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Dra.

Elisa Bulhões
 Sinonímia: Bufo vulgaria.
 Família: BUFORIDAE.
 Classificação: Medicamento menor.
 Experimentação Patogenética: HENKEL (1832).
 Nome vulgar: Sapo.
 Habitat: Europa e Ásia.
 Parte usada: Veneno da glândula subcutânea do dorso
da região auricular do sapo.
 Forma farmacêutica básica: Trituração ou solução em
etanol à 30%.
 Desde sempre o sapo é um objeto de horror para os
homens. Seu aspecto horrendo é para muitos a causa
de sua lamentável reputação. Sua feiúra o faz estar na
categoria dos bichos malditos e mesmo diabólicos.
 Desde a antiguidade são conhecidas as propriedades
tóxicas de suas secreções. Logo poderia proporcionar
um medicamento heróico para muitos males.
Entretanto a repugnância experimentada pela sua
aparência levou o seu uso ao abandono, do qual foi
retirado muitos anos depois pelas experimentações
hahnemannianas.
Toxicologia:
 A secreção venenosa do sapo contém 2 princípios
ativos: a bufolina e a bufotenina. A experimentação
dessa substância produz inicialmente uma fase de
excitação geral na qual observamos salivação,
hipotermia e depois dispnéia e as alucinações.
 Num 2º período ocorre abatimento, sonolência,
paralisia do quadril , lentificação dos batimentos
cardíacos.
 No 3º período observasse vômitos, convulsões, perda
da consciência, taquicardia, respiração ansiosa e
morte.
Patogenesia:
 Afeta profundamente a mente e as faculdades
intelectuais. Leva a perda da memória que progride até
a imbecilidade. Esse veneno determina um tipo de
imbecilidade que afeta a memória e excita a
masturbação, após a qual podem sobrevir convulsões
epileptiformes.
 Afeta também as mucosas e a pele determinando o
aparecimento de úlceras e lesões, tudo isso nos sujeitos
com tendência marcada a imbecilidade, confusão ou
fraqueza da mente.
Modalidades:
 Agravação: em um quarto quente e ao despertar.

 Melhora: ao ar livre, por banhos frios e colocando os


pés na água quente.
Sintomas Mentais:
 “Procura a solidão, deseja estar só para se masturbar.
Falta de controle sobre seus desejos sexuais e a vileza
da sua mente, que está pronta a abandonar-se aos
vícios e as práticas impróprias.”(Kent)
 “A mente não se desenvolve enquanto que o corpo
cresce; a inteligência permanece como a de uma
criança chorona e gritalhona.”(Kent)
 Fraqueza mental mantida pelo onanismo.
 Piora pelo menor ruído que o desespera.
 Crises de furor com propensão à morder.
 Imbecilidade. Risos. Desejo de embriagar-se.
Sintomas Particulares:
 Todas as secreções são irritantes, pútridas, com cheiro
de gangrena.
 Crises de epilepsia noturnas, durante o sono ou então
durante as regras ou na lua cheia.
 Dores queimantes uterinas ou ovarianas indo para as
coxas. Leucorréia aquosa, sanguinolenta, irritante,
fétida, com odor gangrenoso.
 Vesículas na palma da mão que volta todos os anos na
mesma época.
Clínica:
 Epilepsia, câncer, panarícios, ciática, linfangite séptica,
câncer de lábios, antraz.
Complementar:
 Salamandra maculata.
FIM

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