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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES

(AGOSTO/2009 A JULHO/2010)

Avaliação da atividade antioxidante dos extratos de pólen apícola


(determinação de compostos fenólicos e flavonóides totais)

Paula Dalla Vecchia

Profª. Drª. Solange Teresinha Carpes

Modalidade: PIBIC/FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA

CAMPUS PATO BRANCO, AGOSTO DE 2010.


1 RESUMO

O valor nutricional é um dos principais fatores que levam ao interesse crescente por
produtos naturais. O pólen apícola contém substâncias nutricionais como carboidratos,
proteínas, aminoácidos, lipídeos, vitaminas, minerais e traços de micronutrientes. Além
destas, também possuem quantidades significativas de substâncias polifenólicas,
principalmente flavonóides. Este, juntamente com outros compostos fenólicos, contribui
para o efeito protetor. Muitos dos compostos fenólicos possuem capacidade
antioxidante protegendo as células contra a oxidação causada pelos radicais livres.
Atualmente, com a busca cada vez maior por produtos naturais e com a crescente
utilização de compostos antioxidantes em terapias preventivas nas doenças nas quais
os radicais livres estão implicados, os produtos naturais têm merecido atenção especial
(CARPES, 2008). O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de compostos fenólicos
totais e flavonóides totais e atividade antioxidante. A determinação de compostos
fenólicos foi realizada de acordo com o método espectrofotométrico de Folin-Ciocateau,
utilizando ácido gálico como padrão. O teor de flavonóides foi determinado por
espectrofotometria utilizando quercetina como padrão e as propriedades antioxidantes
dos extratos deste pelo método de seqüestro do radical DPPH (2,2 difenil-1-
picrilhidrazina) em extratos de pólen apícola de Apis mellifera. Foram feitas duas
coletas por mês de pólen apícola em quatorze colméias de sete apiários localizados em
uma área experimental da UFPR em Mandirituba - PR. O teor de compostos fenólicos
variou de 6,29 a 30,74, 5,36 a 37,69 e 7,36 a 42,79 mg GAE/g de pólen apícola no mês
de agosto, novembro e dezembro de 2008, respectivamente. O teor de flavonóides
totais variou de 0,63 a 14,33, 1,42 a 28,74 e 2,02 a 22,51 mg de quercetina/g de pólen
nos meses de agosto, novembro e dezembro, respectivamente. A atividade antioxidante
média dos Extratos Etanólicos de Pólen Apícola (EEPA), quando avaliados na
concentração de 6,7 mg/mL, foi 95%. Os extratos de pólen das caixas 66, 64 e 55
apresentaram os maiores valores de atividade antioxidante nos meses de agosto
(97,20%), novembro (96,21%) e dezembro (97,60%), respectivamente. Os EEPA
coletados na caixa 61, durante o mês de agosto, apresentaram a menor atividade
antioxidante das amostras analisadas, sendo de 87,72%. Foi possível concluir que o
pólen apícola desta região do Paraná apresenta compostos fenólicos e flavonóides com
potencial biológico, já que apresentaram expressiva atividade antioxidante, sendo
possível o seu uso como ingrediente funcional para a indústria farmacêutica e de
alimentos.

Palavras-chave: pólen apícola, antioxidantes, compostos fenólicos.

2 INTRODUÇÃO

O pólen coletado por abelhas, geralmente composto de pólen de várias


espécies de plantas, pode ser considerado como uma fonte de energia e de nutrientes
para o consumo humano.
O pólen, assim como outros produtos da apicultura que possuem compostos
fenólicos e flavonóides, como própolis e mel, tem ganhado atenção por suas
propriedades terapêuticas como a ação antibacteriana, antifúngica, antiinflamatória e
antioxidante. Os compostos fenólicos se incluem principalmente na categoria de
seqüestradores de radicais livres, ainda que também possam exercer sua ação
antioxidante através de outros mecanismos, como quelantes de íons metálicos que
catalisam reações de oxidação (SÁNCHEZ-MORENO, 2002).
Os organismos vivos estão constantemente sujeitos à ação oxidativa do
oxigênio, sendo que diversos estudos têm demonstrado que o consumo de substâncias
antioxidantes na dieta diária pode produzir uma ação protetora efetiva contra estes
processos oxidativos que ocorrem no organismo.
Estudos indicam que uma série de doenças entre as quais câncer,
aterosclerose, diabetes, artrite, malária, doenças do coração, podem estar ligadas aos
danos causados por formas de oxigênio extremamente reativas denominadas de
“substâncias reativas oxigenadas” ou ROS. Estas substâncias também estão ligadas
com processos responsáveis pelo envelhecimento do corpo. Os produtos alimentícios
também se mostram suceptíveis a estes processos oxidativos, resultando em
substâncias finais prejudiciais ou com características sensoriais indesejáveis, reduzindo
com isso o prazo de validade dos produtos (CARPES, 2008).
A partir do início dos anos 80, o interesse em encontrar antioxidantes naturais
para o emprego em produtos alimentícios ou para uso farmacêutico, tem aumentado
consideravelmente, com o intuito de substituir antioxidantes sintéticos, os quais têm
sido restringidos devido ao seu potencial de toxicidade (CURTI, 2003).
Com o crescente conhecimento a respeito do impacto de antioxidantes
presentes em alimentos na saúde humana, combinado com a suposição de que
antioxidantes sintéticos como o butilihidroxitolueno (BHT) e o butilihidroxianisol (BHA)
podem ter efeitos negativos (KRISHNAKUMAR & GORDON, 1996), tem-se multiplicado
os estudos a respeito de antioxidantes naturais encontrados em ervas, frutas e
vegetais. Os antioxidantes fenólicos sintéticos são baratos e apresentam grande
atividade. No entanto, em doses elevadas podem interferir na saúde do consumidor
(SORTWELL, 1995).
Atualmente, com a busca cada vez maior por produtos naturais e com a
crescente utilização de compostos antioxidantes em terapias preventivas nas doenças
nas quais os radicais livres estão implicados, os produtos naturais, como vitaminas e
flavonóides, têm merecido atenção especial (HALLIWELL E GUTTERIDGE, 2000).
A principal proposta deste trabalho foi avaliar a atividade antioxidante e
quantificar os compostos fenólicos e flavonóides totais de pólen apícola de Apis
melliferaI coletado em Mandirituba - PR, em função da sazonalidade.

