folículo
piloso, localizando-se através de uma invaginação da epiderme. As unhas são
placas onde se concentra uma quantidade expressiva de queratina, localizadas
nas pontas dos dedos. Elas ajudam na proteção dos dedos e na manipulação de
objetos. Já as glândulas são responsáveis por produzir secreções que auxiliam
no controle ou regulação da temperatura e outras que garantem a lubrificação
da pele, minimizando a existência de possíveis lesões cutâneas provenientes de
rachaduras, por exemplo.
EMBRIOLOGIA DA PELE
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Desta forma, entendemos que a pele (epitélio) pode ser chamada de tecido
epitelial e a função deste tecido é especializada em revestir e proteger o corpo
contra agressões do ambiente externo.
A grosso modo, o termo epitélio também é identificado por inúmeras litera-
turas como epiderme, sendo esta a camada mais externa da pele. Revestimento
é uma das principais funções do epitélio, cobrindo toda a superfície do corpo,
protegendo-nos. Internamente, reveste órgãos e outras estruturas do corpo, tais
como sistema digestório, respiratório e urogenital, concavidades corporais, vasos
sanguíneos e sistema linfáticos.
Conforme pontuam Consolaro e Consolaro (2010), muito além do que ape-
nas proteger, o referido sistema também realiza absorções de secreções para res-
ponder ao metabolismo necessário do corpo humano, em áreas como intestino
(ex.: glicose e nutrientes); auxilia na excreção, por exemplo, através do sistema
renal (ex.: diurese e impurezas); e secreção por meio de glândulas (ex.: insulina).
Não obstante, realiza outra atividade primordial relacionada à condição de
defesa do ser humano, auxiliando na captação de atividade sensorial frente a
algum agravo (ex.: calor ou contato com algum material lesivo pontiagudo) e
germinativa, como revestimento do epitélio testicular. Todas as nossas superfí-
cies epiteliais, como a pele e os seus revestimentos do trato digestório, dos tratos
urogenitais (urinário e reprodutivo), das vias aéreas respiratórias e dos pulmões,
são protegidas por peptídeos antimicrobianos chamados de defensinas.
As células epiteliais dessa superfície secretam defensinas no ataque por um
patógeno microbiano, eliminando, pelo rompimento de suas membranas, o as-
pirante ao invasor (SHERWOOD, 2011).
Segundo Sherwood (2011), em média, a cada dois meses, a epiderme subs-
titui a si mesma. As camadas internas epidérmicas são compostas de células em
formato de cubo, as quais vivem e se dividem rapidamente, enquanto as células
das camadas externas são mortas e achatadas.
A epiderme não possui suprimento sanguíneo direto, suas células são espe-
cialmente nutridas pela difusão e compartilhamento de nutrientes por uma rica
rede vascular da derme subjacente.
Balogh et al. (2011) descrevem que a epiderme é basicamente formada por
cinco subcamadas de células chamadas queratinócitos. São células produzidas na
camada basal mais interna que migram em direção à superfície da pele, passando
por um processo de amadurecimento e experimentando uma série de mudanças.
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Cabelo
Poro de suor
Epiderme
Receptor sensorial
Glândula sebácea
Folículo capilar
Derme
Bulbo Capilar
Glândula sudorípara
Nervo
Veia
Artéria
Hipoderme
Tecido adiposo
Camada muscular
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Descrição da Imagem: corte didático da pele, mostrando as camadas desde a córnea até a camada basal, iden-
tificando os tipos de células em formato cuboide, com núcleos corados em rosa.
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DERME
Logo abaixo da epiderme fica a derme, uma camada de tecido conectivo que
contém muitas fibras de elastina “para alongamento” e de colágeno “para resis-
tência”, além de uma abundante rede de vasos sanguíneos e terminações nervosas
especializadas. Mendonça e Rodrigues (2011) pontuam que os vasos sanguíneos
dérmicos não apenas irrigam a derme e epiderme, mas também desempenham
um papel importante na regulação da temperatura.
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O calibre desses vasos e o volume de sangue que flui através deles, estão sujeitos
ao controle para regular a quantidade de troca de calor entre esses vasos na su-
perfície da pele e o ambiente externo.
Sobre a função da derme, sabemos que por meio dos seus componentes me-
senquimais, ela fornece o suporte mecânico, rigidez e espessura da pele. Possui
ainda na sua composição células dendríticas e macrófagos, ativando-a para mais
uma função: a proteção imunológica.
Os mastócitos contidos nestas estruturas reagem a estímulos inflamatórios
e participam da cicatrização de feridas. Os vasos sanguíneos dérmicos presentes
nessa região, além de fornecerem nutrientes para a pele, estão envolvidos na ter-
morregulação, função que é compartilhada com as glândulas sudoríparas.
Pequenos e grandes plexos nervosos participam da inervação de diferentes
órgãos cutâneos, responsáveis pela detecção de sensações, dentre elas dor, pressão
e variações de temperatura (MENDONÇA; RODRIGUES, 2011).
Quanto à regulação da temperatura, os seres humanos estão em ambientes
mais gelados que seus corpos. Em contrapartida, o próprio corpo gera calor in-
terno, o que ajuda a manter a temperatura corporal. A produção de calor depende
essencialmente da oxidação do combustível metabólico derivado dos alimentos.
Mudanças de temperatura corporal em qualquer direção exercem influência
sob a atividade celular, ou seja, um aumento na temperatura acelera as reações
químicas celulares, enquanto uma queda desacelera as respectivas atividades.
Então, analisando o funcionamento celular, percebemos o quanto esse é sensível
a flutuações na temperatura interna do corpo.
O hipotálamo possui a capacidade de manter homeostaticamente a tempe-
ratura corporal em um nível ideal para que o metabolismo celular ocorra de
maneira natural (estável).
Na ocorrência de elevações ou queda na temperatura, elas ocasionam desna-
turação irreversível de proteínas devido a um desequilíbrio homeostático gerado,
levando as células a consumirem mais energia e oxigênio (temperaturas levadas)
e restrição aos substratos anteriormente citados (temperaturas baixas.
Entretanto, quando ocorre a queda da temperatura por indução (controlada),
esta poderá ser utilizada com fins terapêuticos, pois minimiza o metabolismo
celular (ex.: menor consumo de oxigênio e o estresse neurológico).
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HIPODERME
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Descrição da Imagem: representação das camadas hipoderme, em cima, e do músculo abaixo. Acima da hipoderme
se localizam a derme e a epiderme.
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Para Guyton e Hall (2017), dentre as principais funções do tecido adiposo, este
é considerado como o maior depósito de energia do corpo, como já descrito
anteriormente. Esta energia se encontra armazenada na forma de triglicerídeos,
nome genérico de qualquer triéster oriundo da combinação do glicerol com áci-
dos, especialmente ácidos graxos.
O corpo humano também é capaz de armazenar energia em outros tipos
celulares como nos hepatócitos, energia armazenada na forma de glicogênio.
Os triglicerídeos tornam-se eficientes como reserva ou fonte de energia porque
fornecem cerca de 9,6 kcal/g contra apenas 4,3 kcal/g fornecidas pelo glicogê-
nio. Os triglicerídeos do tecido adiposo não são depósitos estáveis, renovam-se
continuamente.
Os adipócitos são as únicas células especializadas no armazenamento de li-
pídios na forma de triglicerídeos (TAG) em seu citoplasma, sem que isto seja
nocivo para sua integridade funcional. Essas células (enzima e proteínas) são
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ANEXOS DA PELE
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E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
O sistema tegumentar é o conjunto de órgãos e tecidos que formam a pele e seus
anexos, como cabelos, unhas e glândulas.
Uma das áreas em que o sistema tegumentar tem grande importância é a
estética. O cuidado com a pele, cabelos e unhas é essencial para manter uma boa
aparência e autoestima. Por esse motivo, a indústria de cosméticos e produtos de
beleza é uma das mais promissoras, oferecendo diversas oportunidades de em-
prego em áreas como pesquisa e desenvolvimento, produção, vendas e marketing.
Outra área em que o sistema tegumentar é relevante é a saúde. A pele é um
órgão importante para a proteção do corpo contra agentes externos, além de ser
responsável por funções como regulação da temperatura e síntese da vitamina
D. Por isso, profissionais da área da saúde, como dermatologistas, enfermeiros e
esteticistas, têm um papel fundamental no cuidado com a pele e na prevenção
de doenças relacionadas.
Existem diversas perspectivas no mundo do trabalho que envolvem a pele
e seus anexos. O cuidado com a estética e saúde da pele é essencial, tanto para a
autoestima e bem-estar dos indivíduos, quanto para a prevenção de doenças e
promoção de um ambiente de trabalho saudável e seguro.
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1. O sistema tegumentar humano é constituído pela pele e seus anexos, como cabelos,
unhas e glândulas. Ele é responsável por proteger o corpo contra lesões, regular a
temperatura, produzir vitamina D e servir como um importante órgão sensorial.
3. A derme é uma camada da pele localizada logo abaixo da epiderme que está relacionada
a importantes atividades do organismo. Esse grupo de células possui camadas de teci-
do conectivo, os quais possuem muitas fibras de elastina, possibilitando o alongamento
e o colágeno, permitindo a existência de resistência, além de uma abundante rede de
vasos sanguíneos e terminações nervosas especializadas. O calibre desses vasos e o
volume de sangue que flui através deles está sujeito ao controle para regular a quan-
tidade de troca de calor entre esses vasos na superfície da pele e o ambiente externo.
a) Fornece suporte mecânico, rigidez e espessura da pele. Possui ainda, na sua compo-
sição, células dendríticas e macrófagos, ativando-a para mais uma função, proteção
imunológica. Os mastócitos contidos nessas estruturas reagem a estímulos inflama-
tórios e participam da cicatrização de feridas.
b) A derme pode ser dividida em duas camadas: papilar e reticular, possuindo como
responsabilidade realizar proteção.
c) Na derme estão localizadas as glândulas sudoríparas e sebáceas. As células da derme
apresentam-se mortas e ricas em queratina.
d) Na derme, diferentemente da epiderme, são encontrados nervos, possuindo como
responsabilidade realizar proteção.
e) Na derme, igual na epiderme, são encontrados nervos, possuindo como responsabi-
lidade realizar transporte.
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4. “A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo composta por três camadas principais:
epiderme, derme e hipoderme. A epiderme é a camada mais externa e consiste em
células mortas, queratinizadas e impermeabilizadas. A derme é a camada intermediária
e contém fibras de colágeno e elastina, além de vasos sanguíneos, nervos e glândulas
sudoríparas e sebáceas. Já a hipoderme é a camada mais profunda e é composta por
células adiposas e tecido conectivo frouxo” (GUYTON; HALL, 2011, p. 495).
I - A pele é uma das barreiras naturais mais importantes contra agentes estranhos ao
corpo humano.
II - Ela é capaz de absorver grandes quantidades de água através do contato direto com
o líquido.
III - A pele é responsável por proteger o corpo humano contra lesões mecânicas, químicas
e biológicas, além de ajudar na regulação da temperatura corporal e na síntese de
vitamina D.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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5. A pele é o maior órgão do corpo humano e representa cerca de 16% do peso corporal
total. É formada por diferentes camadas e estruturas, cada uma com sua própria com-
posição e função específica.
Com base nos seus estudos, assinale corretamente quais são as camadas da pele:
a) Sebo e acne.
b) Garras e cascos.
c) Pelos, unhas e nariz.
d) Pelos, veias e artérias.
e) Camada subcutânea hipodérmica, epiderme e derme.
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2. A anatomia humana pode ser subdividida em diversas áreas de estudo, dentre as quais se
destacam a anatomia macroscópica, que se concentra no estudo das estruturas visíveis a
olho nu, e a anatomia microscópica, que se preocupa com as estruturas celulares e subce-
lulares. Além disso, a anatomia pode ser subdividida em áreas de estudo mais específicas,
como a anatomia do desenvolvimento, que se concentra na formação e crescimento do
organismo desde a concepção até a idade adulta, e a anatomia patológica, que estuda
as alterações anatômicas e funcionais causadas por doenças e lesões (SADLER, 2018).
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5. E. A pele é formada por três camadas principais, que são a camada subcutânea hipo-
dérmica, a epiderme e a derme. A camada subcutânea hipodérmica é a mais profunda
e é composta principalmente por tecido adiposo, que funciona como isolante térmico e
reserva de energia. Já a epiderme é a camada mais externa e é composta por células
mortas e queratinizadas, que protegem o corpo contra lesões e agentes externos. Por
fim, a derme é a camada intermediária e contém fibras de colágeno e elastina, além de
vasos sanguíneos, nervos e anexos da pele, como folículos pilosos e glândulas sebáceas e
sudoríparas. Essas três camadas trabalham juntas para desempenhar funções vitais para
o organismo, como proteção contra lesões, regulação da temperatura corporal, produção
de vitamina D e sensação tátil.
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MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar em nossa memória detalhes sobre o
crescimento dos ossos humanos, incluindo o crescimento e
recuperação. Vamos recordar rememorando detalhes sobre
os ossos do corpo humano, assistindo ao vídeo a seguir.
P E N SA NDO J UNTO S
Fonte: a autora.
Guyton e Hall (2017) descrevem que o sistema esquelético possui inúmeras fun-
ções, entretanto, destacam-se seis, as quais podem ser consideradas como as mais
importantes:
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TIPOS DE OSSOS
Cada um dos ossos que compõem o nosso esqueleto possui diferentes formas e
funções, sejam eles planos, cúbicos, longos ou irregulares, todos possuem uma
mesma estrutura “básica” em comum, a qual se modifica, desenvolve e cresce ao
longo do tempo.
Ao nascer, possuímos cerca de 300 ossos e através do nosso crescimento, de-
senvolvimento e chegada da maturidade, passamos a ter 206 ossos na vida adulta.
Essa redução expressiva da quantidade de ossos ocorre devido à fusão dos ossos
uns aos outros, sendo este um processo natural e esperado (PUTZ; PABST, 2013).
Quase todos os ossos do corpo humano podem ser classificados em qua-
tro tipos principais, com base na sua forma: longos, curtos, planos e irregulares
(PUTZ; PABST, 2013).
■ Ossos longos: nesta classificação destaca-se o comprimento, pois este é
maior do que a sua largura. Basicamente, são aqueles nos quais o compri-
mento excede a largura e a espessura. Outro diferencial para estes ossos é
que possuem uma haste e um número variável de extremidades, ou seja,
possuem um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises) um pouco
mais largas. Em geral, são levemente curvados, devido à força aplicada so-
bre eles. Como exemplo de ossos longos temos: os ossos da coxa (fêmur),
da perna (tíbia e fíbula), do braço (úmero), do antebraço (ulna e rádio) e
dos dedos das mãos e pés (falanges).
