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Introdução

A solidariedade é um valor humano universal, que está presente em todas as culturas.


Inclusive, a ONU, Organização das Nações Unidas, instituiu na Assembleia Geral de 2005 o
Dia Internacional da Solidariedade Humana, que é comemorado em 20 de dezembro. Trata-se
de uma qualidade que está relacionada à bondade, à empatia e ao amor. Ser solidário é se
sensibilizar com a dor de outro e estender a mão para ajudá-lo de alguma maneira.

O Papa João Paulo II afirmou que solidariedade não é um sentimento vago de compaixão
pelos infortúnios das outras pessoas e sim uma determinação firme e perseverante de se
comprometer com o bem comum. Nesse sentido, ser solidário vai além de realizar gestos
esporádicos de caridade, envolve realmente abraçar as causas e se tornar parte delas.

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Objectivos

Objectivo Geral

 Conhecer a importância da solidariedade na nação mocambicana

Objectivos Específicos

 Mostrar os valores da solidariedade na nacão mocambicana

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O valor da solidariedade

Viver a solidariedade é indispensável para possibilitar que as práticas políticas recuperem a


sua inteireza. É necessária uma limpeza nos mais variados mecanismos de funcionamento da
política, e de forma urgente.

A solidariedade, por ser um valor capaz de requalificar, permite reconstruir o esgarçado


tecido da cidadania. Por isso, em todos os momentos, em diferentes sociedades, é
indispensável fazer referência, propor iniciativas e refletir sobre a solidariedade. No coração
da prática solidária está o princípio fundamental e inegociável da consideração para com o
outro.

Semear a solidariedade

Embora, muitas vezes, reconheça-se o valor da solidariedade, sabe-se que não é tão simples
plantar e fazer florescer essa convicção nos corações. Na política, por exemplo, em vez de se
investir nos gestos solidários, prevalece a crença de que avanços diversos dependem de
conchavos, ideologias partidárias ou simplesmente das promessas nunca cumpridas.
Contenta-se assim com ensaios de lucidez, insuficientes para atender aos urgentes anseios do
povo, principalmente de quem é mais pobre. Falta, pois, na sociedade brasileira, um tecido
solidário de qualidade.

Quase sempre, o que se verifica no Brasil é um discurso de autoelogio sobre certas práticas
dedicadas aos outros. Em “alto e bom som”, há os que proclamam que a cultura latina e a
brasilidade têm na solidariedade um valor inerente. Fazem referências desdenhosas a outras
culturas marcadas pela objetividade, interpretando essa característica como “frieza”. Mas, na
prática, isso serve apenas para aliviar as consciências de pessoas que não se doam ou se
contentam em fazer tímidas doações a projetos sociais.

Amar o outro como a si mesmo

Ora, isso é bem diferente do que ensina o princípio apresentado pelo apóstolo Paulo –
considerar a importância do outro. O apóstolo adverte que a liberdade, quando se torna

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pretexto para buscar o que satisfaz, mas não convém, provoca desastres. Incapacita a
competência humana e espiritual de amar ao outro como a si mesmo. O resultado é nefasto,
diz o apóstolo: “Se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes
consumidos uns pelos outros!”. Paulo indica o caminho a seguir: “Fazei-vos servos uns dos
outros, pelo amor”.

Ao trilhar esse percurso e reconhecer o valor da solidariedade, colabora-se com a construção


de uma cultura que contemple fortes sentidos de pertencimento, patriotismo e apurada
sensibilidade humana, que se desdobra em gestos e ofertas mais generosas. Quem se faz
servo apura a própria visão da realidade e consegue ouvir os clamores de quem necessita de
ajuda.

Vivenciar a solidariedade

Por isso mesmo, urgente e prioritário, neste momento em que a sociedade brasileira precisa
sair da crise, é reconhecer que a solidariedade é determinante nas dinâmicas sociais. Isso não
é uma simples reflexão teórica, mas indicação de uma exigência moral com força
transformadora, pois possibilita o surgimento de atitudes que estão na contramão das
violências que dizimam, das corrupções que sucateiam e da perda da percepção de que todos
são destinatários, igualmente, de condições dignas.

A colaboração entre Estado e Igreja

Na última década, foram fortalecidas as novas relações de colaboração entre o Estado e a


Igreja Católica. Em 2007, o Governo decidiu restituir às comunidades religiosas alguns locais
de culto expropriados pelo governo marxista em 1977.  Cerca de 60% das propriedades já
foram devolvidas à Igreja Católica, mas ainda estão em andamento negociações em relação às
40% restantes.

As relações se consolidaram em 2011 com a assinatura, em 9 de fevereiro, do primeiro


acordo bilateral entre a República de Moçambique e da Santa Sé, que regulamenta o status
jurídico e fiscal da Igreja Católica e estabelece o reconhecimento de diplomas universitários
católicos e do casamento religioso.

Uma ulterior confirmação dessas boas relações foi a vinda ao Vaticano do primeiro-ministro
Alberto Clementino Vaquina, em 11 de abril de 2013. Durante a audiência com o Papa

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Francisco, falou-se em particular sobre a "positiva contribuição da Igreja Católica para a paz
e para o desenvolvimento do país, especialmente por meio de ações educacionais, de caridade
e assistenciais”.

Um trabalho precioso em um país que, apesar de suas grandes riquezas e o crescimento


econômico iniciado após o fim da guerra, continua a figurar entre os últimos na classificações
no Índice de Desenvolvimento Humano.