2.1 PÓLEN APÍCOLA

Pólen é o elemento fecundante masculino da flor, que atraído pelo ovário da


mesma fertiliza para formar as sementes, garantindo a reprodução da planta. Pólens
são pequenos grânulos de dimensões microscópicas. É o elemento reprodutivo das
plantas, produzido pelas anteras nos estames, órgão masculino da flor (Figura 1). É
formado por minúsculos grãos, localizados nas anteras dos estames da flor de onde é
coletado pelas abelhas e levados para a colônia para utilização no preparo do alimento
das larvas jovens em decorrência do alto valor nutritivo, rico em proteínas, minerais e
vitaminas (WIESE,1995).
Figura 1 - Estames com anteras evidentes, carregadas de pólen.
Fonte: TIOSAM (2010)

As abelhas (A. mellifera) coletam o pólen das flores que adere aos pelos do seu
corpo quando em contato com os estames. Em seguida eles são escovados com os
pentes tibiais, e os grãos aglutinados em bolotas ou grânulos (BREYER, 2010).
Cada pólen tem suas características específicas ligadas às espécies florais e
cultivares. O pólen pode ser monofloral, quando há uma única origem botânica
mantendo as propriedades organolépticas e bioquímicas da planta original. Quando a
oferta de plantas poliníferas na área em volta do apiário não é suficiente, as abelhas
visitam outras flores ou misturam pellets de pólen de várias flores. Esse pólen passa a
ser chamado de heterofloral ou polifloral e possui propriedades bioquímicas variadas
(BARRETO et al., 2006).
Ao retornar à colméia, as abelhas atravessam armadilhas, deixando cair o pólen
nos coletores colocados pelos apicultores que é recolhido diariamente para ser
processado. Os coletores de pólen são constituídos essencialmente por trampas com
perfurações de aproximadamente 4,5 mm de diâmetro para permitir que as abelhas ao
atravessarem, deixem cair as bolotas de pólen presas em suas patas traseiras
(MAGALHÃES, 2005) (Figura 2).
Figura 2 - Coletores de pólen colocado na frente do alvado
Fonte: MAGALHÃES (2005)

Essas bolotas de pólen são recolhidas em uma bandeja (caixa ou gaveta) que é
recoberta por uma tela de arame, de forma que permaneçam isoladas da colméia e as
abelhas não possam recolhê-las novamente (Figura 3).

Figura 3 - Gaveta de recolhimento do pólen


Fonte: MORETI (2002)

A coleta do pólen apícola é feita diariamente e ao final da tarde. O pólen, depois


de retirado das gavetas coletoras, é transferido para baldes de polietileno com tampas
colocados em freezer, onde permanecerá até o prazo máximo de 15 dias (Figura 4)
(MAGALHÃES, 2005). Segundo Barreto et al. (2006) o pólen apícola dever permanecer
congelado por no mínimo 48 horas, para destruição de possíveis ácaros, ovos ou larvas
de traças de cera e de outros insetos. O congelamento imediato controla o
desenvolvimento de microrganismos relacionados à microflora normal contida no pólen.

Figura 4 - Coleta do pólen por apicultores


Fonte: MAGALHÃES, 2005

Cada pólen tem suas características específicas ligadas à origem floral, mas a
qualidade do produto final também depende do processo de limpeza, secagem,
embalagem e armazenamento. O processamento do pólen consiste de várias etapas e
tem a função de transformar o pólen apícola em pólen apícola desidratado, como forma
de aumentar a vida-de-prateleira e manter as suas propriedades (BARRETO et al.,
2006).
Após o descongelamento gradativo e em geladeira (4 a 8 horas) o pólen é seco
em estufa de circulação forçada com temperatura entre 40 a 42ºC. O tempo de
secagem depende da umidade inicial e varia de 12 a 70 horas.
De acordo com Marques (2000), após a desidratação os grãos de pólen são
classificados por tamanho em uma seqüência de peneiras granulométricas. É também
aplicado um jato de ar seco para a remoção de sujeiras. Os grumos maiores de pólen
são desfeitos e o pó de pólen é retirado pela parte inferior do equipamento. Após a
limpeza mecânica é feita uma limpeza manual para a retirada de eventuais materiais
estranhos e sujidades como asas e pernas de abelhas, larvas secas, bolotas de
própolis que possuem a mesma densidade do pólen e que não são retiradas pela caixa
de aeração.
Após a limpeza manual o pólen é envazado em potes de vidros ou plásticos
para a comercialização. O armazenamento deve ser em ambiente seco com
temperatura amena e ao abrigo da luz (BARRETO et al., 2006).
A produção de pólen apícola no Brasil representa uma atividade recente que
teve início no final da década de 80. Segundo vários autores, o País tem potencial para
ser um grande produtor de pólen, devido principalmente a riqueza e a diversidade da
flora aliada ao clima tropical e a eficiência das abelhas africanizadas (SALOMÉ e
SALOMÉ, 1998; BARRETO et al., 2006).

2.2 COMPOSTOS FENÓLICOS EM PLANTAS

Em termos de ação biológica, a principal classe de constituintes do pólen é a


dos compostos fenólicos. Estes, caracterizam-se pela presença de pelo menos um
grupo hidroxila ligada diretamente a um anel aromático (Figura 6). O composto mais
simples é o fenol e está amplamente distribuído no reino vegetal e em microrganismos,
fazendo parte também do metabolismo animal (BRAVO, 1998).

Figura 6 – Hidroxila ligada a anel aromático


Fonte: MARÇO et al. (2008).

No entanto, os animais são incapazes de sintetizar o anel aromático e, neste


caso, a síntese dos compostos fenólicos em pequena quantidade é feita utilizando o
anel benzênico de substâncias ingeridas na dieta. Por outro lado, os vegetais e a
maioria dos microrganismos têm a capacidade de sintetizar o anel benzênico e, a partir
dele, produzir diferentes tipos de compostos fenólicos (SIMÕES, 2001).
Os compostos fenólicos apresentam intensa absorção na região do ultravioleta
e uma característica importante é a complexação com metais, sendo que muitos desses
quelatos metálicos são importantes em diversos sistemas biológicos. Os compostos
fenólicos são facilmente oxidáveis, tanto por meio de enzimas vegetais específicas
quanto por influência de metais, luz, calor ou em meio alcalino, ocasionando o
escurecimento de soluções ou compostos isolados (SIMÕES, 2001).
Bravo (1998) classificou os compostos fenólicos presentes nos alimentos em 13
categorias distintas, enquanto que Harborne (1989) classificou-os de acordo com o
número de carbonos conforme apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação dos compostos fenólicos


Classe de compostos fenólicos Estrutura básica
Fenóis simples C6
Ácidos fenólicos C6-C1
Acetofenonas C6-C2
Fenilpropanóides C6-C3
Naftoquinonas C6-C4
Xantonas, benzofenonas C6-C1-C6
Estilbenos C6-C2-C6
Flavonóides C6-C3-C6
Lignanas (C6-C3)2
Diflavonóides (C6-C3-C6)2
Melaninas vegetais (C6)n
Ligninas (C6-C3)n
Taninos hidrolisáveis (C6-C1)n
Taninos condensados (C6-C3-C6)n
Fonte: HARBORNE (1989)

Atualmente, o interesse nos compostos fenólicos tem aumentado devido às


habilidades antioxidantes e de seqüestrar os radicais livres, prejudiciais à saúde
humana (GARCÍA et al., 2001). O pólen apícola contém nutrientes essenciais e são
indicados para serem usadas pela considerável quantidade de substâncias polifenólicas
com possível atividade antioxidante.