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osso esponjoso
osso compacto medula óssea
linha epifisária
vaso sanguíneo
Descrição da Imagem: apresentamos um novo corte transversal de osso longo, no qual está exemplificada a parte
esponjosa do osso, bem como os canais de Havers, por onde passam os vasos sanguíneos.
E U INDI CO
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Descrição da Imagem: apresentamos na imagem a visão dos ossos curtos da mão humana, vista através de
raios-X.
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Descrição da Imagem: na imagem temos um crânio humano, frontal e lateral, apresentando os principais ossos
do crânio.
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Descrição da Imagem: na figura temos vértebras humanas de cor branca e amarela, em modelo didático, em
fundo com pessoa manipulando o modelo.
ESTRUTURA ÓSSEA
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Descrição da Imagem: temos nessa imagem, uma rede calcificada de cor bege claro, representando a parte
esponjosa do osso.
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A superfície externa da estrutura óssea é revestida por uma fina camada de tecido
que é muito semelhante quanto à morfologia e função ao endósteo. Dessa forma,
ela é chamada de periósteo ou superfície periosteal.
A estrutura óssea, por meio do seu tecido ósseo, possui expressivas particulari-
dades, constituindo notável diferenciação quanto à composição do seu material
e sua construção. Possui capacidade de edificar estruturas sobre si, sendo resis-
tentes, capazes de se remodelarem e se repararem.
O processo pelo qual o osso é formado, segundo Guyton e Hall (2017), é
chamado de “ossificação” (ossi = osso; ficação = fabricação), a qual ocorre em
quatro etapas principais:
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Adulta:
■ remodelamento ósseo (substituição do tecido ósseo por tecido jovem);
■ reparo de fraturas durante a vida.
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tuição de um tecido conjuntivo preexistente por osso. Esta substituição não gera
diferenças nas estruturas dos ossos maduros, mas são esperadas fisiologicamente
quanto ao desenvolvimento ósseo.
O primeiro tipo de ossificação chamado de ossificação intramembranosa
(intra = dentro) sinaliza que o osso se forma diretamente dentro do mesênquima,
disposto em camadas semelhantes a lâminas que lembram membranas.
Esta é a forma mais simples dos dois tipos de formação óssea: Na visão de
Dalmolin et al. (2013), o tecido ósseo possui como atribuição sustentar as cargas
aplicadas pelo deslocamento fisiológico. Tal atividade está diretamente relaciona-
da as suas propriedades de composição e formação, com sua geometria estrutural
e transversal. Durante a infância e a adolescência, os ossos longos crescem em
comprimento e espessura.
O crescimento ósseo em termos do seu comprimento está diretamente re-
lacionado à atividade da lâmina epifisial. No interior na lâmina epifisial há um
grupo de condrócitos jovens que estão em constante divisão, na medida em que
o osso cresce em comprimento, novos condrócitos são formados no lado epifisial
da placa (face mais calibrosa do osso – distal), enquanto os condrócitos velhos são
substituídos por osso, no lado da placa voltado para a diáfise (face mais estreita
do osso – extensão).
Nesta etapa relacionada ao comprimento, podemos observar na imagem a
seguir (Figura 6) que a espessura da lâmina epifisial permanece relativamente
constante, mas o osso no lado da diáfise aumenta de comprimento.
O osso é composto por fibras de colágeno, nas quais é depositado fosfato
de cálcio na forma de nanocristais. Quando uma pessoa atinge a adolescência,
a formação de novas células e de matriz extracelular diminui, geralmente cessa
por completo entre os 18 e 25 anos.
Após o osso ter substituído toda a cartilagem, observa-se a presença de uma
estrutura chamada de linha epifisial, a qual sinaliza que o crescimento ósseo
relacionado ao seu comprimento não ocorrerá mais.
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Cartilagem
Epífise
Osso esponjoso
Medula
Diáfise
Periósteo
Epífise
Cartilagem
Descrição da Imagem: temos um corte histológico de um osso, apresentando sua região de epífise, diáfise,
cartilagem e cobertura e periósteo.
Yanaguizawa et al. (2008) descrevem que tal estrutura, “linha epifisial”, também
é reconhecida como placa de crescimento.
Segundo Yanaguizawa et al. (2008), diversas condições patológicas que aco-
metem pacientes com o esqueleto imaturo podem envolver a fise (cartilagem de
crescimento) e a epífise, causando complicações, como parada do crescimento,
encurtamento dos membros, formação de pontes ósseas e deformidades angu-
lares.
Dessa forma, se uma fratura óssea danificar a lâmina epifisial, o osso fraturado
poderá ser menor do que o osso normal, uma vez que a estatura adulta tenha sido
alcançada. Isso ocorre porque a lesão (dano) na cartilagem, a qual é avascular,
acelera o fechamento da lâmina epifisial, justificando, assim, o crescimento lon-
gitudinal do osso.
Quando comparada com a pele, a estrutura óssea passa pelo mesmo processo
de desenvolvimento e renovação contínua.
Quanto ao remodelamento ósseo, para que este evento fisiológico ocorra na
sua totalidade, algumas etapas acontecem como: a reabsorção óssea, referindo-se
à remoção de sais minerais e de fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos, e
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FRATURAS
Para Dalmolin et al. (2013), uma fratura é qualquer tipo de ruptura que possa
estar presente ou identificada no osso. Conforme observado na Figura 7, os tipos
de fraturas incluem as seguintes:
■ Parcial: uma ruptura incompleta através do osso, como uma fissura.
■ Completa: ruptura completa do osso. Significando que o osso está que-
brado em dois ou mais fragmentos.
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Descrição da Imagem: temos nessa imagem, uma série de tipos de fraturas passíveis de ocorrer nos ossos.
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A resultante liberação de cálcio ósseo para o sangue ocorre até que aconteça a
estabilização do Ca2+ em nível sanguíneo.
■ Quinta, o PTH também diminui a perda de Ca2+ na urina, assim, mais
cálcio é retido no sangue e estimula a formação de calcitriol, um hor-
mônio que promove e estimula a absorção de cálcio a partir do sistema
gastrointestinal, contribuindo para a elevação dos níveis de cálcio san-
guíneo circulante.
Descrição da Imagem: temos a face de uma mulher desenhada e ao lado as principais características hipotireoi-
dismo e do hipertireoidismo.
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Cabe destacar que, referente ao bulbo, esta estrutura é responsável pelos mo-
vimentos cardiopneumoentéricos (cardíacos, respiratórios e gastrointestinais),
considerados como atividades vitais para a manutenção da vida.
Quanto aos ossos da face são: quatorze ossos, os quais formam a face do
ser humano e modificam-se significativamente nos primeiros dois anos após
o nascimento, são eles: ossos nasais (02); ossos maxilares ou maxila (02); ossos
zigomáticos (02); osso mandibular ou mandíbula (01); ossos lacrimais (02); ossos
palatinos (02); conchas nasais inferiores (02); e o vômer (01).
Quanto ao osso esfenoide (formato de asas de borboleta), encontra-se situado
anteriormente aos processos jugular e basilar do osso occipital na parte mediana
da base do crânio.
Esse osso é chamado de pedra fundamental do assoalho craniano, porque se
articula com os ossos cranianos (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
Conforme apontam Guyton e Hall (2017), quanto à função de comunicação
das suturas, elas estão distribuídas da seguinte forma:
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Para melhor identificação clínica de cada segmento vertebral, este recebe uma
abreviação com a primeira letra da sua inicial, por exemplo, C, dando significado
de que está sendo estudado o segmento vertebral “Cervical”, seguida de numeral
em ordem decrescente, por exemplo 1, justificando que estamos nos referindo à
primeira vértebra cervical (C1).
Essa identificação é comumente aplicada a todos os segmentos vertebrais,
conforme é possível visualizarmos nos parágrafos seguintes. Identificação dos
segmentos vertebrais:
■ vértebras cervicais = totalidade 07 = C1 – C7;
■ vértebras torácicas = totalidade 12 = T1 – T12;
■ vértebras lombares = totalidade 05 = L1 – L5.
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NOVOS DESAFIOS
Para quem se interessa em trabalhar com o sistema ósseo, existem diversas pers-
pectivas no mundo do trabalho, que variam de acordo com a formação acadêmica
e as habilidades específicas adquiridas.
Uma das áreas mais comuns é a de ortopedia, que se concentra no tratamento
de doenças e lesões ósseas. Os profissionais que estão nessa área podem incluir
médicos ortopedistas, fisioterapeutas, quiropráticos e técnicos em próteses e ór-
teses. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas, associações privadas, centros
de reabilitação e outras instituições de saúde.
Outra área relacionada é a de biomateriais, que se concentra no desenvol-
vimento de materiais para implantes ortopédicos, próteses e outras aplicações
médicas. Esses profissionais podem trabalhar em empresas que fabricam esses
materiais, em laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, ou em universidades.
Também existem perspectivas no mundo do trabalho para aqueles que se in-
teressam em trabalhar com a anatomia e a fisiologia óssea, seja como professores
em escolas e universidades, ou como pesquisador em laboratórios e instituições
de pesquisa.
Além disso, com o envelhecimento da população e o aumento da incidência
de doenças como a osteoporose, uma demanda por profissionais especializados
em prevenção e tratamento dessas condições deve aumentar. Isso significa que há
oportunidades de trabalho em áreas como educação em saúde, treinamento de
exercícios específicos para o fortalecimento ósseo e desenvolvimento de terapias
farmacológicas.
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3. Uma fratura óssea é uma lesão em que ocorre uma quebra parcial ou completa de um
osso. O processo de reparação óssea é essencial para a recuperação desse tipo de
lesão, envolvendo uma série de etapas coordenadas pelo organismo. Compreender
como ocorre esse processo é fundamental para entender a regeneração do tecido
ósseo após uma fratura ((SOBOTTA; WELSCH, 2019).
a) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há uma ruptura completa
do osso. O processo de reparação óssea envolve quatro etapas: hematoma, formação
de calo fibrocartilaginoso, formação de calo ósseo e remodelação óssea.
b) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há uma ruptura parcial do
osso. O processo de reparação óssea envolve três etapas: hematoma, formação de
calo fibroso e remodelação óssea.
c) A fratura é uma lesão no tecido ósseo que ocorre quando há um deslocamento dos
ossos adjacentes. O processo de reparação óssea envolve cinco etapas: hematoma,
formação de calo ósseo, formação de calo fibroso, neoformação óssea e remodelação
óssea.
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Sobre o sistema locomotor e sua relação com os ossos, considerando uma função dos
ossos no corpo humano, assinale a alternativa correta:
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a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
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ASHMAWI, H. A.; FREIRE, G. M. G. Sensibilização periférica e central. Revista Dor, São Paulo,
v. 17, p. 31-34, 2016.
DALMOLIN, F. et al. Biomecânica óssea e ensaios biomecânicos: fundamentos teóricos.
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PETTERSEN, B. Sistema endocrino 1. SlideShare. Setembro, 2018. Disponível em:
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logia Brasileira, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 199-204, jun. 2008.
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5. E. Todas as afirmativas sobre a função dos osteócitos são verdadeiras de acordo com o
texto base. A afirmativa I está correta, pois os osteócitos estão envolvidos na produção
e secreção de colágeno, uma proteína essencial para a resistência e flexibilidade do
tecido ósseo. A afirmativa II está correta, pois os osteócitos desempenham um papel
crucial na regulação do metabolismo ósseo, controlando o equilíbrio entre a formação e
a reabsorção óssea. A afirmativa III está correta, pois os osteócitos participam da comu-
nicação celular no tecido ósseo por meio de canalículos, permitindo a troca de nutrientes
e sinais químicos entre as células ósseas. A afirmativa IV está correta, pois os osteócitos
são capazes de detectar e responder a estímulos mecânicos, como a carga e a tensão
exercidas sobre o tecido ósseo, contribuindo para a adaptação e remodelação óssea.
Portanto, todas as afirmações sobre a função dos osteócitos estão corretas, conforme
apresentado no texto base.
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MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
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VAMOS RECORDAR?
Cada vez que você dá um passo, 200 músculos trabalham
em uníssono para levantar o pé, impulsioná-lo para a frente
e colocá-lo no chão. É apenas uma das milhares de tare-
fas realizadas pelo sistema muscular: essa rede, de mais de
650 músculos, que cobre o corpo e é a razão pela qual po-
demos piscar, sorrir, correr, pular e ficar de pé. Então, como
isso funciona?
Não deixe de assistir a este vídeo superinteressante!
P E N SA NDO J UNTO S
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■ manipular objetos externos (por exemplo, pegar uma caneta e/ou dirigir
um veículo);
■ gerar propulsão de conteúdo entre os vários órgãos internos que são ocos
(por exemplo, circulação sanguínea e/ou mobilização do bolo alimentar
no intestino);
■ eliminação ou esvaziamento de conteúdo de determinados compartimen-
tos/órgãos do corpo para o meio externo (por exemplo, micção-diurese
e/ou evacuação-fezes).
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Descrição da Imagem: na figura, há três ilustrações do sistema muscular: o músculo cardíaco, o músculo estriado
e o músculo liso.
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Figura 2 - Miofibrila
Fonte: Fernandes ([201-?], on-line).
Descrição da Imagem: na figura, há a representação de uma fibra muscular em corte transversal, em que são
apontados, a partir de fios, o músculo e as fibras musculares.
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Fáscia profunda
Fáscia muscular
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Segundo Guyton e Hall (2017), outro importante papel da fáscia é que esta estru-
tura permite livre movimento dos músculos, transporta nervos, vasos sanguíneos,
vasos linfáticos e preenche os espaços musculares. Existem três tipos de tecido
conjuntivo que se estendem sobre a fáscia, com o intuito de proteger e fortalecer
o músculo esquelético: o epimísio, o perimísio e o endomísio.
A localização do epimísio reveste todo o sistema muscular. Com relação
ao perimísio (“peri”: ao redor), este circunda feixes de 10 a 100 ou mais fibras
musculares, chamados de fascículos (pequenos feixes). Já o endomísio (“endo”:
dentro) envolve, individualmente, cada fibra muscular. Essas três camadas de
tecido conjuntivo, que envolvem a fáscia, também protegem toda a área tendi-
nosa, estrutura similar a um cordão conjuntivo denso modelado, composto por
feixes paralelos de fibras de colágenos, que possui, como função, fixar o músculo
a um osso.
Os músculos esqueléticos, segundo Porth e Kunert (2004), são muito bem supri-
dos com nervos e vasos sanguíneos, os quais estão diretamente relacionados à
contração, a principal característica do sistema muscular. A contração muscular
também requer uma quantidade significativa de adenosina trifosfato (ATP) e,
portanto, grandes quantidades de nutrientes e oxigênio para a síntese de ATP.
