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Geo 215
Geo 215
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SUMÁRIO
GEOGRAFIA GERAL – CARTOGRAFIA ................................................................................................................. 2
CARTOGRAFIA................................................................................................................................................ 2
CARTOGRAFIA E PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS ......................................................................................... 2
O que reproduz com maior fidelidade a Terra é o globo por mostrar sua forma, porém
apresenta grandes desvantagens em função da escala não possibilitar representar detalhes e
por observarmos sempre a metade do planeta que está voltada para nós. Por isso, criou-se
uma outra representação da superfície – o planisfério. 1 O planisfério também apresenta
desvantagens. A principal delas consiste em sugerir relações e distâncias falsas entre as áreas
da superfície.
É importante entender que não existe nenhum fenômeno, seja natural ou social, que não
possa ser cartografado.
BREVE HISTÓRICO
Desde muito cedo, diferentes sociedades utilizaram esses registros para facilitar as
tarefas da vida cotidiana. Das cartas confeccionadas com conchas e fibras de palma na pré-
história pelos nativos da ilha de Marshall mapa antigo encontrado nas ruínas de Gasur, na
Babilônia, desenhando em uma pequena placa de barro, é possível avaliar a importância para
aqueles povos, da representação e localização do que para eles era mais significativo.
“Fazer mapas é uma aptidão inata da humanidade”.
Erwin Josephus Raisz
Para muitos pesquisadores, o mais antigo mapa do mundo que chegou até nós, foi
produzido na Babilônia. Trata-se na verdade, de uma tentativa de representação de todo o
Universo. Nesse mapa, a Terra aparece como um disco, ao redor do qual existe um
superoceano chamado de “rio amargo”.
utilizado com frequência era periodos gés, literalmente “circuito da Terra” (uma expressão que
formaria a base de muitos tratados posteriores sobre geografia).
A idade média produziu, através de cartógrafos eclesiásticos, os mapas de T no O (Orbis
Terrarum), de forma circular, nos quais a Ásia sempre estava localizada na metade superior
do O e, a metade inferior sendo dividida pela África e pela Europa, com a cidade de Jerusalém
no centro, o que satisfazia, amplamente o espírito de religiosidade da época.
http://www.nautica.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Cartas-de-Marear_OK.jpg
No século XIX a Revolução Industrial exigiu avanços para viabilizar levantamentos
topográficos precisos da superfície terrestre e do fundo do mar, para a construção de
ferrovias e para a instalação dos cabos submarinos necessários à comunicação telegráfica. No
século XX tornou notável impulso com a utilização das fotografias aéreas, após a Segunda
Guerra Mundial, na confecção das cartas e mapas.
Atualmente, a cartografia não apresenta o esmero artístico na sua apresentação
característica dos mapas mais antigos, nem mesmo utilizamos as hachuras para
representação do relevo, tão utilizadas até o século XIX, a cartografia atual se baseia em
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
São processos de representação da esfera terrestre sobre um plano derivado de uma
superfície auxiliar. Por causa disso, estão sujeitas a deformações: algumas alteram as áreas e
conservam as formas (conformes); outras modificam as formas me mantêm as áreas
(equivalentes); outras ainda preservam algumas distâncias preferenciais (equidistantes). Em
relação às superfícies auxiliares, são três as projeções básicas:
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
O globo é projetado sobre um cilindro tangente ao Equador.
PROJEÇÃO CÔNICA
O globo é projetado sobre um cone tangente a um paralelo.
Uma projeção somente poderá satisfazer a uma dessas propriedades, pois elas são
incompatíveis. Não existe nenhuma projeção que seja precisa. Quando a projeção não
satisfazer a nenhuma dessas propriedades, apresentando, porém, alguma outra que justifique
a sua construção, é considerada Afilática.
Utilizamos as Anamorfoses quando alteramos a superfície dos países para ressaltar a
dimensão de um fenômeno numérico e/ou estatístico. Se quisermos representar a riqueza dos
países, o Japão seria representado com dimensões bem maiores que as do Brasil, por exemplo.
Fonte: www.worldmapper.org
MAPAS E VISÕES DE MUNDO
Os mapas e visões do mundo ao longo do tempo sempre expressaram ideias ou visões de
determinada sociedade ou período histórico. Um grande nome da cartografia é, sem dúvida, o
flamengo Gerhard Kramer (MERCATOR – 1512/1594). Na época em que desenvolveu seu
trabalho, a Europa havia conquistado os mares e dominado diversas regiões. Mercator foi o
primeiro a utilizar o termo ATLAS que adotou da mitologia grega para se referir a uma
coleção de mapas. Sua projeção é cilíndrica e conforme.
PLANISFÉRIO DE MERCATOR
Fonte: Atlas geográfico escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. P. 21 e 23.
No planisfério de Mercator, a forma dos continentes é representada com fidelidade, mas
sua área não. A Europa, com território de 9,7 milhões de Km², aparece com uma superfície
maior que a da América do Sul (que tem 17,8 milhões de Km²). Na projeção de Mercator os
meridianos estão traçados paralelamente de um polo a outro, e as distâncias entre os
paralelos aumentaram conforme se aproximam dos polos, as áreas mais distantes do Equador
aparecem exageradamente grandes. A Groenlândia, por exemplo, parece ter o mesmo
tamanho da América do Sul, uma área quatro vezes maior que a ilha.
