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HISTÓRIA DA
MÚSICA
TÓPICO 2
Fonte: http://www.asasdaalva.com/Contraponto/ContrapontoModal2_A_Evolucao_Parte1.php
Desde o princípio dos tempos, houve interesse por parte do homem em registrar
informações. Do homem das cavernas até os tempos atuais, tais registros foram
desenvolvidos e aprimorados. Com a música não poderia ser diferente. A forma de
representar a linguagem musical sofreu transformações ao longo da História,
transformações estas que ainda continuam acontecendo. Porém, a forma de
representação mais utilizada nos dias atuais para a escrita musical é a partitura, com a
pauta, claves, barras de compasso, figuras de notas, figuras de pausas, e outros sinais
que, com os anteriores, formam o conjunto de símbolos desta forma de escrita.
Na Antiguidade, os Gregos tinham sistemas musicais derivados das letras do
alfabeto (notação literal ou alfabética). A notação literal ainda continuou a ser usada na
Idade Média, substituindo-se as letras gregas pelas latinas, mas foi logo alcançada pela
notação neumática, mais adequada e cômoda. A notação neumática baseava-se em
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A Polifonia Medieval
Fonte: https://www.scribd.com/document/135726175/Contraponto-Medieva1-Sec-XIV
Numa textura polifônica (ou contrapontística), duas ou mais linhas têm igual
importância, sendo construídas ao mesmo tempo. Pode-se combinar melodias totalmente
diferentes, ou utilizar ideias parecidas e/ou complementares.
No final do século XII surge uma escola de música em estilo polifônico em Paris: a
escola de Notre Dame. Atribui-se a dois organistas da escola de Notre Dame, Léonin e
Perotin (mestres de coro da Catedral), a criação final da música polifônica para três ou
quatro vozes simultâneas, nos séculos XII e XIII.
O período anterior às primeiras manifestações da polifonia, na música ocidental, é
denominado o período Ars Antiqua (Arte Antiga), em contraposição à Ars Nova (Arte
Nova), própria da fase em que a polifonia se ergueu como a máxima manifestação
musical. A Ars Nova se distingue pela nova notação, surgida entre os séculos XII e XIV,
na qual já se pode saber a duração das notas, no sistema denominado Mensuralismo.
Essa nova música recebeu a denominação de musica mensurallis (música medida), em
oposição ao canto gregoriano, denominado musica plana, que não possuía medida de
tempo.
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O Canto Gregoriano
Fonte: http://gregoriano.org.br/gregoriano/historiacantogregoriano.htm
O canto Litúrgico da Igreja Católica foi constituído, no seu início, por elementos
provenientes de origens diversas, das quais é difícil precisar a contribuição de cada uma
delas. Porém, o que se pode notar é que as provenientes da sinagoga foram,
evidentemente, bastante importantes e, que os primeiros cristãos utilizaram, certamente,
nas suas assembleias, os Salmos e os cânticos Judaicos. Depois, à medida que as
comunidades cristãs se multiplicaram na Grécia e entre os Latinos, na Ásia Menor e na
África, novos elementos se juntaram às melodias primitivas, que assim se enriqueceram
com a contribuição que lhes trouxe a diversidade cultural dessas civilizações. À medida
que o canto se aperfeiçoava, organizavam-se, pouco a pouco, as formas do Culto, a
Liturgia, sob o impulso dos Bispos: no séc. IV estavam constituídas, em volta dos grandes
centros de difusão, tais como Milão, Constantinopla e Roma. Mas chegou o momento em
que a preocupação de unificar o canto obrigou os Pontífices Romanos (S. Dâmaso, séc.
IV), a orientar as suas tendências e, assim, de etapa em etapa, se chegou a S. Gregório
Magno. S. Gregório, que a História cognominou de “S. Gregório Magno”, nasceu em
Roma em 542, tendo ocupado a Cátedra de S. Pedro entre 591 e 604. “S. Gregório foi
admiravelmente preparado para a sua obra musical, pela sua educação de nobre
Romano, pela sua vocação Monástica, em que um dos principais serviços foi,
precisamente, a organização da Liturgia, enfim, pelo seu génio musical”. S. Gregório teria
composto, um razoável número de peças, mas a sua principal ação foi, sobretudo, colher,
selecionar, ordenar as peças e dar a cada uma o seu lugar no ciclo Litúrgico, para formar
o repertório que constituiu o “Antifonário”; reformar e levar à perfeição os cantos que se
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Características Principais:
O CANTO GREGORIANO ERA CANTADO APENAS POR VOZES MASCULINAS
EM UNÍSSONO;
ERA ESTRITAMENTE VOCAL, PORTANTO NÃO HAVIA INSTRUMENTOS
ACOMPANHANDO, POIS NESSA ÉPOCA NÃO ERA PERMITIDO TOCAR
INSTRUMENTOS NA IGREJA;
AS MULHERES TAMBÉM NÃO PODIAM CANTAR;
ERA CANTADO EM LATIM, EM RITMO DE DECLAMAÇÃO;
ERA ANÔNIMO, POIS NO INÍCIO DESTE PERÍODO TUDO ERA FEITO NO
COLETIVO, POIS NÃO HAVIA COMPOSITORES.
