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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas

campus Poços de Caldas - Graduação em Medicina


Filosofia: Razão e Modernidade - 2⁰ Período | 2021/2
(via CANVAS)

Aluno: Roferson Rogério da Silva Fonseca | RA: 730325

ATIVIDADE 1
(03/09/2021)

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA MODERNA:

Material de apoio: MEIER, Celito. Filosofia. Cap. IX: Filosofia Moderna (Pág. 301 a 362).

QUESTÕES:

1. O que você entende por filosofia moderna ou modernidade?

Pensamento ideológico com início no décimo quinto século, marcando uma mudança

de pensamento medieval, que até o momento era centrado em fenômenos religiosos e de

fé, para a reflexão em torno do conhecimento humano e valorização da razão. Nesse

sentido, o final da Idade Média trouxe consigo descobertas científicas, sobretudo

transformações socioculturais no ocidente europeu, repercutindo no modo de viver,

conceber e se relacionar com a vida e com os mais variados campos de expressão,

conhecimento e sabedoria.

Embora houvesse a preservação e o paralelismo da época passada, a medieval,

surgiram novos paradigmas, como, por exemplo, a ideia de antropocentrismo, em que

homem era o centro do universo e não apenas espectador mas, sobretudo, protagonista do

seu meio. Entre as linhas de pensamento destaca-se as escolas de racionalismo, empirismo

e idealismo.
2. Na relação entre o Humanismo renascentista e o Antropocentrismo moderno, que

diferenças, na sua opinião, foram determinantes para a edificação da modernidade?

Justifique sua resposta.

Diverso ao humanismo renascentista, no qual a valorização do humano não se dá em

detrimento do mundo natural e da fé religiosa, o antropocentrismo moderno aborda o mundo

natural como um objeto de manipulação, um recurso disponível ao infinito poder da razão

humana, poder de transformação, mediante a ciência e a técnica.

Enquanto o Humanismo renascentista, acentuando o papel da experiência e da razão,

busca conhecer o mundo natural, o antropocentrismo moderno, ao fazer do homem “o

senhor da natureza”, subjuga as outras formas de vida ao senhorio humano. Para que

assim, a cultura convirja os pensamentos consonantes com os ideais das classes sociais

aspirantes ao domínio da época.

3. Em que sentido a razão instrumental se opõe à razão crítica? Exemplifique.

A Razão Instrumental não proporciona uma reflexão objetiva sobre a finalidade do

conhecimento; a ciência, dessa forma, se torna instrumento de dominação no campo

ideológico, científico e da política.Assim, Dessa forma, a ideia de verdade passa a depender

meramente das preferências subjetivas do indivíduo. Por outra via, a Razão Crítica constrói

uma reflexão sobre os meios e os fins de tal conhecimento. Enquanto a primeira tende a

naturalizar e operacionalizar os processos racionais, a última se opõe a isso.

Em exemplo, a concepção burguesa - classe dominante à época, favorável a

aplicabilidade da razão instrumental - de que a individualidade significa que o indivíduo zela

por seus próprios interesses, sendo dessa forma em espécime o livre mercado, que embora

configure liberdade a alguns, compromete divergentemente interesses de outrem.

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