2.3 FLAVONÓIDES

Os flavonóides são pigmentos naturais amplamente distribuídos no reino


vegetal, já foi detectada a ocorrência de mais de 8000 compostos fenólicos em plantas
(DREOSTI, 2000). Protegem o organismo do dano produzido por agentes oxidantes
como os raios ultravioletas, poluição ambiental, substâncias químicas presentes nos
alimentos, estresses, dentre outros. O organismo humano não produz essas
substâncias químicas protetoras, cabendo ao homem obtê-las por meio da alimentação
(MARTINEZ et al, 2002). Estão amplamente distribuídos em plantas, frutas, vegetais e
em diversas bebidas (suco de uva, vinho tinto, chá preto e verde), e representam
componentes substanciais da fração não energética da dieta humana. (SGARBIERI e
PACHECO, 1999).
Os flavonóides englobam uma classe muito importante de pigmentos naturais e
têm a estrutura química do difenil-propano (C6-C3-C6) (Figura 7), sendo que as duas
partes da molécula com seis carbonos são anéis aromáticos (BOBBIO, 1995).

Figura 7 – Estrutura do difenil-propano


Fonte: MARÇO et al. (2008).

Suas propriedades biológicas estão relacionadas com a atividade antioxidante


que cada fenol exerce sobre determinado meio. A atividade dos antioxidantes, por sua
vez, depende de sua estrutura química, podendo ser determinada pela ação da
molécula como agente redutor (velocidade de inativação do radical livre, reatividade
com outros antioxidantes e potencial de quelação de metais). A ingestão de flavonóides
está associada com a longevidade e redução na incidência de doenças
cardiovasculares, o que explica o “paradoxo francês”, uma vez que a dieta
mediterrânea é rica em vegetais e vinho tinto (MAMEDE, 2004).
Os flavonóides são estruturas polifenólicas de baixo peso molecular
encontradas naturalmente nas plantas (MOON et al., 2006). São os responsáveis pelo
aspecto colorido das folhas e flores, podendo estar presentes em outras partes das
plantas. Absorvem radiação eletromagnética na faixa do ultravioleta (UV) visível e
dessa maneira apresentam um papel de defesa das plantas frente à radiação UV da luz
solar. Esse grande número de compostos surge da ampla variação de combinações de
grupos metil e hidroxil como substituintes na estrutura básica dos flavonóides (BOBBIO,
1995).
Os flavonóides têm uma estrutura química constituída de dois anéis aromáticos
que são ligados por uma cadeia de três átomos de carbono, que formam um heterociclo
oxigenado (MANACH et al., 2004). Podem ser divididos em classes baseado na sua
estrutura molecular (compostos fenólicos) (MARTINÉZ et al., 2002). A estrutura básica
dos flavonóides consiste de 15 carbonos distribuídos em dois anéis aromáticos
interligados via carbono heterocíclico do pirano (um anel pirânico é caracterizado por
conter um heteroátomo de oxigênio).
Conforme o estado de oxidação da cadeia heterocíclica do pirano, têm-se
diferentes classes de flavonóides: antocianinas, flavonóis, flavonas, isoflavonas e
flavononas (BOBBIO, 1995). As duas classes de flavonóides consideradas como mais
importantes são os flavonóis e as antocianinas (MARÇO et al., 2008).
O termo flavonóide é derivado do latim flavus, que significa amarelo, porém
observa-se que o grupo flavonona (ex. pinocembrina) é incolor e que a classe das
antocianinas possui substâncias que variam no seu espectro do verde ao azul. As
chalconas e flavonas possuem coloração amarela e as antocianinas são pigmentos
solúveis em água responsáveis pela cor vermelha, azul e violeta das frutas e de outros
alimentos (BOBBIO, 1995).
Os quatro maiores grupos de flavonóides conjuntamente com suas fontes
alimentares são mostrados na Tabela 2.
A maioria dos flavonóides existente no pólen está na forma glicosilada, ou seja,
um açúcar é ligado em uma ligação semiacetal em um ou mais grupos hidroxílicos da
molécula. Os compostos fenólicos livres são chamados de agliconas e aparecem in vivo
pela ação das enzimas glicosidases (SERRA BONVEHI et al. 2001).
Tabela 2 - Grupos de flavonóides, seus componentes individuais e fontes alimentares
Grupos Componentes Fonte alimentar
Flavonas Apigenina Casca de maçãs
Chrisina Cerejas
Kaempferol Brócolis
Luteolina Peles de frutas
Miricetina Uvas
Rutina Alfaces
Sibelina Oliva
Quercetina Alho
Flavononas Fisetina Frutas cítricas
Hesperetina Peles de frutas cítricas
Narigina
Naringenina
Taxifolina
Antocianinas Cianidina Cerejas
Delfinidina Uvas
Malvidina Uvas vermelhas
Pelargonidina Morangos
Peonidina Chás
Petunidina Peles de frutas com pigmentos escuros
Fonte: MARÇO et al. (2008)

