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Teste Economia M5 – Diogo Martins

1.Este texto aborda a importância da conjunção dos elementos do território e do povo, sobre
os quais é exercida a soberania do Estado, para o sucesso económico do país na vertente
marítima. Através da renovação das frotas e do recurso a tecnologias digitais e diferentes
técnicas, será possível explorar o território, o que fará com que as espécies sejam pescadas de
forma eficiente. Por sua vez, isto possibilitará a valorização do produto e ganhar quota de
mercado, o que é importante para o desenvolvimento económico. No entanto, para a
concretização destes objetivos é necessária a mão de obra, a qual é providenciada pelo povo, e
o aval do Estado, como órgão soberano, para a exploração do seu território

2. O Estado tem três funções: a função legislativa, a função executiva ou administrativa, e a


função judicial.

Para o funcionamento da vida de uma comunidade, é necessário, por parte da entidade que
regula, o Estado, a criação de leis que regem a conduta dos indivíduos.

Posteriormente à criação, é necessário garantir que as leis são cumpridas, ou seja, dar um
carácter prático àquilo que foi estipulado. Para isso, o Estado deve ter o cuidado de fiscalizar,
de forma a assegurar que os indivíduos agem em conformidade com as leis.

Por fim, quando há comportamentos passiveis de serem considerados desregulados daquilo


que são as leis, o Estado deve cumprir a sua função judicial ao promover a justiça, de forma a
resolver conflitos, através da investigação, julgamento e punição.

2.1 Os dois textos anteriores tratam sobre duas situações que afetam a realidade económica
do nosso país, sobre a qual tem a influência a função judicial, em que o Estado estipula leis
para o funcionamento da mesma. A verdade é que as leis que são feitas têm influência nos
agentes sobre as quais incidem. Neste caso específico, a burocracia, ao promover a opacidade,
faz com que as empresas tomem a decisão de fugir às suas obrigações impostas pelo Estado,
não sendo transparentes no exercer da sua atividade. Posto isto, como órgão executivo, o
Estado tem de encontrar mecanismos para fazer com que as leis sejam executadas e
cumpridas e, como órgão judicial, tem de punir aqueles que fogem ao que elas definem.

3. O Estado no cumprimento das suas funções, necessita, depois de estarem criadas e


tornarem-se aplicáveis, garantir que as leis são executadas e que existem punições para quem
não as cumpre.

Desta forma, dentro da esfera política, o Estado cria mecanismos para controlar a execução
das leis e o cumprimento das medidas adotadas, como Tribunais e o Ministério Público. O
chumbo da eutanásia pelo Tribunal Constitucional e a abertura de inquéritos pelo Ministério
Público são exemplos da intervenção política do Estado.
4. O Estado, ao abrigo do Artigo 9º da CRP, tem o dever de promover o bem-estar, a qualidade
de vida do povo e a igualdade entre os portugueses, protegendo os mais desfavorecidos. Deste
modo, ao intervir na esfera social, fornece serviços essenciais, para satisfazer as necessidades
básicas, como a disponibilização de escolas e prestação de serviços médicos, e concede
subsídios, de forma a auxiliar as pessoas que não têm outros rendimentos, como o subsídio de
desemprego ou o rendimento social de inserção. Para a concretização destes objetivos foram
criados mecanismos como a Segurança Social e o Sistema Nacional de Saúde.

5. O Estado intervém na esfera económica seguindo as suas funções de dinamizador,


regulador e estabilizador.

O Estado, como dinamizador do mercado, tem a obrigação produzir e distribuir bens públicos,
mais especificamente aqueles que são essenciais para a população, de forma a satisfazer as
necessidades coletivas.

O Estado, como órgão regulador, tem a responsabilidade de condicionar, fiscalizar, planear e


promover as atividades de terceiros, para que consiga garantir que estes cumprem aquilo que
é estipulado. O Orçamento de Estado é o principal exemplo de um instrumento de
planeamento utilizado.

A estabilização do mercado também compete ao Estado, quer a nível externo, quer a nível
interno. Desta forma, deve assegurar o crescimento económico, a estabilidade dos preços, a
manutenção dos postos de trabalho e o equilíbrio das relações externas do país. As recentes
medidas de apoio implementadas a favor dos setores mais afetados é um exemplo de ação do
Estado enquanto ente estabilizador.

5.1 A intervenção do Estado na esfera económica tem como objetivo garantir a eficiência,
equidade e estabilidade.

Ao procurar garantir a eficiência, apesar de uma atuação na vertente económica, o Estado


manifesta também uma preocupação social, de forma a que, incentivando a utilização racional
e eficiente dos recursos, o que permite um elevado grau de satisfação a baixo custo, seja então
possível maximizar ao máximo os bens produzidos e que, assim, possam ser providenciados a
toda a população, garantindo também a equidade, uma vez que o Estado, segundo a CRP, tem
a obrigação de promover a justiça social e, consequentemente, corrigir as desigualdades na
distribuição de riqueza e do rendimento, o que faz com que toda a população tenha acesso aos
bens essenciais e a condições de vida com dignidade. Como exemplo de uma atuação do
Estado de forma a garantir a eficiência e equidade, encontra-se a Declaração de Gaia, feita
para promover o desenvolvimento sustentável, proteger os bens providenciados pela natureza
e defender a ideia de que “os cidadãos têm direito equitativo de utilização dos bens comuns
do planeta”.

