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Muitos dos termos utilizados nos estudos de crítica genética advêm do francês, seu local de origem.

A
ideia de organizar um glossário para este estudo foi necessária na medida em que as leituras advindas
trazem uma série de variações que, em algum momento, podem interferir no entendimento do estudo
do processo de criação. Há o Glossário de Crítica Textual[4], que traz palavras em comum à Critica
Textual e à Crítica Genética[5].

São apresentados aqui alguns dos termos mais comuns nos estudos de Crítica Genética:

Termo Conceito

Autógrafo material escrito pelo autor.

Codex livro manuscrito; produção anterior à invenção de Gutenberg

Digitoscrito material datilografado ou digitado pelo autor ou pelos autores.

Decifração operação na qual o pesquisador geneticista realiza o processo de decodificação dos


rascunhos.

Descrição material material elaborado com fins de organizar as informações a respeito do


manuscrito (se autógrafo ou não; cor e formato do suporte físico; tipo de papel; quantitativo de fólios,
folhas e páginas).

Edição genética edição que apresenta o processo de criação de uma obra em sua ordem cronológica.
Um exemplo clássico é a obra de Flaubert, Um coração simples, que apresenta a cronologia de criação
dessa obra, tendo sido realizada por Bonaccorso.

Escritor indivíduo que, de forma profissional ou não, exerce a atividade de escrever, sem considerar a
possível publicação do material produzido.

Estado genéticocada uma das fases que compõem o processo de criação.

Fac-símile documentos que preservam as propriedades mais importantes do original estudado.


Podem ser fotos ou fotocópias de documentos.

Folha suporte do documento (papel), cujas faces são chamadas frente ou verso.

Fólio unidade de numeração de um acervo manuscrito; uma página manuscrita de uma coleção
pública é identificável graças à cota do volume e ao número que figura na frente ou no verso de um
folheto; diz-se que determinada página é o fólio 720r, dito recto (frente) ou vº (verso)[5].

Gênese estudo do nascimento de uma obra, a partir da interpretação dos elementos que a constitui.

Hipertexto conjunto de documentos escritos e reunidos informalmente por meio de relações. É o


que acontece com os textos complementares referidos nas páginas de internet.
Manuscrito todo documento escrito à mão ou digitado, conforme atividades mais recentes dos
estudos de processo de criação.

Margem espaço gráfico deixado em branco e que pode ser aproveitado pelo autor para inserir
mais informações a respeito daquilo que escreve. É um elemento importante, que guarda características
pertinentes ao modo de escrita de cada autor estudado.

Página superfície do papel (físico ou digital) no qual se escreve. Pode ser a frente ou o verso de uma
folha.

Prototexto

(ou dossiê genético)

conjunto dos documentos que compõem a prévia de um documento. Pode ser formado por rascunhos
manuscritos, rascunhos digitalizados, provas.

Rascunho

(ou manuscrito de trabalho)

material produzido que apresenta o processo inicial de criação de uma obra.

Rasura movimento de edição genética que consiste em suprimir um segmento do material escrito. Pode
ser para substituição ou para supressão definitiva.

Reescritura operação na qual o autor sempre volta para reformular algum trecho da sua obra.

Scriptorquem faz as rasuras, quem rabisca, desenha[6].

Suportematerial no qual a obra é produzida (papel, papiro, pedra, computador).

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