2.4 ANTIOXIDANTES

Antioxidantes são compostos que podem retardar ou inibir a oxidação de


lipídios ou outras moléculas, evitando o início ou propagação das reações em cadeia de
oxidação. A atividade antioxidante de compostos fenólicos é principalmente devida às
suas propriedades de óxido-redução, as quais podem desempenhar um importante
papel na absorção e neutralização de radicais livres, quelando o oxigênio ou
decompondo peróxidos. Em geral, existem duas categorias básicas de antioxidantes: os
naturais e os sintéticos.
A efetividade antioxidante de muitos compostos fenólicos é, essencialmente,
resultado da facilidade com a qual um átomo de hidrogênio de um grupo hidroxila (OH)
da sua estrutura aromática é doado para um radical livre, bem como a habilidade da
mesma em suportar um elétron não emparelhado através do deslocamento do mesmo
ao redor de todo o sistema de elétron da molécula (PAULA, 2004).
Os antioxidantes podem ser definidos como substâncias capazes de diminuir ou
prevenir significativamente a oxidação de outra substância, sempre que presente em
menor concentração quando comparado a substância oxidável de interesse
(HALLIWELL e GUTTERIDGE, 2000). Outra definição é o de antioxidantes em
alimentos, como uma substância que em pequena quantidade é capaz de prevenir ou
retardar grandemente a oxidação de materiais facilmente oxidáveis, como as gorduras
(PAULA, 2004).
O mecanismo pelos quais estes antioxidantes exercem seus efeitos pode variar
dependendo das características de cada alimento. Além disso, os efeitos benéficos do
consumo de vegetais a saúde tem sido atribuído, em parte, a presença de compostos
fenólicos, os quais estão associados com a neutralização dos riscos de doenças
cardiovasculares, câncer, catarata e outras doenças degenerativas. Isto é conseguido
pela prevenção da oxidação lipídica, mutação do DNA, modificação na estrutura das
proteínas e danos aos tecidos. Nas últimas décadas, os antioxidantes têm sido de
grande interesse pelos profissionais da saúde, visto que eles ajudam o corpo humano a
se proteger contra os danos causados pelas espécies reativas ao oxigênio e ao
nitrogênio, associadas com doenças degenerativas.
A formação de radicais livres pelo oxigênio é supostamente a chave para o
desenvolvimento de câncer e doenças coronárias, aliado à função protetora da
membrana celular. Radicais livres podem atacar biomoléculas, dentre as quais
destacam-se os lipídios, as proteínas ou DNA propriamente dito, os quais podem ser
preservados pela ação dos antioxidantes (WANG,1996).
A partir do início dos anos 80, o interesse em encontrar antioxidantes naturais
para o emprego em produtos alimentícios ou para uso farmacêutico, tem aumentado
consideravelmente, com o intuito de substituir antioxidantes sintéticos, os quais tem
sido restringidos devido ao seu potencial de carcinogênese, bem como pela
comprovação de diversos outros males como: aumento do peso do fígado e significativa
proliferação do retículo endoplasmático.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 COLETA DO PÓLEN APÍCOLA


Foram feitas duas coletas por mês de pólen apícola, sendo estas, em quatorze
colméias de sete apiários localizados em uma área experimental da UFPR em
Mandirituba - PR. Mandirituba está situada na região sul, primeiro planalto do Estado do
Paraná, Brasil.
As amostras de pólen apícola foram coletadas durante os meses de agosto,
novembro e dezembro de 2008, janeiro, fevereiro e março de 2009 e encaminhadas ao
laboratório de Análise de Alimentos do Curso de Bacharelado em Química Industrial da
UTFPR, Campus Pato Branco.

3.2 PREPARAÇÃO DOS EXTRATOS ETANÓLICOS DE PÓLEN (EPE)

O pólen apícola foi seco em estufa de circulação de ar a temperatura de 40 0C


por 48 horas e moído em triturador de grãos (moinho Marconi MA 630). Dois gramas de
pólen desidratado e moído, foram extraídos com 15 mL de etanol a 70% (v/v) em
banho-maria a 70ºC, por 30 min.
Após a filtragem em papel de filtro Watman nº 5, os sobrenadantes (EPE) foram
armazenados em tubos de ensaio com rosca e colocados em freezer à -18 ºC, os quais
foram utilizados para as análises químicas.

3.3 COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS

A determinação de compostos fenólicos foi realizada de acordo com o método


espectrofotométrico de Folin-Ciocateau, descrito por Singleton et. al. (1999), utilizando
ácido gálico como padrão de referência. O reagente de Folin-Ciocalteau é uma solução
de íons complexos. Esse reagente oxida os fenolatos, reduzindo-os a um complexo
azul.
Uma curva analítica foi construída contendo 10, 25, 40, 55, 70, 85 e 100ppm de
ácido gálico, 2,5 mL do reagente de Folin-Ciocalteau diluído em água destilada 1:10
(v/v). Após 3 minutos, adicionou-se 2 mL de carbonato de sódio a 4%. Passadas duas
horas de repouso ao abrigo da luz, foram realizadas leituras de absorbância em
espectrofotômetro a 740nm.
O mesmo procedimento foi realizado com os extratos, substituindo o ácido
gálico pela amostra. Uma alíquota de 0,5 mL dos respectivos extratos de pólen, diluído
em etanol 70% (v/v) em diferentes concentrações (1:10, 1:20 e 1:50 v/v), foram
transferidas para tubos de ensaio e adicionados 2,5mL do reagente de Folin-Ciocateau
(1:10). Após 3 minutos de repouso da mistura, foram adicionados 2,0 mL de uma
solução de carbonato de sódio a 4%. As soluções foram incubadas em local escuro à
temperatura ambiente e, após duas horas, efetuou-se a leitura da absorbância a
740nm.
Para zerar o espectrofotômetro, preparou-se o branco utilizando 0,5 mL de
água destilada, 2,5 mL de Folin-Ciocateau. Após 3 minutos, adicionou-se 2,0 mL de
carbonato de sódio a 4%, deixando repousar em local escuro por 2 horas.
Os resultados foram expressos em mg GAE/g de pólen e obtidos por regressão
linear da curva analítica. Essas análises foram realizadas em triplicata. (GAE:
equivalente em ácido gálico)

3.4 FLAVONÓIDES TOTAIS

A concentração de flavonóides totais foi determinada conforme o método


descrito por Park et al. (1998). Foi construída uma curva analítica contendo 5, 20, 30,
40, 50, 60 e 100ppm de quercetina. A curva foi obtida a partir de duas séries de tubos
de ensaio. Uma das séries continha os padrões de quercetina, 4,3mL de etanol 70%
(v/v), 0,1mL de acetato de potássio e 0,1mL de nitrato de alumínio 10%; e outra com os
mesmos reagentes, porém com a substituição de 0,1mL de nitrato de alumínio por
0,1mL de etanol 70% (v/v). Após quarenta minutos de repouso ao abrigo da luz, foram
realizadas leituras de absorbância em espectrofotômetro a 415nm. Com os valores
obtidos, plota-se um gráfico da variação da absorbância das duas séries padrão versus
concentração de quercetina.
Para as amostras efetuou-se o mesmo procedimento, porém alterando a adição
dos padrões de quercetina por alíquotas de 0,5 mL dos respectivos extratos de pólen,
diluído em etanol 70% (v/v) em diferentes concentrações (1:10, 1:20 e 1:50 v/v).
Tubos em branco foram conduzidos nas mesmas condições, sem adição de
nitrato de alumínio. Para zerar o aparelho, adicionou-se em um tubo de ensaio 4,9 mL
de etanol 70% e 0,1 mL de acetato de potássio deixando em repouso por quarenta
minutos. As análises foram realizadas em triplicatas e os resultados obtidos por
regressão linear da curva analítica e expressos em mg quercetina/g de amostra.

