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Direito Comercial I

Professora: Eulália Moura


Colaboração: Maria Paula
Aula 1 de 16/08/02

Evolução Histórica do Direito Comercial

 Início da Civilização – conglomerados


 Mercadoria – moeda
 Intermediários – VENDA (mercadorias)/COMPRA (moeda)
 Figura do vendedor como titular da mercadoria e do comprador como titular da moeda.
 Comércio: Produtores/Consumidores
 Comerciante – Lucro (objeto do comércio) – atividade especulativa
 Empresas
 Direito Comercial – transações econômicas
 Estado – Intervenção – Impostos – Regularização (leis, Decretos, Decretos-lei) – Direito
Comercial

Comércio é a atividade em que consumidores e produtores possuem suas necessidades


atendidas pela figura do intermediário.

Só existe comércio se há intenção de lucro.

No início da civilização o que existia eram conglomerados de povos, pequenos e isolados.

Com a escassez de certos produtos em certo conglomerado, buscou-se o intercâmbio entre


os conglomerados, para que suas necessidades fossem supridas, então iniciou-se um sistema de
troca, que se baseava, simplesmente, em trocar aquilo que possuía em excesso por algo que estava
em escassez, não tendo o objetivo do lucro, que apareceria mais tarde.

Com o aumento da necessidade de troca e a escassez de mercadorias para se trocar, surgiu


a moeda, que no início não era necessariamente metal, mas sim pedrinhas, conchas e outros
objetos, diversos daquele que se queria obter, ou seja, algo com um valor intrínseco.

Mais tarde a moeda passou a ter também um valor real, possuindo mais que o mero valor
intrínseco, como nos casos dos metais e pedras preciosas.

A partir destas transações é que apareceu, então, a figura do Intermediário, que iria trocar
suas moedas, por um produto que um terceiro estivesse precisando, obtendo daí uma sobra na
quantidade de moeda. Surge então o instituto da Compra e Venda.

O comércio se inicia com a troca e passa a ser agora, uma atividade especulativa.

O aumento deste tipo de atividade faz surgir a necessidade de controle de moeda e


mercadoria, gastos e lucros, por parte do comerciante, que, para se organizar, “contabiliza” tudo
isso, através de simples anotações, que origina a contabilidade. Essa necessidade de organização
faz surgir também as empresas, que não possuíam essa conotação que hoje possuem.

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Direito Comercial I

Há certa definição de empresa – prática organizada de atividade lucrativa. Toda sociedade


é uma empresa, mas nem toda empresa é uma sociedade.

Com o incremento das atividades comerciais, os usos e costumes dos comerciantes,


passaram a ter tal força, que se assemelhavam a leis.

Então, os comerciantes se reuniram para tentar unificar todas essas regras de usos e
costumes, que eram individualizadas (cada grupo de comerciantes tinha a sua). Criou-se a sanção
para aquele que contrariasse as normas de usos e costumes compiladas por todos. Surge aqui o
Direito Comercial, para regulamentar as atividades comerciais.

Neste momento o Estado passa a observar essas atividades, que até então eram exercidas
por pessoas de direito privado. Ele intervém nessas relações com o intuito de não deixar os menos
favorecidos serem prejudicados pela ganância dos mais favorecidos, evitando que um parcela do
povo chegasse à miséria.

O Estado, então, percebe que indiretamente propicia essas relações, fornecendo ambiente e
estrutura para tal, por isso passa a intervir no comércio, a partir da regulamentação tributária. Ele
realiza isso através de leis, decretos, que hoje formam o Direito Comercial.

Os Fenícios iniciaram o processo da compilação das normas de Dto. Comercial, através da


estruturação das regras de usos e costumes, pois esse povo realizava a atividade comercial com
muita intensidade.

O 2º povo que voltou-se para o comércio foi o grego, que realizou a 1º compilação de leis
comerciais que passaram a ser observadas por todos os comerciantes; possuía maior abrangência
do que a compilação dos fenícios.

Esse “código” grego, era, apenas, regulador das atividades comerciais e suas sanções. Não
havia a figura da responsabilidade, só a diretamente ligada à atividade.

No Brasil, o Código Comercial data de 1850. Antes, toda a nossa mercancia era baseada
no Código Napoleônico.

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