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SUMÁRIO
GEOGRAFIA GERAL – CARTOGRAFIA ................................................................................................................. 2
CARTOGRAFIA................................................................................................................................................ 2
CARTOGRAFIA E PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS ......................................................................................... 2

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GEOGRAFIA GERAL – CARTOGRAFIA


CARTOGRAFIA
CARTOGRAFIA E PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
CARTOGRAFIA
A Cartografia tem como finalidade a representação da Terra ou de parte dela, o que
significa fazer a transição gráfica dos fenômenos por meio da elaboração de mapas e cartas, a
fim de se obter um retrato – o mais preciso possível – da realidade. Mais que uma técnica, ela
é uma arte que envolve inúmeros aspectos da representação dos fenômenos geográficos.
Entre eles podemos destacar:
• a concepção dessa representação;
• o levantamento daquilo que será representado;
• a confecção propriamente dita;
• a divulgação dessa representação, sob a forma de cartas e mapas.
Semelhante a toda ciência, a Cartografia atravessou os séculos adquirindo
conhecimentos e aprimoramentos técnicos que a colocam nos dias atuais entre as mais
avançadas fontes de informações para um mundo no qual o planejamento e a execução de
mudanças necessitam de rapidez e precisão.

Mapa de Nicholas Daniels, 1566.

O que reproduz com maior fidelidade a Terra é o globo por mostrar sua forma, porém
apresenta grandes desvantagens em função da escala não possibilitar representar detalhes e
por observarmos sempre a metade do planeta que está voltada para nós. Por isso, criou-se
uma outra representação da superfície – o planisfério. 1 O planisfério também apresenta
desvantagens. A principal delas consiste em sugerir relações e distâncias falsas entre as áreas
da superfície.
É importante entender que não existe nenhum fenômeno, seja natural ou social, que não
possa ser cartografado.

Planisfério: Como o nome indica, é a esfera transposta para o plano.


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BREVE HISTÓRICO
Desde muito cedo, diferentes sociedades utilizaram esses registros para facilitar as
tarefas da vida cotidiana. Das cartas confeccionadas com conchas e fibras de palma na pré-
história pelos nativos da ilha de Marshall mapa antigo encontrado nas ruínas de Gasur, na
Babilônia, desenhando em uma pequena placa de barro, é possível avaliar a importância para
aqueles povos, da representação e localização do que para eles era mais significativo.
“Fazer mapas é uma aptidão inata da humanidade”.
Erwin Josephus Raisz
Para muitos pesquisadores, o mais antigo mapa do mundo que chegou até nós, foi
produzido na Babilônia. Trata-se na verdade, de uma tentativa de representação de todo o
Universo. Nesse mapa, a Terra aparece como um disco, ao redor do qual existe um
superoceano chamado de “rio amargo”.

Mapa-Múndi Babilônico elaborado cerca de 500ª.C., pertencente ao acervo do museu Babilônico.


A cultura grega produziu o que se pode considerar a base da Cartografia atual, pois
foram os primeiros que trabalharam com a teoria do arredondamento da Terra,
estabeleceram latitudes e longitudes e criaram as primeiras projeções. Embora na Grécia
arcaica não tivesse nenhuma palavra para Geografia, desde pelo menos o século III a.C., os
gregos antigos se referiam ao que chamaríamos de “mapa” com a palavra pinax. O outro termo

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utilizado com frequência era periodos gés, literalmente “circuito da Terra” (uma expressão que
formaria a base de muitos tratados posteriores sobre geografia).
A idade média produziu, através de cartógrafos eclesiásticos, os mapas de T no O (Orbis
Terrarum), de forma circular, nos quais a Ásia sempre estava localizada na metade superior
do O e, a metade inferior sendo dividida pela África e pela Europa, com a cidade de Jerusalém
no centro, o que satisfazia, amplamente o espírito de religiosidade da época.

Mapa de T - O (Orbis Terrarum, século XI).

