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O BOM ALUNO DE CURSOS À DISTÂNCIA:

• Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso.
Qualquer um termina, só os determinados aprendem!

• Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar pela pressa. •

Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do conteúdo e não
realizá-las é deixar de aproveitar todo o potencial daquele momento de aprendizagem.

• Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que elas têm uma função
bem mais importante que embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar o
entendimento sobre o conteúdo.

• Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que eles são momentos de
reforço do aprendizado e de descanso do processo de leitura e estudo. Você aprende enquanto
descansa e se diverte!

• Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que quanto mais aprofundar
seus conhecimentos mais se diferencia dos demais alunos dos cursos. Todos têm acesso aos
mesmos cursos, mas o aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem
diferencia os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”.

• Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas
informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar atividades práticas que
não são possíveis de serem feitas durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.)

• Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas
sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar
elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.

• Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O


aprendizado só tem sentido quando pode efetivamente.
Conteúdo

Introdução
Contexto Histórico da Pedagogia
A Formação do Pedagogo
A Legislação sobre a Formação do Pedagogo
Pedagogia Empresarial
Responsabilidades do Pegagogo Empresarial
Formação do Pedagogo Empresarial
As Ciências Humanas nos seus Diversos Aspectos
Atribuição do Pedagogo na Empresa
O Pedagogo em Espaços Não-Escolares
Atuação do Pedagogo na Educação Não-Formal
Atuação do Pedagogo como Profissional Liberal
Artigo: Tendências e Perspectivas de Atuação do
Pedagogo
Artigo: O que um Pedagogo Empresarial Precisa Saber
Sobre Grupos?
Bibliografia/Links Recomendados

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Introdução
Desafiadoramente, a atuação da pedagogia empresarial,
enquanto instância formadora de educadores é torná-los
profissionais habilitados a atuar além do ensino, Em um contexto
histórico organização e de gestão de sistemas, também na
produção de conhecimentos em diversas áreas da educação
escolar e não escolar, conhecimentos estes, científicos e
tecnológicos. Interessa, ainda, na perspectiva da formação do
pedagogo, o desenvolvimento de sua capacidade de
questionamento e elaboração de políticas que atinjam, direta ou
indiretamente, as questões educacionais, além de aproximar o
futuro pedagogo das funções com a natureza do cargo.

Enquanto cidadãos no mundo contemporâneo, ao pedagogo, são


requeridos conhecimentos e habilidades gerais de saber pensar,
saber escutar, aprender a aprender, lidar com a autoridade, lidar
com as tecnologias contemporâneas, ter iniciativa para resolver
problemas, ter capacidade para tomar decisões, ser criativo, ser
autônomo, estar em sintonia com a realidade contemporânea e
ter responsabilidade social.

Essa é a base inclusiva para o pedagogo contribuir na tarefa de


democratizar o aceso aos conhecimentos visando, entre outros
objetivos, a promoção da melhoria nas condições de vida das
pessoas, integrado nos processos de gestão empresarial,
compreendendo os relacionamentos internos e externos que
interferem na convivência homem, empresa e produtividade.

Por considerar que o pedagogo é um profissional necessário em


todas as instâncias em que há ensino e aprendizagem, o que
significa a existência de amplos campos de atuação pedagógica,
nas diversas áreas do conhecimento adquiridos.

A diferença de atuação do pedagogo na empresa entre os


diferentes departamentos organizacional é que o pedagogo tem
como pressuposto principal de formação a didática, filosófica,
humanística e a política de recursos humanos adotadas pela
organização. Com um olhar diferenciado tem como finalidade
principal promover mudanças no comportamento das pessoas de
modo que elas melhorem tanto a qualidade do seu desempenho

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profissional quanto pessoal. Pois o pedagogo se preocupa com a
formação e o desenvolvimento do homem, onde ele não vê o
colaborador como uma máquina que não pode cometer erros.

Segundo Chiavenato, (1989)


Na execução do treinamento alguns fatores são
considerados como sendo, a cooperação das chefias e
coordenações da empresa, a qualidade e preparo dos
instrutores e perfil dos aprendizes. Assim o treinamento
resultará em uma resposta lógica a um quadro de
condições ambientais extremamente mutáveis e a novos
requisitos para a sobrevivência e crescimento
organizacional.
Já que nós somos os mais indicados para transmitir aos líderes, a
maneira correta de como lidar com os colaboradores e como
ensiná-los a realizar tarefas. Pode-se ainda, como em qualquer
profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações
privada, pública ou em ONG, em função de uma experiência
adquirida em outras instituições, onde pode se dizer que o
pedagogo é um funcionário completo, pois ele tem um olhar
global, onde ele hoje pode atuar tanto na escola como em
empresas como nos vimos anteriormente.

Contexto Histórico da Pedagogia


O curso de Pedagogia no Brasil que foi criado em 1939, através
do Decreto-Lei nº. 1.190, quando foi organizada a Faculdade
Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Desde sua
origem, ele esteve orientado para a formação do Pedagogo como
docente, possibilitando ao estudante um conjunto de
conhecimentos que lhe garantisse a condição de educador.

Com o passar do tempo houve novas demandas educativas e o


curso de Pedagogia passou a oferecer habilitações de
Administração Escolar, Orientação Educacional e Supervisão
Escolar e a formar docentes para ministrar as disciplinas
pedagógicas do curso magistério de 2º Grau. Houve muitos
movimentos, tanto de professores como de grupos estudantis, no
sentido de se definir a identidade desse profissional ligado à sua
área de atuação, bem como seu campo de trabalho.

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No Congresso Estadual de Estudantes de Pedagogia de São
Paulo realizado em 1967, os estudantes reclamavam
providências com relação ao campo de trabalho do licenciado em
Pedagogia.

E esses estudantes iam muito além quando recomendava, em


caráter efetivo, a criação de cargos e funções através dos quais
profissionais aptos – os licenciados em Pedagogia – poderiam
suprir necessidades educacionais da realidade brasileira nos
seguintes setores: planejamento educacional, TV educativa,
instrução programada, educação de adultos, formulação de uma
filosofia de educação e reformulação de uma política educacional,
educação de excepcionais, especialização em níveis de ensino,
desenvolvimento de recursos humanos, atividades comunitárias,
avaliação de desempenho em escolas e empresas, administração
de pessoal (análise e classificação de cargos, recrutamento,
seleção, colocação e treinamento de pessoal).

Portanto, os estudantes reivindicavam a inserção do Pedagogo


também na empresa, trabalhando no desenvolvimento de
recursos humanos, avaliação de desempenho, administração de
pessoal que envolve análise de cargos, recrutamento de pessoal,
tendo em vista sua formação teórica e técnica na área
educacional. Os estudantes daquela época já sentiam que o
Pedagogo também estava apto a assumir esses papéis e funções
na empresa.

Essa necessidade era manifestada na própria realidade do


mercado de trabalho e os estudantes tinham esta percepção.
Havia, portanto, a necessidade de se alterar a formação do
Pedagogo. No entanto, a legislação não levou tal demanda em
consideração, ficando assim aquela formação destinada aos
cursos ofertados por outras instituições, fora do Sistema Oficial
de Ensino. Só recentemente vem se ofertando aos Pedagogos
interessados, cursos de Pós-Graduação, a título de
especialização, por algumas instituições de Ensino Superior.

Na década de 90 os cursos começaram a ser reestruturados nas


Universidades, incluindo as habilitações para a docência em
Educação Infantil e Educação Especial. A partir da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, o Curso de
Pedagogia tem por objetivo a formação de educadores capazes
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de analisar e intervir na realidade educacional, garantindo-lhe
sólidos conhecimentos das Ciências da Educação, por meio de
estudo das disciplinas de Fundamentos Teóricos da Educação.
Assim, o curso capacita o Pedagogo, enquanto profissional da
educação, a conhecer e reconhecer o trabalho pedagógico em
sua totalidade, visando a torná-lo um articulador e organizador do
processo pedagógico onde ele ocorrer, buscando sempre a
melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

Portanto, o curso de Pedagogia forma, hoje, um Pedagogo


professor, capaz de conciliar reflexão crítica e visão ampla sobre
educação sendo capaz de organizar e implementar ações
consistentes e eficazes que garantam aprendizagem.

A LDB/96 permite às Universidades organizar seus currículos


para atender às áreas emergentes da sociedade, oferecendo
disciplinas alternativas e núcleos temáticos, apostando na
necessidade que a sociedade está manifestando no sentido de se
eliminar as divisões e fragmentações que até então ocorreram
nos espaços onde se desenvolve o trabalho educativo.

O meio acadêmico reconhece que o trabalho educativo


atualmente deve ocorrer de forma coletiva e interdisciplinar,
criando uma visão integradora do trabalho pedagógico, com um
Pedagogo que desenvolva sua autonomia, criatividade e
comprometimento com a melhoria das condições da educação.

