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Este Sermão (que todo é alegórico) pregou o Autor três dias antes de se embarcar
ocultamente para o Reino, a procurar o remédio da salvação dos índios, pelas causas
que se apontam no I. Sermão do I. Tomo. E nele tocou todos os pontos de doutrina
(posto que perseguida) que mais necessários eram ao bem espiritual, e temporal
daquela terra, como facilmente se pode entender das mesmas alegorias.
1.2. Recorde as informações que recolheu sobre a vida e a obra do Padre António
Vieira e indique o motivo por que se encontrava nesse local nessa data.
1.3. De acordo com a nota, qual era a reação à «doutrina» que o Padre António Vieira
pregava?
1.4.1. O adjetivo referido remete para a figura de retórica «alegoria». Apresente uma
definição deste recurso estilístico e um exemplo.
1.2. O Padre António Vieira tinha emigrado para o Brasil na sua juventude e aí se
encontrava nessa data desenvolvendo ações missionárias junto dos índios.
1.3. Segundo a nota introdutória do Sermão, a doutrina defendida pelo Padre Vieira
era mal recebida e objeto de contestação.
1.4.1. A alegoria pode ser definida de diferentes maneiras. No que diz respeito
ao Sermão, podemos entender alegoria enquanto recurso estilístico que consiste
na representação de uma realidade abstrata através de uma realidade concreta,
por meio de analogias, metáforas, imagens e comparações.
.
1.1.4. Indique por palavras suas a relação de sentido entre o constituinte com a
função de sujeito e o constituinte referido em 1.1.3.
A relação de sentido entre o constituinte com a função de sujeito
«vós» e o constituinte referido em 1.1.3 com a função de complemento direto
«o sal da terra» é uma relação de indicação, ou seja, indicar o que é o «vós».
1.2. Por que motivo é atribuída por Cristo a propriedade «sal da terra» aos
referentes do pronome pessoal «vós».
É atribuída por Cristo a propriedade «sal da terra» aos referentes do
pronome pessoal «vós» que são os pregadores porque para ele os pregadores
seriam os únicos capazes de parar com esta corrupção que existe na terra,
com as suas doutrinas.
1.3. Relacione a função do sal com a função das entidades referidas por «vós».
A relação entre o sal, com a função das entidades referidas por «vós»
é que são a mesma coisa, ou seja, o sal e o vós estão se a referir aos
pregadores.
1.4. Como avalia Padre António Vieira o sucesso dessas entidades no desempenho
da sua função?
Padre Vieira avalia este sucesso como muito mau pois conclui-se no
primeiro parágrafo “não é tudo isto verdade?” palavras de Padre Vieira e isto
mostra que ele não gostava do que se estava a passar na “terra”.
1.7. Enumere os motivos que poderão ter conduzido à primeira causa e os que
poderão ter conduzido à segunda.
Os motivos que poderão ter conduzido à primeira causam “o sal que não
salga “ : os pregadores não pregam a verdadeira doutrina”; “os pregadores
dizem uma cousa e fazem outra”; “os pregadores se pregam a si e não a
Cristo”. Os que poderão ter conduzido à segunda causa ”a terra que se não
deixa salgar”: “os ouvintes sendo verdadeira a doutrina que lhes dão , a não
querem receber”; “os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que
fazer o que dizem”; “os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem as suas
apetites.”
2. O segundo parágrafo inicia-se com uma premissa e, com base nela, o padre
António Vieira coloca uma pergunta.
2.3.2. Qual é o tipo de argumento usado para sustentar essa proposta? Justifique
a sua resposta.
O tipo de argumento usado para sustentar essa proposta é um
argumento convincente/lógico. Porque a obrigação dos pregadores é pregar
bem a sua doutrina e se tal não acontecesse teriam consequências.
3. Para fundamentar o que se há de fazer à terra que se não deixa salgar (isto é,
aos ouvintes que não querem seguir os ensinamentos da verdadeira doutrina), o
padre António Vieira recorre ao exemplo de Santo António.
3.1. Indique a razão por que o padre Vieira convoca a figura de Santo António.
A razão por que o padre Vieira convoca a figura de Santo António é
porque vai fazer o mesmo que ele, já que os homens não o querem ouvir ,
então vai pregar aos peixes ,tal como o Santo António.
3.2. Relate o episódio ocorrido com o santo e que justifica o título deste sermão.
Santo António foi pregar para Itália mais especificamente para
Arímino foi pregar, contra os hereges, só que não funcionou porque eles o não
queriam ouvir e por pouco que não o matavam, pois levantaram-se contra ele.
Pois bem já que os homens não o queriam ouvir resolveu virar-se para o mar e
ir pregar aos peixes. Mudou somente o púlpito e o auditório, mas não desistiu
da sua doutrina. Por isso esta obra tem o título de “Sermão de Santo António
aos peixes».
3.3. Em determinado passo do capítulo, o autor do texto recorre a diversas
interrogações. Aponte a intencionalidade do pregador ao colocar essas questões.
A intenção do pregador, ao colocar essas interrogações foi expor o
que poderia fazer Santo António com tudo o que se ia passando.
3.4.1. Refira três argumentos apresentados pelo pregador que justificam essa
atitude.
Os argumentos apresentados pelo pregador são que o mar está perto ,
logo vai pregar para o mar que bem o ouvirão (“o mar está tão perto que bem
me ouvirão ”), os que não lhe interessa o sermão poderão retirar-se , pois o
sermão não lhe diz respeito(“os demais podem deixar o sermão, pois não é
para eles”) e por último a Senhora do mar costuma dar graça, ou seja,
abençoa para nada correr mal(“Maria, quer Domina maris: «Senhora do mar”;
e posto que o assunto seja tão desusado, espero que me não falte com a
costumada graça.”)