3.5 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

A medida da atividade seqüestrante do radical DPPH foi realizada de acordo


com a metodologia descrita por Brand-Williams et al. (1995). O DPPH (1,1-difenil-2-
picrilidrazina) é um radical livre estável que aceita um elétron ou um radical hidrogênio
para se tornar uma molécula estável e, desta forma, é reduzido na presença de um
antioxidante.
Para avaliação de atividade antioxidante, os extratos etanólicos de pólen foram
reagidos com o radical estável DPPH em uma solução de etanol. Na forma de radical, o
DPPH possui uma absorção característica a 517nm, a qual desaparece após a redução
pelo hidrogênio arrancado de um composto antioxidante.
A mistura da reação foi constituída pela adição de 0,5mL das amostras diluídas
em etanol 70% (v/v) 1:20 (v/v), 3mL de etanol absoluto e 0,3mL da solução do radical
DPPH 0,3mM em etanol absoluto. O branco específico da amostra foi determinado
usando 3,3mL de etanol absoluto e 0,5mL da amostra diluída e as absorbâncias lidas a
517nm após o tempo de uma hora ao abrigo da luz para estabilidade da reação. Um
tubo contendo 3,5mL de etanol e 0,3mL de DPPH 0,3mM serviu como controle
negativo.
Os valores de atividade antioxidante foram calculados via % média da atividade
antioxidante das tripilicatas segundo a fórmula de Mensor et al. (2001). %AA = 100 –
{[(Abs amostra – Abs branco) x 100] / Abs controle}
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 EXTRATOS ETANÓLICOS DE PÓLEN (EPE)

Na extração dos compostos fenólicos, flavonóides e atividade antioxidante,


segundo CARPES et. al. (2007), a melhor condição de extração foi utilizando etanol a
70% (v/v), o qual apresentou maior teor de compostos fenólicos, flavonóides e atividade
antioxidante depois da extração.
Os extratos apresentaram uma coloração bastante homogênea, variando de
uma coloração amarelo escuro para amarelo claro, havendo diferença visualmente
significativa entre os extratos em determinado mês coletado (Figuras 8, 9 e 10).

Figura 8 – Amostra de pólen apícola seco a 40 ºC

Figura 9 – Amostra de pólen apícola seco e Figura 10 – Extratos de pólen apícola em

moído etanol 70% (v/v)

4.2 COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS, FLAVONÓIDES TOTAIS E ANTIOXIDANTES


O pólen apícola analisado apresentou variadas concentrações de compostos
fenólicos e flavonóides nas diferentes colméias. O teor de compostos fenólicos variou
de 7,07 a 24,50 mg GAE/g de pólen na amostra 26/08/08, sendo que as caixas 51, 64 e
55 apresentaram pólen apícola com maior teor de compostos fenólicos: 24,50; 24,15 e
21,79 mg GAE/g de pólen respectivamente; (Tabela 3).
O teor de flavonóides totais para esta amostra variou de 0,63 a 14,33 mg de
quercetina/g de pólen. As concentrações de flavonóides totais também apresentaram
grandes variações, onde nas caixas 51, 61 e 67 encontrou-se maiores teores de
flavonóides, sendo 14,33 , 13,61 e 13,06 mg de quercetina/g de pólen respectivamente
(Tabela 3).
Em relação a atividade antioxidante do pólen apícola para amostra 26/08/08, as
caixas que obtiveram maiores porcentagens de antioxidantes foram 66, 69 e 67 sendo,
respectivamente, 97,20 , 95,95 e 95,92 % AA. Os valores variaram entre 94,31% e
97,20% (Tabela 3).
Apesar destas caixas não apresentarem altos valores de compostos fenólicos e
flavonóides, a porcentagem de atividade antioxidante foi alta.

Tabela 3: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 26/08/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 24,50 ± 6,67 14,33 ± 0,87 94,70 ± 0,62
54 17,92 ± 1,38 4,13 ± 0,18 95,43 ± 0,71
55 21,79 ± 4,35 9,14 ± 0,31 95,73 ± 0,40
57 18,63 ± 1,08 0,63 ± 0,26 94,31 ± 0,23
58 7,07 ± 0,09 1,85 ± 0,08 95,45 ± 0,25
59 21,30 ± 0,38 2,44 ± 0,83 95,01 ± 0,52
60 18,58 ± 0,39 8,63 ± 1,01 95,77 ± 0,45
61 15,26 ± 0,40 13,61 ± 0,53 95,63 ± 0,05
62 19,18 ± 0,55 7,70 ± 0,84 95,06 ± 0,44
64 24,15 ± 0,19 10,36 ± 0,64 95,11 ± 1,06
66 7,38 ± 0,17 6,45 ± 0,45 97,20 ± 0,43
67 21,52 ± 0,23 13,06 ± 1,25 95,92 ± 0,55
68 19,15 ± 2,82 5,58 ± 0,77 95,39 ± 0,45
69 7,17 ± 0,30 6,41 ± 0,43 95,95 ± 0,88
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL
Para a amostra 28/08/08, a concentração de compostos fenólicos variou de
6,29 a 30,74 mg GAE/g de pólen. As caixas 67, 51 e 62 apresentaram pólen apícola
com maior teor de compostos fenólicos, sendo, respectivamente, 30,74, 25,15 e 23,59
mg GAE/g de pólen (Tabela 4).
Já o teor de flavonóides totais variou de 1,19 a 9,99 mg de quercetina/g de
pólen. As caixas 67, 61 e 64 apresentaram maiores teores de flavonóides, sendo 9,99 ,
9,78 e 9,44 mg de quercetina/g de pólen respectivamente (Tabela 4).
Para esta amostra, a atividade antioxidante do pólen apícola variou entre 87,72
e 96,31 %AA. As caixas que obtiveram maiores porcentagens de antioxidantes foram
68, 69 e 66. Estas caixas também não apresentaram altos valores de compostos
fenólicos e flavonóides, mas a porcentagem de atividade antioxidante foi alta (Tabela
4).
O teor de compostos fenólicos para a amostra 07/11/08 variou de 20,37 a 33,29
mg GAE/g de pólen, sendo que as caixas 67, 57 e 51 apresentaram pólen apícola com
maior teor de compostos fenólicos (Tabela 5).
A concentração de flavonóides totais para esta amostra variou de 3,17 a 28,74
mg de quercetina/g de pólen, onde as caixas 51, 55 e 57 apresentaram maiores teores
de flavonóides (Tabela 5).
Tabela 4: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 28/08/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 25,15 ± 2,39 7,26 ± 1,52 94,51 ± 0,32
54 6,69 ± 0,27 3,15 ± 0,37 94,50 ± 0,10
55 18,66 ± 1,26 8,64± 1,25 95,02 ± 0,11
57 17,78 ± 1,13 3,29 ± 0,97 87,90 ± 1,01
58 6,29 ± 0,61 5,32 ± 0,96 94,81 ± 1,46
59 7,47 ± 0,26 5,62 ± 0,74 95,22 ± 0,20
60 7,56 ± 0,17 3,75 ± 0,11 94,50 ± 0,47
61 12,09 ± 0,58 9,78 ± 0,42 87,72 ± 0,77
62 23,59 ± 1,23 6,59 ± 0,91 95,32 ± 0,89
64 22,10 ± 1,26 9,44 ± 1,36 94,80 ± 0,51
66 8,73 ± 0,14 2,80 ± 0,74 95,83 ± 0,33
67 30,74 ± 1,78 9,99 ± 0,37 95,12 ± 1,11
68 10,44 ± 0,23 9,37 ± 0,39 96,31 ± 0,55
69 12,97 ± 0,61 1,19 ± 0,35 95,87 ± 0,24
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL
A atividade antioxidante do pólen apícola para amostra 07/11/08, alternou entre
93,32 e 95,91 %AA. As caixas 55, 69 e 59 foram as que obtiveram maiores
porcentagens de antioxidantes sendo, 95,91, 95,90 e 95,62 % AA, respectivamente
(Tabela 5).
Em relação a amostra 15/11/08, houve variação de 5,36 a 37,69 mg GAE/g de
pólen para os compostos fenólicos, onde as caixas 57, 66 e 51, obtiveram maiores
teores de compostos fenólicos (Tabela 6).
Observou-se que o teor de flavonóides totais variou entre 1,42 e 27,27 mg
quercetina/g de pólen, sendo que as caixas 51, 57 e 66 apresentaram maiores
concentrações do mesmo.
Durante esta amostragem, a atividade antioxidante também apresentou valores
elevados, alternando de 93,18 a 96,21 %AA. As caixas 64, 67 e 54 indicaram maior
porcentagem de antioxidantes sendo elas de 96,21%, 95,98% e 95,37% (Tabela 6).

