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Direito Administrativo – Aula 05/05/2010

 Responsabilidade Civil do Estado


- Obrigação de indenizar danos causados a terceiros por comportamentos imputáveis
ao Estado.

- Atos - comissivos
- omissivos

- administrativos (no exercício da função administrativa do órgão do Poder


Judiciário, Legislativo e Executivo)
- Atos - legislativos
- jurisdicionais

- Natureza - extracontratual ou aquiliana: decorrente de atos ou omissões


praticadas fora do âmbito dos contratos da Adm. Pública
- contratual: impedimento total ou parcial de contrato da Adm. Pública

Base da responsabilidade civil:


- ato ilícito (deve ser apto a gerar como efeito imediato um dano patrimonial – dano
emergente ou lucro cessante). Obs.: A doutrina civilista também admite
responsabilidade por dano a bem não patrimonial/moral.
- dano
- nexo de causalidade (teoria do nexo causal é caracterizada pelo efeito direto e
imediato da ação).

- Evolução histórica
1) Fase da irresponsabilidade
- origem nos Estados absolutistas
- noção exarcebada da soberania (não era concebida a noção de
responsabilidade na relação entre Estado e particular, mas somente entre
particulares)
2) Fase da responsabilidade subjetiva (segunda metade do séc. XIX)
- culpa do agente (não era propriamente o Estado sendo responsabilizado pelo
dano, mas sim o agente público – responsabilidade pessoal)
3) Fase da “culpa” administrativa (a vontade expressada pelo agente na sua conduta é
a própria vontade da Adm. Pública – teoria do órgão ou da imputação volitiva)
- falha do serviço (esse ato ou omissão decorreu de uma falha no serviço
público a ensejar a indenização)
4) Fase do risco administrativo (a ação da Adm. se espraia a tanto setores e assume
tantas formas, que o risco de dano inerente a sua atividade deve ser assumida pela
Adm.)
- responsabilidade objetiva (o Estado deve indenizar pessoalmente cada
particular pelo ato de dano, até mesmo pela prática de ato lícito)
- repartição equitativa dos ônus
- Direito brasileiro (CF/88)
Art. 37, § 6°: responsabilidade objetiva por atos administrativos - Basta a
demonstração de que um ato omissivo ou comissivo estatal tenha gerado dano a
terceiro para a responsabilização civil do Estado.
- pessoa jurídica de direito público (União, Estados, DF, Municípios, autarquias
e fundações de direito público) e pessoa jurídica de direito privado (empresas
públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, permissionárias e
concessionárias de serviço público) prestadora de serviço público (art. 25,
caput, Lei 8.987/95)
Obs.: agente que exerce atividade econômica não vai ser responsabilizado nos
termos do art. 37, § 6°/CF.
- agente deve atuar “na qualidade” de preposto do Estado (no exercício da
função estatal)
- necessidade de comprovação do dano e do nexo causal com o
comportamento estatal
- direito de regresso: contra o agente público que tenha agido com dolo ou
culpa
A Adm. Pública deve formular internamente se houve culpa ou dolo no ato do
agente para então haver direito de regresso (mas é o Estado que ressarci a
vítima).

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