Ainda na idade média, aparecem as Cartas Portulanas, amplamente utilizadas pelos


navegadores durante séculos. Durante o Renascimento a Cartografia muito evoluiu em função
da invenção da imprensa, na arte de gravar e dos grandes descobrimentos impulsionados pelo
uso da bússola e do aperfeiçoamento de embarcações como as caravelas portuguesas cujos
almirantes utilizavam mapas de qualidade conhecidos como Cartas de Marear. Muitas delas
eram mapas náuticos desenhados em pergaminho, numa tentativa de compensar as
imprecisões do sistema de nós.

http://www.nautica.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Cartas-de-Marear_OK.jpg
No século XIX a Revolução Industrial exigiu avanços para viabilizar levantamentos
topográficos precisos da superfície terrestre e do fundo do mar, para a construção de
ferrovias e para a instalação dos cabos submarinos necessários à comunicação telegráfica. No
século XX tornou notável impulso com a utilização das fotografias aéreas, após a Segunda
Guerra Mundial, na confecção das cartas e mapas.
Atualmente, a cartografia não apresenta o esmero artístico na sua apresentação
característica dos mapas mais antigos, nem mesmo utilizamos as hachuras para
representação do relevo, tão utilizadas até o século XIX, a cartografia atual se baseia em

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apresentações bi e tridimensionais e em modelos que permitem movimentos tendo como


suporte estações de trabalho (computadores) cada vez mais potentes, assim como impressão
e plotagem de mapas nos mais variados materiais, inclusive em três dimensões, como é o
mapa plástico em alto relevo.
O mapeamento urbano tridimensional é atualmente a área de pesquisa de ponta nos
grandes centros da América do Norte e Europa. Muitas cidades já foram ou estão sendo
mapeadas tridimensionalmente.

Modelo parcial de Viena, Áustria. Fonte: http://mundogeo.com

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
São processos de representação da esfera terrestre sobre um plano derivado de uma
superfície auxiliar. Por causa disso, estão sujeitas a deformações: algumas alteram as áreas e
conservam as formas (conformes); outras modificam as formas me mantêm as áreas
(equivalentes); outras ainda preservam algumas distâncias preferenciais (equidistantes). Em
relação às superfícies auxiliares, são três as projeções básicas:
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
O globo é projetado sobre um cilindro tangente ao Equador.

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PROJEÇÃO CÔNICA
O globo é projetado sobre um cone tangente a um paralelo.

PROJEÇÃO AZIMUTAL OU PLANAL


O globo é projetado sobre um plano tangente ao polo, ao Equador ou a um paralelo.

Fonte: Atlas Escolar Geográfico. Ed. Saraiva (adaptado).

Uma projeção somente poderá satisfazer a uma dessas propriedades, pois elas são
incompatíveis. Não existe nenhuma projeção que seja precisa. Quando a projeção não
satisfazer a nenhuma dessas propriedades, apresentando, porém, alguma outra que justifique
a sua construção, é considerada Afilática.
Utilizamos as Anamorfoses quando alteramos a superfície dos países para ressaltar a
dimensão de um fenômeno numérico e/ou estatístico. Se quisermos representar a riqueza dos
países, o Japão seria representado com dimensões bem maiores que as do Brasil, por exemplo.

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POPULAÇÃO MUNDIAL – POPULAÇÃO ABSOLUTA (2017)

Fonte: www.worldmapper.org
MAPAS E VISÕES DE MUNDO
Os mapas e visões do mundo ao longo do tempo sempre expressaram ideias ou visões de
determinada sociedade ou período histórico. Um grande nome da cartografia é, sem dúvida, o
flamengo Gerhard Kramer (MERCATOR – 1512/1594). Na época em que desenvolveu seu
trabalho, a Europa havia conquistado os mares e dominado diversas regiões. Mercator foi o
primeiro a utilizar o termo ATLAS que adotou da mitologia grega para se referir a uma
coleção de mapas. Sua projeção é cilíndrica e conforme.
PLANISFÉRIO DE MERCATOR

Fonte: Atlas geográfico escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. P. 21 e 23.
No planisfério de Mercator, a forma dos continentes é representada com fidelidade, mas
sua área não. A Europa, com território de 9,7 milhões de Km², aparece com uma superfície
maior que a da América do Sul (que tem 17,8 milhões de Km²). Na projeção de Mercator os
meridianos estão traçados paralelamente de um polo a outro, e as distâncias entre os
paralelos aumentaram conforme se aproximam dos polos, as áreas mais distantes do Equador
aparecem exageradamente grandes. A Groenlândia, por exemplo, parece ter o mesmo
tamanho da América do Sul, uma área quatro vezes maior que a ilha.