O Curso de Pedagogia tem por objetivo a formação de


educadores capazes de analisar e intervir na realidade
educacional, garantindo-lhe sólidos conhecimentos das Ciências
da Educação, por meio de estudo das disciplinas de
Fundamentos Teóricos da Educação. Assim, o curso capacita o
Pedagogo, enquanto profissional da educação, a conhecer e
reconhecer o trabalho pedagógico em sua totalidade, visando a
torná-lo um articulador e organizador do processo pedagógico
onde ele ocorrer, buscando sempre a melhoria da qualidade de
ensino e aprendizagem.

A Formação do Pedagogo
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica as doutrinas e
princípios visando um programa de ação em relação à formação,
aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da
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personalidade das pessoas formando sujeitos inquiridor, capaz
de propor questões e não só de dar respostas às tarefas
solicitadas; capaz de levantar hipóteses explicativas a situações
educativas e de propor alternativas de ação pedagógica com
vista à inclusão pedagógica e social, favorecendo a
aprendizagem de todos.

Por tanto cabe ao pedagogo contribuir na tarefa de democratizar


o aceso aos conhecimentos visando, entre outros objetivos, a
promoção da melhoria nas condições de vida das pessoas, de
acordo com ideais e objetivos definidos, de modo específico isso
implica em ser um profissional capaz de investigar, refletir, gerar
conhecimento, gerir e ensinar tanto no âmbito escolar como em
espaços não-escolares.

O curso de graduação em Pedagogia está comprometido a


oferecer ao pedagogo uma formação com a qualidade social da
educação, e ter como objetivo integrar e desempenhar a
docência nas Séries Iniciais no Ensino Fundamental, na
Educação Infantil e nas disciplinas pedagógicas dos cursos de
formação de professores na orientação, supervisão e para atuar
na gestão dos processos educativos escolares e não-escolares
bem como na produção e difusão do conhecimento do campo
educacional, rompendo com a dualidade bacharelada-licenciatura
que reflete a antiga dicotomia entre teoria e prática.

De fato, os focos de atuação e as realidades com que lidam


embora se unifiquem em torno das questões do ensino são
diferenciados, o que justifica a necessidade da formação de
profissionais da educação não diretamente docentes. Ou seja,
níveis distintos de prática pedagógica requerem uma variedade
de agentes pedagógicos e requisitos específicos de exercício
profissional que um sistema de formação de educadores não
pode ignorar. (Libâneo, 1998, p. 61).
O trabalho do pedagogo está centralizado nos processos de
ensino e de aprendizagem relacionados à educação escolar e
não escolar, sendo, por isso, a prática pedagógica o componente
central que permeia todo o processo de formação, o que não
impede que esse profissional esteja apto a atuar também em
outros contextos educativos dentro e fora de uma escola.

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O princípio básico da formação do Pedagogo contempla três
dimensões organicamente relacionadas: docência, gestão
democrática e pesquisa.

A docência confere a identidade do Pedagogo no campo


específico de intervenção profissional na prática social. Para
tanto, considera-se: os diferentes âmbitos e especialidades da
prática educativa; o processo de construção do conhecimento no
indivíduo inserido no seu contexto; a identificação de problemas
educativos e a proposição de alternativas criativas e viáveis às
questões da qualidade do ensino, assim como respostas que
visem superar a exclusão social.

A gestão democrática, concebida como processo político-


administrativo-pedagógico, através do qual a prática social da
educação é organizada, orientada e viabilizada.

Assim, pretende-se contemplar as atividades educativas nas


diferentes formas de gestão e organização de processos
educativos, no planejamento, execução e avaliação de propostas
pedagógicas.

A pesquisa, como princípio educativo, trata de questões que


emergem da vivência e da reflexão, configurando-se como um
exercício de organização e produção de conhecimentos
aprendidos e permanentemente reelaborados.

Neste sentido, impõe a análise e compreensão da realidade na


qual ocorrem processos educativos e, conseqüentemente, da
produção de conhecimento sobre os mesmos, ao tempo em que
possibilita a reflexão sobre a própria prática profissional,
referenciada na perspectiva anterior e a tomada de decisões que
permitam articular os níveis da teoria e da prática.

A preparação do profissional de Pedagogia é numa dimensão


integrada e indissociável para o exercício da docência e para a
gestão dos processos educativos escolares e não-escolares
assim como para a produção e difusão do conhecimento do
campo educacional. Tanto a pedagogia como as empresas agem
em direção à realização de ideais e objetivos definidos, no

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trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas
que convivem dentro e fora da escola.

Esse processo de mudança provocada, no comportamento das


pessoas em direção a um objetivo chama-se aprendizagem, e
aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso


de Pedagogia, destaca que a educação do Pedagogo deve
propiciar estudos de campos do conhecimento, tais como o
filosófico, o histórico, o antropológico, o ambiental-ecológico, o
psicológico, o lingüístico, o sociológico, o político, o econômico, o
cultural, para nortear a observação, análise, execução e
avaliação do ato docente e de suas repercussões ou não em
aprendizagens, bem como orientar práticas de gestão de
processos educativos escolares e não escolares, além da
organização, funcionamento e avaliação de sistemas e de
estabelecimento de ensino.

Sobre a argumentação acima Libâneo diz:

O trabalho pedagógico não se reduz ao trabalho escolar e


docente, embora todo trabalho docente seja um trabalho
pedagógico. Vai daí que a base comum de formação do
educador deva ser expressa num corpo de conhecimentos
ligados à Pedagogia não à docência, uma vez que a natureza e
os conteúdos da educação nos remetem primeiro a
conhecimentos pedagógicos e só depois ao ensino, como
modalidade peculiar de prática educativa. Inverte-se, pois, o
conhecimento mote “a docência constitui base da identidade
profissional de todo educador”. A base da identidade
profissional do educador é a ação pedagógica, não a ação
docente. (Libâneo, 1998, p. 55).
A Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia designada
pela Portaria SESU/MEC 146/03/ 98, em seu texto final de
06/05/99, apresenta a Proposta de Diretrizes Curriculares para o
curso de Pedagogia onde delineia o perfil comum do Pedagogo
como:

Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e


gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na
produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da
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educação, tendo a docência como base obrigatória de sua
formação e identidade profissional. (Mec)

A Legislação sobre a Formação do Pedagogo


O que a Legislação preconiza sobre a formação dos
Pedagogos

De acordo com MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO


NACIONAL DE EDUCAÇÃO, inscrito no Despacho do Ministro,
publicado no Diário Oficial da União de 11/04/2006:
Art. 14. A Licenciatura em Pedagogia nos termos do Parecer
CNE/CP nº 5/2005 e desta Resolução assegura a formação de
profissionais da educação prevista no art. 64, em conformidade
com o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 9.394/96.

§ 1º. Esta formação profissional também poderá ser realizada em


cursos de pós-graduação, especialmente estruturados para este
fim e abertos a todos os licenciados.

§ 2º. Os cursos de pós-graduação indicados no § 1º deste artigo


poderão ser complementarmente disciplinados pelos respectivos
sistemas de ensino, nos termos do Parágrafo único do art. 67 da
Lei nº 9. 394/96.

O curso de Pedagogia é o que forma o pedagogo stricto sensu,


isto é, um profissional não diretamente docente que lida com
fatos, estruturas, processos, contextos, situações, referentes à
prática educativa em suas várias modalidades e
manifestações. A caracterização do pedagogo stricto sensu
torna-se necessária, uma vez que lato sensu, todos os
professores são pedagogos. Por isso, mesmo importa
formalizar uma distinção entre trabalho pedagógico, implicando
atuação em um amplo leque de práticas educativas, e trabalho
docente, forma peculiar que o trabalho pedagógico assume na
escola. (PIMENTA, 2001,p.109)

Pedagogia Empresarial
Verifica-se que, na década de 1970, houve uma crescente
automação do processo de trabalho e de novas tecnologias.
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Entretanto, a classe trabalhadora encontrava-se despreparada
para o desenvolvimento industrial e estaria levando o mercado de
trabalho a exigir a profissionalização dos trabalhadores para
acompanhar as mudanças que ocorriam em conseqüência das
transformações tecnológicas.

No entanto, as instituições de ensino encontravam-se


despreparadas para oferecer contribuições na profissionalização
dos trabalhadores para que atendessem às perspectivas de
desenvolvimento industrial.

A escola tinha como objetivo contribuir para a aceleração do


desenvolvimento econômico e do progresso social, em que os
princípios básicos estava na racionalidade técnica, na eficiência e
na produtividade do trabalhador, da economia para a educação,
conciliando com a política desenvolvimentista baseada nos
princípios da teoria do capital humano, presente no cenário
nacional, respaldado em políticas e ações que visavam ao
aperfeiçoamento do sistema industrial e econômico capitalista.

A formação profissional passou a ter sua área definida no


mercado de trabalho, através de treinamento intensivos,
coordenados por instituições ou pela própria empresa.

Inicialmente, o pedagogo encontrou uma empresa com


características tayloristas-fordistas e com trabalhadores com
pouca escolaridade.

Na década de 1970, a preocupação da empresa era ter em seu


quadro um trabalhador com escolaridade básica, mas com
conhecimento técnico de atividade que iria desenvolver e que não
promovesse conflitos. Os cursos de relações humanas estavam
dentro do processo de treinamento que, na maioria das vezes,
ministrado pelo pedagogo em parceria com o psicólogo.

