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************* CARLOS IAFELICE JUNIOR **********************

Curso Básico de termos comuns usados na linguagem musical e de teoria


básica/resumida.

(Comentários e exemplos sem uso de Pentagrama)

ÍNDICE GERAL DOS TÓPICOS

1. AS ORIGENS
2. A ESCALA MAIOR
3. AS TRÍADES
4. ACORDES DE 4 VOZES
5. O QUE SÃO E QUAL A DIFERENÇA ENTRE ACORDE E ARPEJO?
6. ACORDES MENORES - O QUE SÃO E COMO SE FORMAM?
7. O QUE É TOM E SEMITOM?
8. O QUE É O SUSTENIDO ?
9. O QUE É BEMOL?
10.NOMENCLATURA USADA PARA EXPRESSAR OS ACORDES (CIFRAGEM)
11.ACORDES COM SÉTIMAS
12.ACORDES MENORES COM SÉTIMAS
13.ACORDES COM SÉTIMAS E NONAS
14.INTERVALOS
15.COMO TRANSPORTAR UMA ESCALA PARA OUTROS TONS
16.OS TONS RELATIVOS MENORES
17.A ESCALA CROMÁTICA
18 OS MODOS (OU MODOS GREGOS) – Um pouco de história!
19. APARTIR DOS MODOS, ARPEJOPS E ACORDES GERADOS

20. Escala Pentatônica - Menor com sétima

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Entendendo os princípios da música.

---------------------------1.As Origens

Estaremos aprendendo à partir de agora como se formão as escalas, acordes


e como elas se relacionam tanto numa composicão como num futuro improviso.
Para evitar uma linguagem difícil estaremos usando o código de cifras
internacional, que basicamente expressa as notas através de letras.

Veja:

A= la
B= si
C= dó
D= ré
E= mi
F= fa
G= sol

Desta forma poderemos comentar estudos e praticar harmonia (que é o estudo


da estrutura da música) até mesmo sem o conhecimento de leitura de
partituras. (evidentemente o ideal é que se conheça e bem a linguagem das
partituras. Nos cursos este tópico é amplamente explicado).

.......................................................................................

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-----------------------2. A Escala Maior

Vamos iniciar com a Escala Maior ( Dó maior)

Onde C D E F G A B
(dó) (ré) (mi) (fa) (sol (la) (si)

Esta é a principal escala e estrutura da música.

Todo o estudo e fórmulas que encontramos na música, é de certa forma ligado


a esta escala , conforme veremos adiante.

------------------------3. As Tríades

Chamamos de Tríade as notas 1, 3 e 5 de uma escala.

Estas notas quando tocadas em conjunto formam os Acordes


Básicos (Acordes formados com tríades)
Chamamos de acorde quando tocamos 2,3 ou mais notas simultâneamente (ao
mesmo tempo).

Sendo assim , se ilustrarmos esta idéia com a escala de dó maior teríamos:

C D E F G A B
Notas da escala: 1 2 3 4 5 6 7

Tríade.........C E G

Que tocadas ao mesmo tempo.; formam o Acorde de C , ( de Dó Maior).

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Se fossemos expressar com as "cifras" vistas anteriormente , usaríamos a letra
"C" que conforme já vimos significa "Dó" ( Neste caso Dó Maior)

Todos os acorde de três vozes (é assim que São chamados os acordes baseados
em tríades) são formados desta mesma maneira.
________________________________________________________

----------------------4.OS ACORDES DE 4 VOZES

Já os acordes de 4 vozes, são formados pela tríade +


Uma nota ( ou seja as tres notas da tríade + uma nota)

Acordes de 4 vozes - ( com a sétima )

Como exemplo vejamos o acorde de "dó Maior c/ sétima maior" que expresso
em cifras "C7M".

Ele é construído com as notas na tríade + a sétima nota da escala.