Tabela 5: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 07/11/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 31,73 ± 0,78 28,74 ± 0,55 94,77 ± 0,27
54 22,28 ± 0,48 6,07 ± 1,16 94,68 ± 0,59
55 30,51 ± 0,29 12,16 ± 0,60 95,91 ± 0,14
57 32,51 ± 0,38 12,13 ± 1,16 95,32 ± 1,13
58 29,23 ± 0,87 2,70 ± 0,26 93,42 ± 1,06
59 25,19 ± 0,27 3,17 ± 0,29 95,62 ± 0,29
60 31,10 ± 0,31 3,67 ± 0,83 95,38 ± 0,31
61 24,99 ± 0,61 7,80 ± 0,21 95,53 ± 0,17
62 29,21 ± 0,68 7,28 ± 0,70 93,32 ± 0,77
64 30,42 ± 0,10 6,80 ± 0,66 94,67 ± 0,49
66 21,33 ± 0,48 11,18 ± 0,63 94,82 ± 0,23
67 33,29 ± 0,71 5,31 ± 0,63 94,67 ± 0,87
68 20,37 ± 0,83 4,67 ± 0,21 95,20 ± 0,09
69 25,95 ± 0,42 4,19 ± 0,67 95,90 ± 0,52
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL
Tabela 6: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 15/11/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 27,42 ± 0,71 27, 27 ± 1,02 93,18 ± 0,65
54 19,76 ± 2,49 1,42 ± 0,48 95,37 ± 1,35
55 14,16 ± 1,94 3,93 ± 0,81 93,96 ± 0,96
57 37,69 ± 2,14 19,87 ± 1,20 93,90 ± 0,27
58 7,34 ± 0,46 2,25 ± 0,58 94,32 ± 0,34
59 11,25 ± 2,63 6,16 ± 1,00 94,17 ± 0,40
60 5,36 ± 0,81 1,93 ± 1,32 94,45 ± 0,34
61 10,01 ± 2,63 6,93 ± 0,30 94,94 ± 0,58
62 16,47 ± 0,86 10,00 ± 0,67 95,00 ± 0,71
64 16,93 ± 1,35 7,73 ± 0,55 96,21 ± 0,16
66 29,80 ± 0,92 15,36 ± 0,77 94,23 ± 0,35
67 21,70 ± 4,17 9,99 ± 0,44 95,98 ± 1,38
68 16,25 ± 1,33 8,08 ± 4,20 94,32 ± 1,50
69 8,23 ± 0,56 5,41 ± 0,38 94,87 ± 0,37
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

Observando os valores de concentração dos compostos fenólicos do pólen


apícola da amostra 19/11/08, percebe-se que os valores variaram de 7,22 a 36,71 mg
GAE/g de pólen. As colméias que apresentaram maiores teores foram 57, 66 e 51 com
valores de 36,71, 30,67 e 20,01 mg GAE/g de pólen respectivamente (Tabela 7).
Neste período a concentração do teor de flavonóides, variou de 3,95 a 19,40
mg quercetina/g de pólen, sendo que, nas caixas 57, 66 e 51, encontra-se os maiores
teores com respectivos valores de 19,49, 17,42 e 14,51 mg quercetina/g de pólen
(Tabela 7).
Neste período de amostragem, as colméias que obtiveram maiores
concentrações de compostos fenólicos, obtiveram também, teores maiores de
flavonóides.
Para a atividade antioxidante, as porcentagens são elevadas variando de 93,01
a 95,86 %AA, os quais apresentaram maiores valores nas caixas 64, 62 e 58 sendo
eles de 95,86%, 95,26% e 94,98%, respectivamente. Relacionando a atividade
antioxidante com compostos fenólicos e flavonóides, estas caixas não apresentam altos
valores destes, porém a porcentagem de atividade antioxidante é alta (Tabela 7).
Para a coleta do dia 01/12/08, as concentrações de compostos fenólicos foi,
consideravelmente elevada, alternando de 24,45 a 42,79 mg GAE/g de pólen, os
maiores teores apresentam-se nas caixas 67, 66 e 51 (Tabela 8).

Tabela 7: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 19/11/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 20,01 ± 8,15 14,51 ± 0,12 93,43 ± 0,99
54 7,72 ± 0,43 6,09 ± 1,11 93,89 ± 0,73
55 6,95 ± 0,26 5,92 ± 0,45 93,01 ± 1,24
57 36,71 ± 1,26 19,40 ± 0,51 93,63 ± 1,45
58 9,20 ± 0,91 3,98 ± 0,24 94,98 ± 0,48
59 8,72 ± 0,26 6,34 ± 1,21 94,08 ± 0,92
60 7,42 ± 0,28 7,24 ± 0,85 94,45 ± 0,40
61 14,28 ± 4,11 9,48 ± 1,97 94,20 ± 0,82
62 7,93 ± 0,77 6,70 ± 1,72 95,26 ± 0,47
64 8,65 ± 0,19 8,34 ± 0,60 95,86 ± 0,65
66 30,67 ± 0,53 17,42 ± 1,56 93,71 ± 1,40
67 11,04 ± 1,31 5,74 ± 0,17 93,64 ± 0,87
68 10,16 ± 3,90 9,57 ± 0,44 94,30 ± 1,52
69 7,22 ± 0,46 3,95 ± 0,87 94,02 ± 0,88
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