NO INÍCIO, ERA TRANSMITIDO ORALMENTE, OU SEJA, OS MONGES
APRENDIAM A CANTAR E DEPOIS ENSINAVAM PARA OS OUTROS.
A Canção Trovadoresca
Fonte: https://www.todamateria.com.br/trovadorismo/
tenham produzido muito mais peças, de maior virilidade, dada pelo idioma menos
harmonioso, e de temas mais complexos. Os trovadores alemães chamam-se
Minnesaenger e Meistersaenger, cuja arte floresceu com 100 anos de atraso, no sec. XIII,
até a primeira metade do sec. XIV. Os Minnesaenger, da nobreza, tiveram suas tradições
perpetuadas pelos mestres-cantores, os Meistersaenger. Interpretavam pessoalmente
suas composições, que eram longas, bem cuidadas e não simples canções populares.
Usaram notação quadrada e ritmo melódico decorrente da métrica poética. Os trovadores
dispensaram maior atenção à música das suas canções; os Minnesaenger melhor
cuidaram da letra.
A arte dos trovadores, para bem ser bem compreendida, há que se considerar o
espírito cavalheiresco medieval, com as Cruzadas e com a alma religiosa que as animou.
As canções são de várias espécies, classificadas em canções pessoais ou narrativas.
Entre as canções pessoais, temos:
Canção amorosa - culto amoroso do trovador pela sua dama.
Canção política - tem por objetivo o louvor, o elogio ou a censura às pessoas ou
aos fatos.
Planh (lamento) - canção de morte criada por ocasião da morte de um grande
personagem.
Tenso - disputa em torno de um assunto de galanteria, de política ou de moral,
canção dialogada.
Canção das cruzadas - exaltando a guerra santa e convidando a participar dela
Jogo partido - desafio poético entre interlocutores.
Questionário Comentado
Questão 02 – A notação ___________ foi na Idade Média, mas foi substituída pela
notação ___________. Marque a alternativa que completa o enunciado.
a) Literal e latina.
b) Literal e neumática.
c) Neumática e numérica.
d) Numérica e neumática.
e) Literal e decimal.
Questão 03 – Numa composição polifônica, duas ou mais linhas melódicas tem a mesma
________________. Marque a alternativa que completa o enunciado.
a) Fundamental.
b) Tônica.
c) Pausa.
d) Importância.
e) Nota.
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Gabarito e comentário
Questão 01 – Letra “b” - Léonin era um compositor atuante na Idade Média. Foi mestre
de coro e escreveu muitos “organa” ( plural de organum). Perotin foi um compositor
medieval, a quem se atribui a criação da polifonia a quatro vozes. Pérotin foi o sucessor
de Léonin e trabalhou em Notre Dame de 1180 até cerca de 1225. Guillaume de Machaut
(1300 - 1377) foi um compositor do período medieval. Sua obra musical é considerada um
dos pontos culminantes da arte do século XIV. É autor de poemas líricos, baladas,
danças, motetos e da famosa “Messe Notre Dame”, a primeira missa polifônica.
Questão 03 – Letra “d” – Numa textura polifônica (ou contrapontística), duas ou mais
linhas têm igual importância, sendo construídas ao mesmo tempo. Pode se combinar
melodias totalmente diferentes, ou utilizar ideias parecidas e/ou complementares. Atribui-
se a dois organistas da escola de Notre Dame, Léonin e Perotin (mestres de coro da
Catedral), a criação final da música polifônica para três ou quatro vozes simultâneas, nos
séculos XII e XIII.
Proposta de Pesquisa
https://www.youtube.com/watch?v=Q_1EDSpz-fE
https://www.youtube.com/watch?v=Wg6NbkA1u1c