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O Papa João Paulo II afirmou que solidariedade não é um sentimento vago de compaixão
pelos infortúnios das outras pessoas e sim uma determinação firme e perseverante de se
comprometer com o bem comum. Nesse sentido, ser solidário vai além de realizar gestos
esporádicos de caridade, envolve realmente abraçar as causas e se tornar parte delas.
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Objectivos
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
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O valor da solidariedade
Semear a solidariedade
Embora, muitas vezes, reconheça-se o valor da solidariedade, sabe-se que não é tão simples
plantar e fazer florescer essa convicção nos corações. Na política, por exemplo, em vez de se
investir nos gestos solidários, prevalece a crença de que avanços diversos dependem de
conchavos, ideologias partidárias ou simplesmente das promessas nunca cumpridas.
Contenta-se assim com ensaios de lucidez, insuficientes para atender aos urgentes anseios do
povo, principalmente de quem é mais pobre. Falta, pois, na sociedade brasileira, um tecido
solidário de qualidade.
Quase sempre, o que se verifica no Brasil é um discurso de autoelogio sobre certas práticas
dedicadas aos outros. Em “alto e bom som”, há os que proclamam que a cultura latina e a
brasilidade têm na solidariedade um valor inerente. Fazem referências desdenhosas a outras
culturas marcadas pela objetividade, interpretando essa característica como “frieza”. Mas, na
prática, isso serve apenas para aliviar as consciências de pessoas que não se doam ou se
contentam em fazer tímidas doações a projetos sociais.
Ora, isso é bem diferente do que ensina o princípio apresentado pelo apóstolo Paulo –
considerar a importância do outro. O apóstolo adverte que a liberdade, quando se torna
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pretexto para buscar o que satisfaz, mas não convém, provoca desastres. Incapacita a
competência humana e espiritual de amar ao outro como a si mesmo. O resultado é nefasto,
diz o apóstolo: “Se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes
consumidos uns pelos outros!”. Paulo indica o caminho a seguir: “Fazei-vos servos uns dos
outros, pelo amor”.
Vivenciar a solidariedade
Por isso mesmo, urgente e prioritário, neste momento em que a sociedade brasileira precisa
sair da crise, é reconhecer que a solidariedade é determinante nas dinâmicas sociais. Isso não
é uma simples reflexão teórica, mas indicação de uma exigência moral com força
transformadora, pois possibilita o surgimento de atitudes que estão na contramão das
violências que dizimam, das corrupções que sucateiam e da perda da percepção de que todos
são destinatários, igualmente, de condições dignas.
Uma ulterior confirmação dessas boas relações foi a vinda ao Vaticano do primeiro-ministro
Alberto Clementino Vaquina, em 11 de abril de 2013. Durante a audiência com o Papa
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Francisco, falou-se em particular sobre a "positiva contribuição da Igreja Católica para a paz
e para o desenvolvimento do país, especialmente por meio de ações educacionais, de caridade
e assistenciais”.
Tal deslocamento promove mudança radical no eixo da atuação da Igreja, que deixa de
ocupar-se prioritariamente de Deus e dos seus desígnios, e se volta para o homem e seus
problemas. Essa é uma das razões que nos permite compreender a rapidez com a qual padres
e intelectuais ligados à Igreja incorporaram os instrumentos analíticos das ciências sociais: a
formação em Antropologia, Sociologia e Ciência Política fornece os instrumentos de ciência
necessários ao diagnóstico e solução dos problemas humanos. Pode-se afirmar que nesse
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movimento, que incorpora uma visão histórica do homem, se dá um deslocamento da noção
de cultura tal como ela vinha sendo operacionalizada pelos organismos internacionais e pela
própria Igreja. Neste momento, ela deixa de ser pensada como erudição ou educação,
passando a prevalecer o ponto de vista antropológico de cultura: cultura como dimensão do
homem; todo homem, por mais ignorante que pareça, por mais atrasado, é portador de uma
cultura que é preciso conhecer e compreender.
Ainda que nesse particular a Igreja acompanhe o redirecionamento geral dos organismos
europeus que, no contexto desenhado, fazia da cultura um dos instrumentos mais importantes
da reconstrução da Europa por suas características institucionais mais específicas, ela é
particularmente sensível ao problema da cultura. Por que?
lugar no mundo, a representação das nações periféricas tem ampla voz no equacionamento e
na direção dessas resoluções.
Este movimento foi dirigido inicialmente por jovens protestantes que se baseavam na
mensagem evangélica de salvação. O seu líder foi o presbiteriano Eduardo Mondlane,
educado nos Estados Unidos. Em 1962 fundou a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) em Dar es Salam, de cujas bases a guerrilha começou a actuar dois anos mais
tarde. O governo colonial respondeu à escalada de guerrilha com a maior repressão militar.
Perante a negativa absoluta de mudanças da parte do governo, os 48 Padres Brancos
presentes no país tomaram uma decisão sem precedentes: abandonar o país em sinal de
protesto. De facto, foram expulsos pelo governo colonial antes da data prevista para asua
saída.
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Conclusão
Ser solidário é, também, ser amigo e empático, permitindo-se sentir a dor do outro para, em
seguida, buscar ajudá-lo de alguma maneira. Você é solidário quando se sensibiliza por
uma causa social e se torna parte dela, quando dedica seu tempo a ouvir um ente querido que
está atravessando um momento delicado, quando se deixa em segundo planos por alguns
instantes para priorizar uma pessoa que precisa de ajuda.
Essa colaboração mútua sempre foi e sempre será fundamental para a sobrevivência humana.
Inclusive, foi através dela que o homem sobreviveu desde os primórdios até os dias atuais.
Afinal de contas, estando juntos conseguimos suportar as adversidades sem medo. O apoio,
seja ele funcional ou emocional, é fundamental para vencermos obstáculos.
Já sabemos que a solidariedade é muito importante para as pessoas que estão enfrentando
alguma necessidade, agora, analisando-a do ponto de vista de quem ajuda, iremos constatar
que ela é igualmente benéfica. Quando um indivíduo ajuda o outro é inundado por
sentimentos fantásticos de satisfação, utilidade e pertencimento. Quando se é solidário, o bem
é multiplicado em sua vida e na daqueles que foram tocados pelo seu gesto.
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Referências Bibliográficas
Universidade Católica de Moçambique (UCM). Centro de Ensino à Distância.
Fundamentos da Teologia Católica, 2˚ Ano.
Link: Solidariedade: é preciso considerar a importância do outro (cancaonova.com)
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