Ao pedagogo cabia coordenar programas educativos, como os


que proporcionassem a escolaridade básica aos empregados
dentro dos programas de ensino formal e dos treinamentos, para
atender às necessidades da empresa, bastando um trabalhador
com pouco domínio da educação básica.

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Essa forma de atuação agia de acordo com o modelo produtivo
com características tayloristas-fordistas, que centrava suas ações
de formação na construção de um saber técnico e no saber fazer.

Nesse período (1970), devido à escola formal não atender às


expectativas do mercado, a formação profissional se dava no
próprio local de trabalho e passou a ser de grande relevância,
proporcionando uma demanda grande de treinamentos.

A educação sofreu mudanças em seu conceito, deixou de ser


restrita ao processo ensino aprendizagem em espaços escolares
formais, saindo do ambiente escolar partindo para diferentes e
diversos segmentos. O profissional pedagogo também se
transformou, adequando-se a essa nova realidade, posicionando-
se como profissional capacitado juntamente com a sociedade em
transformação.

Unindo conhecimento e integração nos processos de gestão


empresarial, compreendendo os relacionamentos internos e
externos que interferem na convivência homem, empresa e
produtividade. Gestão participativa e de qualidade. Administração
de recursos humanos: planejamento, execução, controle e
avaliação de programas de desenvolvimento pessoal e
profissional; seleção e orientação profissional. Ética profissional e
empresarial.

O termo Pedagogia Empresarial foi cunhado pela Profª. Maria


Luiza Marins Holtz para designar as atividades de estímulo ao
desenvolvimento profissional e pessoal realizada dentro das
empresas. Para Holtz:

A Pedagogia e a Empresa fazem um casamento perfeito.


Ambas têm o mesmo objetivo em relação às pessoas,
principalmente nos tempos atuais. Uma Empresa sempre é a
associação de pessoas, para explorar uma atividade com
objetivo definido, liderada pelo empresário, pessoa
empreendedora, que dirige e lidera a atividade com o fim de
atingir idéias e objetivos também definidos. A Pedagogia é a
ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um
programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e
estímulo de todas as faculdades da personalidade das

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pessoas, de acordo com ideais e objetivos
definidos.(Holtz,1992 p.46)

O processo de influências recebidas pelos participantes de uma


Empresa, durante todo o tempo em que trabalha nela, é
Educação.

É fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja ciente de que


a Educação, puramente humana, por mais requintada que seja,
não realiza totalmente o homem, e isto porque o homem tem
aspirações de Infinito. Demonstra-se metafisicamente e
historicamente que o homem, em toda parte e sempre, mesmo
quando nega o Infinito, sente a atração do Infinito. A religiosidade
é fenômeno anormal, contrário às aspirações mais íntimas da
natureza humana.

Responsabilidades do Pegagogo Empresarial


1. Conhecer as soluções para as questões que envolvem a
produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda Empresa.

2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos


particulares da Empresa onde trabalha.

3. Conduzir as pessoas que trabalham na Empresa,


dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos,
humanos e empresariais.

4. Promover as condições necessárias (treinamentos,


eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões), para o
desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-a
positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a
produtividade.

5. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as


condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e
destes para com as chefias, a fim de favorecer o
desenvolvimento da produtividade empresarial.

6. Conduzir o relacionamento humano na Empresa,


através de ações, que garantam a manutenção do ambiente
positivo e agradável, estimulador da produtividade.

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"A força do elogio é tão grande, que parece extrair da pessoa a
qualidade exaltada, com toda a sua intensidade”. Profª. Maria
Luiza Holtz, Lições de Pedagogia Empresarial.

Formação do Pedagogo Empresarial


A pedagogia considera a pessoa humana, na sua vida integral,
individual e social, o desenvolvimento humano e profissional,
nessa ordem, porque o pedagogo acredita que um ser humano
melhor faz o ambiente melhor e que o ser humano é feito à
imagem e semelhança do Criador, por isso a sua criatividade, a
sua produtividade é natural.

O pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga


respeito à pessoa humana, para ter condições de orientá-la
eficazmente e encontrar soluções práticas para os problemas que
a aflige. Tanto de ordem individual, social e espiritual.

Para tanto, o pedagogo necessita se especializar através de uma


graduação e pós-graduação e utilizar-se de todas as Ciências
Humanas nos seus diversos aspectos.

1. Ciências do homem considerando a si próprio

Psicologia Educacional
Antropologia
2. Ciências do homem considerado em grupo

Sociologia
Estatística
3. Ciências Filosóficas

Filosofia da Educação

As Ciências Humanas nos seus Diversos


Aspectos
Destacando cada uma:

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Psicologia Educacional
Nada se pode fazer, ou mesmo tentar, em Educação, sem a
estreita colaboração da Psicologia Educacional. Cada dificuldade
pedagógica que surge, é simultaneamente uma dificuldade
psicológica. Para conduzir mentes humanas, é preciso conhecê-
las, nas suas manifestações conscientes e inconscientes.

A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na


sua evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível
formular doutrinas pedagógicas, consistentes e métodos
educacionais. A mesma leva naturalmente ao conhecimento das
leis pedagógicas e os sistemas educativos só têm aplicação
prática, quando os processos psíquicos das pessoas deixam de
oferecer resistência ou defesa, facilitando ao pedagogo à
necessária ação pedagógica.

Antropologia
É a ciência do homem. Faz a história da espécie humana: sua
origem, raças, desenvolvimento, evolução e adaptação ao meio,
dimensões do corpo, seus usos e costumes, etc. Fornece valiosa
contribuição para orientação e aplicação correta das atividades
físicas, culturais, sociais, etc.

Sociologia Educacional
O Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a solução dos
problemas da Educação dos funcionários, principalmente no
aspecto social, da vida em grupo. A sociologia estuda o
comportamento da pessoa humana nos diversos grupos sociais,
desde a sua família e as influências na formação da
personalidade. Estuda o papel da Educação nas sociedades de
hoje e a relação entre a Família e as diversas instituições sociais
de um lado e o local de trabalho de outro.

Não é possível conhecer o desenvolvimento da personalidade a


não ser em função do meio em que vive. É o meio social, em
geral, que apresenta à pessoa, as situações mais complexas e
mais difíceis de relacionamento.

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Estatística
A estatística mede, por meio de métodos científicos de
observação, a freqüência dos fatos ocorridos como de que
maneira um determinado sistema de treinamento funciona na
melhoria da produtividade, numa mesma localidade, nos
diferentes momentos do dia ou mesmo do ano, nas diferentes
regiões.

Filosofia da Educação
O Pedagogo sempre tem como base de trabalho os diversos
sistemas educacionais, com sua Filosofia da Educação.

Filosofia é a ciência que estuda e procura dar explicações mais


profundas do Universo, suas origens e seus fins, sobre as razões
e as causas últimas e os pensamentos que geram os
acontecimentos.

Atribuição do Pedagogo na Empresa


A Pedagogia, no aspecto geral e no particular por acreditar na
necessidade desse profissional em todas as instâncias em que
há ensino e aprendizagem e não somente na escola, trás aqui
para discussão alguns sinais da adequação do trabalho do
pedagogo na empresa, assim como são feitas reflexões sobre o
perfil e competências deste e como especialista em
aprendizagem e especialista em Educação, na sua ação
educativa em qualquer ambiente, o pedagogo procura
desenvolver programas de treinamento para os funcionários de
uma empresa e resolver questões empresariais que envolvam a
produtividade dos colaboradores que é o objetivo de toda
Empresa a seguinte Lei:

Art. 1º As pessoas jurídicas poderão deduzir do lucro


tributável, para fins do imposto sobre a renda, o dobro das
despesas comprovadamente realizadas, no período-base, em
projetos de formação profissional, previamente aprovados pelo
Ministério do Trabalho. Parágrafo único. A dedução a que se
refere o caput deste artigo não deverá exceder, em cada
exercício financeiro, a 10% (dez por cento) do lucro tributável,
17
podendo as despesas não deduzidas no exercício financeiro
correspondente serem transferidas para dedução nos três
exercícios financeiros subseqüentes.
Art. 2º Considera-se formação profissional, para os
efeitos desta Lei, as atividades realizadas em território nacional,
pelas pessoas jurídicas beneficiárias da dedução estabelecida no
Art. 1º que objetivam a preparação imediata para o trabalho de
indivíduos, menores ou maiores, através da aprendizagem
metódica, da qualificação profissional e do aperfeiçoamento e
especialização técnica, em todos os níveis.
§ 1º As despesas realizadas na construção ou
instalação de centros de formação profissional, inclusive a
aquisição de equipamentos, bem como as de custeio do ensino
de 1º grau para fins de aprendizagem e de formação supletiva, do
2º grau e de nível superior, poderão, desde que constantes dos
programas de formação profissional das pessoas jurídicas
beneficiárias, ser consideradas para efeitos de dedução.