Assim, a ação muscular prolongada depende de um rico suprimento sanguí-
neo para fornecer nutrientes e oxigênio e remover os resíduos. Geralmente, uma
artéria e uma ou duas veias acompanham cada nervo que penetra no músculo
esquelético.
Dentro do endomísio, existem vasos sanguíneos com formato de calibres
inferiores, chamados de vasos capilares, distribuídos em cada fibra muscular em
estreito contato com os demais vasos sanguíneos, o que permite a nutrição mus-
cular (PORTH; KUNERT, 2004).
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JUNÇÃO NEUROMUSCULAR
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Bainha de mielina
Neurônio pré-sináptico
Exorcitose
ACh
AChR
Canal de Na+
Sinaptobrevina
Sinaptotagmina
MUNC-18
Sintaxina 1
SNAP-25
Ca++
Exocitose
(ACh liberada)
Descrição da Imagem: a figura mostra uma ilustração didática da junção neuromuscular, contendo substâncias
exocitadas.
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FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO
1 As cabeças de miosina
hidrolisam o ATP, passando ADP 2 As cabeças da miosina se
a ficar reorientadas e P fixam à actina, formando
energizadas pontes cruzadas
P
O ciclo de contração continua se
ATP o ATP estiver disponível e o teor
de Ca2+ no sarcoplasma
pemanecer alto ADP
ATP
ADP
3 As cabeças de miosina
4 Conforme as cabeças giram em direção ao
de miosina fixam o ATP, centro do sarcômero
as pontes cruzadas (movimento de força)
se soltam da actina
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RELAXAMENTO
Guyton e Hall (2017) destacam que existem dois mecanismos que permitem que
a fibra muscular relaxe. O primeiro, o neurotransmissor de ACh, é rapidamente
degradado pela enzima de AChE. Quando o potencial de ação nervoso cessa sua
atividade, a ACh também cessa e a AChE rapidamente degrada a ACh já presente
na fenda sináptica, impedindo a contração. Isso finaliza a geração de potenciais
de ação musculares e os canais de liberação de Ca2+ na membrana do retículo
sarcoplasmático se fecham.
No segundo mecanismo, os íons cálcio são, rapidamente, transportados do
sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático.
À medida que o nível de Ca2+ no sarcoplasma cai, a tropomiosina desliza
de volta sobre os sítios de ligação de miosina na actina. Uma vez que o sítio de
ligação de miosina esteja coberto, os filamentos delgados deslizam de volta para
suas posições relaxadas.
Para compreender e se familiarizar com essas etapas, a seguir, estão descritos
todos os passos do processo de relaxamento muscular:
1. O impulso nervoso chega ao terminal axônico do neurônio motor e de-
sencadeia a liberação de ACh.
2. A ACh difunde-se através da fenda sináptica, liga-se aos seus receptores
na placa motora terminal e desencadeia um PAM.
3. A AChE destrói a ACh na fenda sináptica, de modo que outro potencial
de ação surge, a menos que mais ACh seja liberada do neurônio motor.
4. O PAM, viajando ao longo do túbulo transversal, abre os canais de libera-
ção de Ca2+ na membrana do retículo sarcoplasmático (RS), permitindo
que o íon cálcio inunde o sarcoplasma.
5. O Ca2+ liga-se à troponina no filamento delgado, expondo os sítios de
ligação para a miosina.
6. Contração: os picos de força usam ATP; as cabeças de miosina ligam-se
à actina; os filamentos delgados são puxados em direção ao centro do
sarcômero.
7. Os canais de liberação de Ca2+ no RS se fecham e as bombas de trans-
porte ativo de Ca2+ usam o ATP para restaurar o baixo nível de Ca2+
no sarcoplasma.
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TÔNUS MUSCULAR
Sem movimento
Movimento
Descrição da Imagem: na figura, temos duas ilustrações sobre o processo de contração e relaxamento, em que se
observa, primeiramente, que o músculo contrai e se encurta durante o movimento; e contrai, mas não se encurta
quando não há movimento.
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Respiração Celular
Mitocôndria
Citosol Dióxido
de
ATP Glicose Piruvato carbono
1.Glicólise
NSDH Água
Ciclo Fosforilação
de Krebs NADH
oxidativa
Glicose
ATP ATP
Oxigênio
FADIGA MUSCULAR
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Tendão
Ventre
Tendão
Descrição da Imagem: na figura, há
a ilustração de um músculo do braço e
INSERÇÃO do antebraço mostrando as origens e as
inserções, desenhados na cor vermelha,
além dos tendões e do ventre do bíceps
braquial.
Bíceps braquial
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O corpo humano conta com cerca de 700 músculos esqueléticos, os quais apre-
sentam características específicas. A estrutura muscular é dividida em grupos, de
acordo com a parte do corpo sobre a qual eles atuam.
MÚSCULOS DA CABEÇA
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos que descrevem, a partir de fios, os
principais músculos do corpo humano.
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Músculo
occipitofrontal ou M.
occiptal
(Face Frontal)
Músculo levantador
do supercilio
Músculo
orbicular ocular
Músculo
occipitofrontal
ou M. occiptal
Músculo
orbicular da boca
Músculo
Bucinador
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos, descrevendo os nomes dos prin-
cipais músculos da cabeça.
MÚSCULOS DO ABDOME
Com relação aos músculos do abdome, sua parede anterior e lateral é composta
por pele, fáscia e quatro pares de músculos: músculo reto do abdome; músculo
oblíquo externo do abdome; músculo oblíquo interno do abdome; e músculo
transverso do abdome. Sua principal função é proteger as vísceras e promover
uma pressão interna, que auxilia em diversas necessidades fisiológicas (GUY-
TON; HALL, 2017).
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Descrição da Imagem: na figura, há ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais
músculos do abdome.
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MÚSCULOS DO TÓRAX
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais
músculos do tórax.
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MÚSCULOS DO OMBRO
Porth e Kunert (2004) pontuam que, dos nove músculos que cruzam a articula-
ção do ombro, somente dois deles (peitoral maior e latíssimo do dorso) não se
originam da escápula. A força motora e a estabilidade articular do ombro são,
basicamente, fornecidas por quatro músculos profundos do ombro e seus ten-
dões: subescapular; supraespinhal; infraespinhal; e redondo menor.
Essas estruturas musculares unem a escápula ao úmero. Outra particularida-
de dessa estrutura é que os tendões dos músculos estão dispostos em um círculo
quase completo ao redor da articulação, podendo ser identificado de manguito
rotador.
Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais
músculos do ombro.
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MÚSCULOS DO BRAÇO
Segundo Porth e Kunert (2004), os músculos do braço são estruturas que permi-
tem movimentos na forma de dobradiça, ou seja, somente são capazes de manter
mobilidade de flexão e extensão.
Os músculos bíceps braquial, braquial e braquiorradial são flexores da arti-
culação do cotovelo; já o tríceps braquial é extensor. Os demais músculos que
permitem a movimentação do rádio e da ulna estão relacionados à supinação e
à pronação.
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO
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Descrição da Imagem: na figura, há cinco ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos prin-
cipais músculos do pescoço.
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Descrição da Imagem: na figura, há duas ilustrações de modelos anatômicos descrevendo os nomes dos principais
músculos dos membros inferiores.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração que descreve os nomes dos principais músculos do calcanhar.
RESUMO
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E U I NDI CO
E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
Para aqueles que estudam o sistema muscular, a relação com o mundo do traba-
lho é bastante importante, porque o conhecimento sobre o funcionamento dos
músculos e suas estruturas pode ser útil em diversas áreas profissionais.
Por exemplo, fisioterapeutas, quiropráticos e educadores físicos são alguns
dos profissionais que podem se beneficiar do conhecimento sobre o sistema mus-
cular, uma vez que o usam para ajudar pessoas que sofrem de lesões ou doenças
musculares, prescrevendo exercícios específicos para fortalecer e reabilitar os
músculos.
Além disso, profissionais de áreas como medicina esportiva, nutrição e ciên-
cia do esporte também podem se beneficiar do conhecimento sobre o sistema
muscular, ao ajudarem a melhorar o desempenho e a prevenir lesões em atletas.
Outra área em que o conhecimento sobre o sistema muscular é importante
é a biomecânica, que estuda a mecânica do movimento humano e pode ser útil
em áreas como o design de equipamentos de ginástica e próteses.
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Além disso, o conhecimento sobre o sistema muscular pode ser útil para
pessoas que trabalham em profissões que treinam esforço físico, como carrega-
dores de carga, operários de construção e atletas profissionais, uma vez que eles
podem se beneficiar do conhecimento sobre como seus músculos funcionam e
como protegê-los de lesões.
Em resumo, o estudo do sistema muscular pode ser aplicado em diversas
áreas profissionais e é importante para aqueles que desejam trabalhar em áreas
relacionadas à saúde, ao esporte e ao bem-estar físico.
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2. Analise a pergunta do enunciado e discorra sobre ela. Referente aos músculos do ab-
dome, quais estruturas são pertencentes a essa região? Descreva sua principal função.
3. A fibra muscular requer energia para manter sua função e responder rapidamente
quando recrutada.
Quais são as fontes de energia que essas estruturas utilizam? Assinale a alternativa
correta:
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4. A fibra muscular, quando ativada, gera contração mediante a uma estimulação nervosa.
Uma vez que esse estímulo se torna ausente, a mesma fibra muscular entrará em um
processo chamado de relaxamento.
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I - Actina e mioglobina.
II - Miosina e troponina.
III - Tropomiosina e titina.
IV - Actina e miosina.
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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2. Os músculos do abdome são compostos por diversas estruturas, incluindo o reto abdomi-
nal, os músculos oblíquos (oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome) e o
músculo quadrado lombar. Além disso, a região abdominal inclui os músculos do assoalho
pélvico, como o músculo pubococcígeo.
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SISTEMA LOCOMOTOR -
ARTICULAÇÕES
MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar em nossa memória detalhes sobre o
crescimento das articulações. Vamos recordar rememoran-
do detalhes, assistindo ao vídeo a seguir.
AS ARTICULAÇÕES
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ARTICULAÇÕES FIBROSAS
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linha de sutura
sutura
tecido conjuntivo
fibroso denso
ulna
rádio
sindesmose
membrana
interóssea
antebraquial
raiz do dente
osso alveolar
gonfose
ligamento periodontal
Descrição da Imagem: a figura apresenta os três tipos de articulações fibrosas, sendo a) sutura, b) sindesmose
c) gonfose.
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Não diferente de uma articulação fibrosa, Sherwood (2011) descreve que uma
articulação cartilagínea, ou cartilaginosa, permite discreto ou nenhum movi-
mento. Essas estruturas ósseas articulantes são firmemente conectadas por fi-
brocartilagem, ou cartilagem hialina, existindo apenas dois tipos de articulações
cartilagíneas: sincondroses e sínfises, os quais serão descritos a seguir:
■ Sincondrose (condro = cartilagem): é uma cartilagem cujo material de
conexão é composto por cartilagem hialina. Bom exemplo dessa categoria
de cartilagem é a lâmina epifisial (de crescimento), que conecta a epífise
e a diáfise de um osso do crescimento.
■ Sínfise (= crescendo junto): é uma cartilagem do mesmo grupo, em que
as extremidades dos ossos articulantes são recobertas com cartilagem
hialina, porém os ossos são conectados por um disco largo e plano de
fibrocartilagem. Dos exemplos de sínfise, encontra-se a sínfise púbica
entre as superfícies anteriores dos ossos do quadril. Essa categoria de arti-
culação é encontrada nas articulações intervertebrais, entre os corpos das
vértebras. Funcionalmente, a sínfise é uma anfiartrose, uma articulação
levemente móvel.
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
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Descrição da Imagem: a figura apresenta um joelho desenhado em tom de cor de pele, com detalhes amarelos
que correspondem à medula óssea e com as articulações em tom claro.
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Descrição da Imagem: a figura apresenta um joelho desenhado em tom de cor de pele, com detalhes para os
ligamentos em tom claro.
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DESLIZAMENTO
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MOVIMENTOS ANGULARES
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ROTAÇÃO
Na rotação (rota = rodar), segundo Guyton e Hall (2017), um osso gira em torno
do seu próprio eixo longitudinal. Uma estrutura que pode ser perfeitamente ci-
tada como exemplo é a cabeça, a qual roda ou vira para ambos os lados e, ainda,
para frente e para trás, trazendo o significado de informação positiva (sim) ou
negativa (não).
A rotação é definida com relação à linha mediana, ou seja, se a superfície
anterior da estrutura óssea de determinado membro é girada em direção à linha
mediana, esse movimento é denominado rotação mediana (interna). Se a super-
fície anterior do osso de um membro for girada para longe da linha mediana, o
movimento é denominado rotação lateral (externa) (Figura 7).
Figura 6 - Rotação
Fonte: adaptada de Fasafit (2016).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma pessoa em posição anatômica representando uma rotação.
MOVIMENTOS ESPECIAIS
Em relação aos movimentos especiais, segundo Chaves et al. (2004), eles ocorrem
somente em certas articulações, possuindo como particularidades movimentos
distintos dos demais, tais como: elevação, depressão, protração, retração, inversão,
eversão, dorsiflexão, flexão plantar, supinação, pronação e oposição. Cada um dos
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movimentos citados está descrito a seguir para que possamos melhor compreen-
der seus significados e sua importância, são eles:
■ Elevação (levantar): é considerado o movimento ascendente de alguma
parte do corpo, como abrir e fechar a boca ou encolher os ombros para
elevar a clavícula.
■ Depressão (pressionar para baixo): é o movimento descendente de uma
parte do corpo, tal como abrir a boca para deprimir a mandíbula ou retor-
nar os ombros encolhidos para a posição anatômica, a qual irá deprimir
a escápula.
■ Protração (mover para frente): é o movimento de uma parte do corpo
para frente. Bom exemplo para esse movimento refere-se a empurrar a
mandíbula para fora ou cruzar os braços, o qual irá protrair as clavículas.
■ Retração (mover para trás): é o movimento de uma parte do corpo pro-
traída de volta para a sua posição natural (anatômica).
■ Inversão (voltar-se para dentro): é a posição da planta dos pés medial-
mente, de modo que uma se volte para a outra.
■ Eversão (voltar-se para fora): é o movimento da planta dos pés lateral-
mente, de modo que uma se volte para longe da outra.
■ Dorsiflexão: é a flexão do pé em direção ao dorso.
■ Flexão plantar: envolve a flexão do pé na direção da superfície plantar.
Bom exemplo é quando ficamos na ponta dos pés, afastando o calcanhar
da superfície (chão).
■ Supinação: é o movimento do antebraço, de modo que a palma da mão
seja virada para frente.
