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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS

GERAIS – CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA (IFMG – SJE)


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SILVICULTURA

JUNIOR CÉSAR DE ANDRADE, MARCOS FELIPE FERREIRA SILVA

MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE SAPINDUS


SAPONARIA L.

SÃO JOÃO EVANGELISTA – MG

NOVEMBRO DE 2009
JUNIOR CÉSAR DE ANDRADE , MARCOS FELIPE FERREIRA SILVA

MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE SAPINDUS


SAPONARIA L.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Superior de
Tecnologia em Silvicultura, do IFMG -
Campus São João Evangelista - MG,
como parte dos requisitos para
obtenção do título de Tecnólogo em
Silvicultura.

Orientadora: Cláudia Aparecida Pontes

SÃO JOÃO EVANGELISTA – MG

NOVEMBRO DE 2009
FICHA CATALOGRÁFICA

ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO


INSTITUTO FEDERAL MINAS GERAIS – CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA

A553m ANDRADE, Júnior César de


Métodos para superação de dormência em sementes de Sapindus
saponaria L. / Júnior César de Andrade; Marcos Felipe Ferreira
Silva. São João Evangelista MG: IFMG - Campus São João
Evangelista, 2009.
35 p.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (graduação) apresentado ao


Instituto Federal Minas Gerais – Campus São João Evangelista –
IFMG, Curso de Tecnologia em Silvicultura, 2009.
Orientadora: Drª. Cláudia Aparecida Pontes

1. Superação de dormência em Sementes. 2. Sementes de


Sapindus saponaria L. 3. Condutividade elétrica em sementes. I.
Instituto Federal Minas Gerais – Campus São João Evangelista.
Curso de Tecnologia em Silvicultura. II. Título.

CDD 634.9562
JUNIOR CÉSAR DE ANDRADE, MARCOS FELIPE FERREIRA SILVA

MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE SAPINDUS


SAPONARIA L.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Superior de
Tecnologia em Silvicultura, do IFMG -
Campus São João Evangelista - MG,
como parte dos requisitos para
obtenção do título de Tecnólogo em
Silvicultura.

Aprovado em: ____ de ____________ de 2009.

COMISSÃO EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Prof. Dra. Cláudia Aparecida Pontes - Instituto Federal de Minas Gerais
Campus São João Evangelista (Orientadora).

___________________________________________________________________
Prof. Dr. Aderlan Gomes da Silva – Instituto Federal de Minas Gerais
Campus São João Evangelista

___________________________________________________________________
Prof. Dr. Claudionor Camilo da Costa - Instituto Federal de Minas Gerais
Campus São João Evangelista.
Aos nossos pais,
pelo incentivo e apoio
e ao nosso amigo Leonam Gonçalves
que não pode concluir o seu trabalho.
AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter proporcionado tantas oportunidades e realizações.

À nossa família, pelo incentivo e carinho em todos os momentos.

À nossa orientadora Cláudia Aparecida Pontes, pela amizade, apoio e orientação


científica.

Ao Professor Dr. Rodrigo Sobreira Alexandre, pelo apoio e sugestões.

Ao Professor Paulo do Nascimento pela revisão das literaturas.

A todos os professores deste Instituto que fizeram parte dessa jornada. Em especial
ao professor Aderlan, pelo auxílio na realização desse trabalho.

Aos nossos amigos que mesmo distantes, estiveram sempre dando apoio. Aos
amigos que conquistamos na graduação e em especial os amigos da república pela
amizade e boa convivência.

À Instituição pela estrutura oferecida para execução da pesquisa.

Aos funcionários da Instituição pelo apoio na pesquisa.

À Universidade Federal de Viçosa (UFV), pela doação das sementes, na pessoa do


Prof. Dr Eduardo Euclydes de Lima e Borges.

A nós, pela união e esforço na realização desse trabalho, mesmo diante das
dificuldades e obstáculos encontrados.
LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Média dos valores de porcentagem de germinação em sementes de


Sapindus saponaria L. submetidos aos tratamentos: T1 testemunha, T2 sementes
submetidas a tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água
quente 10 minutos, T5 água quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias
seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
significância............................................................................................................... 24

Figura 02: Semente A submetida a escarificação mecânica (T6) e B, semente sem


tratamento para superar a dormência (Testemunha)................................................ 25

Figura 03: Média dos valores do índice de velocidade de germinação (IVG) em


sementes de Sapindus saponaria L. submetidas aos tratamentos: T1 testemunha, T2
sementes submetidas a tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos,
T4 água quente 10 minutos, T5 água quente 24h e T6 escarificação mecânica.
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
significância............................................................................................................... 27

Figura 04: Médias dos valores de CE/g em sementes de Sapindus saponaria L.


submetidas aos tratamentos: T1 testemunha, T2 sementes submetidas a tratamento
com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente 10 minutos, T5
água quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela mesma letra
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância................................29

Figura 05: Valores médios do pH da solução de embebição em sementes de


Sapindus saponaria L. submetidas aos: T1 testemunha, T2 sementes submetidas a
tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente 10
minutos, T5 água quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela
mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância........... 30
ÍNDICE TABELAS

Tabela 01: Teste correlação a 95% de significância entre os parâmetros avaliados


no teste de germinação em sementes de Sapindus saponaria L.......................... 30
ANDRADE, J. C.; SILVA, M. F. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Minas Gerais – Campus São João Evangelista, Novembro de 2009. Métodos
para superação de dormência em sementes de Sapindus saponaria L.,
Orientadora: Dra Cláudia Aparecida Pontes.