§ 2º As despesas efetuadas, pelas pessoas jurídicas


beneficiárias, com os aprendizes matriculados nos cursos de
aprendizagem a que se referem o Art. 429, da Consolidação das
Leis do Trabalho, e o Decreto-lei n.º 8.622, de 10 de janeiro de
1946, poderão também ser consideradas para efeitos de
dedução.

Art. 3º As isenções da contribuição ao Serviço


Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI - previstas no Art.
5º do Decreto-lei n.º 4.048, de 22 de janeiro de 1942; Art. 5º do
Decreto-lei n.º 4.936, de 7 de novembro de 1942 e Art. 4º do
Decreto-lei número 6.246, de 5 de fevereiro de 1944, bem como
as isenções da contribuição ao Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial - SENAC - previstas no Art. 6º do
Decreto-lei n.º 8.621, de 10 de janeiro de 1946, não poderão ser
concedidas cumulativamente com a dedução de que trata o Art.
1º desta Lei.
Art. 4º O Poder Executivo estabelecerá as condições
que deverão ser observadas pelas entidades gestoras de
contribuições de natureza parafiscal, compulsoriamente
arrecadadas, nos termos da legislação vigente, para fins de
formação profissional.

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De acordo com a Lei 6297/75, citada a cima o pedagogo
empresarial atuará na área de desenvolvimento de Recursos
Humanos enfatizando o treinamento dos funcionários, auxiliando
na formação destes, com o objetivo de atender aos Propósitos da
Organização.

Assim, na sua atuação na empresa deve buscar modificar o


comportamento dos trabalhadores de modo que estes melhorem
tanto suas qualidades no desempenho profissional, como no
desempenho pessoal. A pedagogia empresarial tem função de
integrar o pedagogo nas áreas de consultoria em RH,
implantação de projetos e cursos, treinamentos, dentre outras
habilidades que dependem muito mais do profissional docente
que do próprio curso que ele esteja fazendo.

Relações Humanas é a expressão que usamos em Pedagogia


Empresarial, para designar os resultados da comunicação entre
as pessoas e as suas conseqüências. O pedagogo é
especializado em aperfeiçoar as relações humanas, por isso
prefere uma abordagem personalizada ao invés de pacotes
prontos para contribuir para o desenvolvimento organizacional
das empresas.

A cada mudança surgem tensões nas relações humanas. O


pedagogo deve identificar os diferentes tipos de tensões, e propor
soluções práticas preparando uma palestra especial e reuniões
porque é a chave-mestra das comunicações e relações humanas
na empresa. Pois a palestra é uma forma concisa de apresentar
ou reforçar um conceito. Que possibilita ensinar, motivar e
promover a integração entre todos os profissionais através de
palestras divertidas e dinâmicas, melhorando assim as relações
humanas na empresa.

A pedagogia também trabalha junto com o departamento


organizacional na construção da imagem de uma empresa
positiva primeiro dentro das pessoas que constituem a empresa,
e não a partir das pessoas de fora. Ela se forma nos
pensamentos, a partir dos sentimentos dos dirigentes, dos
funcionários, dos fornecedores, dos clientes e daí se amplia para
o público em geral. O caminho mais rápido na construção da
imagem positiva da empresa, desde o início das suas atividades,
é o trabalho de relações humanas com alta qualidade, junto ao
19
seu público interno dirigentes, funcionários, fornecedores e
clientes.

Segundo Bahia:

A que se denomina comunicação empresarial é assim o


conjunto de modelos ou instrumentos de ação que a empresa
utiliza para falar e se faz ouvir. Interna ou externamente, a
informação prestada por elas corresponde a uma estratégia.
(Bahia, 1995, pág. 9).
Identificar as necessidades e expectativas de um mercado
(clientes, pessoas na organização, fornecedores, proprietários,
sociedade) para alcançar resultado econômico ou vantagem
competitiva, de maneira eficaz e eficiente e assim alcançar,
manter e melhorar o desempenho e a capacidade globais da
organização.

O Pedagogo Empresarial tem a responsabilidade de conhecer as


soluções para as questões que envolvem a produtividade das
pessoas humanas, o objetivo de toda empresa é, conhecer e
trabalhar na direção dos objetivos particulares da empresa onde
trabalha de forma para conduzir o desenvolvimento na empresa
entre dirigentes e funcionários, na direção dos objetivos definidos,
humanos e empresariais.

Promover as condições necessárias (treinamentos, eventos,


reuniões, festas, feiras, exposições, excursões), para conduzir o
relacionamento humano na Empresa, através destas ações, que
garantam a manutenção do ambiente positivo, agradável e
estimulador da produtividade para o desenvolvimento integral das
pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo),
com o objetivo de aperfeiçoar a produtividade.

Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais


eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com
as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da
produtividade empresarial.

O pedagogo ajuda a organizar e preparar uma agenda de


atividades integradas visando à preparação imediata para o
trabalho de indivíduos, através de aprendizagem metódica,

20
qualificação profissional, aperfeiçoamento e especialização
técnica.

Atua como conselheiro (consultor) de carreira de gerentes e


executivos lidera projetos inovadores, representa a empresa em
negociações, aportam novas tecnologias e processos, treina
funcionários e gerentes para lidar melhor com seus subordinados,
ensina didática e técnicas de apresentação, melhora a
comunicação na empresa etc.

Desenvolve e coordena projetos educacionais que serão


utilizados na capacitação dos funcionários como projetos
educacionais voltados para a divulgação de produtos (vídeos,
livros, dvds, cds, revistas), analisa a necessidade de aprendizado
de cada funcionário e determina qual a melhor metodologia para
cada caso, e elabora programas de avaliação de performance e
desempenho e assim orienta os funcionários nos cursos.

O pedagogo deve pesquisar analisar e selecionar cursos e


projetos a serem adotados pela empresa como cursos,
profissionais e programas de faculdades para estabelecer
parcerias e escolher as melhores opções que atendam aos
interesses da empresa, às vezes, até adaptando o currículo do
curso em conjunto com outros profissionais da educação.

O Pedagogo em Espaços Não-Escolares


Como ciência da educação, cabe à pedagogia o estudo e
investigação do trabalho pedagógico desenvolvido em espaços
escolares e não escolares. Por considerar que o pedagogo é um
profissional necessário em todas as instâncias em que há ensino
e aprendizagem, o que significa a existência de amplos campos
de atuação pedagógica, são trazidos para discussão alguns
sinais da adequação de seu trabalho profissional às empresas.
As funções desempenhadas pelo pedagogo estão em constante
movimento e são influenciadas por diversos fatores como o
desenvolvimento tecnológico, a competitividade e as exigências
de mercado.

Hoje o pedagogo pode e deve sair do espaço escolar devido à


globalização e atuar no desenvolvimento de projetos
educacionais, sociais e culturais para empresas, ONGs e outras
instituições privadas.
21
Em relação à atuação do pedagogo em espaços não escolares,
de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso
de Pedagogia aprovado em dezembro de 2005, em Finalidade do
Curso de Pedagogia ressalta que o perfil do graduado em
Pedagogia deverá contemplar consistente formação teórica,
diversidade de conhecimentos e de práticas, que se articulam ao
longo do curso. A dimensão a seguir é assim enfatizada:

Gestão educacional, entendida numas funções do trabalho


pedagógico e de processos educativos escolares e não-
escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à
administração, à coordenação, ao acompanhamento, à avaliação
de planos e de projetos pedagógicos, bem como análise,
formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de
políticas públicas e institucionais na área de perspectiva
democrática, que integre as diversas atuações de educação.

Dentro deste contexto o pedagogo deverá estar apto a: em


ambientes escolares e não-escolares; realizar pesquisas que
proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre seus alunos e
alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem
suas experiências não-escolares; sobre processos de ensinar e
de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre
propostas curriculares; e sobre a organização do trabalho
educativo e práticas pedagógicas.

A abertura de caminho para o reconhecimento da dimensão


educativa que existe em outras instâncias da vida social, fora da
escola regular e da docência. Entende-se que onde houver uma
prática educativa intencional, haverá aí uma ação pedagógica,
sobre a existência de amplos campos de atuação pedagógica.

Podendo ser definidas em duas esferas, de ação educativa na


prática do pedagogo: escolar e extra-escolar. No campo da ação
pedagógica extra-escolar, que é a que mais interessa aos
objetivos deste trabalho, distinguem-se profissionais que exercem
atividades pedagógicas, tais como: a) formadores, animadores,
instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores,
que desenvolvem atividades pedagógicas (não-escolares) em
órgãos públicos, privados e públicos não-estatais, ligadas às
empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação,
promoção social etc. b) formadores ocasionais que ocupam parte
22
de seu tempo em atividades pedagógicas em órgãos públicos
estatais e não estatais e empresas referentes à transmissão de
saberes e técnicas ligadas a outra atividade profissional
especializada. “Trata-se, por exemplo, de engenheiros,
supervisores de trabalho, técnicos etc. que dedicam boa parte de
seu tempo a supervisionar ou ensinar trabalhadores no local de
trabalho, orientar estagiários etc.” (Libâneo, 1996, p.124-125).