Veja exemplo:

Escala de dó maior - Do re mi fa sol la si


Em cifras - C D E F G A B

Notas as Tríade- 1 3 5

Notas da tríade + 7.a nota da escala - 1 3 5 7

Notas que estão no acorde de Dó Maior


Com sétima Maior (C7M) Do mi sol si

Podemos tocar estas notas como acorde ou como arpejo

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-----------------------5. O que são e qual a diferença entre Acorde e Arpejo?

Chamamos de acorde quando tocamos as notas "ao mesmo tempo" e chamamos


de arpejo quando as tocamos uma por uma.

Quando é acorde e quando é arpejo?

A diferença entre acorde e arpejo não está portanto nas notas, mas na maneira
como as tocamos em nosso instrumento.

______________________________________________________________

------------------- 6. Acordes Menores - O que são e como se formam?

A única diferença na estrutura do acorde menor é que ele possui a 3ª nota da


escala mais próxima da primeira.O recurso para manipular as distâncias entre
as notas, é o uso dos Sustenidos (#) e Bemois (b).

Para melhor entendermos esta idéia, vamos voltar a escala maior.

Escala em Dó Maior-- Do, re, mi, fa, sol, la, si, do.

Dentro deste conjunto de notas ,existem distâncias


específicas que chamaremos de TOM e SEMITOM.

(Caso v. um teclado ou uma foto ou ilustração do mesmo, mantenha próxima


para consulta!!)

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----------------------- 7. -O que é tom e Semitom?

Chamamos de TOM a distância de dois semitons.


Chamamos de SEMITOM a mais próxima distância entre duas notas.

Num teclado ou piano o semitom está entre a tecla branca e a próxima preta,
ou quando há duas teclas brancas , uma ao lado da outra.

Num violão, guitarra, baixo ou cavaquinho, está entre uma casa e outra. (Casa
é o espaço que há entre os trastos, aquelas "barrinhas" que estão na escala do
braço destes instrumentos)

Portanto , A escala de Dó maior é formada por:

Dó --Re (Tom)
Re --MI (Tom)
Mi --Fa (Semitom)(que é onde no piano ou teclado as duas teclas
brancas estão uma ao lado da outra)

Fa-- Sol (Tom)

Sol -La (Tom)


La --Si (Tom)
Si-- Do (Semitom); (que é onde as duas teclas brancas estão juntas
novamente)

Podemos então afirmar que se fossemos formar uma escala apenas contando
seus tom e semitons teríamos a escala maior com a seguinte formação ;

Tom - tom - semitom - tom - tom – tom e semitom

T T S T T T S

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---------------------------8. O QUE É O SUSTENIDO ?

O sustenido (que é representado por este sinal # ),aumenta a nota que estiver
colocada á frente do sinal em meio tom.

Conforme vimos ,de Dó à Re há 1 tom de distância. Portanto com a presença do


sustenido à frente de Re , formando Dó à Re# -( Do à Re sustenido )- , teremos
1 tom e meio de distância entre estas duas notas. ( Este meio tom "a mais"
provocado pelo sustemido - # )

O SUSTENIDO PODE SER COLOCADO Á FRENTE DE QUALQUER NOTA QUE SE


QUEIRA AUMENTAR MEIO TOM.

-------------------------- 9. O QUE é BEMOL?

O bemol ( que é representado pelo sinal "b") , tem efeito contrário ao


sustenido, isto é, ele diminui a nota que estiver colocada á frente dele em
meio tom.

Então, conforme vimos, de Dó à Re há 1 tom de distância. Portanto com a


presença do bemol (b) à frente de Re, formando Do a Reb -(Dó á Re Bemol) -
teremos meio tom de distância entre estas duas notas (este meio tom "a
menos"foi provocado pelo uso do bemol (b) à frente de Re.