RESUMO

Sementes viáveis de algumas espécies de plantas não germinam, mesmo que as


condições ambientais sejam favoráveis. Portanto, existe a necessidade de se utilizar
métodos pré-germinativos que permitam superar a dormência, possibilitando a
máxima germinação. O presente trabalho teve com objetivo identificar os métodos
mais eficientes e viáveis na superação da dormência em sementes de saboneteira
(Sapindus saponaria L.) e a utilização do teste de condutividade elétrica (CE) de
massa como complemento para avaliação da qualidade fisiológica das sementes. O
experimento foi conduzido no laboratório de sementes e de águas do Instituto
Federal de Minas Gerais (IFMG), campus São João Evangelista. As sementes
utilizadas no teste foram provenientes da região de Viçosa MG. Os tratamentos
realizados foram: teste de germinação (testemunha), escarificação mecânica em
esmeril, imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) 98% em dois tempos, 90 e 120 minutos
e imersão em água quente por 10 minutos e 24 horas. A escarificação mecânica
(T6) apresentou as melhores respostas na superação da dormência, atingindo média
de 34% de germinação no final do teste. As sementes submetidas aos tratamentos
com água quente T4 e T5 não apresentaram germinação, já os tratamentos com
H2SO4 T2 e T3, apresentaram germinação média de 3 e 12% respectivamente, não
havendo diferença significativa entre eles. Os maiores valores de CE foram
observados onde obteve-se as maiores porcentagens de germinação (T6), que
atingiu uma média de 7897,1 µS.cm-1.g-1 de semente, apresentando um fator de
correlação de 0,9647 entre esses parâmetros.

Palavras - chave: Sapindus saponaria L., superação de dormência, condutividade


elétrica.
ANDRADE, J. C.; SILVA, M. F. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Minas Gerais – Campus São João Evangelista, November of 2009. Methods for
overcoming of dormancy in seeds of Sapindus saponaria L. Advisor: Dra
Cláudia Aparecida Pontes.

ABSTRACT

Viable seeds of some species of plants, don't germinate, even if the environmental
conditions are favorable. Therefore, the need exists of using methods pre-
germinative to allow overcoming the numbness, making possible the expression of
the maxim germination of the lot. The present work had with objective to identify the
most efficient and viable methods in the overcoming the tegument (Sapindus
saponaria L.) seeds and the use of the test of electric conductivity of mass as
complement for evaluation of the physiologic quality of the seeds. The experiment
was driven at the laboratory of seeds of the Federal Institute of Minas Gerais, (IFMG)
campus São João Evangelista. The seeds used in the test were coming of the area
of Viçosa MG. The accomplished treatments were: germination (witness) test,
mechanical scarification in emery, immersion in sulfuric acid 98 (H2SO4)% in two
times, 90 and 120 minutes and immersion in hot water for 10 minutes and 24 hours.
The mechanical scarification presented the best answers in the overcoming of the
numbness, reaching measured of 34% of germination in the end of the test. The
accomplished treatments were: germination (witness) test, mechanical scarification in
emery, immersion in sulfuric acid 98 (H2SO4)% in two times, 90 and 120 The seeds
submitted to the treatments with hot water T4 and T5, they were not satisfactory in
the break of the numbness in soap dish seeds not having germination in those
treatments, already the treatments with H2SO4 T2 and T3, presented germination of 3
and 12% respectively, not having significant difference among them. The largest
values of CE were where also where it was obtained the largest germination (T6)
percentages, with an average of 7897,1 µS.cm-1.g-1 of seed, presenting a factor of
correlation 0,9647 among those parameters.

Key words: Sapindus saponaria L., overcoming of dormancy, electrical conductivity.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
1.1 JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 11
1.2 OBJETIVO ............................................................................................................... 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 12
2.1 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE .................................................................................... 12
2.2 DORMÊNCIA........................................................................................................... 13
2.3 MÉTODOS PARA SUPERAR DORMÊNCIA .......................................................... 15
2.4 TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA ............................................................. 16
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 22
5 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 29
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 30
10

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a preocupação mundial com relação à qualidade ambiental tem se


mostrado cada vez mais frequente, fazendo com que ocorra um aumento na
demanda de serviços e produtos florestais, em especial na produção de mudas para
recuperação de áreas degradadas, revegetação, reflorestamentos para fins
econômicos, restauração de matas ciliares, arborização, entre outros. Esta demanda
crescente mostra a necessidade do desenvolvimento de pesquisas e técnicas que
otimizem a produção de mudas, a baixo custo, e com qualidade capaz de atender
aos objetivos dos plantios (LELES et al., 2006).
Nos últimos anos, tem-se intensificado o interesse na propagação de
espécies nativas, em razão da necessidade de recuperação de áreas degradadas e
recomposição da paisagem. Entretanto, não há conhecimento suficiente para o
manejo e análise das sementes da maioria dessas espécies, de modo a fornecer
dados que possam caracterizar seus atributos físicos e fisiológicos. Há, também,
necessidade de se obter informações básicas sobre a germinação, cultivo e
potencialidade dessas espécies, visando à sua utilização para os mais diversos fins
(ARAUJO NETO; AGUIAR; FERREIRA, 2003).
A avaliação da germinação das sementes é efetuada pelo teste de
germinação, conduzido em laboratório sob condições controladas e por meio de
métodos padronizados que visam, principalmente, avaliar o valor das sementes para
a semeadura e comparar a qualidade de diferentes lotes, servindo como base para a
comercialização das sementes (MARCOS FILHO et al., 1987; NOVEMBRE, 1994).
Segundo Grus (1990), a dormência física ou fisiológica resulta em baixa ou
lenta germinação. A dormência física é causada por um bloqueio físico representado
pelo tegumento resistente e impermeável que, ao impedir o trânsito de água e as
trocas gasosas, não permite a embebição da semente nem a oxigenação do
embrião, permanecendo latente. Essas sementes, denominadas duras, alcançam
grande longevidade, e qualquer procedimento que permita romper o tegumento das
mesmas (escarificação), fazendo-as absorver água, promove a germinação e a
emergência de plântulas.
11