Atuação do Pedagogo na Educação Não-


Formal
Na educação não-formal, a atuação do pedagogo:

1- Assessor pedagógico ou gestor de RH em empresas,


organizações governamentais e não-governamentais, atuando,
por exemplo na supervisão pedagógica e administrativa de
pessoal, orientação de estágios, formação/capacitação
profissional em serviço presencial ou à distância;
2- Assessor pedagógico em setores de comunicação, em
empresas ou outras instituições, atuando, por exemplo, na
orientação pedagógica para produção de materiais informativos,
instrucionais (didáticos e para-didáticos) e no uso pedagógico de
novas tecnologias de comunicação e informação;
3- Assessor ou consultor pedagógico a serviço de difusão
cultural (museus, centros culturais, bibliotecas, brinquedotecas,
cineclubes) e de comunicação de massa (jornais, revistas,
televisão, rádios, editoras, agências de publicidade, indústria de
brinquedos etc.);
4- Como assessor gestor de programas e projetos de natureza
sócio-educativas, nas seguintes áreas ou locais:
Educação para a saúde (hospitais, Centros de Saúde, etc.);
Educação para o trânsito (setor de planejamento urbano,
transportes, etc.);
Promoção social (empresas, órgãos públicos, ONGS);
Educação ambiental (empresas, órgãos públicos, ONGS);
Recreação e lazer (clubes, entidades de classe, hotéis e
instituições ligadas ao turismo);

23
Atuação do Pedagogo como Profissional
Liberal
Enquanto profissional liberal, o pedagogo pode atuar
como:
Consultor pedagógico: para projetos de educação à distância,
gestão de pessoas, gestão do conhecimento, etc.
Assessoria educacional: gestão, avaliação, legislação
educacional (instituições públicas e privadas).
Orientação de estudo : estudos dirigidos, sob sua direção.
Monezi aborda que:

atuar com ética e compromisso com vistas à construção de


uma sociedade justa, equânime, igualitária; trabalhar, em
espaços escolares e não-escolares, na promoção da
aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do
desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades
do processo educativo; identificar problemas socioculturais e
educacionais com postura investigativa, integrativa e
propositiva em face de realidades complexas, com vistas a
contribuir para superação de exclusões sociais, étnico-raciais,
econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; demonstrar
consciência da diversidade, respeitando as diferenças de
natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas
geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais,
escolhas sexuais, entre outras; desenvolver trabalho em
equipe, estabelecendo diálogo entre a área educacional e as
demais áreas do conhecimento;participar da gestão das
instituições em que atuem planejando, executando,
acompanhando e avaliando projetos e programas
educacionais. (MONEZI, 2003, p. 60).

A Pedagogia Empresarial que se tem assumido frente aos novos


cenários organizacionais, onde pedagogos trabalham no
desenvolvimento de recursos humanos, avaliação de
desempenho, administração de pessoal que envolve análise de
cargos, recrutamento de pessoal, tendo em vista sua formação
teórica e técnica na área educacional tornando-se capaz de
conciliar a reflexão crítica e visão ampla sobre educação e sendo
capaz de organizar e programar ações consistentes e eficazes

24
que garantam aprendizagem do profissional, visando um
programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e
estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas,
formando sujeitos inquiridor, capaz de propor questões e não só
de dar respostas a um profissional capaz de investigar, refletir,
gerar conhecimento, ensinar tanto no âmbito escolar como em
espaços não-escolares.

Para isso, tanto a pedagogia como as empresas, agem em


direção à realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho
de provocar mudanças no comportamento das pessoas que
convivem dentro e fora da escola tendo a responsabilidade de
conhecer as soluções para as questões que envolvem a
produtividade das pessoas humanas, o objetivo de toda empresa,
conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares da
empresa onde trabalha de forma para conduzir o
desenvolvimento na empresa entre dirigentes e funcionários, na
direção dos objetivos definidos, humanos e empresariais.
Promovendo condições que levem ao convívio humano desta
empresa no campo da ação pedagógica extra-escolar, que é a
que mais interessa aos objetivos deste trabalho, atuando na
assessoria pedagógica ou no setor de recursos humanos atuando
com ética e compromisso com vista à construção de uma
sociedade justa.

Artigo: Tendências e Perspectivas de


Atuação do Pedagogo

PEDAGOGIA EMPRESARIAL
TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO DO
PEDAGOGO E
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Maria Aparecida Martins de Oliveira Nichetti

RESUMO: Diante das modificações que vem ocorrendo no


mundo corporativo, as portas das empresas estão se abrindo
para novos profissionais entre eles o pedagogo. Porém, para se
ingressar neste novo campo de trabalho, não basta ser formado
em Pedagogia. É preciso também ter conhecimentos na área

25
empresarial para perceber as necessidades da organização. O
presente trabalho tem por finalidade, através de uma abordagem
teórica e intervenções práticas do Grupo de Extensão e Pesquisa
em Pedagogia Empresarial – GEPPE da UNIPAN/FACIAP em
empresas, mostrar ao pedagogo um outro campo de atuação que
não a escola. As organizações para se manterem competitivas
estão investindo em seu capital humano, oferecendo aos
profissionais da educação um grande desafio: aplicar os
conhecimentos da pedagogia nas empresas. Através de uma
união entre pedagogia empresarial e administração é possível
preparar melhor os profissionais para grandes desafios tendo
como meta principal a humanização no trabalho. Quando se
trabalha o indivíduo na sua omnilateralidade os resultados dentro
da empresa tendem melhorar e conseqüentemente aumentando
a produtividade e os lucros, o que é positivo para os dois lados.

PALAVRAS-CHAVE: administração cientifica, relações humanas,


Pedagogia Empresarial, Pedagogo x Empresa, transformação
social.

Com o advento da administração científica, o crescimento rápido


e acelerado da industrialização e dos recursos tecnológicos, o
mundo do trabalho sofreu grandes mudanças e nos dias atuais a
educação corporativa tem sido considerada como uma das
ferramentas das organizações tanto para valorização do seu
capital humano para capacitá-lo quanto para mantê-lo atualizado
e competitivo.

Mas, qual profissional poderia desenvolver atividades educativas


nas empresas?

Partindo do princípio que o pedagogo é o profissional da


educação que reúne as qualidades necessárias para atuar em
empresas, como ainda é assunto novo e uma nova área a ser
explorada, é importante que se desenvolvam estudos relativos ao
tema para tornar claro aos profissionais de educação de que
forma poderá atuar nas empresas, quais os caminhos a seguir.

Assim, o presente trabalho tem o propósito de mostrar ao


pedagogo outro campo de atuação, não menos importante que a
escola. Através de estudo bibliográfico de autores da área,
26
abordagem da administração científica e de pesquisa de campo
desenvolvido ao longo do ano de 2006 no GEPPE que é possível
aplicar os conhecimentos adquiridos na pedagogia na empresa.

No século XVII, René Descartes, filósofo e matemático francês,


afirmava que o verdadeiro conhecimento está no poder da razão
para resolver qualquer espécie de problema.

É a substituição do tradicional (do subjetivo) pelo racional (razão).


No século XVIII, o racionalismo tomava conta chegando ao
século XIX sendo aplicado às ciências naturais e finalmente às
ciências sociais. Conforme Motta (2002), o único campo que
ainda não havia sido afetado pelo racionalismo era o do trabalho.
No início do século XX, diante do progresso da industrialização
no mundo, viu-se a necessidade de racionalizar o trabalho e
conseqüentemente a administração. Surgem os pioneiros desta
racionalização do trabalho e ficaram conhecidos como
fundadores da Escola de Administração Cientifica ou Escola
Clássica: Winslow F. Taylor e Henri Fayol. Taylor em 1903
publicou nos Estados Unidos o livro intitulado “Shop
Management”. Taylor era engenheiro e mestre de obras em uma
fábrica e tinha a preocupação em aumentar cada vez mais a
eficiência no trabalho. Em 1916 na França, Henri Fayol também
engenheiro, que trabalhava como administrador e que como
diretor geral salvou uma grande empresa da falência, lança seu
livro “Administração Geral e Industrial”. Seu estilo esquemático e
bem estruturado dividiu as funções do administrador em planejar,
organizar, coordenar, comandar e controlar as atividades.
(MOTTA, 2002)

Para aumentar esta eficiência no trabalho defendida por Taylor, o


administrador deveria determinar a única maneira certa, que
segundo ele só existia uma única forma de fazer o trabalho e, que
descoberta e adotada maximizaria a eficiência do trabalho. O
administrador pensava, de acordo com o pensamento de Taylor,
e aos operários cabia apenas executar estritamente as tarefas
planejadas. Idéias que complementaram com as de Fayol e
essas idéias acabaram dando uma nova direção para o mundo
do trabalho. Mais tarde, por volta de 1930, as idéias de Henry
Ford relativas à seriação do trabalho vieram para complementar o
modelo Taylor/Fayol (MOTTA, 2002).

27
As máquinas de fabricação em série, com certeza fizeram
aumentar significativamente a produção. Cada empregado
passou a desempenhar uma única função, o que dava mais
agilidade ao processo e triplicava a produção em menos tempo.
Essa padronização na produção foi adotada praticamente por
todo o mundo capitalista e aos poucos a administração científica
tornou-se a única forma eficaz de administrar uma empresa.