■ Pronação: é o movimento do antebraço, de modo que a palma da mão
seja virada para trás.
■ Oposição: é o movimento do polegar na articulação carpometacarpal
(entre o osso trapézio e o osso metacarpal do polegar), em que o polegar se
move, pela palma da mão, para tocar as pontas dos dedos da mesma mão.
Para que possamos ter uma ideia quanto às particularidades de uma articulação
sinovial, ilustrarmos e examinaremos as características estruturais da articulação
do joelho, uma articulação gínglimo modificada, sendo considerada a maior e
mais complexa articulação do corpo humano (Figura 7).
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Descrição da Imagem: a figura apresenta um desenho de um joelho humano representando diversas articulações.
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E U I NDI CO
E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
A relação entre o mundo do trabalho e o estudo das articulações do corpo hu-
mano é estreita e significativa, uma vez que as articulações desempenham papel
fundamental na capacidade de movimento e na realização de diversas atividades
diárias, incluindo aquelas relacionadas ao trabalho. Profissionais que se dedicam a
áreas específicas podem apresentar maior propensão a lesões e problemas articu-
lares, especialmente, em trabalhos que envolvem atividades repetitivas, exercícios
físicos intensos ou movimentos que exigem treinamento especializado. Esses
tipos de trabalho podem aumentar o risco de lesões e exigir uma compreensão
aprofundada da anatomia e fisiologia das articulações para prevenção, tratamento
e reabilitação adequados
Por isso, o estudo das articulações do corpo humano é essencial para a pre-
venção e o tratamento de lesões e doenças ocupacionais. Profissionais da área da
saúde, como fisioterapeutas, ortopedistas e ergonomistas, utilizam conhecimen-
tos sobre as articulações para elaborar medidas preventivas e tratamento para
lesões relacionadas ao trabalho.
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4. Em relação ao termo discos, ou meniscos articulares, por que essas estruturas são
importantes com relação ao movimento? Selecione a alternativa correta.
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a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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3. Articulações Sinoviais: são as articulações mais comuns no corpo humano. Nesse tipo de
articulação, as superfícies articulares são separadas por uma cavidade sinovial preenchida
com líquido sinovial. As articulações sinoviais permitem movimentos livres e variados. Elas
possuem uma cápsula articular composta por tecido conjuntivo e estruturas acessórias,
como ligamentos, tendões e bolsas sinoviais, que contribuem para a estabilidade e função
da articulação. Exemplos de articulações sinoviais são ombro, cotovelo, quadril e joelho.
Essas são as principais classificações estruturais das articulações. Cada tipo apresenta
características específicas em relação aos tecidos envolvidos e ao grau de mobilidade
permitido.
3. Sua função é lubrificar e nutrir as superfícies articulares, reduzindo o atrito entre elas
durante o movimento. O líquido sinovial, também, atua como amortecedor, absorvendo
choques e impactos nas articulações. Além disso, ele desempenha papel importante
na remoção de resíduos metabólicos e no transporte de nutrientes para as células da
cartilagem articular, contribuindo para a saúde e a função adequada das articulações.
5. E. O estudo das articulações do corpo humano é importante por várias razões. A afirmativa
I está correta, pois o conhecimento das articulações permite compreender os diferen-
tes tipos de movimentos que o corpo humano é capaz de realizar, desde movimentos
simples até movimentos complexos e coordenados. A afirmativa II está correta, pois o
conhecimento das articulações auxilia no diagnóstico e tratamento de doenças e lesões
articulares. Compreender a estrutura e a função das articulações é essencial para iden-
tificar possíveis problemas e determinar a melhor abordagem terapêutica. A afirmativa III
está correta, uma vez que o estudo das articulações contribui para o desenvolvimento de
técnicas cirúrgicas mais precisas e eficazes. O conhecimento detalhado das articulações
permite aos cirurgiões realizar intervenções com maior segurança e melhores resultados.
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Por fim, a afirmativa IV está correta, pois o conhecimento das articulações auxilia na
preservação da saúde e no bem-estar físico. Compreender a biomecânica e as demandas
funcionais das articulações permite adotar medidas preventivas e evitar o desgaste ex-
cessivo e as lesões articulares. Portanto, todas as asserções são verdadeiras e justificam
a importância do estudo das articulações do corpo humano.
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SISTEMA CARDIOVASCULAR
MINHAS METAS
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VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar em nossa memória detalhes sobre o sis-
tema cardiovascular humano, sua função, funcionamento,
vias e acesso, possíveis falhas e toda sua fisiologia. Vamos
recordar detalhes sobre este sistema, assistindo o vídeo a
seguir.
INTRODUÇÃO
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o coração possui duas margens: a margem direita, voltada para o pulmão direito,
e a margem esquerda, voltada para o pulmão esquerdo (TORTORA, 2007).
Figura 1 - O coração
O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-
-propulsora, situado na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno, supe-
rior ao músculo diafragma, no espaço compreendido entre os dois pulmões e a
pleura, denominado mediastino. Três camadas constituem o coração: o endocár-
dio, o miocárdio e o epicárdio (Figura 2). O endocárdio é a camada mais interna
do coração, é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do
coração. Ele é formado por uma camada de tecido epitelial apoiado sobre uma
fina camada de tecido conjuntivo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
A camada média do coração, o miocárdio, é formado por tecido muscular
estriado cardíaco, o qual forma a massa principal do coração e é responsável
por realizar a sua contração. O tecido muscular estriado cardíaco é formado por
células cilíndricas alongadas, denominadas fibras. Essas células possuem um ou
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dois núcleos centrais, suas fibras podem apresentar ramificações e estão presentes
estrias transversas devido à presença de sarcômeros nestas células. Além disso,
estão presentes os discos intercalares, estruturas celulares formadas por junções
comunicantes, que permitem a propagação do estímulo nervoso através dessas
células. Os discos intercalares também possuem estruturas que realizam a adesão
entre as células musculares, mantendo-as unidas, de modo que não se separem.
Externamente ao miocárdio encontramos a terceira camada, o epicárdio, que é
a membrana serosa que reveste o coração (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
O pericárdio é um saco fibro-seroso que envolve o coração e o separa dos
outros órgãos do mediastino e limita a sua expansão durante a diástole ventri-
cular. É formado por dois folhetos, um externo e fibroso, o pericárdio fibroso, e o
outro interno e seroso, denominado pericárdio seroso. Duas camadas formam o
pericárdio seroso, a lâmina parietal (externa) e a lâmina visceral (interna), tam-
bém denominada epicárdio. Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio
seroso existe um espaço, a cavidade do pericárdio, que contém uma fina camada
de líquido pericárdico que funciona como um fluido lubrificante, evitando o
atrito entre as lâminas durante os movimentos do coração (TORTORA, 2007).
Descrição da Imagem: representação das camadas correspondentes ao coração. Apresenta pericárdio e miocárdio,
bem como os demais componentes do sistema cardiovascular.
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CAVIDADES DO CORAÇÃO
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ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito e envia para os pulmões através
do tronco pulmonar. Já o sangue contido no ventrículo esquerdo é lançado para
todo o corpo através da artéria aorta.
Descrição da Imagem: representação das cavidades do coração, apresentando ventrículo esquerdo, átrio es-
querdo e átrio direito.
A espessura do miocárdio varia de acordo com a função de cada uma das câma-
ras. Como os átrios recebem o sangue proveniente do corpo e dos pulmões, seu
miocárdio não é tão espesso quanto nos ventrículos, uma vez que não precisa
realizar a contração para ejetar o sangue do coração. Em contrapartida, nos ven-
trículos, o miocárdio é mais espesso. O ventrículo esquerdo, por precisar de uma
força maior de contração para ejetar o sangue para todo o corpo, é a região do
coração em que o miocárdio é mais espesso.
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Artéria coronária
Tecido direita
adiposo Sulco coronário
no sulco VENTRÍ-
interven- VENTRÍCULO CULO ES-
Tecido tricular DIREITO QUERDO
adiposo anterior
no sulco Ramo marginal
coronário direito
Veias pulmonares
esquerdas (superior
Arco da aorta e inferior) Artéria pulmonar
Artéria pulmonar esquerda esquerda
Artéria pulmonar Aurícula
Veias pulmonares direita Artéria pulmonar
esuquerdas esuquerda direita
(superior e inferior) Veia cava Veia cardíaca
superior magna (azul) e
Teciso ramo circunflexo Veia cava
adiposo da artéria coronária superior
no sulco esquerda (vermelho)
coronário Veias
pulmonares Veias
direitas pulmonares
Seio (superior direitas
coronário e inferior) (superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
1 Veia cava ESQUERDO
1 inferior
Veia cava
1 inferior
Seio coronário
Teciso adiposo no
sulco interventricular VENTRÍCULO
posterior DIREITO
ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA TEGUMENTAR, LOCOMOTOR, NERVOSO E CARDIORESPIRATÓRIO.indb 146 11/07/2023 05:09:50
Artéria coronária
Tecido direita
adiposo Sulco coronário
no sulco VENTRÍ-
interven- VENTRÍCULO CULO ES-
Tecido tricular DIREITO QUERDO
adiposo anterior
no sulco Ramo marginal
coronário direito
UN I A S S ELV I
Lâmina parietal do Sulco
pericárdio seroso interventricular
anterior
(a) Face anteior (esternocostal)
Veias pulmonares
esquerdas (superior
Arco da aorta e inferior) Artéria pulmonar
Artéria pulmonar esquerda esquerda
Artéria pulmonar Aurícula
Veias pulmonares direita Artéria pulmonar
esuquerdas esuquerda direita
(superior e inferior) Veia cava Veia cardíaca
superior magna (azul) e
Teciso ramo circunflexo Veia cava
adiposo da artéria coronária superior
no sulco esquerda (vermelho)
coronário Veias
pulmonares Veias
direitas pulmonares
Seio (superior direitas
coronário e inferior) (superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
Veia cava ESQUERDO
inferior
Veia cava
inferior
Seio coronário
Teciso adiposo no
sulco interventricular VENTRÍCULO
posterior DIREITO
Descrição da Imagem: representação dos vasos correspondentes à base do coração. Acima apresenta a face
anterior (esternocostal) e abaixo apresenta a face posterior (diafragmática).
VALVAS CARDÍACAS
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Veias
POSTERIOR pulmonares
Valva AV
Esqueleto fibroso esquerda
do coração (mitral), aberta
Valva AV
esquerda
(mitral),
Valva da aorta, aberta
fechada
Cordas
VENTRÍCULO tendíneas
VENTRÍCULO ESQUERDO (frouxas)
DIREITO
Músculos
papilares
(relaxados)
Descrição da Imagem: representação das valvas cardíacas, apresentando ventrículos relaxados (acima) e ven-
trículos contraídos (abaixo).
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Além das valvas atrioventriculares, outras duas valvas constituídas cada uma
por três cúspides estão localizadas na entrada do tronco pulmonar, a valva do
tronco pulmonar, e na entrada da aorta, a chamada valva da aorta. Essas valvas
impedem o refluxo do sangue contido no tronco pulmonar e na aorta para os
ventrículos direito e esquerdo, respectivamente, durante a contração (sístole)
ventricular.
As valvas cardíacas podem apresentar problemas denominados estenose ou
insuficiência valvar. A estenose (estreitamento) ocorre quando a valva não se
abre completamente ou se apresenta com estreitamento, dificultando a passagem
(fluxo) do sangue do átrio em direção ao ventrículo. Já a insuficiência é quando
a valva não se fecha completamente, permitindo, assim, o refluxo de sangue do
ventrículo para o átrio.
O prolapso da valva atrioventricular esquerda é a forma mais comum de
insuficiência valvar, acometendo até 30% da população e sendo mais comum em
indivíduos do sexo feminino. Nessa condição, uma ou as duas válvulas (folhetos)
da valva atrioventricular esquerda são projetadas em direção ao átrio esquerdo
durante a contração do ventrículo esquerdo, permitindo que ocorra um refluxo
de parte do sangue contido no ventrículo esquerdo em direção ao átrio esquerdo.
Essa condição pode ser decorrente de um dano na válvula ou devido ao rompi-
mento das cordas tendíneas.
A febre reumática é uma infecção sistêmica aguda, que geralmente ocorre
após uma infecção estreptocócica da garganta. Os anticorpos produzidos para
combater esta infecção chegam aos tecidos conjuntivos do coração e outros ór-
gãos causando uma inflamação, danificando as valvas cardíacas, sendo que as
mais frequentemente acometidas são as valvas atrioventricular esquerda e da
aorta (TORTORA, 2007).
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CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
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Leitos capilares
dos pulmões,
onde ocorrem as
trocas gasosas
Circuito pulmonar
Artérias
pulmonares Veias
pulmonares
Aortas e
Veias seus ramos
cavas
Átrio
esquerdo
Ventrículo
Átrio esquerdo
direito
Ventrí- Coração
culo
direito
Circuito sistêmico
Leitos
Legenda: capilares de
todos os
= Sangue rico tecidos, onde
em oxigênio, ocorrem as
pobre em CO2 trocas gasosas
= Sangue pobre
em oxigênio,
rico em CO2
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Nem todas as veias transportam sangue venoso e nem todas as artérias contêm
sangue arterial. As artérias pulmonares saem do coração levando o sangue venoso
para os pulmões, onde, após ser oxigenado, o sangue, agora arterial, retorna para
o coração através das veias pulmonares. Além destes vasos, no cordão umbilical,
as artérias umbilicais também transportam o sangue venoso do feto para a mãe,
enquanto a veia umbilical retorna para o feto trazendo sangue arterial.
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“
Durante o desenvolvimento embrionário, aproximadamente 1%
das fibras musculares cardíacas se torna células auto-rítmicas, isto
é, células que geram potenciais de ação rítmica e repetitivamente.
As células auto-rítmicas atuam como um marcapasso, ajustando
o ritmo para a contração e todo o coração, e formam o complexo
estimulante do coração, a via de propagação dos potenciais de ação
para todo o músculo do coração. O complexo estimulante do co-
ração assegura que as câmaras do coração sejam estimuladas a se
contrair de forma coordenada, o que torna o coração uma bomba
eficiente (TORTORA, 2007, p. 463).
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O ritmo para a contração do coração é definido pelo nó sinoatrial, que gera po-
tenciais de ação entre 90 a 100 vezes por minuto. Caso ocorra uma lesão e morte
das células do nó sinoatrial, o nó atrioventricular assume a função de marcapasso
fisiológico, porém sua frequência de contração é menor, gerando, em média, 40 a
60 batimentos por minuto. Caso o nó atrioventricular também perca a sua capa-
cidade de gerar potenciais de ação, o fascículo atrioventricular assume a função,
gerando potenciais mais lentamente, em torno de 20 a 35 vezes por minuto. To-
davia, nesse caso, como o batimento cardíaco fica muito lento, o ritmo deve ser
restaurado através do implante de um marcapasso artificial. Este marcapasso é
um dispositivo eletrônico que estimula as contrações do coração para manter o
débito cardíaco adequado (TORTORA, 2007).