Dentre os testes de vigor considerados mais importantes pela Association of


Official Seed Analysts (AOSA, 1983) e pela International Seed Testing Association
(ISTA, 1995), pode-se destacar o teste de condutividade elétrica como um dos mais
indicados para estimar o vigor, devido sua objetividade e rapidez, além da facilidade
de execução. Este teste avalia o estado de degeneração dos sistemas de
membranas celulares das sementes, o qual tem sido relatado como consequência
inicial do processo de deterioração.
A saboneteira (Sapindus saponaria L.) é uma espécie arbórea pertencente à
família Sapindaceae com altura entre 5 a 9 metros, utilizada em reflorestamento de
áreas degradadas e de preservação permanente, é também utilizada na construção
civil (LORENZI, 2000).

1.1 JUSTIFICATIVA

Apesar da possibilidade de múltiplos usos, Sapindus saponaria L. ainda é


pouco estudada do ponto de vista fisiológico e silvicultural, tanto visando à
manutenção genética da espécie em bancos de germoplasma, como na utilização
em arborização urbana, ou para produção de mudas.

1.2 OBJETIVO

O presente trabalho teve com objetivo identificar os métodos mais eficientes e


viáveis na superação da dormência tegumentar em sementes de saboneteira
(Sapindus saponaria L.) e utilizar o teste de condutividade elétrica de massa como
complemento para avaliação da qualidade fisiológica das sementes.
12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo Borges et al. (1982), em um grande número de espécies florestais a


dormência de sementes é um fato comum. No entanto, passa a ser uma dificuldade
quando essas são utilizadas para produção de mudas, em razão do longo tempo
necessário para que ocorra a germinação, ficando as mesmas sujeitas a condições
adversas, com grandes possibilidades de ataques de fungos, o que acarreta grandes
perdas.

2.1 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE

Sapindus saponaria L., conhecida também como saboeiro, sabão de soldado


ou saboneteira ocorre em várias regiões do Brasil. É uma espécie originaria da
América tropical e subtropical e no Brasil ocorre desde o Pará até o Rio Grande do
Sul. Pertence a família Sapindaceae. Apresenta-se como uma espécie pioneira; é
indispensável para a composição de reflorestamentos heterogêneos e é também
empregada em paisagismo por ser ornamental. Embora não se tenha nenhum
estudo conclusivo com relação ao comportamento das sementes durante o
armazenamento, estas mantêm sua viabilidade quando secas e armazenadas sob
baixa temperatura (LORENZI, 1992; PAOLI; SANTOS, 1998).
As sementes são esféricas, duras e pretas, utilizadas em artesanato, como
“bola-de-gude” (PAOLI; SANTOS, 1998). São globosas, não apresentam arilo
(REYES, 2009). O número médio de sementes por Kg é de 1870 (LORENZI, 1992).
A madeira é empregada na construção civil, confecção de brinquedos e
caixotarias. A casca e o fruto apresentam propriedades inseticidas. Os frutos são
tidos como medicinais, comestíveis por morcegos e também usado no preparo de
sabonetes. Apresentam carpelos individualizados, formando um fruto multigloboso,
amarelos quando maduros, com cerca de 2 cm de diâmetro. Amadurecem nos
meses de setembro e outubro. É uma árvore que quando adulta chega a atingir nove
metros de altura, os ramos jovens apresentam pilosidade curta, esbranquiçados,
13

glabros quando velho, castanho estriado e com presença de lenticelas. As folhas


são alternas composta, imparipinada e pecioladas (LORENZI, 1992).

2.2 DORMÊNCIA

Uma vez dispersa da planta-mãe, a semente representa um organismo


autônomo, sendo que a continuidade do desenvolvimento do embrião dependerá de
uma série de fatores, seja da própria semente, seja do ambiente. Para que o
crescimento do embrião possa ser retomado, isto é, para que ocorra a germinação,
primeiramente é preciso que as condições ambientais sejam favoráveis a esse
processo. Assim, é necessário que a disponibilidade de água, temperatura e
concentração de oxigênio no meio não limitem o metabolismo germinativo
(FERREIRA; BORGHETTI, 2004).
A dormência pode ser interpretada como uma falha de uma semente intacta e
viável em germinar sob condições aparentemente favoráveis à germinação
(BEWLEY, 1997; DE CASTRO; HILHORST, 2000). Entende-se por condições
favoráveis (ou essenciais) o suprimento de água, luz, oxigênio e temperatura
adequada ao alongamento embrionário. O “suprimento adequado” para uma espécie
pode não ser para outra, principalmente no que se refere a fatores como luz e
temperatura, visto que espécies de diferentes locais e origens podem requerer
distintas condições para a germinação (LABOURIAU, 1983).
Na maioria das vezes, a dormência é vantajosa para a sobrevivência das
espécies em condições naturais, uma vez que distribui a germinação ao longo do
tempo permitindo que a germinação ocorra somente quando as condições forem
favoráveis à sobrevivência das plântulas. Por outro lado, a dormência é,
frequentemente, prejudicial às atividades de viveiros onde se deseja que grandes
quantidades de sementes germinem em curto espaço de tempo, permitindo a
produção de mudas uniforme. Neste caso, o conhecimento de suas causas é de
significativa importância prática, visto que permite a aplicação de tratamentos
apropriados para se obter melhor germinação (MELO et al., 1998).
14

