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DOMINAR A LÍNGUA?
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Fonte: www.sxc.hu
Meta
Estimular o interesse do estudante, demonstrando a
importância do domínio da Língua Portuguesa, que deve ser
valorizada como elemento de cultura.
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
1. diferenciar a linguagem coloquial da linguagem formal;
2. reconhecer as diferentes funções da linguagem presentes
no dia-a-dia.
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Fonte: www.sxc.hu
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c.h
Não se deve
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separar o verbo de
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te:
seu complemento
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Fo
com vírgula!
Como sabemos, a linguagem é a condição
essencial para que haja cultura. Esta, por sua vez,
caracteriza a existência social de determinado povo
ou nação. Entretanto, as manifestações culturais
podem variar de tempos em tempos e também
de acordo com o grupo ao qual as pessoas
pertencem. É por isso que a linguagem apresenta
variações no espaço e no tempo, de acordo com a
classe social, a escolaridade, a profissão, o sexo e
a região onde vivemos. A tais diferenças damos o
nome de DIALETO.
A mudança lingüística não é mero aci-
dente: pertence à essência da língua.
A língua se faz mediante a mudança. DIALETO
Mudança lingüística é a manifestação Variedades que ocorrem na fala das
pessoas de uma mesma língua, de
da criatividade da linguagem na história
acordo com o local ou as condições
das línguas. sociais em que vivem – constitui a
(Eugênio Coseriu) “maneira de falar”. Tal variação pode
ser determinada por fatores como
classe econômica, escolaridade, sexo,
idade, região onde se vive e profissão.
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e-Tec Brasil – Redação e Expressão Oral
Nunca separe o
sujeito da frase e o
verbo com vírgula!
Emprega-se a vírgula
para indicar a elipse de
um termo.
Exemplo 3:
Formal: Está certo!
Coloquial: Tá certo!
14 Exemplo 4: Trecho extraído do debate que se seguiu à palestra do poeta
Paulo Leminski, “Poesia: a paixão da linguagem”, proferida durante o curso Os
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Frase Classificação
“Não te falei que você iria conseguir?”
“Ainda não o vimos por aqui.”
“Ver-se-ia em maus lençóis se continuasse
a insistir naquilo.”
“Eu ainda não entrara no banco quando
aquilo aconteceu.”
“E aí, galera? A aula foi mó legal, num foi?”
“Ainda não vi ele.”
Funções da linguagem
Como vimos, a linguagem sempre varia conforme a situação, mas ela
também pode assumir funções que levam em consideração o que se quer
transmitir e os objetivos da comunicação.
Não há comunicação neutra. Há sempre um contexto, uma necessidade, uma
situação pessoal determinando o que se diz, gerando um discurso que pode ser
informativo, autoritário, apelativo ou poético. Daí a possibilidade de se falar em
funções da linguagem.
As funções se organizam em torno dos elementos da comunicação: um
emissor, que envia uma mensagem a um receptor, usando um código, que
flui através de um canal. Elas são classificadas conforme a importância que
atribuem a cada um desses elementos.
16 ATENÇÃO!
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Elementos da comunicação:
Emissor: emite, envia a mensagem (transmissor).
Receptor: recebe a mensagem.
Mensagem: conteúdo transmitido pelo emissor.
Código: conjunto de signos (linguagem) usado na transmissão
e na recepção da mensagem.
Referente: contexto relacionado ao emissor e ao receptor.
Canal: meio pelo qual circula a mensagem.
Com faixas e carro de som, cerca de 200 estudantes das redes municipal
e estadual de Belo Horizonte deram início ontem, na Avenida Sinfrônio
Brochado, na Região do Barreiro, a uma série de manifestações em
defesa do meio-passe no transporte (Douglas Couto, 2008).
Como vimos, em qualquer tipo de texto existe uma função de linguagem. No caso
dessa poesia de Clarice Lispector, utiliza-se a função emotiva, também chamada de
expressiva.
O objetivo é expressar sentimentos, emoções e opiniões, sempre focando o
emissor; por isso se chama “emotiva”. Ou seja, o texto costuma ser escrito com
verbos conjugados na primeira pessoa do singular (eu), além de utilizar largamente
interjeições e exclamações. A emotiva é a função predominante em biografias,
memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Interjeição é a expressão
com que um estado emotivo
é traduzido ou sentimentos
espontâneos e repentinos são
exprimidos. Pode ser uma
palavra ou a simples voz ou um
grito. Exemplos: Ah! Puxa! Ora!
Olá! Cuidado!
Fora! Ufa!
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Função conativa ou apelativa
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SAIBA MAIS...
ATENÇÃO!
Função metalingüística
Com base no que aprendemos nesta nossa primeira aula, você deve ter
percebido o quanto é importante dominar a língua e saber utilizá-la adequadamente,
inclusive na hora de optar pela função da linguagem a ser usada. É conhecendo
a nossa Língua Portuguesa que vamos compreender melhor, e em todas as
situações, os elementos da comunicação.
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RESUMINDO...
Atividade 1
Frase Classificação
“Não te falei que você iria conseguir?” coloquial
“Ainda não o vimos por aqui.” formal
“Ver-se-ia em maus lençóis se continuasse a insistir formal
naquilo.”
“Eu ainda não entrara no banco quando aquilo aconteceu.” formal
“E aí, galera? A aula foi mó legal, num foi?” coloquial
“Ainda não vi ele.” coloquial
Atividade 2
Elemento que fica
Finalidade ou conteúdo Textos
em evidência
Documentos, relatórios,
Mensagem objetiva, fatos,
Referente textos científicos e matérias
idéias e ações.
jornalísticas.
Mensagem subjetiva, Cartas pessoais, diários,
Emissor sentimentos, emoções e biografias, memórias e
opiniões de quem fala. poesias líricas.
Mensagem que influencia Linguagem publicitária;
Receptor o receptor com o objetivo linguagens de propaganda
de provocar uma resposta. política e religiosa.
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Referências bibliográficas
COUTO, Douglas. Jornal Hoje em Dia. Disponível em: <http://www.
hojeemdia.com.br>. Acesso em: 11 set. 2008.
FARACO, C. A.; MANDRIR, D. Prática de redação para estudantes
universitários. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
FARACO, C. E.; MOURA, F. M. Língua e literatura. 5. ed. São Paulo: Ática,
1985.
FERREIRA, A. B.de H. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FERREIRA, M.; PELLEGRINI, T. Redação: palavra e arte. São Paulo: Atual,
1999.
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo:
Ática, 1997.
Bibliografia recomendada
TERRA, E.; NICOLA, J. De olho no mundo do trabalho. Volume único. São
Paulo: Scipione, 2004.