Os desafios apresentados à Igreja pelos males endêmicos do país e pela modernidade

Pobreza e desigualdades sociais, corrupção generalizada, violência, criminalidade, tráfico de


drogas, exploração laboral, tráfico de seres humanos, pressões separatistas: são numerosos os
males que continuam a afligir a sociedade moçambicana, atingida em 2019 por dois ciclones
devastadores – o Idai, em 13 de março, e o Kenneth 25 de abril. Todos estes problemas que
estão no centro das preocupações do Igreja local, ciente de que eles não somente são um
obstáculo ao desenvolvimento e, portanto, uma ameaça à paz social, mas também ao seu
trabalho evangelizador.

A minar este trabalho, também os desafios da modernidade: indiferença religiosa e


materialismo desenfreado que contagiam principalmente as novas gerações. O número de
batizados em Moçambique não corresponde de fato ao de católicos praticantes: não poucos
jovens, após a Confirmação, se afastam dos Sacramentos e da vida dos paróquia, ainda que
um dado positivo seja a presença de movimentos de leigos. Entre estes, a Comunidade de
Santo Egídio, artífice da paz no país, mas também movimentos juvenis locais, como os
chamados "Iniciados", comprometidos em iniciativas originais de inculturação do Evangelho
na herança africana. Numerosas também são as associações devocionais de mulheres.

A Igreja se volta para o homem

Tal deslocamento promove mudança radical no eixo da atuação da Igreja, que deixa de
ocupar-se prioritariamente de Deus e dos seus desígnios, e se volta para o homem e seus
problemas. Essa é uma das razões que nos permite compreender a rapidez com a qual padres
e intelectuais ligados à Igreja incorporaram os instrumentos analíticos das ciências sociais: a
formação em Antropologia, Sociologia e Ciência Política fornece os instrumentos de ciência
necessários ao diagnóstico e solução dos problemas humanos. Pode-se afirmar que nesse

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movimento, que incorpora uma visão histórica do homem, se dá um deslocamento da noção
de cultura tal como ela vinha sendo operacionalizada pelos organismos internacionais e pela
própria Igreja. Neste momento, ela deixa de ser pensada como erudição ou educação,
passando a prevalecer o ponto de vista antropológico de cultura: cultura como dimensão do
homem; todo homem, por mais ignorante que pareça, por mais atrasado, é portador de uma
cultura que é preciso conhecer e compreender.

Ainda que nesse particular a Igreja acompanhe o redirecionamento geral dos organismos
europeus que, no contexto desenhado, fazia da cultura um dos instrumentos mais importantes
da reconstrução da Europa por suas características institucionais mais específicas, ela é
particularmente sensível ao problema da cultura. Por que?

lugar no mundo, a representação das nações periféricas tem ampla voz no equacionamento e
na direção dessas resoluções.

O Movimento para a Independência

Este movimento foi dirigido inicialmente por jovens protestantes que se baseavam na
mensagem evangélica de salvação. O seu líder foi o presbiteriano Eduardo Mondlane,
educado nos Estados Unidos. Em 1962 fundou a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) em Dar es Salam, de cujas bases a guerrilha começou a actuar dois anos mais
tarde. O governo colonial respondeu à escalada de guerrilha com a maior repressão militar.
Perante a negativa absoluta de mudanças da parte do governo, os 48 Padres Brancos
presentes no país tomaram uma decisão sem precedentes: abandonar o país em sinal de
protesto. De facto, foram expulsos pelo governo colonial antes da data prevista para asua
saída.

As matanças indiscriminadas da população aumentaram na medida em que aumentou


também a insurreição que acabou instalando-se sobretudo na Província de Tete. O incidente
mais grave foi a morte de Wiriamu, na que foram assassinados quase todos os habitantes. Os
missionários do IEME prepararam um informe do incidente com uma lista de 180 vítimas.
Em consequência houve vários protestos a nível internacional. Em Abril de 1974 o governo
colonial expulsou Dom Manuel Vieira Pinto e 11 padres combonianos, porque eles, junto
com muitos outros, tinham assinado um comunicado pedindo uma independência gradual e o
fim da concordata.

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Conclusão

Ser solidário é, também, ser amigo e empático, permitindo-se sentir a dor do outro para, em
seguida, buscar ajudá-lo de alguma maneira. Você é solidário quando se sensibiliza por
uma causa social e se torna parte dela, quando dedica seu tempo a ouvir um ente querido que
está atravessando um momento delicado, quando se deixa em segundo planos por alguns
instantes para priorizar uma pessoa que precisa de ajuda.

Essa colaboração mútua sempre foi e sempre será fundamental para a sobrevivência humana.
Inclusive, foi através dela que o homem sobreviveu desde os primórdios até os dias atuais.
Afinal de contas, estando juntos conseguimos suportar as adversidades sem medo. O apoio,
seja ele funcional ou emocional, é fundamental para vencermos obstáculos.

Já sabemos que a solidariedade é muito importante para as pessoas que estão enfrentando
alguma necessidade, agora, analisando-a do ponto de vista de quem ajuda, iremos constatar
que ela é igualmente benéfica. Quando um indivíduo ajuda o outro é inundado por
sentimentos fantásticos de satisfação, utilidade e pertencimento. Quando se é solidário, o bem
é multiplicado em sua vida e na daqueles que foram tocados pelo seu gesto.

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Referências Bibliográficas
 Universidade Católica de Moçambique (UCM). Centro de Ensino à Distância.
Fundamentos da Teologia Católica, 2˚ Ano.
 Link: Solidariedade: é preciso considerar a importância do outro (cancaonova.com)

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