Segundo Ferreira; Borghetti (2004), algumas sementes não germinam mesmo


quando colocadas em condições ambientais aparentemente favoráveis. Tais
sementes donominam-se dormentes, as quais apresenta alguma restrição interna ou
sistêmica à germinação, restrição esta que pode ser superada a fim de que o
processo germinativo ocorra. Assim, a dormência em sementes é causada por um
bloqueio situado na própria semente ou unidade de dispersão, ao contrário da
quiescência, que é a ausência ou insuficiência de um ou mais fatores externos
necessários à germinação.
A dormência geralmente é classificada de acordo com sua origem ou com os
prováveis mecanismos envolvidos. Quanto à origem, são conhecidas atualmente
duas modalidades: primária e secundária (FERREIRA; BORGHETTI, 2004).
Se o bloqueio à germinação é estabelecido durante a maturação da semente
ainda aderida a planta-mãe, caracteriza-se a dormência primária. Nesse caso a
semente já é dispersa dormente. Quando a dormência se estabelece após a
dispersão da semente, como pode acontecer com algumas espécies quando as
sementes se encontram em condições inapropriadas à germinação, caracteriza-se a
dormência secundária (BEWLEY; BLACK, 1994; BASKIN; BASKIN, 1998).
A dormência primária ocorre na fase final da maturação das sementes, porém
as mesmas podem adquirir a capacidade de germinar logo no início da fase de
maturação. Assim, na grande maioria dos casos, existem fatores responsáveis pelo
controle do desenvolvimento do embrião, os quais impedem a germinação da
semente na planta-mãe. Quando não há essa restrição, pode ocorrer o fenômeno
conhecido como viviparidade, que é o crescimento ininterrupto do embrião com a
semente ainda ligada a planta. Por outro lado, a persistência dos fatores restritivos
da germinação após a semente ter atingido a maturidade e após a sua dispersão
caracteriza a dormência primária (FERREIRA; BORGHETTI, 2004).
Assim a dormência primária parece ter duas funções básicas, impedir a
germinação precoce da semente durante a fase de maturação na planta e,
estendendo-se após a dispersão da semente madura, prevenir a germinação
sincronizada das mesmas, ou seja, evitar que germinem todas ao mesmo tempo
(FERREIRA; BORGHETTI, 2004).
A dormência secundária instala-se em uma semente quiescente, após a
dispersão, quando esta encontra um ambiente desfavorável ou estressante para a
15

germinação, principalmente quanto aos fatores água, temperatura, luz e oxigênio.


Além de se instalar na semente quiescente, é comum também que a dormência
secundária seja induzida em uma semente com algum tipo de dormência primária. A
dormência secundária pode ser atenuada desde que as condições ambientais
permaneçam favoráveis, propiciando assim a germinação (FERREIRA;
BORGHETTI, 2004).

2.3 MÉTODOS PARA SUPERAR A DORMÊNCIA

Pode ocorrer, no final do teste de germinação, a presença de sementes


duras, em algumas espécies, se nenhum tratamento foi feito para promover a
germinação. Alguns tratamentos específicos podem ser usados para obter a
germinação máxima. O tratamento pode ser feito antes do início do teste de
germinação ou depois, apenas nas sementes que permanecerem duras no final do
teste (BRASIL, 1992).
Estima-se que 2/3 das espécies florestais apresentem sementes com algum
tipo de dormência (LEDO, 1979). Entretanto, existem vários tratamentos que podem
superá-la, tais como imersão em ácidos, bases fortes, água quente ou fria, álcool,
água oxigenada ou o desponte e impactos sobre superfície sólida, entre outros. A
aplicabilidade e eficiência desses tratamentos dependem do tipo e da intensidade da
dormência, que varia entre as espécies.
Entre os métodos utilizados para superação da dormência tegumentar, a
escarificação mecânica é uma técnica frequentemente utilizada e constitui a opção
mais prática e segura para pequenos agricultores (Hermansen et al., 2000), além de
ser um método simples, de baixo custo e eficaz para promover a rápida e uniforme
germinação. No entanto, deve ser efetuada com muito cuidado para evitar que a
escarificação excessiva possa causar danos ao eixo embrionário e diminuir a
germinação (McDONALD; COPELAND, 1997). A escarificação mecânica do
tegumento foi eficiente na superação da dormência das sementes de várias
espécies com tegumento impermeável, como as de Erythrina velutina Willd. (SILVA;
MATOS, 1993-94), Tamarindus indica L. (ROZA et al., 1995), Hyphaene thebaica
16

