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Geografia
Religião e sociedade
Entre Folhas
2021
1. O papel fundamental das religiões na formação das sociedades
humanas
Entende-se como religião a crença na existência de um poder ou princípio
superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se
deve respeito e obediência. Ao longo da formação das sociedades
contemporâneas, algumas dessas crenças foram definidas como religiões
universais, são elas: judaísmo, confucionismo, bramanismo, budismo,
cristianismo e islamismo.
As religiões universais tiveram um importante papel na constituição das
sociedades humanas, criando uma espécie de poder integrador que
unificava as cidades-Estados sob um mesmo proposito, uma mesma fé.
Portanto, a universalização está associada à ideia de civilização e hegemonia
cultural.
Contudo, a universalização dessas religiões não é algo puramente
embasado na fé, mas em interesses políticos e econômicos das classes
dominantes. Isso explica uma série de acontecimentos históricos trágicos,
como as Cruzadas ou uma sociedade dividida em castas, como acontece na
Índia com o bramanismo.
4. Conclusão
Fazendo uma análise mais introspectiva, focando no contexto brasileiro e
colocando os já tradicionais conflitos do Oriente Médio (islamismo) de segundo
plano, estudando diversos estudos e debates relacionados ao tema,
observamos os impactos negativos que a religião, quando usada como
instrumento de ódio e repressão, pode causar nas frágeis estruturas
democráticas do Brasil.
O Art. 5° da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em
1988, inciso VI, diz: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias”, ou seja, a liberdade religiosa é
constitucional e estabelecida por lei, porém, o inciso VIII, também do Art.5°, diz:
“ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em
lei”, isto é, nenhum tipo de crime ou desobediência civil são toleráveis por esta
ou aquela crença religiosa.
Portanto, é necessário, com uma emergência descomunal, que políticos, ou
qualquer individuo que se arme com preceitos espirituais como utensílio do
ódio, sejam punidos nas esferas judiciais cabíveis. A importância disso se da
aos fatos que, esse tipo de discurso, coloca a vida de uma série de minorais
em risco, criando uma espécie de “nós” e “eles”. Além disso, essas pessoas
que propagam o ódio em nome de Deus, também afetam os cristãos que,
genuinamente, estão preocupados em levar o Evangelho de Cristo as pessoas.
Por fim, sociedades que toleram a intolerância acabam, em algum momento,
se tornando avessas à tolerância.
“A religião não é somente um sistema de ideias, ela é antes de tudo um
sistema de forças."
- Émile
Durkheim