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Onda T
O ventrículo retoma
ao estado de repouso
P T
Descrição da Imagem: representação do registro rítmico do ECG, apresentando a Onda T, Onda P e Complexo QRS.
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“
O ritmo habitual de batimentos cardíacos, estabelecido pelo nó si-
noatrial, é chamado de ritmo sinusal normal. O termo arritmia ou
disritmia se refere a um ritmo anormal resultante de um defeito no
complexo estimulante do coração. O coração pode bater irregu-
larmente, de forma muito acelerada ou muito lenta. São sintomas
esperados dessa irregularidade: dor torácica, falta de ar, tontura,
vertigem e síncopes (desmaios). As arritmias podem ser provoca-
das por fatores que estimulam o coração, como estresse, cafeína,
álcool, nicotina, cocaína e determinadas substâncias que contenham
cafeína ou outros estimulantes. As arritmias também podem ser
provocadas por defeito congênito, doença arterial coronariana, in-
farto, hipertensão, valvas cardíacas defeituosas, doença reumática
cardíaca, hipertireoidismo e deficiência de potássio (TORTORA;
DERRICKSON, 2017, p. 386).
CICLO CARDÍACO
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ve n tr ic u la r
A contraçãoventricular
Ciclo exerce pressão sobre
cardíaco as valvas AV direita e
esquerda fechadas, mas
to le
Diá
S ís
D iá abrir as valvas do tronco
stro le atrial pulmonar e da aorta
(e) Diástole ventricular, 370
ms (d) Sístole ventricular,
início:
Conforme os ventrículos segunda fase:
retornam ao estado de A pressão ventricular se
relaxamento, a pressão eleva e ultrapassa a
ventricular diminui; o fluxo pressão nas artérias; e
retrógrado do sangue contra as da aorta se abrem e o
valvas do tronco pulmonar e da samgue é ejetado para
aorta força seu fechamento. O seu interior.
sangue flui para os átrios relaxados.
Descrição da Imagem: representação do ciclo cardíaco, partindo do início (início da sístole atrial) até concluir-se
no término, diástole ventricular.
BULHAS CARDÍACAS
Bulhas cardíacas se referem aos sons provocados pelo coração, que podem ser
ouvidos através de uma auscultação realizada com o auxílio de um estetoscópio.
Em um coração saudável, existem quatro bulhas durante um ciclo cardíaco, po-
rém, podemos auscultar apenas duas bulhas cardíacas. A primeira bulha (B1)
lembra o som de “tum”, ela é mais alta e longa do que a segunda bulha (B2). A B1
é decorrente do fechamento das valvas atrioventriculares, que ocorre logo após
o início da sístole ventricular. Já a segunda bulha (B2) é mais baixa e curta que
a B1, lembra um som de “tac” e é produzida devido ao fechamento das valvas da
aorta e do tronco pulmonar, no início da diástole ventricular.
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Muitas vezes, durante uma ausculta cardíaca, podem ser detectados sons
anormais entre ou após as duas bulhas normais. Esses sons anormais são deno-
minados sopros cardíacos e indicam ou sugerem, na maioria das vezes, algum
distúrbio das valvas, como uma estenose ou uma insuficiência.
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RESUMO
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E U INDI CO
E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
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Em relação a estes mecanismos, leia as alternativas a seguir com muita atenção e depois
assinale a alternativa correta:
a) O sangue passa dos átrios para os ventrículos durante o período denominado sístole
ventricular.
b) A fase de relaxamento, quando os átrios e ventrículos estão em diástole, marca o início
de um novo ciclo. As valvas atrioventriculares estão fechadas enquanto o sangue flui
para os ventrículos.
c) Durante a sístole ventricular, as valvas atrioventriculares abrem-se, enquanto as val-
vas da aorta e do tronco pulmonar permanecem fechadas, permitindo que o sangue
flua dos ventrículos para as artérias.
d) A primeira fase que marca o início de um novo ciclo é denominada sístole ventricular,
quando o sangue flui dos átrios em direção aos ventrículos.
e) No período da sístole atrial, as valvas atrioventriculares estão abertas para que o
sangue flua dos átrios para os ventrículos.
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1. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que traz(em) sangue para o átrio direito do coração?
2. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que faz(em) a comunicação entre o átrio direito e
o ventrículo direito?
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1. A resposta correta é:
“Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de dois batimentos cardíacos
consecutivos e compreende as fases de sístole atrial, sístole ventricular e diástole.”
A resposta correta é justificada da seguinte forma:
- Um ciclo cardíaco é definido como o período que ocorre entre o início de dois batimen-
tos cardíacos consecutivos. Durante esse ciclo, o coração passa por uma sequência de
eventos que envolvem a contração e relaxamento das câmaras cardíacas.
- O ciclo cardíaco é composto por três fases principais: sístole atrial, sístole ventricular
e diástole.
- Durante a sístole atrial, os átrios se contraem, impulsionando o sangue para os ven-
trículos.
- Em seguida, ocorre a sístole ventricular, na qual os ventrículos se contraem, forçando
o sangue para fora do coração e para as artérias.
- Por fim, temos a diástole, que é a fase de relaxamento das câmaras cardíacas, permitindo
que o sangue retorne aos átrios e ventrículos para iniciar um novo ciclo.
Portanto, a justificativa para a resposta correta é baseada na descrição correta das fases
do ciclo cardíaco e sua relação com os batimentos cardíacos consecutivos.
2. O coração possui quatro cavidades: dois átrios (átrio direito e átrio esquerdo) e dois ven-
trículos (ventrículo direito e ventrículo esquerdo). Cada cavidade desempenha um papel
importante no processo de circulação sanguínea.
Os átrios recebem o sangue que retorna ao coração. O átrio direito recebe o sangue ve-
noso, pobre em oxigênio, proveniente das veias cavas e da circulação pulmonar. O átrio
esquerdo recebe o sangue arterial, rico em oxigênio, vindo das veias pulmonares.
Os ventrículos são responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. O ventrículo
direito bombeia o sangue para os pulmões, onde ocorre a oxigenação. Ele impulsiona o
sangue para as artérias pulmonares, que levam o sangue até os pulmões para a troca
gasosa. Já o ventrículo esquerdo é responsável por bombear o sangue oxigenado para
o restante do corpo. Ele impulsiona o sangue para a artéria aorta, que distribui o sangue
oxigenado para todas as partes do organismo.
Portanto, os átrios são responsáveis por receber o sangue, enquanto os ventrículos são
responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. Essa divisão de tarefas entre
as cavidades é essencial para garantir a eficiência do processo de circulação sanguínea,
permitindo o suprimento adequado de oxigênio e nutrientes para os tecidos e a remoção
de resíduos metabólicos.
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3. B.
- O batimento cardíaco tem início no nó sinoatrial (ou nó SA), onde é gerado um potencial
de ação de maneira espontânea.
- Em seguida, a onda de ativação converge para o nó atrioventricular (ou nó AV), que
representa a conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o miocárdio ventricular,
diminuindo a frequência do potencial de ação entre ambos.
- Após passar pelo nó atrioventricular, a onda de ativação atinge o fascículo atrioventricular
(ou feixe de His) e passa por ele até chegar às fibras de Purkinje, que são responsáveis por
conduzir rapidamente o potencial de ação até o ápice do miocárdio ventricular.
- Dessa forma, a onda de despolarização (impulso cardíaco) é distribuída a todo o miocárdio
dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular.
As demais alternativas estão incorretas, pois não seguem a sequência correta da ativação
elétrica do coração.
4. C.
5. B.
1- As veias cavas são as estruturas que trazem sangue para o átrio direito do coração,
provenientes do corpo.
2- A valva atrioventricular direita (também conhecida como valva tricúspide) é a estru-
tura que faz a comunicação entre o átrio direito e o ventrículo direito, permitindo o fluxo
unidirecional do sangue.
3- As veias pulmonares são responsáveis por transportar o sangue proveniente dos pul-
mões de volta ao coração, mais especificamente ao átrio esquerdo.
As demais alternativas estão incorretas, pois não correspondem às estruturas mencio-
nadas nas perguntas.
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SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
MINHAS METAS
Estimular o conhecimento.
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VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar em nossa memória detalhes sobre o
sistema hematopoiético. Vamos recordar detalhes sobre a
hematopoiese, assistindo ao vídeo a seguir.
Fonte: a autora.
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Figura 1 - Esquema
Descrição da circulação
da Imagem: do sangue
a figura representa o sistema cardiovascular, apresentando margens e faces do coração.
Fonte: Barauna
Temos (2019, p.de3).fundo azul claro, no sentido vertical, ligados um ao outro por uma seta que aponta
três retângulos
para baixo, em que, de cima para baixo, subsequentemente em cada retângulo está escrito: sistema fechado,
sangue e vasos sanguíneos.
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Água Eritrócitos
Sais Neutrófilos
Íons Eosinófilos
Bicarbonato Basófilos
Glicose Monócitos
Hormônios Linfócitos
Enzimas
Gases
Aminoácidos
Vitaminas
Referente ao Hematócrito, esta é uma técnica na qual o sangue, após ser cen-
trifugado, separa-se em diversas camadas, sendo o plasma a porção fluida e de
coloração amarelada que fica acima da camada celular (Figura 2). A parte celular
forma duas regiões, uma inferior, de coloração avermelhada, composta pelos eri-
trócitos (35 a 50% do volume total) e uma fina camada acinzentada logo acima
dos eritrócitos, a qual está constituída pelos leucócitos (1% do volume de sangue).
As plaquetas formam uma camada delgada sobre os leucócitos, não sendo visível
a olho nu (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
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Descrição da Imagem: procedimento de como ocorre a técnica de hematócrito, partindo do sangue coletado para
o tubo, indo para centrifugação e finalizando nos elementos sanguíneos.
E U INDI CO
ERITRÓCITOS
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Estas células têm origem dos eritroblastos na medula óssea, os quais perdem
suas organelas e passam a ser constituídos apenas por uma membrana plasmática,
citosol e hemoglobina. Quando chegam ao sangue, originam os eritrócitos, que
sobrevivem cerca de 120 dias e depois são fagocitados por macrófagos do fígado,
baço e medula óssea. Durante a fagocitose, ocorre a separação das porções heme
e globina da hemoglobina.
O ferro é dissociado da porção heme e liga-se à transferrina, uma proteína
transportadora de ferro que circula no sangue. O ferro ligado à transferrina chega
até a medula óssea onde é utilizado para síntese de hemoglobina. A região heme
sem o ferro ligado é convertida em biliverdina, um pigmento esverdeado, e depois
em bilirrubina, um pigmento amarelo-alaranjado, que é transportado até o fígado,
onde é lançado na bile (Figura 3).
A bile é secretada no intestino delgado, chega ao intestino grosso, onde a
bilirrubina é convertida em urobilinogênio, que em parte é reabsorvido pelo in-
testino grosso, volta ao sangue, onde origina um pigmento amarelo denominado
urobilina, que é excretado pela urina. O restante do urobilinogênio origina um
pigmento marrom, a estercobilina, que é eliminada pelas fezes e dá a elas a sua
coloração característica. O referido evento metabólico está disposto a seguir, em
forma de fluxo, para que você possa melhor compreender o seu processo (TOR-
TORA; DERRICKSON, 2017).
Descrição da Imagem: representação do processo de degradação dos eritrócitos, partindo inicialmente dos
macrófragos.
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Ao fazer o registro do tipo sanguíneo, além de especificar o tipo de
antígeno presente, deve-se fazer referência à presença ou ausência
do antígeno D (fator Rh), sendo determinado como Rh-positivo
ou Rh-negativo. Esta determinação deve-se à presença ou ausência
do antígeno D no sangue. Os antígenos de superfície são ignorados
pelo seu sistema imunológico. Entretanto, seu plasma contém an-
ticorpos (imunoglobulinas) programados para atacar antígenos de
superfície “estranhos” ao corpo. Esses anticorpos são conhecidos
como aglutininas. Indivíduos de sangue tipo A, tipo B ou tipo O
sempre contêm anticorpos que reagirão a antígenos estranhos. Por
exemplo, em um indivíduo de sangue tipo A, o plasma circulante
contém anticorpos anti-B que atacarão eritrócitos tipo B. Já em um
indivíduo de sangue tipo B, o plasma circulante contém anticorpos
anti-A que atacarão eritrócitos tipo A. Indivíduos de sangue tipo
O não apresentam antígenos A e B, e o plasma contém anticorpos
anti-A e anti-B. No outro exemplo, o plasma de indivíduos tipo AB
não contém anticorpos anti-A nem anti-B (MARTINI; TIMMONS;
TALLITSCH, 2009, p. 537).
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Descrição da Imagem: representação dos elementos figurados do sangue, partindo sequencialmente: 1. Eritró-
cito; 2. Plaquetas; 3. Neutrófilo; 4. Eosinófilo; 5. Basófilo; 6. Linfócito; 7. Monócito.
LEUCÓCITOS
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Descrição da Imagem: representação do processo que ocorre ao realizar a técnica do esfregaço sanguíneo.
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Os neutrófilos são polimorfos nucleares, com núcleo lobulado com dois a cinco
lóbulos unidos por um filamento de cromatina (Figura 4 – célula 3). São os mais
numerosos dos leucócitos. Pertencem à classe dos granulócitos e seus grânulos
específicos possuem coloração salmão. Essas células são rapidamente recrutadas
para sítios de inflamação, em que sua principal função é combater bactérias e
certos fungos por meio de fagocitose e liberação dos grânulos para o meio extra-
celular. Em alguns momentos, a liberação dos grânulos pelos neutrófilos também
pode ser prejudicial para o hospedeiro, quando danifica tecidos saudáveis (JUN-
QUEIRA; CARNEIRO, 2018).
Outro tipo de granulócitos são os eosinófilos, que possuem grânulos especí-
ficos maiores que os dos neutrófilos, dispostos por todo o citoplasma. O núcleo
possui dois lóbulos em forma de “fone de ouvido”, por isso são também chama-
dos de polimorfonucleados (Figura 4 – célula 4). Realizam defesa seletiva, estão
associados a infecções parasitárias e alergias. Podem fazer fagocitose, mas seu
principal modo de agir é através da degranulação e da liberação de mediadores
químicos presentes em seus grânulos.