Fonte: OLIVEIRA, Cêurio. Curso de cartografia moderna. 2ed., Rio de Janeiro: FIBGE, 1993.P.64.
Após a Segunda Guerra Mundial e a independência de várias colônias europeias na
África e Ásia, ficaram ainda mais evidentes as enormes diferenças socioeconômicas entre os
países. O historiador e cartógrafo alemão Arno Peters (1916/2002) considerava que os mapas
eram uma das manifestações simbólicas da submissão do mundo subdesenvolvido que era
pregado na época inclusive nos mapas. Peters partia do princípio de que todos os países
devem ser retratados de forma fiel a sua área, o que colocaria em maior destaque no mapa-
múndi os países subdesenvolvidos.
PLANISFÉRIO DE PETERS
Fonte: Atlas geográfico escolar. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. P. 21 e 23.
Em 1974, Peters apresentou sua projeção em que a superfície aparece com medidas
proporcionais, embora com formas distorcidas. Peters baseou-se em outra projeção, a de
James Gall de 1885.
SIGS (SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS)
O conjunto de tecnologias relacionadas a informações e ao monitoramento do espaço
terrestre recebe o nome de Sigs. Os Sistemas de Informações Geográficas são utilizados tanto
por pesquisadores como por organizações empresariais, ONGS, governos, serviços de
espionagem, instituições militares e policiais.
O SIG compõe um banco de dados com arquivos gráficos e dados alfanuméricos que
contém os atributos dos objetos espaciais que aparecem nos mapas.
SENSORIAMENTO REMOTO
Podemos definir sensoriamento remoto como a capacidade de obter informações de
fenômenos e objetos sem a necessidade de um contato físico com eles. Assim, no caso da
superfície terrestre, podemos obter imagens através da utilização de sensores instalados a
bordo de uma aeronave ou de um satélite artificial. Com isso, muito se beneficiou a
Cartografia que passou a confeccionar os seus mapas a partir dessas fotos e imagens. O
Sensoriamento Remoto consiste na utilização das imagens de satélites artificiais, captadas
pelo fluxo de ondas eletromagnéticas refletidas ou emitidas pelos elementos naturais e
artificiais existentes na superfície terrestre. A fotografia aérea foi a primeira dessas fontes de
informações. A câmara aérea é um exemplo de sensor passivo, pois registra a reflexão da luz
solar sobre a superfície num determinado momento.
Mais modernamente o Radar e o Satélite passaram a fornecer imagens de grande
utilidade para os trabalhos cartográficos. O Radar é um sensor ativo, pois envia um sinal
eletromagnético ponto a ponto, numa varredura desde a vertical da aeronave, e recebe uma
resposta imediata formando linhas que se estendem até os limites do horizonte, compondo
uma imagem que vai além do superficial.
Foi de grande utilidade para cartografar a Amazônia. Por ser um sensor ativo, pode
obter imagens à noite e por cima das nuvens, o que não é possível pela câmara aérea. A
imagem de satélite é obtida por radiação na faixa do infravermelho, pois todo corpo que
possui temperatura acima do O° absoluto (-273°K) emite radiação nessa faixa. Também
funciona como um sensor passivo apresentando limitações quando o tempo estiver encoberto
por nuvens.
TIPOS DE RADARES
• SRTM: O sistema Missão Topográfica por Radar a bordo do Ônibus Espacial
usa antenas de radar que emitem e recebem impulsos de micro-ondas, de uma
faixa lateral da superfície terrestre. Os dados registrados constituem um MDT
(Modelo Digital de Terreno) que permite traçar mapas topográficos, compor
blocos diagramas e reproduzir imagens de relevo.
A imagem da ideia da rugosidade do terreno, pelo contraste das vertentes mais expostas,
que são as áreas mais claras, e as vertentes do lado oposto as mais escuras, como se
estivessem à sombra. (Katmandu, capital do Nepal).
• IKONOS: As imagens do Ikonos são produzidas em diversos canais. As imagens
podem ser combinadas em composições coloridas.
O Google Maps faz com que os seus usuários encontrem as melhores rotas para seus
caminhos, com indicação de estradas, sentidos das avenidas e pontos de referência. Ele recebe
dois tipos de informações, a imagem de diversos satélites e o conteúdo de rotas e caminhos do
serviço que é prestado pela Maplink. O Google Earth traz o planeta em detalhes minuciosos da
superfície do planeta.
OPINIÃO: UBER NÃO AFETARÁ APENAS O TAXISTA
Professor, você sabia que a economia disruptiva, que hoje é representada
pelo Uber, mas que tem outros ícones, como Netflix, Spotify e Airbnb, logo chegará
à sala de aula? E o que você vai fazer? Reclamar, brigar e xingar? O mercado de
Educação sofrerá uma grande transformação nos próximos anos, e você tem que
estar preparado para ela.