Nos flavonóides, os teores estão entre 2,31 e 22,51 mg quercetina/g de pólen,


onde os maiores valores encontram-se nas caixas 61, 51 e 67 (Tabela 8).
Em relação a atividade antioxidante, obteve-se valores de porcentagens
respectivamente altas, variando de 93,99 a 97,60 %AA. As caixas, as quais apresentam
maiores porcentagens de antioxidantes, são: 55, 60 e 64 com valores de 97,60%,
96,41% e 96,31% (Tabela 8).
Nos meses de dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o pólen apícola das
quatorze colméias foi misturado numa única amostra. Isso aconteceu, por troca da
pessoa responsável pela coleta do pólen apícola na área experimental em Mandirituba
– PR. Desta forma, nos dias 19/12/08, 07/01/09 e 22/01/09, as amostras das caixas
foram misturadas e os resultados de cada caixa em separado, não serão apresentados.
Contudo, foi encontrado na mistura das 14 caixas de pólen apícola coletado no dia
19/12/2008, 34,86 mg GAE/g de pólen, 19,69 mg de quercetina/g de pólen e 94,77%
nas análises de compostos fenólicos totais, flavonóides totais e atividade antioxidante,
respectivamente. Na amostra coletado no dia 07/01/09, foi encontrado 23,36 mg GAE/g
de pólen, 3,63 mg de quercetina/g de pólen e 94,89% para análises de compostos
fenólicos totais, flavonóides totais e atividade antioxidante, respectivamente.No entanto
a coleta do dia 22/01/09, foi encontrado 17,29 mg GAE/g de pólen para a amostra, 3,08
mg de quercetina/g de pólen 79,78% nas análises de compostos fenólicos totais,
flavonóides totais e atividade antioxidante, respectivamente.

Tabela 8: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 01/12/08
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 31,57 ± 1,39 9,99 ± 0,41 95,26 ± 0,64
54 26,34 ± 0,64 5,53 ± 0,33 95,25 ± 0,46
55 24,45 ± 0,77 6,04 ± 0,26 97,60 ± 0,67
57 29,35 ± 0,52 7,15 ± 0,97 96,13 ± 0,65
58 24,87 ± 0,17 3,51 ± 0,22 95,20 ± 0,49
59 26,38 ± 0,92 4,75 ± 0,11 94,77 ± 0,71
60 27,14 ± 0,98 3,80 ± 0,05 96,41 ± 0,64
61 28,72 ± 0,87 22,51 ± 1,31 93,99 ± 1,50
62 27,79 ± 0,97 8,41 ± 0,55 94,73 ± 0,44
64 27,92 ± 1,22 7,02 ± 0,57 96,31 ± 0,33
66 33,79 ± 1,13 2,31 ± 0,85 94,54 ± 0,34
67 42,79 ± 1,11 9,31 ± 0,37 95,87 ± 0,69
68 25,40 ± 0,62 6,58 ± 0,16 95,97 ± 0,07
69 25,98 ± 0,71 5,64 ± 0,16 94,87 ± 0,19
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

Os valores de concentrações de compostos fenólicos e flavonóides totais e


porcentagens de antioxidantes analisados destas amostras misturadas, estão muito
próximos dos valores de concentrações das demais amostras quando analisado em
separado.
Para a amostra do mês de fevereiro (05/02/09), a variação da concentração de
compostos fenólicos do pólen apícola foi de 7,36 a 23,31 mg GAE/g de pólen. Os
valores de maior concentração estão nas caixas 51, 67 e 62, com valores de 23,31,
21,61 e 20,96 mg GAE/g de pólen. Porém, neste dia de coleta os flavonóides totais
variaram em teores de 2,02 a 7,48 mg de quercetina/g de pólen, sendo que, nas caixas
62, 61 e 57, encontram-se os valores de maior concentração. Na atividade antioxidante
desta amostra, os valores foram de menor percentual comparando-se com as demais.
Os valores alternavam de 35,95 a 94,98 %AA, as maiores porcentagens estão nas
caixas 61, 67 e 51, com porcentagens de 94,98%, 94,16% e 93,58% (Tabela 9).
A segunda amostra do mês de fevereiro (11/02/09), apresentou teores de
compostos fenólicos que variam de 13,97 a 22,82 mg GAE/g de pólen. As caixas que
apresentam maiores concentrações são: 51, 62 e 64, com valores de 22,82, 22,39 e
21,25 mg GAE/g de pólen, respectivamente (Tabela 10). Os flavonóides apresentam
valores relativamente baixos, variando entre 1,60 e 5,24 mg de quercetina/g de pólen.
As caixas, nas quais encontram-se as maiores concentrações, são: 58, 62 e 64, com
valores de 5,24, 4,68 e 3,90 mg de quercetina/g de pólen (Tabela 10). A atividade
antioxidante também apresentou valores menores, estando entre 48,86 e 95,14 %AA.
Nas caixas 68, 62 e 67, estão as maiores porcentagens de antioxidantes, sendo,
respectivamente, 95,14%, 92,76% e 91,63% seu valores (Tabela 10).

Tabela 9: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 05/02/09
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 23,31 ± 0,80 5,15 ± 0,22 93,58 ± 1,00
54 8,27 ± 0,49 4,38 ± 0,29 92,53 ± 1,04
55 7,36 ± 0,53 2,69 ± 0,41 67,97 ± 1,04
57 15,93 ± 0,99 5,33 ± 0,77 67,54 ± 0,61
58 16,22 ± 0,66 3,00 ± 0,40 43,33 ± 1,80
59 15,27 ± 0,92 2,82 ± 0,55 53,31 ± 0,65
60 16,54 ± 0,98 3,29 ± 0,39 61,12 ± 1,24
61 19,07 ± 1,09 5,83 ± 0,37 94,98 ± 0,84
62 20,96 ± 0,25 7,48 ± 0,39 91,43 ± 0,88
64 15,85 ± 0,64 4,75 ± 0,46 44,81 ± 1,96
66 13,94 ± 0,32 3,17 ± 0,22 35,95 ± 0,97
67 21,61 ± 0,85 4,11 ± 0,26 94,16 ± 1,44
68 12,77 ± 0,17 3,56 ± 0,31 41,77 ± 1,27
69 13,14 ± 0,33 2,02 ± 0,19 51,28 ± 0,92
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

