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“MUNDO EM DESCONTROLE: O QUE A GLOBALIZAÇÃO ESTÁ FAZENDO DE

NÓS”, por Anthony Giddens.

Resumo sobre o terceiro capítulo da obra: Análise sobre a ideia de tradição em relação aos
desenvolvimentos da modernidade.

Anthony Giddens é um sociólogo que trabalha sobre questões voltadas à pós-


modernidade. É responsável pela obra “Mundo em descontrole: o que a globalização está
fazendo de nós”. Ao longo do texto, discorre sobre diversos temas que estão envoltos neste
debate. Esse resumo aborda alguns pontos trabalhados no terceiro capítulo, o qual trata da
tradição sob a ótica da modernidade.
Destaca-se que o conceito de tradição, na forma que é trabalhada atualmente, é um
fruto da modernidade, visto que como é destacado no texto, tem existência a cerca de
duzentos anos. A partir dessa constatação, verifica-se uma questão que envolve o próprio
significado do que é tradição.
As tradições sofrem constantes reinvenções, justamente porque encaram mudanças da
sociedade e novos debates na construção das realidades. De certa forma, é possível visualizar
que existe um caráter inventivo nas tradições e costumes, moldados pelas necessidades
verificadas. Vê-se, também, que a mudança e renovação do que é dado enquanto tradicional
perpassa, muitas vezes, pela manutenção das relações de poder.
Não se pode dizer que as tradições apareceram gradualmente nas sociedades. Na
conexão com a ideia supracitada sobre a relação entre tradição e poder, aponta-se que o
tradicional acaba por ser uma imposição do poder dominante. A tradição é um elemento que é
fabricado socialmente e levam uma característica repentina na sua criação.
É importante destacar algumas formas que modelam a ideia de tradição, como o
elemento ritualístico e a constante repetição do ato visto enquanto tradicional. Funciona como
um elemento coletivo, porque a tradição pode ser seguida em âmbito individual, mas são
propriedades de um grupo que possuem semelhanças em seus desenvolvimentos.
Um ponto importante é que a tradição carrega a ideia de verdade, justamente porque
não fornece alternativas. Aquele que está ligado a algo por um laço tradicionalista, não
levanta a necessidade de uma ocorrência diferente nesse processo.
Na vida cotidiana, é comum se deparar com processos motivados pela tradição. Ela
ainda influencia nos contextos familiares, sexuais e sociais. Muito se carrega do que era no
diálogo com a modernidade, porque o costume e a tradição permanecem presentes, o que
acaba por gerar inúmeros conflitos e reflexões em cima do aspecto tradicionalista presente na
sociedade.
Na relação com o processo de globalização, pode-se dizer que a relação estabelecida

parte da ideia de quem ela acontece com o intuito de quebrar o que foi feito. A obra de
Giddens diz respeito às mutações que estão ocorrendo, na atualidade, sob o impulso da
globalização. Trata-se da emancipação, tanto das instituições públicas quanto da vida diária,
em relação ao domínio da tradição.
O autor coloca que as tradições são imprescindíveis em uma sociedade para que haja
continuidade e forma quanto à vida social. Todavia, a tradição deve ser sustentada de forma
não tradicional, pois a partir dessa ação é que se muda o papel da tradição. Acaba-se por
introduzir uma nova orientação na vida social que abarca a troca entre cosmopolitismo e
fundamentalismo, que é o atributo principal da globalização.

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