Mart. (MOUSSA et al., 1998) e Dimorphandra mollis Benth. (HERMANSEN et al.,


2000).
A escarificação química consiste no tratamento com ácido ou bases fortes, o
H2SO4 é indicado para superar a dureza de sementes de algumas espécies como as
de leguminosas forrageiras. As sementes são colocadas no ácido até a escarificação
de seu tegumento, e o tempo de permanência pode variar de alguns minutos a
algumas horas. Após o tratamento, as sementes devem ser lavadas em água
corrente até que todo o ácido seja removido, antes de serem semeadas (BRASIL,
1992).
A escarificação com ácidos é amplamente usada, mas deve ser aplicada com
cuidado, uma vez que longos períodos de exposição causam danos às sementes e,
consequentemente, redução de germinação (EGLEY, 1972). Teixeira (1979) obteve
resultados satisfatórios com Stylosanthes guianensis, S. hamata e S. humilis,
utilizando H2SO4 concentrado por cinco minutos, para escarificação da cobertura
protetora das sementes.
A ruptura do tegumento por meio dos métodos de escarificação, além de
aumentar a permeabilidade à água, pode induzir a um aumento da sensibilidade à
luz e temperatura, a permeabilidade aos gases, a remoção de inibidores e
promotores e da possibilidade de injúrias aos tecidos, possuindo assim, significante
influência no metabolismo das sementes e, consequentemente, na dormência
(MAYER; POLIAKOFF – MAYBER, 1989).

2.4 TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA

Dentre os testes de vigor considerados mais importantes Pela Association of


Official Seed Analysts (AOSA, 1983) e pela International Seed Testing Association
(ISTA, 1995), pode-se destacar o teste de condutividade elétrica como um dos mais
indicados para estimar o vigor, devido sua objetividade e rapidez, além da facilidade
de execução. Este teste avalia o estado de degeneração dos sistemas de
membranas celulares das sementes, o qual tem sido relatado como consequência
inicial do processo de deterioração.
17

Segundo Abdul-Baki e Anderson (1973), os testes de vigor que demandam


período de tempo curto são aqueles relacionados às atividades enzimáticas,
respiratórias e com a integridade das membranas celulares. Com base na
integridade das membranas destacam-se os testes de condutividade elétrica pelos
sistemas de massa e individual (Vieira, 1994), que fornecem resultados em 24
horas, sendo empregados principalmente para sementes de grandes culturas,
havendo, portanto poucas pesquisas com sementes de espécies olerícolas,
florestais exóticas e essências nativas e forrageiras.
No teste de condutividade "da massa", a qualidade das sementes é avaliada
por meio da sua imersão em água e determinação da condutividade da solução de
embebição, que indicará o nível de qualidade do lote avaliado. Assim, baixos valores
de condutividade (baixa lixiviação) indicam que as sementes apresentam alta
qualidade, enquanto valores elevados estão relacionados a sementes de qualidade
inferior (WOODSTOCK, 1973). Estes resultados têm sido corroborados por várias
pesquisas que tem demonstrado que a diminuição da germinação e do vigor é
diretamente proporcional à elevação da concentração de eletrólitos liberados pelas
sementes durante a embebição (McDONALD; WILSON, 1979; POWELL, 1986;
MARCOS FILHO et al., 1990).
Woodstock (1973) considerou que a exsudação de constituintes celulares
mostrou-se inversamente associada ao vigor, com base em três fatores: reflete a
perda de integridade das membranas, representa a consequente perda de
compartimentalização dos constituintes celulares, e constitui excelente substrato
para o desenvolvimento de microrganismos, acelerando o processo de deterioração.
Desse modo, a perda da integridade do sistema de membrana celulares, causada
principalmente pela oxidação de lipídios, promove o descontrole do metabolismo e
das trocas de água e de solutos entre as células e o meio exterior, com reflexos
diretos sobre a qualidade fisiológica das sementes.
Com relação à natureza dos constituintes, observou-se que, por ocasião da
embebição, as sementes liberam grande variedade de substâncias, tais como íons
inorgânicos, açúcares, aminoácidos, enzimas, nucleosídeos e ácidos graxos
(MATTHEWS; BRADNOCK, 1967; ABDUL-BAKI; ANDERSON, 1972;
WOODSTOCK, 1988). A quantidade e intensidade de material lixiviado estão
diretamente relacionadas à permeabilidade das membranas e, consequentemente,
18

são influenciadas pela idade das sementes, pela sua condição fisiológica e, também,
pela incidência de danos (POWELL, 1986).
Resultados de pesquisas tem demonstrado que vários fatores podem afetar
os resultados do teste, tais como: qualidade da água, temperatura e duração do
tempo de embebição, teor de água das sementes e número de sementes testadas
(BRADNOCK; MATTHEWS, 1970; YAKLICH; ABDUL-BAKI, 1975 e TAO, 1978).
Loeffler et al. (1988) evidenciaram a importância do teor inicial de água nas
sementes, danificações mecânicas e o número de sementes.
19

3 MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi conduzido no Laboratório de Sementes e no


Laboratório de Águas do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), campus São
João Evangelista. As sementes utilizadas no experimento foram doadas pelo
Laboratório de Análise de Sementes da Universidade Federal de Viçosa, (UFV) já
beneficiadas, passando apenas por uma seleção para descartar aquelas
deformadas, inviáveis para o experimento. O delineamento experimental utilizado foi
inteiramente casualizado com cinco repetições de 20 sementes, em cada tratamento
no teste de germinação. A dificuldade de obtenção de sementes viáveis, em se
tratando de espécies nativas, impossibilitou a utilização de número maior de
sementes por repetição.
As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos para superação da
dormência: escarificação mecânica em esmeril, imersão em ácido sulfúrico (H2SO4)
98% em dois tempos, 90 e 120 minutos e imersão em água quente também em dois
tempos, 10 minutos e 24 horas. As sementes usadas como testemunha (T1), não
passaram por tratamentos para superar a dormência. Nos tratamentos com imersão
em ácido sulfúrico T2 e T3, as sementes foram colocadas em um Becker contendo
H2SO4, permanecendo por 90 e 120 minutos, respectivamente. As mesmas foram
lavadas em água corrente por três minutos retirando-se o excesso de ácido. No
tratamento 4 as sementes foram imersas em água a 100°C por 10 minutos,
posteriormente lavadas em água fria provendo choque térmico, já no tratamento 5 as
sementes foram imersas em água também a 100°C, permanecendo em repouso na
mesma água durante 24 horas. No tratamento 6 as sementes foram friccionadas no
lado oposto ao da micrópila até desgastar o tegumento atingindo o endosperma.
Os ensaios foram feitos em caixas plásticas (Gerbox) forradas com duas
folhas de papel Germitest umedecido com água destilada. Por ocasião das
avaliações, quando necessário, foi feito o reumedecimento das sementes. As caixas
foram postas em germinadores tipo BOD modelo EL 202, com temperatura
constante de 25°C e fotoperiodo 12 h de luz continua e 12 h de escuro. O período de
duração do teste de germinação foi de 20 dias e a contagem das sementes
germinadas foi feita diariamente, tendo como critério a emissão da radícula com
20