Com o passar do tempo, a administração científica começou a


apresentar seus problemas. Percebeu-se que a repetição de um
mesmo movimento estava gerando fadiga, ineficiência no
trabalho e deficiências no ambiente físico, pois este tipo de
administração tratava o homem como “uma unidade isolada, cuja
eficiência poderia ser estimada cientificamente” (MOTTA, 2002,
p.15). Começaram os conflitos industriais e os empresários
pensavam na solução em termos de força. Na visão de Follet
apud MOTTA (2002) existiam três métodos para a solução do
conflito industrial: o método da força, o da barganha e o da
integração. Para Follet o melhor era o da integração dos
interesses entre as partes.

Com a grande crise de 1930 que assolou o mundo capitalista, a


preocupação dos administradores e empresários era aumentar a
produtividade e reduzir os custos. As idéias da Escola de
Relações Humanas trouxeram uma nova perspectiva para o
reerguimento das empresas. Com o aparecimento da Escola de
Relações Humanas, que através dos estudos realizados por
professores da Universidade de Harvard a partir de 1927, dando
seqüência a outros estudos ocorridos em 1924 pela Academia
Nacional de Ciências, concentrada na análise das relações de
produtividade com a iluminação no local de trabalho. Para uma
melhor compreensão do assunto, a experiência foi feita da
seguinte forma: selecionados dois grupos de trabalhadores. Em
um grupo a iluminação permaneceu constante durante toda a
experiência. O outro grupo teve a sua intensidade sempre
aumentada. A produção dos dois grupos foi elevada. Tentaram
reduzir a iluminação e a produção continuou a aumentar.

Constatou-se então que fatores físicos não influenciavam na


produtividade. A partir deste estudo, em 1927 os pesquisadores
de Harvard iniciaram novas pesquisas com o objetivo de
determinar novas variáveis (MOTTA, 2002).
28
Começa então as modificações no sistema de equilíbrio entre
empregados e empregadores. O psicólogo industrial australiano
George Elton Mayo, foi quem realmente deu maior ênfase aos
aspectos humanos na administração. Nos dias de hoje, século
XXI, o modelo Taylor/Fayol/Ford continua sólido. Porém, as
empresas estão buscando conciliar administração e relações
humanas para uma maior integração entre funcionários e
empresários, pois se entende que neste relacionamento
profissional um precisa do outro.

Neste contexto histórico, com as modificações no mundo do


trabalho e o fortalecimento das relações humanas, começaram a
abrir campo para outros profissionais atuarem nas empresas e
entre eles o pedagogo. A Pedagogia voltada à empresa não é
algo novo, já vem de décadas e no momento atual tem gerado
discussões a respeito do assunto principalmente porque com a
nova onda da globalização mudou muito o perfil deste
profissional. O pedagogo começou a ser chamado para atuar na
empresa no final da década de 60 inícios de 70, conforme Ribeiro
(2005). A educação tinha como função contribuir para aceleração
do desenvolvimento econômico e progresso social preparando a
mão de obra para as fábricas; o pedagogo era a pessoa mais
indicada para transferir os princípios da
racionalidade, eficiência e produtividade da economia para a
educação de modo a conciliar educação e política
desenvolvimentista. As novas tecnologias, a automação do
processo de trabalho, o trabalhador totalmente despreparado
para este estágio do desenvolvimento industrial, a escola também
despreparada para oferecer contribuições na profissionalização
dos trabalhadores principalmente no âmbito industrial.
Como solução, o governo brasileiro através de incentivos fiscais
pela lei 6297/75 apoiou as empresas para que as mesmas
preparassem a mão de obra necessária para a indústria dentro
da própria indústria. Ribeiro (2005) relata que o pedagogo de
chegada encontrou uma empresa com características
Taylor/Fayol/Ford, trabalhadores com pouca escolaridade. O seu
papel voltou-se quase que exclusivamente para a área de
treinamento. O pedagogo era quem fazia o levantamento das
necessidades de treinamento, planejava, ministrava, avaliava e
ainda conduzia alguns processos de escolarização que ocorriam
dentro das organizações. Visava atender as necessidades e

29
interesses da empresa. Havia a preocupação em uma adaptação
pacífica do empregado ao posto de trabalho. Como afirma Motta
(2002), a escolaridade básica e o conhecimento técnico da
atividade a ser desenvolvida eram o bastante e,
conseqüentemente, não havia promoção de conflitos.

No final da década de 80, com a retirada do apoio financeiro do


governo brasileiro às empresas, os processos de treinamento nas
organizações foram diminuindo e as empresas que tinham um
número grande de pedagogos passaram a ficar com um
psicólogo e um pedagogo.

Mudou então o perfil deste profissional, passando a ser o gestor


do conhecimento, pois a empresa percebeu que seu sucesso não
estava somente na utilização dos braços e mãos do trabalhador,
mas na sua capacidade inventiva e dedutiva. Homens com
habilidade em aprender e aplicar o aprendido. Para Franco e
Dantas (2002), com o novo processo de globalização a partir de
1990, o pedagogo voltou a ser solicitado nas empresas, pois a
globalização exige indivíduos versáteis, omnilaterais. A
Pedagogia busca formar o homem para a vida, se preocupa com
uma formação integral, crítica, seres pensantes, de opinião capaz
de ver a realidade e modificá-la.

Uma das pedagogas que desde a década de 70 atua na área de


Pedagogia Empresarial é Maria Luiza Marins Holtz, que se
baseando em sua experiência afirma que: “A empresa e a
pedagogia fazem um casamento perfeito. Ambas têm o mesmo
objetivo em relação às pessoas”. Holtz ainda define a Pedagogia
como:

A ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um


programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e
estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas
de acordo com ideais e objetivos definidos. (2000, p. 03).

Os conhecimentos adquiridos através do curso de Pedagogia, a


habilidade em conhecer melhor as pessoas; ter um tato mais
aguçado que torna capaz de traçar o perfil de uma pessoa em
pouco tempo; entre outros conhecimentos aplicados à empresa,
são muito úteis na hora de recrutar, selecionar e contratar
pessoas. De acordo com Ribeiro (2005) “A pedagogia
30
empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as
competências, as habilidades e as atitudes diagnosticados como
indispensáveis/necessários à melhoria daprodutividade”. É
necessário trabalhar nas empresas as relações humanas e
buscar dentro das pessoas o que elas têm de melhor e ensiná-las
a colocar este melhor a serviços delas próprias e da empresa na
qual elas trabalham.
No campo educacional costuma-se questionar, como
educadores, que tipo de homem deseja-se formar. Na empresa, o
pedagogo não trabalhará com crianças pequenas, mas trabalhará
com muitos adultos que tiveram uma infância complicada e traz
em si as conseqüências de uma família desestruturada, vítimas
de violência, maus tratos, pedofilia, etc.

O pedagogo não pode querer fazer o trabalho da Psicologia ou


da Psiquiatria, mas pode fazer um trabalho educativo que mostra
caminhos, ajudar, conduzir, visando o bem estar do trabalhador
tanto na empresa como em sua própria casa com sua família. A
educação é capaz de transformar, modificar e elevar o ser
humano na sua totalidade.

Para harmonizar de forma produtiva essas diferentes


personalidades, o pedagogo com o seu conhecimento pode
observar o comportamento individual, como faz com os alunos
em sala de aula, a fim de buscar as causas de alguns
comportamentos através do diálogo e através da elaboração de
treinamentos, palestras com profissionais de outras áreas,
colaborar de forma sutil para a superação de suas dificuldades e
com isso harmonizar o indivíduo consigo mesmo e
conseqüentemente com os outros ao seu redor.

O comportamento na organização pode ser direcionado de forma


a ensinar a pessoa adominar seus impulsos e a se tornar mais
humana e humanizar é o trabalho da pedagogia. A partir do
momento em que o homem se sente homem e parte de uma
sociedade humana, a sua vida ganha sentido e tudo passa a ter
um valor intrínseco. A sociedade só poderá ser transformada à
medida que os que fazem parte dela mudarem sua forma de
pensar e ver o mundo e essa transformação pode acontecer tanto
na escola como na empresa.

31
O desenvolvimento do homem acontece por intermédio de sua
relação ativa com o meio ambiente, quer social ou natural dando
forma ao meio culturalmente organizado. Neste sentido Brandão
apud LOPES, et al TRINDADE, CARVALHO E CADINHA (2006,
p.23), que é antropólogo afirma que:

Não há uma única forma nem um único modelo de educação; a


escola não é o único lugar em que ela acontece..., o ensino
escolar não é a única prática, e o professor profissional não é
seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja ou na escola,
de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da
vida com ela: para aprender, para ensinar, para conviver, todos
os dias misturamos a vida com a educação.
Quando se fala em educação, hoje não se restringe mais às
paredes da escola. Nos dias de hoje aprender a aprender é a
questão. Estamos vivendo uma economia global, onde tudo gira
em torno da aquisição de novos conhecimentos, novas formas de
aprendizagem, no desenvolvimento de novas competências. Não
tem como parar de aprender. O mundo a nossa volta está sempre
em constantes mudanças, evolução e transformação. Com a
globalização e a internet, que permite acesso às informações em
tempo real no mundo todo, o processo educacional também
tende a se transformar para acompanhar a evolução do
conhecimento que se faz cada vez mais dinâmica.