Observando a amostra coletada em 03/03/09, a concentração de compostos


fenólicos variou entre 11,41 e 26,92 mg GAE/g de pólen, onde os maiores valores de
concentração encontram-se nas caixas 54, 62 e 67, sendo 26,92, 21,00 e 20,15 mg
GAE/g de pólen, respectivamente (Tabela 11).
Tabela 10: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 11/02/09
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 22,82 ± 0,60 2,39 ± 0,12 88,12 ± 1,10
54 20,00 ± 0,64 1,60 ± 0,14 85,89 ± 1,46
55 20,84 ± 0,40 2,46 ± 0,31 64,22 ± 1,84
57 19,83 ± 0,54 3,25 ± 0,06 79,35 ± 1,50
58 19,97 ± 0,23 5,24 ± 1,93 77,83 ± 1,02
59 20,83 ± 0,57 2,19 ± 0,03 59,48 ± 1,20
60 20,13 ± 0,57 3,20 ± 0,05 79,60 ± 1,30
61 13,97 ± 0,65 3,76 ± 0,20 71,96 ± 1,78
62 22,39 ± 0,81 4,68 ± 0,34 92,76 ± 1,64
64 21,25 ± 0,71 3,90 ± 0,10 81,31 ± 1,81
66 14,74 ± 0,31 1,64 ± 0,21 57,98 ± 1,23
67 20,70 ± 1,34 3,26 ± 0,05 91,63 ± 0,66
68 20,55 ± 0,84 3,57 ± 0,14 95,14 ± 1,49
69 17,97 ± 0,52 2,74 ± 0,07 48,86 ± 1,64
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

Em relação aos flavonóides, os valores variaram entre 1,74 e 5,67 mg de


quercetina/g de pólen. Os maiores teores apresentados por esta amostra estão nas
caixas 67, 58 e 57, com valores de 5,67, 4,49 e 4,15 mg de quercetina/g de pólen
(Tabela 11).
A atividade antioxidante apresentou valores variados, estando entre 35,54 e
94,55 %AA. Nas colméias 51, 62 e 54, estão as maiores porcentagens de antioxidantes
com respectivos valores de 94,55%, 94,40% e 94,21% (Tabela 11).
Nesta segunda amostra do mês de março (10/03/09), as concentrações de
compostos fenólicos alternaram de 12,99 a 21,73 mg GAE/g de pólen, onde as caixas
62, 51 e 54, foram as que apresentaram maiores teores nos extratos etanólicos (Tabela
12). Para os flavonóides totais, os valores encontram-se entre 2,81 e 7,50 mg de
quercetina/g de pólen, sendo que as maiores concentrações estão nas colméias 58, 67
e 60 (Tabela 12).
Tabela 11: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 03/03/09
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 19,44 ± 0,47 2,61 ± 0,17 94,55 ± 0,40
54 26,92 ± 0,68 3,40 ± 0,57 94,21 ± 0,60
55 17,06 ± 0,64 3,28 ± 0,11 91,08 ± 0,35
57 14,87 ± 0,70 4,15 ± 0,46 76,86 ± 1,24
58 13,49 ± 0,16 4,49 ± 1,93 61,11 ± 0,53
59 19,89 ± 0,45 2,66 ± 0,00 94,20 ± 0,57
60 14,47 ± 0,50 3,51 ± 0,31 68,41 ± 0,84
61 11,41 ± 0,29 1,74 ± 0,17 35,54 ± 1,70
62 21,00 ± 0,89 4,19 ± 0,10 94,40 ± 0,72
64 15,42 ± 0,66 1,79 ± 0,44 73,49 ± 0,78
66 15,28 ± 0,60 2,69 ± 0,79 82,66 ± 0,92
67 20,15 ± 0,79 5,67 ± 0,32 93,40 ± 0,21
68 13,66 ± 0,18 2,65 ± 0,33 75,61 ± 1,62
69 12,34 ± 0,63 3,03 ± 0,66 41,29 ± 1,51
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL

A porcentagem de atividade antioxidante apresentou valores que variam entre


37,67 e 94,00 %AA. Nas caixas 51, 54 e 62 estão os valores de maior percentual,
sendo respectivamente, 94,00%, 93,36% e 92,68% (Tabela 12).

Tabela 12: Teor de Compostos Fenólicos, Flavonóides Totais e Atividade Antioxidante do Pólen Apícola
coletados em 10/03/09
Flavonóides Totais Atividade
Compostos Fenólicos
Amostra * (mg quercetina/g de Antioxidante
(mg GAE /g de pólen)
pólen) (%AA)**
51 21,28 ± 0,87 3,36 ± 0,14 94,00 ± 0,90
54 18,86 ± 0,76 3,24 ± 0,29 93,36 ± 0,65
55 18,08 ± 0,89 3,57 ± 0,28 85,20 ± 1,23
57 14,55 ± 0,59 4,42 ± 0,27 61,77 ± 1,04
58 14,67 ± 0,52 7,50 ± 1,92 75,95 ± 0,58
59 15,11 ± 0,53 3,78 ± 0,31 72,20 ± 1,13
60 13,60 ± 0,30 4,49 ± 1,40 51,85 ± 0,68
61 15,09 ± 0,46 4,00 ± 0,75 58,50 ± 0,46
62 21,73 ± 0,85 5,32 ± 0,47 92,68 ± 0,25
64 14,26 ± 1,46 4,01 ± 0,08 60,73 ± 1,24
66 14,71 ± 0,44 2,81 ± 1,46 63,45 ± 1,06
67 17,29 ± 0,67 5,73 ± 0,47 88,87 ± 0,56
68 13,76 ± 0,49 2,91 ± 0,11 58,97 ± 1,46
69 12,99 ± 0,40 3,39 ± 0,13 37,67 ± 1,82
*GAE = equivalente em ácido gálico
**Concentração do extrato em diluição 1:20 = aproximadamente 6,67 mg/mL
5 CONCLUSÕES

Os teores de compostos fenólicos totais para as devidas amostras analisadas,


foram consideravelmente altas, variando nos diferentes meses de coleta. Da mesma
maneira, ocorre com os flavonóides totais e atividade antioxidante onde, dependendo
do mês, foram maiores ou menores.
As concentrações de compostos fenólicos para as amostras analisadas, variaram
de 5,36 a 42,79 mg GAE/g de pólen. As amostras dos meses de agosto, novembro e
dezembro apresentaram maiores teores destes.
Os teores de flavonóides totais expressos em equivalentes de quercetina
variaram entre 0,63 e 28,74 mg de quecetina/g de pólen. Da mesma forma que os
compostos fenólicos, as amostras dos meses de agosto, novembro e dezembro
apresentaram maiores concentrações de flavonóides totais.
A atividade antioxidante dos extratos de pólen apícola, avaliados na
concentração de 6,67 mg/mL, variaram de 35,54% a 97,60%. O menor percentual se
encontra na caixa 61 (35,54 %AA) do dia 03 de março de 2009. Todas as amostras
analisadas resultaram em altos valores de antioxidantes se comparado com
antioxidante comercial BHT (57%AA, 100 ppm).
O pólen apícola de Mandirituba, PR, o qual foi analisado a partir de extratos
etanólicos, apresentou altos teores de compostos fenólicos e flavonóides com atividade
antioxidante elevada, podendo ser um excelente suplemento alimentar.

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Orientadora Bolsista FA

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