comprimento igual ou superior a 2 mm (BRASIL, 1992). As sementes que


germinavam eram computadas e retiradas do Gerbox.
Os parâmetros de resposta considerados foram à porcentagem de
germinação (%G) e o índice de velocidade de germinação (IVG). A porcentagem de
germinação foi obtida por meio da contagem diária de sementes germinadas, para
calcular a porcentagem de germinação em cada repetição.
O IVG foi determinado registrando-se diariamente o número de sementes
germinadas a partir da instalação do ensaio, calculado pela fórmula proposta por
Maguire (1962):

IVG = G1/N1 + G2/N2+ ... + Gn/Nn

em que:
IVG - Índice de velocidade de germinação , d-1
G1, G2 e Gn - número de sementes germinadas por dia
N1, N2 e Nn - número de dias após a implantação do teste

Realizou-se teste de condutividade elétrica de massa e pH da solução de


embebição, onde determinou-se a quantidade de íons lixiviados das sementes para
o meio. Este teste foi feito para os mesmos tratamentos realizados para germinação.
A condutividade elétrica foi obtida com a imersão das sementes (previamente
pesadas em balança de precisão 0,0001g, modelo ALC-210-4), em copos plásticos
(200 mL) contendo 75 mL de água destilada, onde permaneceram em incubadora
tipo BOD, a 25°C constante, por 24 h em ambiente escuro. Após esse período a
condutividade elétrica da solução de embebição foi medida em condutivímetro,
modelo mCA 150. Os resultados foram expressos em µS.cm-1.g-1 de semente, já o
pH foi determinado por meio de um peagâmetro modelo mPA-210 na mesma
solução de embebição.
A condutividade elétrica foi calculada dividindo-se o valor da leitura registrado
no condutivímetro pelo peso inicial da massa úmida das sementes, em cada
tratamento.
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com uma
amostra de 15 sementes, por repetição, em cada tratamento.
21

Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de


média, quando significativos, realizou-se o teste de Tukey a 5% de significância. O
teste de correlação entre os parâmetros avaliados na germinação foi feito através da
correlação linear de Pearson, a 5% de significância. Utilizou-se do Programa SAS
(1999), para realização das análises de variância.
22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observa-se na Figura 1, que a porcentagem de germinação no T6 foi


fignificativamente superior à germinação nos tratamentos 2 e 3, que não diferiram
entre si. Já os tratamentos 1, 4 e 5 não apresentaram germinação. Com a
escarificação mecânica (T6), obteve-se germinação média de 34%, sendo, portanto
o melhor desempenho germinativo.

40
35
a
30
Germinação (%)

25
20
15 b
10
5 b
0 * * *
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

Figura 1 – Média dos valores de porcentagem de germinação em sementes de Sapindus saponaria L.


submetidos a tratamentos para quebra de dormência: T1 testemunha, T2 sementes submetidas a
tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente 10 minutos, T5 água
quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância. * Não incluído na análise de variância por apresentar média e
variância igual a 0.

Esses resultados indicam que a dormência tegumentar foi superada


satisfatoriamente quando as sementes foram submetidas a escarificação mecânica.
Este tratamento promoveu o enfraquecimento do tegumento das sementes,
aumentando sua permeabilidade, permitindo a embebição e a aceleração do
processo germinativo.
Observou-se, que sementes submetidas a escarificação mecânica T6,
começaram a embeber logo no segundo dia após a semeadura (Figura 2), o que
leva a crer que a ruptura do tegumento foi suficiente para que ocorresse a
embebição das mesmas, permitindo a reidratação dos tecidos e consequentemente,
23

a intensificação da respiração e das atividades metabólicas. Em contrapartida,


sementes submetidas à escarificação mecânica ficam mais susceptíveis ao ataque
de fungos, o que pode levar a deterioração das mesmas diminuindo a porcentagem
de germinação do lote.

A B
Figura 2. Semente S. saponaria submetida a escarificação mecânica A e semente sem tratamento
para superar a dormência B.
Fonte: os autores.

