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Materiais e recursos
Aulas expositivas.
Projetor.
Computadores com acesso à internet.
Livros para pesquisa.
Desenvolvimento
Quantidade de aulas:4.
Aula 1
Apresentar aos alunos uma reprodução da pintura Os comedores de batata, do holandês
Vincent Van Gogh (1853-1890), e pedir a eles que observem a obra com atenção.
Pedir aos alunos que leiam as respostas em voz alta. Em seguida, realizar uma correção
comentada de, no máximo, 10 minutos.
Terminado o tempo para a realização da atividade, fornecer algumas informações sobre a
imagem que eles analisaram. A obra foi feita por Van Gogh em 1885, quando o artista vivia em
Nuevem, uma aldeia holandesa. Nessa fase, o artista dedicava-se a retratar o cotidiano dos
moradores da aldeia, em sua maioria camponeses ou tecelões. Em Os comedores de batata, o artista
usou como modelos os membros da família Roulin, moradores locais. O homem mais velho que
aparece retratado na cena é Joseph Roulin, o pai, que era carteiro e serviu de modelo também para
outras obras de Van Gogh. A obra atualmente está exposta no Museu Van Gogh, em Amsterdã.
Após fornecer informações básicas sobre a obra, ressaltar que, na época em que a pintura foi
feita, a batata era um dos alimentos mais consumidos entre as pessoas pobres da Europa. Pode-se
dizer que a batata evitou que muitas pessoas morressem de fome. Em seguida, fazer uma sondagem
e perguntar aos alunos se eles sabem dizer de qual continente a batata é originária. Espera-se que os
alunos consigam estabelecer relação entre processos que ocorreram em espaços e tempos distintos.
As Grandes Navegações levaram os europeus ao continente americano, onde conheceram a batata
que era cultivada pelos povos ameríndios. Em um segundo momento, esse tubérculo foi levado à
Europa e seu plantio difundido, passando a fazer parte da dieta da população e evitando que muitas
pessoas morressem de fome.
Após a exposição, que deve durar um terço do tempo da aula, pedir aos alunos para fazerem
uma breve redação na qual sintetizem o que aprenderam na aula. Sugere-se que eles respondam à
questão: "O que eu aprendi hoje?". Determinar um tempo máximo de 5 minutos para os alunos
responderem à questão. Com esse texto em mãos, pode-se pensar em quais estratégias funcionaram
e quais alunos necessitam de mais investimento para alcançar determinado nível de aprendizagem.
Aula 2
Nesta aula, sugere-se discutir a origem de outro alimento americano: o milho. Perguntar aos
alunos: “Vocês sabem o que é amido de milho?” “Já ouviram falar desse produto?” “Já comeram
alguma preparação que contenha amido de milho?”
Possivelmente, os alunos já comeram mingau, bolo, biscoito e outros alimentos cuja base seja
o amido de milho. Em seguida, perguntar à turma se alguém sabe qual o nome popular desse
produto. Pode ser que alguns alunos associem o nome a uma marca, mas vale lembrar que a grafia
dos dois é diferente. No caso, o nome popular do amido de milho é maisena, palavra já incorporada
à língua portuguesa e incluída nos dicionários. Explicar que a origem do nome é a palavra em
espanhol maíz, que significa milho.
Em seguida, ler o texto coletivamente e em voz alta com os alunos.
O milho [...] é originário da América Central há cerca de 7.000 anos. Sua
denominação – zea mays – advém da palavra grega zeia, que significa grão,
cereal, é também uma homenagem aos Maias, um dos povos importantes da
América. Os Astecas e os Incas, outros povos antigos como os Maias, não
só se alimentavam com o milho, mas, possuíam uma relação de cunho
religioso com ele. A tradição alimentar do milho, portanto, representa uma
das raízes de nosso passado indígena.
No mundo pré-hispânico, aquele cereal era o sustento básico do corpo e do
espírito. Sua importância era tamanha que ele figurava no panteão dos
deuses astecas: representava o emblema da deusa dos cereais (Centeotl); e, o
Aula 3
Agora os alunos já sabem que a batata e o milho são nativos da América e que, após as
Grandes Navegações, o consumo desses produtos e seus derivados se espalhou pelo mundo. Sugere-
se dividir a turma em grupos e propor a realização de uma pesquisa sobre a história de algum
alimento vegetal. A ideia é não se limitar aos alimentos nativos da América (tomate, mandioca,
abacaxi etc.), pois os europeus também trouxeram para a América produtos originários de outros
continentes, em especial da Ásia, como banana, coco e cana-de-açúcar. No caso do milho, orientar
os alunos a pesquisar menções a esse cereal nas mitologias dos povos ameríndios. Na mitologia
maia, por exemplo, os primeiros quatro casais, que seriam pais de toda a humanidade, foram criados
pelos deuses a partir da mistura de milho, água e sangue. Chamar a atenção dos alunos para a
presença de cerimônias ligadas às chuvas e à fertilidade nessas culturas.
Esclarecer aos alunos que, após a pesquisa, na aula seguinte, eles deverão apresentar o
resultado das pesquisas na forma de um seminário. Por isso, orientá-los a passar a limpo as
anotações como para a apresentação. A etapa de pesquisa e preparação para o seminário deverá
durar a aula toda.
Aula 4
Esta aula será reservada para a apresentação dos seminários. Determinar cerca de 5 a 7
minutos para cada grupo se apresentar, deixando um tempo para que os colegas façam perguntas
aos grupos que se apresentaram.
Após as apresentações, pedir para cada aluno fazer por escrito uma autoavaliação em que cite
o que aprendeu sobre os alimentos durante as cinco aulas desta sequência didática, inclusive o que
aprendeu na pesquisa para o seminário do seu grupo e o que aprendeu por meio das explicações dos
outros grupos. Recolher as autoavaliações e, depois, fornecer uma devolutiva aos alunos sobre elas.
Avaliação
Participação em sala de aula (assiduidade e interação).
Participação durante a etapa da pesquisa.
Apresentação de seminário.
Elaboração de autoavaliação.
Para auxiliar na avaliação, sugerem-se as fichas e as questões a seguir:
Ficha para o professor
Ampliação
IMBROISI, Margaret. Os comedores de batata, Vincent Van Gogh, 26 dez. 2016. Disponível
em: <https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/os-comedores-de-batatas-vincent-van-
gogh/>. Acesso em: 11 out. 2018. Texto sobre a obra Os comedores de batatas, pintura de Vincent
Van Gogh.
O MAPA interativo que mostra o mundo globalizado das comidas. Disponível em:
<https://www.labgis.uerj.br/noticias/o-mapa-interativo-que-mostra-o-mundo-globalizado-das-
comidas>. Acesso em: 11 out. 2018. Mapa da origem geográfica dos alimentos.
SILVA, Rodrigo da. Como a batata transformou o mundo, 26 jan. 2017. Disponível em:
<https://www.huffpostbrasil.com/rodrigo-da-silva/como-a-batata-transformou-o-
mundo_a_21679047/>. Acesso em: 11 out. 2018. Artigo sobre a origem da batata e sua difusão pelo
mundo.