Diante dessas modificações profundas, as organizações também


se vêem investindo intensamente em educação. Como afirma
Drucker (2006, p.1)

“Se as organizações também perderem a sua capacidade de


desenvolver pessoas, elas terão feito um pacto com o Diabo”.

O papel do pedagogo dentro da organização pode acontecer de


várias formas. É aquele que se preocupa com a integração do
novo funcionário à empresa. Se a empresa tem um plano de
carreira, cabe aí uma orientação pedagógica e avaliação de
desempenho (RIBEIRO,2005).

Vale ressaltar que o Pedagogo é educador acima de tudo e não


psicólogo ou administrador. Em nenhum momento o seu papel
deve ser confundido ou então estará fadado ao fracasso.

32
Holtz enfatiza que a primeira tarefa do Pedagogo Empresarial é
deixar claro ao empresário que seu ideal de vida, suas
aspirações e objetivos correspondem a uma questão social e
principalmente ética. O pedagogo para conseguir ingressar neste
campo de trabalho, em hipótese alguma deve abrir mão da ética.
O fato de ter poder de persuasão e habilidade de convencimento,
não lhe dá o direito de usar estas habilidades para manipular
pessoas no intuito de explorá-las. Diante de uma proposta de
trabalho em uma empresa, Holtz (2000, p.54) destaca que o
pedagogo deve fazer três perguntas que são como um teste de
ética:

É legal? (do ponto de vista criminal, civil)”, “É imparcial? (todos


os envolvidos serão ganhadores não deve haver perdedor)”, e,“
Vou me sentir bem comigo mesmo? (se for publicado em
jornais? Se a minha família souber?)”.
Qualquer resposta negativa a uma destas perguntas trará um
resultado negativo a curto ou a longo prazo.

O pedagogo poderá usar o seu conhecimento para promover o


desenvolvimento individual levando em conta os conhecimentos
que o indivíduo possui e pode aprimorar através de experiências
ao longo da vida. Quais as habilidades necessárias para a
execução de tarefas, a capacidade do individuo em aprender
coisas novas e qual atitude tem diante de situações do cotidiano,
se relaciona com os colegas, com clientes. O trabalho é resultado
de um aprendizado.

Desenvolvendo as competências individuais teremos com


conseqüência pessoas que trabalham melhor em grupo; pois a
essência do trabalho em grupo é o coletivo em primeiro lugar. A
comunicação se amplia, acontece a aprendizagem coletiva, pois
os membros transmitem uns aos outros os conhecimentos
adquiridos e nenhuma tomada de decisão acontece fora do
grupo.

As organizações por sua vez têm suas competências


organizacionais que transmitem seus valores e crenças o que
fundamenta sua atuação. Definem através de suas políticas as
diretrizes desta atuação e através de normas e procedimentos
operacionalizam essas políticas.

33
A cada dia, as empresas percebem cada vez mais que se não
reagirem aos desafios diários e não forem capazes de
desenvolver competências tendem a ser “engolidas” pelo
mercado. Indivíduos que não se adaptam as novas mudanças
tendem ficar “à margem” do mercado de trabalho.

Os desafios que os pedagogos enfrentam neste contexto são


vários. Primeiramente precisa conhecer a filosofia da
organização, saber quais são seus valores e crenças, sua política
e seus sistemas gerenciais, seus princípios éticos e morais, pois
sem esse conhecimento prévio fica impossível realizar um
trabalho eficiente. Se por um lado estará
desenvolvendo pessoas, por outro não poderá ir contra o
pensamento e a cultura organizacional.
Desenvolver estratégias didático-pedagógicas para a mediação
do saber. Desconstruir para reconstruir é talvez o maior de todos
os desafios. Os indivíduos vão para as organizações com hábitos
e práticas que nem sempre são corretas ou correspondem aos
interesses da organização. Neste caso é preciso influenciar
positivamente para que o indivíduo aceite mudar e assim
continuar crescendo como pessoa e profissionalmente.

O pedagogo empresarial também precisa investigar motivações,


perceber individualmente o que faz com que o profissional dê o
melhor de si naquilo que faz. Deve perceber e desenvolver novas
competências, ter visão de alvo, criar estratégias de percepção e
desenvolvimento de novas habilidades.

Desenvolver a autonomia dentro da empresa é tornar o


profissional capaz de ter ações independentes sem precisar que
“alguém” esteja “mandando” o tempo todo. Desenvolver a
capacidade de ver o que tem que ser feito e fazer.

E, por fim vem o feedback. É através dos resultados e respostas


obtidas é que será possível saber se o seu trabalho está sendo
realmente eficaz e possibilita as mudanças de estratégias, de
metodologias e a escolha de novas formas de ensinar e
aprender.

Uma empresa jamais será definitivamente educada, pois estará


sempre aprendendo e ensinando num processo continuado de
educação. O conhecimento é o produto mais valioso da

34
atualidade. E, esse conhecimento não vem em frascos, nem
sprays, nem caixas e muito menos pode ser adquirido em
supermercados. Vêm do relacionamento entre pessoas,
relacionamentos bem conduzidos, baseados no respeito mútuo.
Não basta mais ter um diploma, é preciso estar atento a tudo o
que acontece no mundo. O conhecimento globalizado enfatiza o
saber acima de tudo.

O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador


pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para
resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de
trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de
transformação e a flexibilização dos tempos atuais. Tudo isso
gera insegurança, medo de ficar fora do mercado de trabalho,
gera estresse, pois o conhecimento de ontem é obsoleto hoje.
Não há mais segurança em nenhum setor da economia, o maior
carrasco do ser humano hoje é o mundo do trabalho. A educação
nas organizações ajuda a amenizar tudo isto, pois promove com
responsabilidade a educação continuada. (AMARAL, 2004).

O conhecimento do pedagogo vem para somar forças com a


Administração e com a Psicologia quando esta também está
inserida numa determinada organização a fim de solucionar os
problemas de relações de um modo geral e no desenvolvimento
das habilidades de cada um dentro da empresa, além de
contrabalançar os desequilíbrios que as relações profissionais
podem trazer (HOLTZ, 2000).

Diante do exposto e tendo em vista que o assunto ainda é


recente, falta experiência e a checagem da viabilidade do
trabalho do pedagogo dentro das organizações, assumi
juntamente com outra acadêmica do curso e sob a supervisão da
orientadora deste trabalho a coordenação do GEPPE - Grupo de
Extensão e Pesquisa em Pedagogia Empresarial. O grupo já
existia desde em 2004, porém em 2006 organizamos uma
proposta diferente do que vinha sendo realizado. Para selecionar
os participantes do projeto distribuiu-se em torno de 45
formulários onde os alunos do curso de Pedagogia de 1º a 3º ano
da FACIAP/UNIPAN puderam se inscrever. As reuniões do grupo
foram quinzenais, aos sábados das 14h30min às 17 horas.

35
Através do formulário foram solicitadas informações inerentes aos
dados pessoais do acadêmico como data de nascimento, local de
trabalho, telefone para contato, e ainda foi solicitado que
respondessem as seguintes perguntas: “Por que deseja fazer
parte do projeto?” “Tem algum conhecimento prévio sobre
Pedagogia Empresarial.?” “O que pensa a respeito do trabalho do
pedagogo na empresa?”

O objetivo deste questionário era perceber o nível de


conhecimento dos acadêmicos sobre o assunto, para sabermos
como conduzir os trabalhos. Para término do presente artigo,
elaborou-se outro questionário para saber qual o pensamento dos
participantes a respeito do trabalho do pedagogo na empresa
diante dos conhecimentos adquiridos ao longo do projeto mesmo
antes de concluir as atividades nas empresas.

Dos 45 formulários distribuídos no início do trabalho, retornaram


41, cuja faixa etária dos estudantes era de 19 a 50 anos, com
experiências profissionais diferenciadas, tanto na área de
educação exclusivamente como na área empresarial. Entre
esses, 30 acadêmicos afirmaram não ter nenhum conhecimento a
respeito do assunto pedagogia empresarial, 03 afirmaram ter
pleno conhecimento; 02 disseram ter pouco conhecimento e 06
não responderam.

Observa-se que a maioria dos participantes não tinha nenhum


conhecimento sobre a possibilidade de atuação do pedagogo na
área empresarial. Isto pode acontecer, pois conforme afirma
Greco (2006, p.7-8), os cursos de Pedagogia formam apenas
professores:

Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como


profissional responsável pela docência e especialidades da
educação como: Direção, Supervisão, Coordenação e
Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da
escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o
profissional da educação desvinculado da escola propriamente
dita e inserido em outras atividades do mundo do trabalho,
como empresas ainda que este trabalho refira-se à educação,
mas numa perspectiva extra-escolar. Ao analisar a estrutura de
organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos

36
que não há direcionamento especifico para a atuação do
pedagogo em empresas.

