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CA M PA ÑA IBÉR I C A

Prevención
C AM PA N H A IB É R IC A

Prevenção QUEDA EM ALTURA:


de accidentes de acidentes TRABALHOS EM
de trabajo de trabalho COBERTURA

ACIDENTE DE TRABALHO TIPO

QUEDAS EM ALTURA, PORQUÊ?

As quedas em altura constituem a causa mais comum


de acidentes de trabalho graves e mortais no setor
da construção civil.

Entre as principais causas destes acidentes de


trabalho encontra-se o uso de equipamentos de
trabalho (ex. andaimes, plataformas, escadas,
monta-cargas) sem as devidas proteções cole-
tivas, a ausência de proteções individuais, superfí-
cies de trabalho frágeis, entre outras.

No setor da construção civil, os postos de trabalho


são temporários e móveis, o que potencia o risco da
atividade.

“Trabalhos temporários em altura” são DESCRIÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO


todos os trabalhos realizados em altura em MORTAL - TRABALHOS EM COBERTURA
que o trabalhador utilize equipamentos
• O dono de obra contratou uma empresa externa, na
de trabalho, tais como escadas de mão, área da construção civil, para proceder à reparação/
andaimes, sistemas de acesso e de posicio- manutenção da cobertura de uma nave industrial.
namento por cordas, entre outros, por não
• Os trabalhos realizados consistiram na substituição de
ser possível a sua execução sem a utilização
placas da cobertura, o que determinou que o posto de
dos mesmos. trabalho fosse em altura.

PLANIFICAÇÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE • Para aceder à cobertura foi utilizada uma plataforma
elevatória que foi posicionada na extremidade oposta
A avaliação de riscos deve integrar o Plano de Segurança ao local a reparar.
e Saúde (PSS) ou Fichas de Procedimentos de Seguran-
ça (FPS) e é fundamental para a eliminação ou preven- • Os trabalhadores não usaram equipamentos de prote-
ção dos riscos associados aos trabalhos. ção individual (ex. arnês), apesar destes existirem.

O empregador/entidade executante devem assegurar • Para realização dos trabalhos encontravam-se na


o conhecimento, por todos os trabalhadores, do PSS ou cobertura dois trabalhadores; um deles, ao circular
das FPS e garantir que estejam acessíveis no estaleiro, junto da zona da reparação apoiou-se numa das placas
de modo a que conheçam os riscos associados às tarefas a reparar que se partiu, sofrendo uma queda em altura
a serem desenvolvidas e as medidas previstas para a sua para o interior do armazém, de aproximadamente 5,45
prevenção. metros, da qual resultou a sua morte.
NO PROCESSO DE INQUÉRITO DO ACIDENTE • Os fatores de risco inerentes aos trabalhos e as medidas
DE TRABALHO MORTAL VERIFICOU-SE QUE: preventivas a adotar não foram identificados, avaliados
nem divulgados.
• Não foi utilizada qualquer proteção coletiva.
AUSÊNCIA DE RESPONSÁVEL DE SEGURANÇA
• O dono de obra não informou da existência da linha de vida.
• Não existia um responsável pela verificação do cumpri-
• A linha de vida encontrava-se bloqueada por equipa- mento das regras de segurança.
mentos técnicos existentes na cobertura.

• Não foi utilizada qualquer proteção individual. MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Elaboração do PSS / FPS, que concretizasse os riscos


CAUSAS DO ACIDENTE evidenciados nos trabalhos, nomeadamente conhecer a
natureza do material que compõe a cobertura, as medi-
AUSÊNCIA DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA E das preventivas a adotar e efetuar a sua divulgação junto
INDIVIDUAL de todos os trabalhadores, antes do início dos trabalhos.

• Inexistência de plataforma de trabalho adequada para a Coordenação e cooperação entre os vários intervenien-
deslocação dos trabalhadores na cobertura. tes na obra, de modo a serem conhecidos os riscos gerais
e especificos dos trabalhos e as respetivas medidas de
• Instalação da linha de vida em local inadequado para o prevenção.
seu uso.
Implementação de procedimentos de verificação e
• Não utilização de arnês (EPI) por desconhecimento da controlo do cumprimento das medidas de segurança.
existência da linha de vida.
Instalação de equipamentos de proteção coletiva: passa-
• Acesso pela plataforma elevatória móvel a uma distân- diços com guarda-corpos para circulação dos trabalhado-
cia de 20 metros da área de reparação devido à obstrução res na cobertura.
do acesso próximo ao local dos trabalhos.
Montagem de linha de vida em condições de utilização
AUSÊNCIA DA COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS adequadas.

• Falta de coordenação entre os vários intervenientes na Utilização de equipamentos de proteção individual


organização dos trabalhos e do estaleiro. nomeadamente arnês, calçado de segurança e capacete.

• Falta de informação sobre a existência e condicionalis-


mos da linha de vida.

INEXISTÊNCIA DE PSS / FPS


Nota: Este folheto está associado ao filme “Quedas
em Altura”, disponível no sítio da Campanha do
• O dono de obra não apresentou PSS nem exigiu à
portal da ACT.
empresa executante as FPS.

PRINCIPAL LEGISLAÇÃO:
• Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro, na redação atual.

• Lei nº 102/2009, de 10 de setembro com a redação dada pela Lei nº 3/2014, de 28 de janeiro, que aprova o Regime jurídico da promoção da segu-
rança e saúde no trabalho, na redação actual.

• Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de outubro relativo às prescrições mínimas de segurança e saúde a aplicar em estaleiros temporários ou móveis.

• Decreto-lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro relativo às prescrições mínimas de segurança e saúde na utilização de equipamentos de trabalho.

• Decreto n.º 41821 de 11 de agosto de 1958, que aprova o regulamento de segurança no trabalho da construção civil.

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