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CRONOGRAMA:

 Domínio dos mecanismos de coesão textual.


 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de
conectores e de outros elementos de sequenciação textual.
 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
 Reescrita de frases e parágrafos do texto.
 Significação das palavras.
 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
CONCEITOS BÁSICOS

COERÊNCIA

COESÃO:

 SEQUENCIAL
 REFERENCIAL

1. REFERÊNCIA
2. SUBSTITUIÇÃO
3. ELIPSE
4. COESÃO LEXICAL

1. Você não se arrependerá de ter lido este anúncio. (exófora)


2. Paulo e José são excelentes advogados. Eles se formaram na Academia do Largo de
São Francisco.

3. Realizara todos os seus sonhos,menos este:o de entrar para a Academia.

4. É um exercício igual ao de ontem.

5. Por que você está decepcionada? Esperava algo de diferente?

6. Pedro comprou uma camisa vermelha, mas Jorge preferiu uma verde.

7. Mate um frango ativo e roliço.

Prepare-o para ir ao forno e corte-o em quatro partes.

Asse-o durante uma hora.

Quando estiver bem assado, sirva-o com rodelas de abacaxi.4


COESÃO4

Segundo Halliday & Hasan (1976), “a coesão ocorre quando a interpretação de


algum elemento no discurso é dependente da de outro. Um pressupõe o outro, no
sentido de que não pode ser efetivamente decodificado a não ser por recurso ao
outro”. (p.4) Consideram a coesão como parte do sistema de uma língua: embora se
trate de uma relação semântica, ela é realizada – como ocorre com todos os
componentes do sistema semântico – através do sistema léxico-gramatical. Há,
portanto, formas de coesão realizadas através da gramática e outras, através do
léxico.
Para esses autores, a coesão é, pois, uma relação semântica entre um
elemento do texto e algum outro elemento crucial para a sua interpretação. A
coesão, por estabelecer relações de sentido, diz respeito ao conjunto de recursos
semânticos por meio dos quais uma sentença se liga com a que veio antes, aos
recursos semânticos mobilizados com o propósito de criar textos. A cada ocorrência
de um recurso coesivo no texto, denominam “laço”, “elo coesivo”.
Halliday & Hasan citam como principais fatores de coesão a referência, a
substituição, a elipse, a conjunção, e a coesão lexical.

COERÊNCIA

A coerência, responsável pela continuidade dos sentidos no texto, não se


apresenta, pois, como mero traço dos textos, mas como o resultado de uma
complexa rede de fatores de ordem linguística, cognitiva e interacional. Assim, diz
Marcuschi, “a simples justaposição de eventos e situações em um texto pode ativar
operações que recobrem ou criam relações de coerência”.
Parece fora de dúvida que pode haver textos destituídos de elementos de
coesão, mas cuja textualidade se dá no nível da coerência, como em:

Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana.
Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada.

Por outro lado, podem ocorrer sequenciamentos coesivos de enunciados que,


porém, não chegam a constituir textos, por faltar-lhes a coerência.
É o caso de:

O dia está bonito, pois ontem encontrei seu irmão no cinema. Não gosto de ir
ao cinema. Lá passam muitos filmes divertidos.

Concluindo, pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a


todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma
ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
José Carlos Libâneo

TRECHO 1

Em artigo publicado em 1981, SAVIANI descreveu com muita propriedade

certas confusões que se emaranham na cabeça de professores. Após

caracterizar a pedagogia tradicional e a pedagogia nova, indica o

aparecimento, mais recente, da tendência tecnicista e das teorias critico-

reprodutivistas, todas incidindo sobre o professor. Ele escreve: "Os professores

têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade,

porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova,

porque a realidade em que atuam é tradicional. (...) Mas o drama do professor

não termina, aí. A essa contradição se acrescenta uma outra: além de

constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o

professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e

produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios

(tecnicismo).(...) AÍ o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua

cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...)


rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não

aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente

repressor”.

TRECHO 2

É necessário esclarecer que as tendências não aparecem em sua forma pura,

nem sempre, são mutuamente exclusivas, nem conseguem captar toda a

riqueza da prática escolar. São, aliás, as limitações de qualquer tentativa de

classificação. De qualquer modo, a classificação e descrição das tendências poderão

funcionar como instrumento de analise para o professor avaliar sua prática de sala de

aula.

Utilizando como critério a posição que adotam em relação aos

condicionantes sociopolíticos da escola, as tendências pedagógicas foram

classificadas em liberais e progressistas, a saber:


A - Pedagogia liberal

1- Tradicional

2- Renovada progressivista

3- Renovada não-diretiva

4- Tecnicista

B - Pedagogia progressista

1- Libertadora

2- Libertária

3- Crítico-social dos conteúdos


TRECHO 3

A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como

função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A

sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas,

sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os

comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a

realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e

aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas

(forma) de descoberta e aplicação. A tecnologia (aproveitamento ordenado de

recursos, com base no conhecimento científico) é o meio eficaz de obter a

maximização da produção e garantir um ótimo funcionamento da sociedade; a

educação é um recurso tecnológico por excelência. Ela "é encarada como um

instrumento capaz de promover, sem contradição, o desenvolvimento econômico

pela qualificação da mão-de-obra, pela redistribuição da renda, pelo maximização da

produção e, ao mesmo tempo, pelo desenvolvimento da 'consciência política'

indispensável à manutenção do Estado autoritário". Utiliza-se basicamente do

enfoque sistêmico, da tecnologia educacional e da análise experimental do

comportamento.
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