Em menor quantidade entre os leucócitos encontramos os basófilos, que são
células granulócitas, arredondadas, podendo ser pleomórficas, com núcleo em
forma de “S”, frequentemente mascarados pelos grânulos específicos de seu ci-
toplasma que são negros ou roxos, metacromáticos (Figura 4 – célula 5). Tais
grânulos possuem histamina e heparina. Sua membrana plasmática é rica em
receptores para IgE, responsáveis pela ativação celular em casos de alergia (JUN-
QUEIRA; CARNEIRO, 2018).
O segundo tipo mais comum de leucócito no sangue é o linfócito, células que
fazem parte da resposta imune adaptativa. São células arredondadas com núcleo
denso, também arredondado, que ocupa praticamente toda a célula (Figura 4 –
célula 6).
Os linfócitos B – agranulócitos – realizam defesa em nível humoral dife-
renciando-se em plasmócitos, enquanto os linfócitos T realizam defesa em nível
celular. São muito importantes na defesa contra vírus. No esfregaço sanguíneo co-
rado pelo Giemsa, não é possível diferenciar os tipos de linfócitos. Os monócitos
são as maiores células circulantes com núcleo em forma de rim e excêntrico. São
agranulócitos e seu citoplasma é levemente basófilo. A cromatina dos monócitos
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PLAQUETAS
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Descrição da Imagem: representação de como ocorre a formação do tampão plaquetário, partindo da lesão da
parede vascular até o tampão plaquetário.
Caso a lesão vascular seja acentuada, ocorre um processo mais demorado deno-
minado coagulação sanguínea. É o processo de formação de um coágulo, o qual
é dependente da ativação dos fatores de coagulação (cálcio, enzimas e substâncias
associadas a plaquetas). Existem duas vias de coagulação sanguínea: a via extrín-
seca e a via intrínseca. Na via extrínseca, considerada como a mais rápida, ocorre
a liberação no sangue de uma substância denominada fator tissular, que é con-
vertido em protrombinase, uma enzima que converte a protrombina (proteína
plasmática formada no fígado) em trombina (Figura 7). Após formada, a trom-
bina converte o fibrinogênio (outra proteína plasmática sintetizada no fígado)
em fibrina, a qual “amarra” o tampão plaquetário, formando o coágulo sanguíneo.
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Descrição da Imagem: representação dos processos que ocorrem a partir da via extrínseca da coagulação.
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Descrição da Imagem: representação dos processos que ocorrem a partir da via intrínseca da coagulação.
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HEMOCITOPOESE
ERITROPOESE
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Figura 9 - Eritropoese
Fonte: Barauna (2019, p. 13).
GRANULOCITOPOESE
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LINFOCITOPOESE
MONOCITOPOESE
MEGACARIOCITOPOESE
Figura 11 - Megacariocitopoese
Fonte: Barauna (2019, p. 15).
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que desejam atuar na área aqui estuda-
da é bastante amplo e diversificado, abrangendo diversas possibilidades de atua-
ção e especialização. Esses profissionais podem atuar em laboratórios de análises
clínicas, realizando exames hematológicos e diagnósticos de doenças sanguíneas.
Também há possibilidade de atuação em bancos de sangue e de medula óssea,
que são responsáveis pela coleta, processamento e distribuição de hemocom-
ponentes e células tronco hematopoiéticas para transplantes e tratamentos de
diversas patologias.
Além disso, há a possibilidade de atuação em hospitais e clínicas, na assistên-
cia a pacientes com doenças sanguíneas e com procedimentos terapêuticos como
transfusões de sangue, quimioterapia e transplantes de medula óssea.
Também há espaço para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias na
área da hematopoiese e sistema hematopoiético, com possibilidades de atuação
em universidades, institutos de pesquisa e indústrias farmacêuticas.
Para atuar nessa área, é necessário possuir formação no ensino superior em
áreas como biomedicina, biologia, medicina, enfermagem ou demais áreas da
saúde, sendo um mercado em potencial e necessário à sociedade.
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3. Os glóbulos brancos do sangue, tidos como primeira linha de defesa, ou seja, aquelas
células que primeiro entram em combate com agentes agressores e que representam
mais da metade de todos os glóbulos brancos são os:
a) Eosinófilos.
b) Basófilos.
c) Neutrófilos.
d) Linfócitos.
e) Fibrócitos.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e V, apenas.
e) I, II e III, IV.
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a) Água.
b) Hormônios.
c) Proteínas.
d) Bicarbonato.
e) Todos os elementos mencionados.
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2. Os tipos sanguíneos são determinados por antígenos específicos encontrados nas mem-
branas dos glóbulos vermelhos (eritrócitos). Existem dois tipos principais de antígenos
envolvidos na determinação dos tipos sanguíneos: antígeno A e antígeno B. Tipo A: os
indivíduos com o tipo sanguíneo A possuem o antígeno A na superfície de suas células
sanguíneas. Tipo B: os indivíduos com o tipo sanguíneo B possuem o antígeno B na
superfície de suas células sanguíneas. Tipo AB: os indivíduos com o tipo sanguíneo AB
possuem tanto o antígeno A quanto o antígeno B em suas células sanguíneas. Tipo O:
os indivíduos com o tipo sanguíneo O não possuem nem o antígeno A nem o antígeno
B em suas células sanguíneas. O sistema de grupos sanguíneos ABO é determinado
geneticamente pelos alelos herdados dos pais. A presença ou ausência dos antígenos A
e B na membrana dos glóbulos vermelhos afeta a compatibilidade do sangue em trans-
fusões e é importante na determinação de possíveis reações imunológicas em caso de
incompatibilidade sanguínea. É importante mencionar que, além dos antígenos ABO, o
fator Rh também é importante na classificação sanguínea, e indivíduos podem ser Rh
positivo (Rh+) ou Rh negativo (Rh-).
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar, em nossa memória, detalhes sobre o
sistema respiratório. Vamos recordar detalhes sobre ele, as-
sistindo ao vídeo a seguir.
P E N SA NDO J UNTO S
Para iniciarmos o nosso conteúdo, você sabe como o sistema respiratório for-
nece oxigênio ao corpo humano e remove dióxido de carbono? E quais são as
outras funções importantes desse sistema?
SISTEMA RESPIRATÓRIO
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A porção de condução está formada por órgãos tubulares cuja função é levar
o ar inspirado até a porção respiratória e conduzir o ar expirado eliminando
o CO2. Além disso, esta região realiza a limpeza (filtração), a umidificação e o
aquecimento do ar. A porção de condução é formada pelos seguintes órgãos: na-
riz, faringe, laringe, traqueia e brônquios. Já a porção de respiração, representada
pelos pulmões, é o local onde ocorrem as trocas gasosas (hematose).
Descrição da Imagem: representação do sistema respiratório humano, apresentando desde a cavidade nasal
até o diafragma.
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Os órgãos que compõem o sistema respiratório são revestidos por um tecido epi-
telial pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes e, também,
pode ser conhecido por epitélio respiratório (Figura 2). Entretanto, cabe destacar
que algumas regiões não possuem o mesmo revestimento. Podemos distinguir,
neste epitélio, cinco tipos de células: as colunares ciliadas, as caliciformes, as cé-
lulas em escova, as basais e as células do sistema neuroendócrino difuso (DNES).
A célula colunar ciliada, em sua superfície apical, apresenta cílios apoiados em
numerosas mitocôndrias, que fornecem ATP para o seu batimento.
As caliciformes são células produtoras de muco composto de glicoproteínas.
As células em escova possuem, em seu ápice, numerosas microvilosidades e são
consideradas receptores sensoriais, pois, em sua base, estão presentes terminações
nervosas. As células basais, que estão na base do epitélio, são pequenas, indiferen-
ciadas, pluripotentes e sofrem mitose. As células do DNES possuem numerosos
grânulos de secreção contendo hormônios de ação parácrina e endócrina. Esses
grânulos localizam-se na região basal das células (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2018).
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E U INDI CO
NARIZ
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FARINGE
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Descrição da Imagem: representação das regiões da laringe, mostrando desde cavidade nasal até a traqueia.
LARINGE
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TRAQUEIA
BRÔNQUIOS E BRONQUÍOLOS
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Durante uma crise de asma, o músculo liso bronquiolar entra em
espasmo. Como não há cartilagem de sustentação, os espasmos fe-
cham as vias respiratórias. O movimento do ar pelos bronquíolos
contraídos torna a respiração mais difícil. A parte parassimpática
da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) e os mediadores
de reações alérgicas, como a histamina, também provocam estrei-
tamento dos bronquíolos (broncoconstrição), em virtude da con-
tração do músculo liso bronquiolar (TORTORA; DERRICKSON,
2017, p. 454).
PULMÕES
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Em cada pulmão, identificamos uma face costal que está em contato com as
costelas na sua região anterior e com os corpos vertebrais, posteriormente. Uma
face mediastinal (região medial) está voltada para o mediastino, contendo o hilo
(local onde chegam e saem os vasos sanguíneos e os brônquios) e, por fim, uma
face diafragmática côncava, que forma a base do pulmão.
O pulmão direito é maior e mais pesado que o esquerdo, porém é mais curto,
devido à presença do fígado inferiormente. O pulmão esquerdo, apesar de ser
menor que o direito, é mais longo, porém é mais estreito, uma vez que o ápice do
coração está voltado à esquerda. No pulmão direito identificamos três lobos, se-
parados por duas fissuras, sendo a fissura oblíqua e a fissura horizontal. O pulmão
esquerdo apresenta apenas dois lobos separados pela fissura oblíqua.
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Figura 6 - Pulmões
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação dos pulmões, adentrando a cavidade torácica, as faces costais e as faces
mediastinais.
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Descrição da Imagem: representação dos alvéolos e a membrana respiratória, abrangendo a organização alveolar,
MEV dos alvéolos pulmonares, a vista de uma secção e a membrana respiratória.
Esta membrana permite a difusão dos gases. O O2, ao se difundir do interior dos
alvéolos em direção ao sangue, atravessa o pneumócito I, a membrana basal do
pneumócito I, a membrana basal da célula endotelial e, por fim, a célula endo-
telial. Já o CO2 fará o caminho contrário, pois se difunde do sangue em direção
aos alvéolos.
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TRANSPORTE DE GASES
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Durante o desenvolvimento, os movimentos respiratórios do feto
provocam a aspiração de líquido pelos pulmões, o qual é uma mis-
tura de líquido amniótico, muco proveniente das glândulas brôn-
quicas e surfactante. Ao nascimento, os pulmões estão parcialmente
cheios de líquido, mas assim que a respiração começa grande parte
dele é rapidamente reabsorvida pelo sangue e pelos capilares linfá-
ticos, e uma pequena quantidade é expelida pelo nariz e pela boca
durante o parto (TORTORA, 2007, p. 803).
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ZO O M NO CO NHEC I M ENTO
RESUMO
■ O sistema respiratório é formado pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela
traqueia, pelos brônquios, pelos bronquíolos e pelos pulmões.
■ Os órgãos do sistema respiratório são, em sua maioria, revestidos por um
epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes,
denominado epitélio respiratório.
■ O nariz está constituído pelo nariz externo, cavidade nasal e seios para-
nasais.
■ A faringe é dividida em três regiões: parte nasal da faringe, parte oral da
faringe e parte laríngea da faringe.
■ Um conjunto de nove cartilagens formam a laringe, que, além de conduzir
o ar até a traqueia, tem uma importante função na produção do som.
■ Localizada anteriormente ao esôfago, encontramos a traqueia, que se ra-
mifica em dois brônquios.
■ Os pulmões, localizados um de cada lado do coração, são órgãos espon-
josos repletos de cavidades que contêm ar e realizam as trocas gasosas,
denominadas alvéolos.
■ Entre o sangue e a luz dos alvéolos existe a membrana respiratória, que
permite a passagem dos gases durante a troca gasosa.
■ A respiração é a troca de gases entre a atmosfera, o sangue e as células do
corpo e ocorre em três estágios: ventilação pulmonar, respiração pulmo-
nar e respiração tecidual.
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para quem quer trabalhar com o Sistema Respiratório
é bastante amplo e diversificado, oferecendo uma série de oportunidades para
profissionais qualificados e com interesse nesta área da saúde. Uma das áreas de
atuação é a pneumologia, especialistas em doenças respiratórias podem atuar
em hospitais, clínicas, consultórios particulares e instituições de pesquisa. Estes
profissionais são responsáveis por diagnosticar e tratar condições, como asma,
bronquite, pneumonia, tuberculose e outras doenças que afetam o sistema res-
piratório.
Outra opção é a carreira de enfermeiro respiratório, que envolve a assistência
direta a pacientes com problemas respiratórios, em hospitais, unidades de terapia
intensiva, clínicas e outros ambientes de cuidados de saúde. Estes profissionais são
responsáveis por monitorar a função pulmonar, administrar medicações, auxiliar
na ventilação mecânica e realizar outras intervenções necessárias para garantir a
respiração adequada dos pacientes.
Além disso, existem outras áreas de atuação, como a fisioterapia respiratória,
a pesquisa em doenças respiratórias, a fabricação de equipamentos médicos para
o tratamento de problemas respiratórios, entre outras.
Em resumo, as oportunidades do mercado de trabalho para quem quer traba-
lhar com o sistema respiratório são vastas e abrangentes, exigindo uma formação
sólida e contínua atualização profissional para se destacar nesta área.
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Cite as três regiões da faringe e descreva a sua estrutura e suas principais características.
3. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que crianças, filhas de mães fuman-
tes, têm, ao nascer, peso médio inferior ao de crianças filhas de mães não fumantes.
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a) A afirmação II também está correta, mas esta não tem por consequência o contido
na afirmação III.
b) As afirmações II e III também estão corretas, e ambas têm por consequência o contido
na afirmação V.
c) A afirmação III também está correta, mas esta não tem por consequência o contido
na afirmação V.
d) A afirmação IV também está correta e tem por consequência o contido na afirmação V.
e) As afirmações II, III e IV estão corretas e têm por consequência o contido na afirmação
V.
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a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III.
d) II e V.
e) I, II e IV.
3- Armazenar O2 ou CO2.
Portanto:
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FOSS-FREITAS, M. C.; MARQUES JÚNIOR, W.; FOSS, M. C. Neuropatia autonômica: uma com-
plicação de alto risco no diabetes melito tipo 1. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 52, n. 2, p.
398-406, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ abem/v52n2/28.pdf. Acesso em:
27 jun. 2023.
HALL, J. E. Tratado de fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2018.
MARANHÃO-FILHO, P. M. Phineas Gage e o acidente que deu um novo rumo à neurologia.
Rev. Bras. Neurol., v. 50, n. 2, p. 33-35, 2014.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed,
2009.
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2016.
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
SILVA, S. G. da. A gênese cerebral da imagem corporal: algumas considerações sobre o fe-
nômeno dos membros fantasmas em Ramachadran. Revista de Saúde Coletiva, v. 23, n.