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Fonte: OLIVEIRA, Cêurio. Curso de cartografia moderna. 2ed., Rio de Janeiro: FIBGE, 1993.P.64.
Após a Segunda Guerra Mundial e a independência de várias colônias europeias na
África e Ásia, ficaram ainda mais evidentes as enormes diferenças socioeconômicas entre os
países. O historiador e cartógrafo alemão Arno Peters (1916/2002) considerava que os mapas
eram uma das manifestações simbólicas da submissão do mundo subdesenvolvido que era
pregado na época inclusive nos mapas. Peters partia do princípio de que todos os países
devem ser retratados de forma fiel a sua área, o que colocaria em maior destaque no mapa-
múndi os países subdesenvolvidos.
PLANISFÉRIO DE PETERS

Fonte: Atlas geográfico escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. P. 21 e 23.
Em 1974, Peters apresentou sua projeção em que a superfície aparece com medidas
proporcionais, embora com formas distorcidas. Peters baseou-se em outra projeção, a de
James Gall de 1885.
SIGS (SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS)
O conjunto de tecnologias relacionadas a informações e ao monitoramento do espaço
terrestre recebe o nome de Sigs. Os Sistemas de Informações Geográficas são utilizados tanto
por pesquisadores como por organizações empresariais, ONGS, governos, serviços de
espionagem, instituições militares e policiais.
O SIG compõe um banco de dados com arquivos gráficos e dados alfanuméricos que
contém os atributos dos objetos espaciais que aparecem nos mapas.

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GPS (SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL)


O GPS (Global Positioning System) é um sistema norte-americano composto por 24
satélites que estão distribuídos por 6 rotas polares, a uma altitude de mais de 2000 km da
Terra, o sistema foi criado pelo projeto NAVSTAR durante o auge da Guerra Fria mas só no fim
do século XX ficou popularizado e que contemplam duas voltas ao redor do planeta por dia.
Acima do horizonte de forma constante sinais de pelo menos 6 satélites, informando sua
posição, com pequena margem de erro, independentemente do local em que seu portador
esteja localizado. Para se determinar a posição necessita-se de informações de pelo menos 3
satélites e, quando mais sinais forem recebidos maior será a precisão.

Existem outros sistemas alternativos de posicionamento global, o GLONASS (Global


Navigation Satélite System) russo é composto também por 24 satélites com funções idênticas
ao GPS, porém com algumas diferenças operacionais. Outra opção é o sistema GALILEO,
controlado pela União Europeia, composto por 30 Satélites de última geração, apresentando
margem de erro menor que a dos demais.
CHINA LANÇA SISTEMA RIVAL DO GPS

O governo da China lançou na região Ásia-Pacífico os serviços públicos e


comerciais de seu próprio sistema de navegação por satélite, projetado como um
concorrente do americano GPS (Sistema de Posicionamento Global). O sistema
BEIDOU ("Ursa Maior" em chinês), que utiliza atualmente uma rede de 16 satélites
de navegação e quatro experimentais, começou na quinta-feira a proporcionar
serviços a civis em toda a região e, de acordo com a imprensa estatal, deve
oferecer cobertura global até 2020.
Em uma entrevista ao jornal China Daily, Ran Chengqi, porta-voz do Escritório
Chinês de Navegação por Satélite, o desempenho do sistema é comparável ao do
GPS.
"Os sinais do Beidou já podem ser recebidos na Austrália", disse.
Esta é a mais recente conquista da China no setor de tecnologia espacial. O
país pretende construir uma estação espacial até o fim da década e,
eventualmente, enviar uma missão tripulada à Lua. Para ampliar a rede de satélites
chineses serão lançados mais 40 aparelhos ao espaço até 2024, segundo o porta-
voz, o que permitiria possuir uma cobertura mundial a partir de 2020.