Os casos em que já tinham conhecimento sobre a área eram os


alunos que haviam participado do GEPPE anteriormente
evidenciando que o curso de Pedagogia da FACIAP/UNIPAN
embora não obrigando todos a participar, oferecem o projeto
como opção, para complementar esta formação que pode abrir
novas possibilidades aos futuros pedagogos.
Quanto ao desenvolvimento do projeto neste ano de 2006, como
já mencionado, as reuniões ocorreram aos sábados à tarde tendo
02h30min de duração. Iniciamos o trabalho do grupo com
abordagem teórica da administração científica, sua história e em
que momento surgiu as relações humanas. Foi feito material
deste histórico e distribuído entre os participantes. Após o estudo
deste material em grupo, uma professora do curso de
administração da instituição participou de dois encontros onde fez
a apresentação da administração hoje, a visão administrativa
humana, fechando assim o assunto administração científica. O
objetivo deste trabalho foi trazer para mais perto a empresa em
si, a sua finalidade como organização e a comparação entre a
administração ontem e a administração hoje, as relações
humanas que se consolidam a cada dia, a necessidade de se
preocupar com o capital humano do administrador de hoje.
A educação na empresa contribui significativamente para o
crescimento pessoal do trabalhador promovendo assim uma
transformação social. Mudança de atitudes não só no ambiente
de trabalho como também no meio em que vive. Como afirma
Greco (2006, p. 6):

“A educação tem por finalidade possibilitar o crescimento das


pessoas como seres humanos; é processo de humanização”. E
ainda acrescenta: “...a educação é uma prática social.” O
pedagogo é quem reúne mais requisitos apresentando plenas
condições de atuar nas empresas e auxiliar neste processo.

Para o segundo semestre a proposta era ir às empresas


desenvolver na prática o que foi visto em teoria. Como já estava
definido, todos os trabalhos seriam apresentados primeiramente
no GEPPE para avaliação do grande grupo. Cada grupo
apresentou seu trabalho, todos avaliados pelos participantes que

37
apontaram falhas e sugestões para o melhor desempenho e
resultado nas empresas.

O primeiro trabalho avaliado foi o de Relações interpessoais e


trabalho em equipe. O segundo grupo a apresentar foi o grupo da
Assertividade. O terceiro grupo foi o grupo da Motivação no
trabalho e o quarto grupo foi o da Auto- estima. Depois da
apresentação de cada grupo aos presentes na reunião, todos
deram opiniões, elogios e sugestões. O resultado foram trabalhos
bem elaborados para aplicação nas empresas.

Para as atividades práticas tivemos a oportunidade de atuar em


duas empresas que doravante serão chamadas apenas A e B. Na
empresa A o número de funcionários era de 12, e na empresa B
22 funcionários. O trabalho foi realizado primeiramente na
empresa B, das 15h30min até as 17 horas. O assunto foi sobre
Relações Interpessoais e trabalho em equipe.

Foi possível perceber durante a prática que os funcionários da


empresa aparentemente mostraram interesse, todos se
envolveram com o que estava sendo proposto.

O grupo que estava realizando o trabalho tinha um entrosamento


muito bom, domínio do assunto o que passava segurança aos
que estavam participando. O mesmo assunto foi apresentado
posteriormente à empresa A no horário das 8h30min às 9h30min.
A participação foi muito satisfatória em todos os sentidos.

Na empresa B foi apresentado ainda o assunto Assertividade.


Para este tema apenas 06 de 22 funcionários participaram. O
horário foi o mesmo do encontro anterior. Tinha sido um dia muito
intenso de trabalho, todos estavam muito cansados e a maioria
acabou indo pra casa.

A empresa, segundo relato de uma das proprietárias, tem


investido em treinamento e no desenvolvimento dos funcionários,
o que é um fator positivo, pois demonstra que realmente as
empresas têm se preocupado com seu capital humano.
Comprovando o que afirma Éboli, (2006, p.34-40):

As empresas passaram a se preocupar não só com


treinamento, mas comeducação também. Elas perceberam que

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a pedagogia aumenta a eficácia dos programas de treinamento
por que as pessoas aprendem melhor. E, quanto maior a
coerência entre cultura da companhia e os princípios
pedagógicos aplicados, maior será o sucesso da empresa no
mercado.

Por outro lado pode-se perceber que nem todos os funcionários


apresentaram interesse incondicional pela própria formação ou
valorizam aquilo que pode fazê-las crescer como pessoa e
profissionalmente. Por mais que se tenha que compreender a
ausência da maioria, fica o exemplo da minoria que passou por
cima do cansaço e ficou para o treinamento.
Um ponto de reflexão em relação à freqüência é que na escola, o
pedagogo conta com recursos para “segurar” o aluno em sala, de
certa forma “obrigá-lo” através de punições: falta, nota,
reprovação, etc. Isto faz parte das regras sociais as quais desde
os tempos mais remotos vem sendo aplicadas como forma de
controle para moldar o ser humano para a vida em sociedade.

Como afirma Émile Durkheim apud Rodrigues (2003, p.5) “O


homem que a educação deve realizar, em cada um de nós, não é
o homem que a natureza fez, mas o homem que a sociedade
quer que ele seja...” Na empresa não tem esse controle. O
empresário não impõe, nem obriga o funcionário a participar de
qualquer treinamento principalmente fora do seu expediente de
trabalho. Ela conta com o interesse pessoal de cada um em se
desenvolver. Para alguns funcionários isso até pode soar ainda
como forma de exploração, manipulação, lavagem cerebral.

Um ponto que pode ser avaliado como negativo são as críticas


indiretas entre os próprios funcionários a respeito do trabalho
desenvolvido pelo grupo GEPPE dizendo que acharam o
encontro anterior monótono e atribuir a isto a razão pela qual não
ficaram.

Observa-se também a influência que o ser humano tem sobre o


outro, tanto positiva como negativamente. Segundo os
funcionários que ficaram para o treinamento, nem todos tinham a
intenção de ir embora, mas devido às críticas de outros colegas
acabaram cedendo.

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Outro fator de grande importância é o horário de realização das
atividades. Fazendo um comparativo com os dois grupos de
funcionários, o horário do treinamento na empresa B foi na parte
da tarde, depois do expediente normal de trabalho enquanto que
na empresa A foi na parte da manhã, dentro do horário de
expediente normal. O grupo da empresa B certamente já estava
cansado e o nível de concentração conseqüentemente era menor
que o grupo da empresa A. Possivelmente se o mesmo trabalho
fosse apresentado na parte da manhã a resposta seria outra.
Ficou claro que o treinamento para se obter um resultado melhor
em todos os sentidos: participação, interação, interesse pelo
assunto, o melhor horário é o da manhã.

Para concluir o presente artigo era necessário saber dos


participantes deste grupo de extensão e pesquisa qual a
avaliação do trabalho realizado permitindo-lhes que
apresentassem suas críticas e sugestões e se todas as
atividades desenvolvidas atenderam as suas expectativas.
Elaboramos um questionário e distribuímos ao grupo. Na
avaliação do trabalho todos consideraram o trabalho muito bom.
Em relação a críticas, não houve. Alguns participantes sugeriram
que os encontros que foram quinzenais que poderiam ter sido
semanais.

Quanto às expectativas, todos responderam que tiveram


atendidas e até superadas. Os acadêmicos que nada sabiam a
respeito de pedagogia empresarial entenderam claramente qual o
papel do pedagogo na empresa e ao se perceberem dotados de
condições de capacitar pessoas, poderem contribuir à formação e
mudança de comportamento das pessoas relataram que sentiram
uma grande satisfação que os levavam a querer realizar mais e
mais trabalhos nas empresas.

Nós que estivemos conduzindo o trabalho pudemos perceber o


crescimento pessoal de cada um que permaneceu no grupo e
desenvolveram trabalhos nas empresas. À medida que os
encontros foram acontecendo, percebemos que o grupo foi
diminuindo e para as atividades nas empresas contamos com
apenas 15 participantes. Acreditamos que após conhecer melhor
o que é Pedagogia Empresarial alguns acadêmicos perceberam
que não tinham real interesse.

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Por mais que estejamos caminhando a passos lentos com
relação à Pedagogia Empresarial esta experiência mostrou que
estamos no caminho certo ainda que longe de atingir o ideal. O
pedagogo para atuar nesta área tem que estar bem preparado
para enfrentar os desafios que aparecem. Ao planejar uma
atividade deve ter os pés no chão, pois por melhor que faça, para
alguns, não será nunca suficientemente bom. Estar consciente de
que não tem como agradar a “gregos e troianos”, nem ter pressa
para ver os frutos que virão cedo ou tarde.

É preciso ter motivação, persistência, vontade de se superar a


cada dia e a capacidade de transformar críticas em crescimento.
A cada atividade, a cada grupo de funcionários um novo desafio
sempre. Há um novo campo de trabalho se abrindo. É preciso
abraçar verdadeiramente a causa. Para aqueles que realmente o
fizer e estiver bem preparado, certamente não faltará
oportunidade.

Bibliografia/Links Recomendados

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