1, p. 167-195, 2013.
TAMASHIRO, E. et al. Efeitos do cigarro sobre o epitélio respiratório e sua participação na
rinossinusite crônica. Braz J. Otothinolaryngol, v. 75, 2009.
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
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1. Parte nasal da faringe (nasofaringe): é a região mais superior da faringe, localizada atrás
do nariz. Ela se comunica com as cavidades nasais e é responsável por conduzir o ar
inspirado em direção à laringe.
No entanto os alvéolos não fazem parte da porção condutora, mas sim da porção respi-
ratória do sistema respiratório. Os alvéolos são pequenas estruturas em forma de saco
localizadas nos pulmões, onde ocorre a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Nos
alvéolos é que ocorre a difusão de oxigênio para o sangue e a eliminação de dióxido de
carbono dos pulmões.
3. A resposta correta é a opção e) As afirmações II, III e IV estão corretas e têm por conse-
quência o contido na afirmação V.
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Afirmação III: o oxigênio, ligado à hemoglobina, fica indisponível para as células, desse
modo, o sangue materno chega à placenta com taxas reduzidas de oxigênio. Isso está
correto, pois a presença de carboxihemoglobina reduz a disponibilidade de oxigênio
para as células e, consequentemente, o sangue materno chega à placenta com níveis
reduzidos de oxigênio.
Afirmação IV: a constrição dos vasos sanguíneos maternos diminui o aporte de sangue
à placenta, desse modo, reduz-se a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam ao
feto. Isso está correto, pois a constrição dos vasos sanguíneos reduz o fluxo sanguíneo
para a placenta, limitando o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao feto.
Afirmação V: com menos oxigênio e menos nutrientes, o desenvolvimento do feto é mais
lento, e a criança chegará ao final da gestação com peso abaixo do normal. Esta afirmação
está correta, pois a restrição do fornecimento de oxigênio e nutrientes ao feto, devido ao
tabagismo materno pode afetar, negativamente, seu desenvolvimento, resultando em
um peso inferior ao normal ao final da gestação.
Portanto, as afirmações II, III e IV estão corretas e têm por consequência o contido na
afirmação V, tornando a opção E a resposta correta.
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Justificativa:
1- Epiglote: a epiglote é uma estrutura localizada na base da língua, que se fecha du-
rante a deglutição para evitar que alimentos e líquidos entrem no sistema respiratório,
direcionando-os para o esôfago.
2- Músculo diafragma: o músculo diafragma é o principal músculo envolvido na respiração.
Ele se contrai e relaxa para movimentar os pulmões durante a inspiração (contração) e
a expiração (relaxamento).
3- Alvéolos: os alvéolos são pequenas estruturas presentes nos pulmões, onde ocorre
a troca gasosa entre o ar inspirado e o sangue. Eles são responsáveis por armazenar o
oxigênio (O2) inspirado nos pulmões e, também, por liberar o dióxido de carbono (CO2)
produzido pelo metabolismo celular para ser expirado.
4- Laringe: a laringe é uma estrutura do sistema respiratório que contém as cordas vo-
cais. Ela desempenha um papel importante na produção de sons e na articulação da fala.
Portanto, a opção a) é a resposta correta, pois contém os nomes das estruturas corretas
que realizam as funções descritas.
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MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar em nossa memória detalhes sobre o sis-
tema nervoso central. Vamos recordar detalhes sobre ele?
Assista ao vídeo a seguir.
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P E N SA NDO J UNTO S
INTRODUÇÃO
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Descrição da Imagem: representação de como ocorre a organização do sistema nervoso central humano.
Descrição da Imagem: representação do tecido nervoso, unindo Corpos de Nissl, neurônio e neuroglia.
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NEURÔNIOS
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Descrição da Imagem: representação da classificação estrutural dos neurônios, partindo do bipolar ao pseu-
dounipolar até o multipolar.
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NEURÓGLIA
Figura 5 - Neuróglia
Fonte: Barauna (2019, p. 77).
Descrição da Imagem: a neuróglia constitui o conjunto de células do tecido nervoso, exceto os neurônios, repre-
sentando aproximadamente metade do volume celular do SNC.
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POTENCIAL DE AÇÃO
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Um potencial de ação ou impulso nervoso é uma sequência de
eventos ocorrendo rapidamente, que diminui e inverte o potencial
de membrana e, em seguida, finalmente o restaura ao estado de
repouso. Se um estímulo provoca a despolarização da membrana a
um nível crítico, chamado limiar (em geral, em torno de -55 mV),
em seguida surge um potencial de ação. Um potencial de ação tem
duas fases principais: uma fase despolarizante (despolarização) e
uma fase repolarizante (repolarização) (TORTORA; DERRICK-
SON, 2017, p. 245).
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SINAPSE
É uma junção especializada, em que um terminal axonal faz contato com outro
neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas, sendo que
grande parte das sinapses são químicas, nas quais ocorre a liberação de moléculas
denominadas neurotransmissores.
Toda sinapse possui um neurônio pré-sináptico, que envia o impulso nervoso,
e um neurônio pós-sináptico, que recebe o impulso. Entre os neurônios pré e
pós-sináptico existe um pequeno espaço, a fenda sináptica.
As sinapses elétricas permitem a transferência direta da corrente iônica de
uma célula para outra e dependem de junções intercelulares denominadas jun-
ções gap ou junções comunicantes. A distância entre as membranas pré-sinápti-
cas (do axônio – transmissor do impulso nervoso) e pós-sinápticas (do dendrito
ou corpo celular – receptoras do impulso nervoso) é muito pequena. As junções
gap formam estruturas semelhantes a túneis na membrana dos neurônios pré
e pós-sinápticos, permitindo a passagem dos íons através delas, realizando a
transmissão do impulso nervoso. Esse tipo de sinapse é encontrado em algumas
regiões, como no músculo liso da parede das vísceras, músculo cardíaco e em
regiões do encéfalo (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Em uma sinapse química (Figura 9), os neurônios pré-sináptico e pós-sináp-
tico estão mais afastados do que na sinapse elétrica. Para que a sinapse química
ocorra é necessária a liberação pelo neurônio pré-sináptico, de moléculas quí-
micas denominadas neurotransmissores (descrito adiante).
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NEUROTRANSMISSORES
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MENINGES
As meninges (Figuras 10 e 11) são três envoltórios de tecido conjuntivo que en-
volvem o encéfalo e a medula espinal, sendo denominadas pia-máter, aracnoide
e dura-máter. Essas membranas são extremamente importantes, uma vez que
conferem proteção, estabilidade e absorção de impactos aos órgãos do sistema
nervoso central (TORTORA, 2007).
A dura-máter é a mais externa e está constituída por tecido conjuntivo fibroso,
sendo a mais espessa e resistente das três. Na medula espinal, existe um espaço
entre a dura-máter e as vértebras, o espaço epidural, o qual é preenchido por
tecido adiposo. Já a dura-máter encefálica consiste em duas camadas, a lâmina
endóstea, a qual é mais externa e está conectada diretamente ao periósteo do
crânio, e a lâmina meníngea, mais interna. No crânio não há um espaço epidural
como na medula espinal, entretanto, no encéfalo, a lâmina meníngea da dura-
-máter apresenta quatro pregas (TORTORA; DERRICKSON, 2017):
1. Foice do cérebro: localizada entre os hemisférios cerebrais, na fissura
longitudinal.
2. Tentório do cerebelo: localizada entre o cerebelo e os hemisférios ce-
rebrais.
3. Foice do cerebelo: localiza-se inferiormente ao tentório do cerebelo, en-
tre os hemisférios cerebelares.
4. Diafragma da sela: reveste a sela turca do osso esfenoide, formando uma
bainha para a glândula hipófise.
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Descrição da Imagem: representação completa das meninges espinhais, a partir da perspectiva de suas
vistas.
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Descrição da Imagem: representação completa das meninges encefálicas, a partir da perspectiva de suas
vistas.
A mais interna das três meninges, a pia-máter, é uma membrana delicada de te-
cido conjuntivo que está em contato íntimo com o encéfalo e a medula espinal.
O líquido cerebrospinal, um exsudato do plasma sanguíneo, é produzido nos
ventrículos cerebrais (ventrículos laterais, terceiro ventrículo e quarto ventrículo),
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CONCLUSÕES
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NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que desejam atuar com o sistema ner-
voso central é bastante amplo e promissor, oferecendo diversas oportunidades em
diferentes áreas e níveis de especialização. Algumas das principais oportunidades
incluem:
■ Neurologia clínica: os neurologistas são médicos especializados em diag-
nosticar e tratar doenças neurológicas, como a doença de Parkinson, a
esclerose múltipla, a epilepsia e outras condições que afetam o sistema
nervoso central. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas, consultórios
particulares ou em instituições de pesquisa.
■ Neurociência básica e aplicada: os neurocientistas estudam o sistema ner-
voso central em nível molecular, celular e sistêmico. Eles podem trabalhar
em universidades, institutos de pesquisa, empresas farmacêuticas e bio-
tecnológicas, desenvolvendo novas terapias e tratamentos para doenças
neurológicas.
■ Neuropsicologia: os neuropsicólogos são responsáveis por avaliar e tratar
pacientes com distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo demên-
cias, transtornos de ansiedade e depressão. Eles podem trabalhar em hos-
pitais, clínicas, centros de reabilitação e consultórios particulares.
■ Neurocirurgia: os neurocirurgiões são médicos especializados em cirur-
gias que envolvem o sistema nervoso central, incluindo cirurgias cere-
brais e da coluna vertebral. Eles podem trabalhar em hospitais, clínicas e
centros de pesquisa.
■ Tecnologia médica: a tecnologia médica é uma área em crescimento que
engloba o desenvolvimento de equipamentos e dispositivos médicos
avançados para diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas. Os
profissionais podem trabalhar em empresas de tecnologia médica, hos-
pitais e institutos de pesquisa.
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2. Como o sistema nervoso central é responsável pela coordenação das funções corpo-
rais e comportamentais, quais as principais doenças que podem afetá-lo e quais as
estratégias de tratamento utilizadas para minimizar os seus efeitos?
3. Qual das alternativas a seguir contém estruturas que são componentes do Sistema
Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP), respectivamente?
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a) V – III – I – IV – II.
b) I – IV – V – III – II.
c) I – IV – III – II – V.
d) II – I – IV – III – V.
e) II – III – I – IV – V.
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É importante destacar que as causas das alterações nos neurotransmissores podem variar
dependendo da doença em questão. O estudo dessas alterações é complexo e envolve
diversas áreas da neurociência e da medicina. Compreender essas alterações é funda-
mental para o desenvolvimento de tratamentos e terapias direcionados para restaurar o
equilíbrio dos neurotransmissores e melhorar o funcionamento do sistema nervoso em
doenças neurológicas.
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2. O sistema nervoso central (SNC), composto pelo cérebro e pela medula espinhal, desem-
penha um papel fundamental na coordenação das funções corporais e comportamen-
tais. Ele recebe informações sensoriais do ambiente e do próprio corpo, processa essas
informações e envia sinais motores para os músculos e órgãos, permitindo a execução
de ações coordenadas. O cérebro, em particular, é responsável por diversas funções
cognitivas, como a percepção, a memória, o raciocínio, a linguagem e o controle do
comportamento. Ele interpreta as informações sensoriais recebidas e toma decisões com
base nessas informações, coordenando ações e respostas apropriadas. Além disso, o SNC
é responsável pela regulação de várias funções corporais essenciais, como a frequência
cardíaca, a pressão arterial, a respiração, a temperatura corporal e o equilíbrio hídrico. Ele
integra informações provenientes de diferentes partes do corpo e coordena as respos-
tas necessárias para manter o funcionamento adequado do organismo. O SNC também
desempenha um papel importante na regulação do humor, das emoções e do compor-
tamento. Certas áreas do cérebro estão envolvidas no processamento emocional e na
tomada de decisões, influenciando nosso comportamento e nossas respostas emocionais.
SNC: é composto pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo inclui estruturas como
o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. A medula espinal é uma estrutura longa e
cilíndrica localizada no canal vertebral.
SNP: é composto pelos nervos cranianos (que se originam no cérebro) e pelos nervos
periféricos (que se originam na medula espinal). Além disso, o SNP inclui gânglios ner-
vosos, que são aglomerados de corpos celulares neuronais localizados fora do SNC, e
terminações nervosas presentes nos tecidos e órgãos do corpo.
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MINHAS METAS
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P L AY NO CO NHEC I M ENTO
VAMOS RECORDAR?
Precisamos buscar, na nossa memória, detalhes do SNP.
Vamos recordar alguns detalhes dele ao assistir ao vídeo a
seguir.
P E N SA NDO J UNTO S
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NERVOS
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Figura 1 – Nervo
Fonte: a autora.
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Medula espinhal
Gânglio sensorial Neurônio sensorial
Célula de
Schwann Mielina
Raiz dorsal
Pele
Raiz ventral
Neurônio motor
Descrição da Imagem: representação do nervo misto. Os nervos têm, como função, realizar a comunicação entre
a periferia (SNP) e o centro (SNC).
NERVOS ESPINHAIS
Os nervos espinhais são aqueles que se conectam à medula espinal. Para tanto, os
nervos devem passar através do forame intervertebral. Após atravessar o forame,
um nervo espinhal origina duas raízes: a raiz sensitiva e a raiz motora. A raiz
sensitiva, posterior, é constituída, apenas, por fibras aferentes (sensitivas), e chega
à medula espinal pela região posterior, exatamente, no sulco lateral posterior. A
raiz motora, anterior, é formada por fibras eferentes (motoras), e sai pela região
anterior da medula espinal, no sulco lateral anterior.
Antes de chegar ao forame intervertebral e originar os ramos anterior e pos-
terior, os nervos se dividem em ramos, conforme nos apresenta Tortora (2007):
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Ramo comunicante
Gânglio do tronco
(cadeia) simpático
(a)
Ramo dorsal
Ramo ventral
Nervo espinal
Nervo intercostal
Ramos comunicantes
Gânglio da raiz dorsal
Raiz ventral
Gânglio do tronco
(cadeia) simpático
Raiz dorsal
Cavidade torácica
Cutâneo lateral
Ramos do
Cutâneo anterior nervo
intercostal
Esterno
(b)
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Antes de atingir o órgão-alvo, os ramos anteriores originam redes que são deno-
minadas de plexos. Apenas, os nervos torácicos (de T2 a T12) não formam plexos
a partir de ramos anteriores. Os plexos dão origem aos nervos, os quais podem
se ramificar ainda mais até atingir o órgão-alvo. Esses plexos são:
■ Plexo cervical: localizado em cada lado do pescoço e formado a partir
dos ramos anteriores de C1 a C4 e uma parte de C5. O plexo cervical
origina nervos que suprem a pele e os músculos da cabeça, do pescoço,
dos ombros e do tórax. O maior nervo desse plexo é o nervo frênico, que
inerva o músculo diafragma.