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A China considera o programa bilionário um símbolo de sua crescente


estatura global, do conhecimento científico e do êxito do Partido Comunista. O
início do serviço comercial do sistema aconteceu um ano depois do BEIDOU
começar a enviar sinais de navegação limitados ao território chinês. O país
começou a construir a rede no ano 2000 para não depender do GPS.
Segundo o jornal chinês Global Times, "possuir um sistema de navegação por
satélite tem enorme significado estratégico". "A China tem um mercado enorme,
onde o BEIDOU pode beneficiar tanto civis quanto militares", enquanto desenvolve
um "sistema de navegação mundial que pode competir com o GPS", completa o
jornal, ligado ao Partido Comunista. No entanto, "podem surgir problemas no uso
porque o BEIDOU é um sistema novo. Os consumidores têm que ser tolerantes",
acrescenta o diário. Morris Jones, analista do setor que mora em Sydney, considera
pouco provável que o BEIDOU compita realmente com o GPS fora da China. "O GPS
está disponível gratuitamente, é de fácil acesso e muito conhecido, além de testado
no mundo inteiro", declarou à AFP. Para Jones, a principal razão da China para
desenvolver o BEIDOU é proteger a segurança nacional, pois os Estados Unidos,
que controlam o GPS, teriam a possibilidade de cortar o serviço. "A possibilidade de
recusa no acesso ao GPS leva outras nações a desenvolver o próprio sistema, livre
do controle dos Estados Unidos", explica. "Em tempos de guerra, ninguém quer ter
negado o acesso a um sistema deste tipo", conclui Jones.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias

SENSORIAMENTO REMOTO
Podemos definir sensoriamento remoto como a capacidade de obter informações de
fenômenos e objetos sem a necessidade de um contato físico com eles. Assim, no caso da
superfície terrestre, podemos obter imagens através da utilização de sensores instalados a
bordo de uma aeronave ou de um satélite artificial. Com isso, muito se beneficiou a
Cartografia que passou a confeccionar os seus mapas a partir dessas fotos e imagens. O
Sensoriamento Remoto consiste na utilização das imagens de satélites artificiais, captadas
pelo fluxo de ondas eletromagnéticas refletidas ou emitidas pelos elementos naturais e
artificiais existentes na superfície terrestre. A fotografia aérea foi a primeira dessas fontes de
informações. A câmara aérea é um exemplo de sensor passivo, pois registra a reflexão da luz
solar sobre a superfície num determinado momento.
Mais modernamente o Radar e o Satélite passaram a fornecer imagens de grande
utilidade para os trabalhos cartográficos. O Radar é um sensor ativo, pois envia um sinal
eletromagnético ponto a ponto, numa varredura desde a vertical da aeronave, e recebe uma
resposta imediata formando linhas que se estendem até os limites do horizonte, compondo
uma imagem que vai além do superficial.
Foi de grande utilidade para cartografar a Amazônia. Por ser um sensor ativo, pode
obter imagens à noite e por cima das nuvens, o que não é possível pela câmara aérea. A
imagem de satélite é obtida por radiação na faixa do infravermelho, pois todo corpo que
possui temperatura acima do O° absoluto (-273°K) emite radiação nessa faixa. Também
funciona como um sensor passivo apresentando limitações quando o tempo estiver encoberto
por nuvens.

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TIPOS DE RADARES
• SRTM: O sistema Missão Topográfica por Radar a bordo do Ônibus Espacial
usa antenas de radar que emitem e recebem impulsos de micro-ondas, de uma
faixa lateral da superfície terrestre. Os dados registrados constituem um MDT
(Modelo Digital de Terreno) que permite traçar mapas topográficos, compor
blocos diagramas e reproduzir imagens de relevo.