Os resultados obtidos com essa espécie permitiram demonstrar que a


escarificação por meio de materiais abrasivos é um método eficiente na quebra de
dormência em sementes com tegumento impermeável, a exemplo de outros
trabalhos com sementes que apresentavam tegumento com essa característica.
Andrade et al. (2009) trabalhando com a mesma espécie, obteve resultados
satisfatórios quando as sementes foram submetidas a escarificação mecânica,
atingindo uma média de 55% de emergência de plântulas. Já sementes colhidas no
solo com tegumento trincado, apresentaram 85% de emergência de plântulas,
indicando um método natural na superação da dormência. Trabalhos realizados com
espécies Erytrina velutina Willd, Bauhinia monandra e B. ungulata, Leucaena
diversifolia (Schltoll.) Benth. apresentaram resultados semelhantes aos resultados
encontados no trabalho com S. saponaria (SILVA; MATOS, 1993-1994; ALVES et
al. 2000; BERTALOT; NAKAGAWA, 1998).
24

Embora o tratamento com água quente seja um método vantajoso para


superar a dormência em algumas sementes, este método não proporcionou a
germinação nas sementes de saboneteira (Figura 1), a exemplo de outras espécies
em que este método também não apresentou resultados satisfatórios. Em sementes
de Senna macranthera, os tratamentos com água quente foram menos eficientes do
que aqueles com ácido sulfúrico (SANTARÉM; ÁQUILA, 1995). Nas sementes de
Copaifera langsdorffii, os tratamentos com imersão em água quente por cinco, 10 e
15 minutos inibiram a germinação (PEREZ E PRADO, 1993). Já Grus et al. (1984)
testando alguns tratamentos de superação da dormência em sementes de
Caesalpinia leiostachya (pau-ferro) e Cassia javanica (cássia-javanesa) também
constataram que os tratamentos de imersão em água fervente por um, dois, três e
cinco minutos foram prejudiciais às sementes, matando ou danificando o embrião.
A germinação nos tratamentos com H2SO4 teve inicio no 18° dia após a
semeadura, o que leva a crer que mesmo em um período relativamente longo a
germinação acorreu, demonstrando ser um método capaz de desgastar o tegumento
fazendo com que as sementes fossem capazes de absorver água dando início ao
processo germinativo.
Observou-se que, com o aumento do tempo de permanência das sementes
no ácido, aumentou também a porcentagem de germinação, o que leva a crer que
se fosse realizado outros tratamentos com maiores tempos de permanência no
meio, supostamente os resultados de porcentagem de germinação seriam
relativamente superiores aos encontrados no presente trabalho. Entretanto longos
períodos de exposição podem vir a causar danos às sementes e,
consequentemente, redução da germinação (Egley, 1972), necessitando assim de
estudos complementares para inferir até quanto essas sementes suportariam
imersas no ácido sem causar danos ao embrião.
Teixeira (1979) obteve resultados satisfatórios com Stylosanthes guianensis,
S. hamata e S. humilis, utilizando H2SO4 concentrado por cinco minutos, para
escarificação da cobertura protetora das sementes. Carmona et al. (1986),
trabalhando com escarificação das sementes na vagem, observaram que os
tratamentos com ácido sulfúrico por 10, 15 e 20 minutos promoveram uma
escarificação parcial, porém sem efeito na germinação de sementes de Stylosanthes
macrocephala. Na espécie S. capitata, além da redução do número de sementes
25

duras, os tratamentos com ácido também reduziram a percentagem de germinação


devido ao aumento do número de sementes mortas em função do ácido.
O IVG foi significativamente maior para as sementes do T6 (escarificação
mecânica). Não houve diferença significativa para o IVG das sementes submetidas a
escarificação química (T2 e T3), já nos tratamentos 1, 4, e 5 o IVG foi nulo (Figura
3). Os maiores valores de IVG nos tratamentos onde obteve-se maior germinação já
era esperado, uma vez que o IVG é calculado em função da germinação diária das
sementes.

0,7
a
0,6

0,5

0,4
IVG

0,3

0,2 b

0,1 b
0 * * *
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

Figura 3 – Média dos valores do índice de velocidade de germinação (IVG) em sementes de


Sapindus saponaria L. submetidos a tratamentos para quebra de dormência: T1 testemunha, T2
sementes submetidas a tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente
10 minutos, T5 água quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela mesma letra não
diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. * Não incluído na análise de variância por
apresentar média e variância igual a 0.

Segundo Nakagawa (1999), quanto maior o IVG mais vigoroso é o lote de


sementes. Com os resultados obtidos no presente estudo nos permitem inferir que
as sementes mais vigorosas foram aquelas submetidas a escarificação mecânica,
que apresentaram um IVG de 0,6379 diferindo dos demais tratamentos, seguidos
por aqueles submetidos a escarificação química (T2) e (T3), que atingiram médias
de 0,0417 e 0,1637, respectivamente.
Em geral, valores elevados de CE indicam baixa taxa de germinação, porque
denota ruptura de estruturas. No presente estudo, para sementes de saboneteira, a
ausência da ruptura impossibilitou a embebição, impedindo a germinação. Os
26