■ Plexo braquial: passado acima da primeira costela e está constituído
pelos ramos anteriores de C5 a T1. Os nervos suprem os ombros e os
membros superiores. Os principais nervos são o nervo axilar, o nervo
musculocutâneo, o nervo radial, o nervo mediano e o nervo ulnar.
■ Plexo lombar: formado pelos ramos anteriores de L1 a L4, o plexo lom-
bar passa próximo aos músculos iliopsoas e quadrado lombar. É responsá-
vel pela inervação da região anterolateral do abdômen, órgãos do sistema
genital e membros inferiores. O maior e principal nervo é o nervo femoral.
■ Plexo sacral: originado a partir dos ramos anteriores de L4, L5 e S1 a
S4, esse plexo é responsável pela inervação dos glúteos, do períneo e dos
membros inferiores. Está localizado na região anterior do sacro. O prin-
cipal nervo é o nervo isquiático (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH,
2009).
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Plexo
cervical Nervos
cervicais
C1-C8
Plexo
braquial
Alargamento
cervical
Nervos Nervos
intercostais torácicos
T1-T12
Intumescência
lombar
Plexo sacral
Nervos
sacrais
S1-S5
Descrição da Imagem: representação dos plexos nervosos, do plexo cervical até o plexo sacral.
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NERVOS CRANIANOS
Como o nome sugere, esses nervos se originam e/ou chegam a regiões do encéfa-
lo, especificamente, no tronco encefálico, em sua maioria, diferente do que ocorre
com os nervos espinhais, os quais se encontram conectados à medula espinal.
Os nervos cranianos formam um total de 12 pares, responsáveis pela inerva-
ção, principalmente, de estruturas da cabeça e do pescoço. Algarismos romanos
são utilizados para enumerar os nervos cranianos, sendo eles, de acordo com
Martini, Timmons e Tallitsch (2009):
■ Nervo olfatório (I): o primeiro par de nervos cranianos, puramente, sen-
sitivo e responsável pelo sentido do olfato. O nervo olfatório faz conexão
em uma região do encéfalo, denominada de bulbo olfatório. Então, segue
como trato olfatório.
■ Nervo óptico (II): o segundo par de nervos cranianos é, também, pura-
mente, sensitivo e especializado no sentido da visão. Os nervos ópticos
têm origem na retina e se projetam em direção ao diencéfalo, no qual
a metade medial das fibras cruzam para o lado oposto, em uma região
denominada de quiasma óptico (quiasma = cruzamento). Após isso, os
axônios originam os tratos ópticos que seguem em direção ao diencéfalo
e, deste, para o lobo occipital do cérebro, no córtex visual primário.
■ Nervo oculomotor (III): um nervo, puramente, motor, é responsável
pelos movimentos oculares. Tem a função de controle de quatro dos seis
músculos extrínsecos do bulbo do olho.
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“
O tique doloroso afeta um indivíduo em cada 25.000. Os pacientes
se queixam de dor intensa, quase, totalmente, debilitante, desenca-
deada por contato com o lábio, a língua ou as gengivas. A dor surge
subitamente, com intensidade cruciante, e, então, desaparece. Em
geral, apenas, um dos lados da face é afetado. Outro nome para essa
patologia é nevralgia do trigêmeo, porque são os nervos maxilar e
mandibular do nervo trigêmeo que inervam as áreas sensitivas afe-
tadas. Essa patologia costuma afetar indivíduos acima dos 40 anos
de idade e sua causa é desconhecida. Muitas vezes, a dor pode ser,
temporariamente, controlada por meio de terapia medicamentosa,
mas intervenções cirúrgicas podem ser necessárias como solução
final. O objetivo da cirurgia é a destruição dos nervos sensitivos
que veiculam sensações dolorosas. Eles podem ser destruídos por
secção nervosa, um procedimento, denominado de rizotomia (rhiza,
nariz); ou por injeção de substâncias químicas, como álcool ou fenol,
dentro do nervo, no nível do forame redondo, ou oval. As fibras
sensitivas, também, podem ser destruídas pela inserção de eletrodos
e cauterização dos troncos nervosos sensitivos quando eles deixam
o gânglio trigeminal (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009,
p. 422, grifo do original).
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“
A paralisia de Bell resulta da inflamação do nervo facial, provavel-
mente, relacionada à infecção viral. O comprometimento do nervo
facial pode ser inferido pelos sintomas de paralisia dos músculos da
face, no lado afetado; e pela perda da sensação do paladar nos dois
terços anteriores da língua. Os indivíduos não exibem deficiências
sensitivas relevantes e a patologia é, geralmente, indolor. Em muitos
casos, a paralisia de Bell “melhora sozinha” após algumas semanas
ou meses, mas esse processo pode ser acelerado com tratamento
precoce, à base de corticosteroide e drogas antivirais (MARTINI;
TIMMONS; TALLITSCH, 2009, p. 423).
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Movimentos oculares
VI Abducente Motor
para a lateral
Percepção sensitiva da
faringe e do palato mole,
IX Glossofaríngeo Misto audição e
controle dos músculos
da deglutição
Sensibilidade da orelha,
do músculo diafragma e
X Vago Misto
de vísceras das vias res-
piratórias e abdominais
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Inervação da musculatu-
XII Hipoglosso Motor
ra da língua
“
A pele que recobre todo o corpo é inervada por neurônios sensi-
tivos somáticos, que conduzem impulsos nervosos da pele para o
tronco encefálico e a medula espinal. Do mesmo modo, neurônios
motores somáticos que conduzem impulsos para fora da medula
espinal inervam os músculos esqueléticos subjacentes. Cada nervo
espinal contém neurônios sensitivos que atuam em um segmento
específico e previsível do corpo. O nervo trigêmeo (V) atua na maior
parte da pele da face e do escalpo. A área da pele que fornece influxo
sensitivo para a PCSN, por meio de um par de nervos espinais, ou
do nervo trigêmeo (V), é chamada de dermátomo (G.; dérma =
pele; g; tomé = corte [pedaço]). O suprimento nervoso, nos der-
mátomos adjacentes, é, relativamente, sobreposto. O conhecimento
dos segmentos espinais que inervam cada dermátomo torna pos-
sível a localização das regiões lesadas da medula espinal. Se a pele,
em uma região específica, é estimulada, mas a sensação não é per-
cebida, os nervos que suprem aquele dermátomo, provavelmente,
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GÂNGLIOS
Corpo celular do
neurônio
Núcleo
Células satélites
Tecido conectivo
Descrição da Imagem: representação de um gânglio nervoso, com a apresentação desde o corpo celular do
neurônio até o tecido conectivo.
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TERMINAÇÕES NERVOSAS
E U I NDI CO
O sistema nervoso autônomo faz parte do SNP, e, como o nome sugere, o controle
dele é “autônomo”, ou seja, ele se autocontrola de maneira independente da nos-
sa vontade. É responsável pela inervação da musculatura lisa visceral, músculo
estriado cardíaco e glândulas, de modo a realizar o controle das vísceras. Na
maioria das vezes, não percebemos as informações sensitivas provenientes do
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Regula as atividades
Realiza a contração viscerais através da
RESPOSTA MOTORA dos músculos estria- contração dos múscu-
dos esqueléticos los liso e cardíaco das
glândulas
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Há um neurônio sen-
Há um neurônio sen-
sitivo e dois neurônios
CONSTITUIÇÃO sitivo e um neurônio
motores organizados em
motor
série, um após o outro
Acetilcolina (ACh) e
NEUROTRANSMISSORES Acetilcolina (ACh)
Noradrenalina (Na).
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Agora, analisaremos cada uma das partes do sistema nervoso autônomo sepa-
radamente.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração representando os efetores das fibras pós-ganglionares do
sistema nervoso simpático.
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E U INDI CO
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■ Ocorre uma maior ativação dos órgãos efetores pelas fibras simpáticas.
■ A secreção de NA e adrenalina (AD) pela medula da glândula adrenal,
quando estimulada pelo sistema nervoso simpático, atinge a circulação
sanguínea e faz com que a resposta seja disseminada pelo corpo e per-
maneça por mais tempo.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração representando as fibras pré e pós-ganglionares do sistema
nervoso parassimpático.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração representando os efetores das fibras pós-ganglionares do
sistema nervoso parassimpático.
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Ligeira secreção
Glândula lacrimal Secreção lacrimal
lacrimal
Secreção de uma
Secreção de uma saliva flui-
Glândulas salivares saliva espessa e pobre
da e rica em enzimas
em enzimas
Medula da glândula
Secreção de AD e NA Nenhum efeito conhecido
adrenal
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Estimula a contração
Útero Mínimo efeito
em mulheres grávidas
SENTIDOS GERAIS
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SENTIDOS ESPECIAIS
VISÃO
A visão nos permite, através dos olhos, enxergar o mundo ao nosso redor. As
pálpebras, os cílios, os supercílios (sobrancelhas), os músculos extrínsecos do
olho (responsáveis por movimentar os olhos) e o aparelho lacrimal (estruturas
responsáveis por produzir, secretar e remover as lágrimas) são considerados es-
truturas oculares acessórias, pois auxiliam a proteção, a movimentação e a lu-
brificação adequada dos olhos, respectivamente. O bulbo do olho é formado
por três túnicas (camadas): túnica fibrosa, túnica vascular e retina (TORTORA;
DERRICKSON, 2017).
A informação visual (Figura 13), capturada pelos receptores visuais da retina,
é enviada ao encéfalo pelos nervos ópticos (um em cada olho), os quais chegam
ao quiasma óptico no diencéfalo. No quiasma óptico, ocorre o cruzamento de
metade das fibras do nervo óptico do lado direito para o esquerdo, e vice-versa.
A partir daí, o trato óptico chega aos corpos geniculados laterais e, deste, parte
em direção ao córtex visual, localizado no lobo occipital do cérebro.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração representando as vias visuais do ser humano.
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OLFATO
GUSTAÇÃO
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AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO
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As ondas sonoras, capturadas pela orelha, passam pelo MAE e causam uma vi-
bração da membrana timpânica. Ao vibrar, a membrana timpânica movimenta
os três ossículos da audição, que, através do estribo, conectado à janela do vestí-
bulo, promove uma onda na perilinfa, e desta, para a endolinfa. Essa onda ativa
os receptores da audição localizados na cóclea e a informação, através da parte
coclear do oitavo (VIII) par de nervos cranianos, o vestibulococlear, chega à área
auditiva do córtex cerebral.
Já o equilíbrio é dependente dos movimentos e da posição da cabeça. Con-
forme a cabeça se movimenta, a endolinfa também é movimentada, levando à
ativação dos receptores do equilíbrio, localizados no interior dos canais semi-
circulares e do vestíbulo. Essa informação segue da parte vestibular do nervo
vestibulococlear (VIII) até o tronco encefálico e o cerebelo.
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Descrição da Imagem: na figura, há uma ilustração representando o desenvolvimento das vesículas encefálicas.
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E U I NDI CO
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E M FO CO
NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho, para profissionais que desejam atuar com o SNP, é amplo
e oferece diversas oportunidades em áreas da saúde, como medicina, enferma-
gem, fisioterapia, entre outras.
Um dos principais campos de atuação é a neurologia, que trata de doenças e
disfunções do sistema nervoso, incluindo o periférico. Além disso, existem áreas
específicas, como a neurofisiologia clínica, que se concentra em testes de diag-
nóstico, e a neurocirurgia periférica, que é responsável pelo tratamento cirúrgico
de lesões e distúrbios do SNP.
Outra área que tem ganhado destaque é a neuroengenharia, que se dedica a
desenvolver dispositivos médicos, como próteses, para ajudar no tratamento de
distúrbios do SNP.
Com o envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas, a
demanda por profissionais qualificados no tratamento do SNP tende a crescer,
tornando esse um campo promissor para os interessados em atuar na área da
saúde.
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O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS) e sistema nervoso autônomo (SNA).
2. O sistema nervoso é a parte do organismo que transmite sinais entre as suas diferen-
tes partes e coordena as suas ações voluntárias e involuntárias. Pode ser dividido em
central e periférico, sendo responsáveis por cada uma das funções.
Qual das alternativas a seguir contém estruturas que são componentes do sistema ner-
voso periférico (SNP)?
a) Nervos e gânglios.
b) Cérebro e glândulas.
c) Hipotálamo e medula.
d) Gânglios e medula espinhal.
e) Nervos e tronco encefálico.
3. O sistema nervoso periférico autônomo (SNPA) ou visceral tem, por função, regular o
ambiente interno do corpo, controlando a atividade de alguns sistemas que compõem
o nosso corpo.
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a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
4. Os nervos têm, por função, realizar a comunicação entre a periferia (SNP) e o centro
(SNC). Informações sensitivas, provenientes de órgãos internos e da superfície do
corpo (pele), chegam até a medula espinhal por meio de fibras sensitivas, denominadas
de aferentes, enquanto os impulsos provenientes da medula espinhal chegam até os
músculos pelas fibras motoras, denominadas de eferentes.
a) Medula espinal.
b) Encéfalo.
c) Músculos flexores do braço.
d) Terminações sensoriais de calor.
e) Terminações sensoriais de dor.
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Uma garota de 11 anos sofre de surdez e de uma intensa dor no ouvido esquerdo. Seu
pediatra dá o diagnóstico de otite média aguda, depois de examinar a superfície lateral
da membrana timpânica com o auxílio de um otoscópio. Na orelha média, encontramos:
a) A cóclea.
b) Os canais semicirculares.
c) O meato acústico externo.
d) Os ossos martelo, bigorna e estribo.
e) O vestíbulo.
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1. O sistema nervoso autônomo é responsável pelo controle das funções corporais auto-
máticas, como a frequência cardíaca, a respiração e a digestão. Ele é dividido em dois
ramos: o sistema nervoso simpático, que prepara o corpo para a ação, e o sistema nervoso
parassimpático, que ajuda o corpo a relaxar e se recuperar.
3. D. A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formada por neurônios sensitivos, que
levam informações de receptores sensitivos autônomos – localizados especialmente em
órgãos viscerais, como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por neurônios motores,
que conduzem os impulsos nervosos do SNC para o músculo liso, o músculo cardíaco
e as glândulas. Como suas respostas motoras não estão, de modo geral, sob controle
consciente, a atuação do SNA é involuntária.
5. D. A orelha média está situada no osso temporal, entre a membrana timpânica (orelha
externa) e os ossos da orelha interna. É uma cavidade repleta de ar, que contém os três
menores ossos do corpo humano: martelo, bigorna e estribo.
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