A imagem da ideia da rugosidade do terreno, pelo contraste das vertentes mais expostas,
que são as áreas mais claras, e as vertentes do lado oposto as mais escuras, como se
estivessem à sombra. (Katmandu, capital do Nepal).
• IKONOS: As imagens do Ikonos são produzidas em diversos canais. As imagens
podem ser combinadas em composições coloridas.

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• MODELO DIGITAL DE TERRENO (MDT):

O BRASIL NA ERA DOS SATÉLITES

O Brasil e a China desenvolveram o Programa CBERS (China-Brazil Earth


Resources Satellite ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres). Essa
parceria no setor técnico-científico espacial levou o Brasil a ingressar no seleto
grupo de países detentores da tecnologia de sensoriamento remoto, mercado até
então dominado pelos países desenvolvidos. A responsabilidade do programa ficou
a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Academia Chinesa
de Tecnologia (CAST). Num primeiro momento foram desenvolvidos dois satélites:
CBER-1 (lançado em 1999) e CBER-2 (lançado em 2003). Como cada satélite tem
vida útil de dois a três anos, são periodicamente substituídos por novos satélites –
como o CBER -2B, lançado em 2007. O sucesso do lançamento e do perfeito
funcionamento dos satélites levou os dois países a expandirem o acordo, incluindo
o desenvolvimento de mais dois satélites: o CBER-3 e o CBER-4, com prazos de
lançamento até 2011. As principais aplicações dos CBERS estão nos setores
agrícolas e de levantamento de riquezas naturais.
Fonte: INPE

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GOOGLE MAPS E GOOGLE EARTH

Representação em 3D da cidade de Dresden , na Alemanha, apresentada no Google Earth. Fonte:


Revista Geografia. Escala Educacional.nº23.

O Google Maps faz com que os seus usuários encontrem as melhores rotas para seus
caminhos, com indicação de estradas, sentidos das avenidas e pontos de referência. Ele recebe
dois tipos de informações, a imagem de diversos satélites e o conteúdo de rotas e caminhos do
serviço que é prestado pela Maplink. O Google Earth traz o planeta em detalhes minuciosos da
superfície do planeta.
OPINIÃO: UBER NÃO AFETARÁ APENAS O TAXISTA
Professor, você sabia que a economia disruptiva, que hoje é representada
pelo Uber, mas que tem outros ícones, como Netflix, Spotify e Airbnb, logo chegará
à sala de aula? E o que você vai fazer? Reclamar, brigar e xingar? O mercado de
Educação sofrerá uma grande transformação nos próximos anos, e você tem que
estar preparado para ela.

O mais importante é compreender que a tecnologia disruptiva não é uma


inimiga, mas uma aliada. Vamos analisar o caso do Uber: quando foi lançado, em
São Francisco, o mercado de táxis era de US$ 200 milhões. Com a entrada do
Uber, o mercado de táxis caiu para US$ 100 milhões. No entanto, se somarmos
Uber e táxis, esse mercado atingiu US$ 1 bilhão. O mercado de transporte de
passageiros cresceu cinco vezes, o trânsito melhorou, pois a população deixou o
carro em casa, a poluição diminuiu e a cidade arrecadou mais impostos. Em vez de
lutar contra novas tecnologias, enxergue como você pode se adaptar e tirar
vantagens dessa evolução. O mais incrível é que o Uber não tem nenhum carro, o
Netflix não tem nenhum canal de televisão e o Airbnb não tem nenhum hotel e
todos já faturam mais do que seus maiores concorrentes tradicionais.
Professor, você ainda acha que a economia disruptiva não vai afetar o seu
trabalho? Nós estamos na Era da Informação, mas o homem já passou por duas
fases anteriormente: a fase da agricultura, em que o poder e o dinheiro estavam
com quem tinha terra, e a Revolução Industrial, na qual o poder e o dinheiro
estavam com quem tinha máquinas e produção em escala. Na fase da informação,
o poder e o dinheiro passaram de quem detinha informação (portais na internet),
para quem distribuía a informação (Google, Facebook) – e agora está com quem
usa a informação para transformar pessoas.
*Ronaldo Hofmeister é diretor do Núcleo de Ciências Biológicas e da Saúde da
Universidade Positivo.

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