maiores valores de germinação foram observados nos tratamentos em que houve a


ruptura do tegumento, essa ruptura proporcionou a entrada de água na semente,
entretanto apresentou valores elevados de CE resultante do estravazamento de
solutos para o meio.
O T6, sementes submetidas à escarificação mecânica, apresentou o maior
valor de CE, atingindo uma média de 7897,1 µS.cm-1.g-1, evidenciando superioridade
quando comparado aos tratamentos submetidos a escarificação química T2 e T3,
que apresentaram médias de 742,9 e 985,0 µS.cm-1.g-1, respectivamente (Figura 4).
No trabalho realizado, os resultados obtidos mostraram que, quanto maior o
teor de solutos lixiviados para o meio, maior foi à porcentagem de germinação.
Esses resultados só foram possíveis devido à semeadura das sementes serem
realizadas logo após a aplicação do método para superar a dormência. Caso as
mesmas fossem armazenadas e posteriormente realizado o mesmo teste,
provavelmente os resultados não seriam satisfatórios.
As sementes submetidas aos tratamentos T4 e T5 apresentaram os menores
valores de CE, não apresentando diferença significativa entre os mesmos (Figura 4).
Esses valores nos permitem inferir que quanto menor o tempo de exposição a
temperaturas elevadas, menor a permeabilidade do tegumento, que por sua vez
liberou menos eletrólitos para o meio. Essa menor permeabilidade do tegumento
também resultou na não germinação das sementes nesses tratamentos, o que leva
a crer que a embebição das mesmas não ocorreu em quantidade significativa para a
germinação, necessitando assim de uma maior permanência à temperatura de
100°C ou outro tratamento para superação da dormência. Esse mesmo
comportamento pôde ser observado na testemunha (T1), que apresentou uma
média de 111,3 µS.cm-1.g-1 onde também não ocorreu a germinação das sementes
(Figura 4).
Os valores de CE nos tratamentos com H2SO4 T2 e T3, foram intermediários
em relação aos tratamentos com água quente e escarificação mecânica, atingindo
médias de 742,9 e 985,0 µS.cm-1.g-1, respectivamente. Observou-se que quanto
maior o tempo de permanência no ácido, maior o valor de CE, permitindo inferir que
esse tempo de permanência no H2SO4 provocou maior desgaste no tegumento, e
consequentemente maior lixiviação de solutos para o meio. Esse mesmo
comportamento pôde ser observado com a imersão das sementes em água quente
27

(Figura 4). Em contrapartida, longos períodos de permanência no ácido podem vir a


causar danos às sementes, diminuindo à porcentagem de germinação e
aumentando o número de plântulas anormais.

9000
c
8000
7000
CE/uS.cm-1.g-1

6000
5000
4000
3000
2000
b b
1000 c bc
c
0
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

Figura 4 – Médias dos valores de Condutividade Elétrica em sementes de Sapindus saponaria L.


submetidas a tratamentos para quebra de dormência: T1 testemunha, T2 sementes submetidas a
tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente 10 minutos, T5 água
quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.

Com relação aos valores de pH da solução de embebição, os resultados não


demonstraram ter influência direta na germinação, não havendo correlação com os
demais parâmetros avaliados (Tabela 1). Observou-se que o pH da solução nos
tratamentos com H2SO4 foi relativamente menor que os demais, atingindo uma
média de 3,9 e 3,1, respectivamente nos T2 e T3. Esses valores foram obtidos
supostamente pelo fato das sementes que permaneceram no ácido, terem ficado
com parte do H2SO4 impregnado em seu tegumento, fazendo com que o pH do meio
ficasse mais ácido. Os valores de pH nos tratamentos em que os tegumentos não
foram escarificados mecânico ou quimicamente, apresentaram valores em torno de
6,0 não apresentando diferença significativa entre eles (Figura 5).
28

7
a a
6 ab
b
5
c
4
c
pH

0
1 2 3 4 5 6
Tratamentos

Figura 5 - Valores médios do pH da solução de embebição em sementes de Sapindus saponaria L.


submetidas a tratamentos para quebra de dormência: T1 testemunha, T2 sementes submetidas a
tratamento com H2SO4 90 minutos, T3 H2SO4 120 minutos, T4 água quente 10 minutos, T5 água
quente 24h e T6 escarificação mecânica. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.

Na Tabela 1 encontram-se os valores do testes de correlação entre os


parâmetros avaliados no presente trabalho. Observa-se que o parâmetro
porcentagem de germinação apresenta um fator de correlação consideravelmente
alto com o IVG e CE, apresentando um índice de 0,9957 e 0,9647, respectivamente.
Observa-se que quanto maior a porcentagem de germinação, maior também foi o
índice de velocidade de germinação e os valores de condutividade elétrica. A CE
também demonstrou ter uma forte correlação com o IVG apresentando um índice de
0,9842, já o pH não demonstrou ter influência direta na porcentagem de germinação
e no índice de velocidade de germinação, apresentando correlação negativa com
esses parâmetros, correlação esta não significativa.

TABELA 1. Teste correlação linear de Pearson, a 5% de significância entre os parâmetros avaliados


no teste de germinação em sementes de Sapindus saponaria L. * Correlação significativa.
IVG G pH
G 0,9957*
pH -0,169 -0,249
CE 0,9842* 0,9647* -0,042
Fonte: os autores

Com base nos resultados obtidos no presente trabalho, recomenda-se a


utilização de escarificação mecânica em sementes de Sapindus saponaria L. por ser
29

um método simples, de baixo custo e eficaz para promover a rápida e uniforme


germinação.
Recomenda-se também a utilização do teste de condutividade elétrica para
estimar o vigor em sementes de Sapindus saponaria L., sendo, portanto um método
eficiente na avaliação da qualidade do lote de sementes, além da facilidade de
execução, rapidez e objetividade.
30

5 CONCLUSÃO

O tratamento com escarificação mecânica mostrou ser o método mais


eficiente na superação da dormência em sementes de Sapindus saponaria L.
seguidos por imersão em ácido sulfúrico com o tempo de permanência de 120 e 90
minutos respectivamente. A imersão em água fervente não foi eficiente na
superação da dormência na espécie em estudo.
O teste de condutividade elétrica demonstrou ser eficiente na avaliação do potencial
fisiológico em sementes de saboneteira, podendo ser usado como complemento na
avaliação de vigor das sementes.
31

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