Por fim, o Estado procura garantir estabilidade, seguindo as suas funções de: regulador,
dinamizador, fiscalizador e planificador. Através disto, o Estado consegue implementar
medidas de combate ao desemprego e inflação e também de criação de empregos para que
consiga fazer face a situações de instabilidade como encerramentos de empresas e quebras na
produção. Assim, além de garantir a sustentabilidade económica, o Estado evita situações
precárias em que os indivíduos possam vir a estar inseridos. Como exemplo de uma
intervenção em prol de garantir a estabilidade, encontra-se a medida implementada pelo
Governo português, que decidiu apoiar a contratação simultânea e sem termo de jovens
desempregados à procura do primeiro trabalho e de desempregados de longa duração com
mais de 45 anos.

5.2 Existem três tipos de falhas de mercado que comprometem a tentativa do Estado em
alcançar a eficiência: existência de mercados de concorrência imperfeita; existências de
externalidades; existência de bens públicos.

Ao haver uma ou mais empresas que detêm a possibilidade de influenciar o preço e a procura,
isto faz com que sejam autónomas para determinar o seu processo produtivo, podendo (ou
não) fugir à utilização racional e eficiente dos produtos. Além disto, num mercado de
concorrência perfeita são despendidos recursos para a diferenciação dos produtos, o que não
contribui para um elevado grau de satisfação a baixo custo.

A existência de externalidades faz com que a ação de um agente económico tenha impacto
sobre outros que não participem dessa ação. Por exemplo, as empresas que no exercer da sua
atividade emitem poluição, contribuem para a deterioração do meio ambiente, pondo em
causa e impossibilitando o desenvolvimento sustentável. Desta forma, a concretização desta
falha de mercado obriga a custos sociais.

A existência de bens públicos, caracterizados por não apresentarem oferta privada, fazem com
que várias pessoas possam usufruir deles sem que alguém possa ser impedido de os utilizar.
Além disso, são de não-rivalidade, ou seja, o seu uso não diminui a quantidade disponível para
os outros. Por isso, os bens públicos são disponibilizados para todos e na mesma quantidade.

6. O Estado é responsável por desenvolver as atividades clássicas e pela produção de bens e


serviços.

As atividades clássicas do Estado, como a justiça, ordem e paz, são realizadas com o intuito de
satisfazer as necessidades coletivas da população, financiadas por meio do pagamento de
impostos.

Na atividade de produção de bens e serviços, o Estado procura ter capacidade para


disponibilizar os recursos necessários para a satisfação adequada das necessidades.

7. Ao cumprir a sua tarefa de produção de bens e serviços, o Estado encontra-se dividido em


dois grandes setores: o Setor Público Administrativo e o Setor Empresarial do Estado.

Estes dois setores diferenciam-se pela finalidade com que os bens e serviços são produzidos. O
Setor Público Administrativo corresponde ao conjunto de serviços que o Estado presta no
desempenho das suas atividades tradicionais – educação, saúde, defesa e justiça. No entanto,
estes serviços são fornecidos com o intuito de satisfazer ao máximo as necessidades coletivas,
não olhando a critérios empresariais, ou seja, o objetivo é levar os serviços a toda a população
sem visar o lucro. Por isso, a prioridade de fornecer serviços sobrepõem-se à de obter
melhores resultados. Dentro do Setor Público Administrativo estão incorporados mecanismos
como a Segurança Social.
Por outro lado, o Setor Empresarial do Estado, apesar de também ter a intenção de
disponibilizar recursos para a satisfação da população, fá-lo através da venda, tendo em conta
a obtenção de lucro. Neste setor estão incluídas as empresas públicas, participadas e
municiais. Como exemplos de empresas do Setor Empresarial do Estado existem: Rádio e
Televisão Portuguesa e Infraestruturas de Portugal.

8. As empresas podem ser detidas total ou parcialmente pelo setor público ou pelo setor
privado. Quando uma empresa está na posse do setor privado e, posteriormente, a
propriedade dos seus meios de produção passa para o Estado, significa que aconteceu a sua
nacionalização. As nacionalizações podem ocorrer por diferentes motivos: garantir a
sobrevivência de uma empresa numa situação financeira complicada; evitar acumulação de
capital estrangeiro no país; providenciar mais facilmente recursos à população. Normalmente,
este processo está mais ligado a políticas socialistas, como aconteceu após o 25 de abril, em
que o Estado procurou acabar com o domínio dos grandes grupos económicos da época no
mercado. Mais recentemente, temos o exemplo da TAP, em que há a tentativa da sua
nacionalização, uma vez que, caso se confirme a continuação da sua posição deficitária, o
Estado entende que há o risco de colocar em causa a produção nacional e de aumentar o
desemprego.

Por outro lado, quando há a transferência para o setor privado dos meios de produção que
pertenciam ao Estado, ocorre uma privatização. Uma situação propícia para a privatização das
empresas corresponde a momentos em que o Estado necessita de diminuir os seus encargos e
receber capitais para colmatar a dívida pública. Além disso a privatização pode estar associada
a uma tentativa de impulsionar o mercado e a economia, através de um aumento da
competitividade das empresas e da melhoria da sua situação financeira. Exemplos de
privatização em Portugal: Galp, CTT e EDP.

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