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VOLTANDO A QUESTÃO DO ACORDE/TRÍADE MENOR

CHAMAMOS DE MENOR QUANDO TEMOS DA NOTA 1 (Chamada Tônica) PARA A


NOTA 3 UMA DISTÂNCIA DE UM TOM E MEIO.
Vamos voltar à escala:

Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si, Do


1 2 3 4 5 6 7 8
Notas da tríade (maior);------ Do Mi Sol

Notas da tríade menor ;...... Do Mib Sol

Note que a única diferença, portanto da tríade maior para a tríade menor a
3ª nota (mi)c/ o bemol ;ou seja (3ª bemol).

Isto porque a 3ª nota está mais próxima da nota 1 (tônica) na tríade menor.

Para uma melhor compreenção vamos verificar quantos tons e semitons


existem da nota 1 até a 3 nas tríades MAIOR E MENOR

NO CASO DA TRÍADE MAIOR ......... Do - Mi - Sol

De ;Dó à Re = 1 tom
Re à Mi = 1 tom
--------
2 tons

Já no caso da tríade MENOR;......Dó -Mi bemol - Sol

De ;Dó à Re = 1 tom (ou T)


Re à Mib = 1/2 tom ( ou S, de semitom)

.......

1 tom e meio

8
Desta mesma forma TODA tríade MAIOR terá da sua nota 1 até sua nota 3 (3ª
nota da escala) = 2 tons de distância.

E TODA tríade MENOR terá da sua nota 1 até sua nota 3 (3ª nota da escala) =
1 tom e meio de distância.

_____________________________________________________________

---------------------10. NOMENCLATURA USADA PARA EXPRESSAR OS ACORDES --


("CIFRAGEM")

Para expressar os acordes são usados diversos tipos de sinais. Conforme já


vimos no início desta apostila as letras representam o nome das notas,e, as
tríades a fórmula básica dos acordes (Na dúvida , retorne ao tópico
- "AS TRÍADES".

Para expressarmos acordes maiores, usamos apenas as letras.

Exemplos: . cifra - indica...

C - (tríade/acorde de dó maior)

D - (tríade/acorde de re maior)

E - (tríade/acorde de Mi maior)

F - (tríade/acorde de fa maior)

G - (triade/acorde de Sol maior)

A - (tríade/acorde de La maior)

B - (triade/acorde de Si maior)

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--Para expressarmos os acordes menores, basta acrescentar o "m" à frente da
letra que expressa o acorde.

exemplos; Cm = (tríade ou acorde de dó menor)

Dm = (tríade ou acorde de re menor)

E assim por diante com todos os outros acordes.

--- PARA EXPRESSARMOS UM ACORDE COM SUSTENIDO OU BEMOL, BASTA


ACRESCENTAR À FRENTE DA CIFRA O SÍMBOLO CORRESPONDENTE.

exemplos ; F# = (fa sustenido maior)

F#m = (fa sustenido menor)

Db = (re bemol maior)

Dbm = (re bemol menor)

.......E assim por diante com todos os outros acordes.

..À PARTIR DE AGORA , OS EXEMPLOS ESTARÃO EM DÓ (C), COMO FORMA


RESUMIDA DE EXPOR OS OUTROS TIPOS DE ACORDES - ACORDES COM SÉTIMA,
ACORDES MENORES COM SÉTIMAS , ACORDES MAIORES COM SÉTIMAS E NONAS E
OUTRAS FÓRMULAS.

VALE LEMBRAR QUE A CONSTRUÇÃO DE OUTROS ACORDES NESTAS


CIRCUNTÂNCIAS QUE NÃO SEJAM DÓ, SEGUEM A MESMA FÓRMULA DESCRITA,
BASTANDO CONSERVAR-SE A PROPORÇÃO ENTRE UMA NOTA E OUTRA.
............................................

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---------------------------11.ACORDES COM SÉTIMAS

Para se expressar os acordes que são formados pela tríade + a sétima nota da
escala, é usado o no. 7 após a letra que especifica o acorde.

Exemplo;

C7M = ( Dó maior com sétima maior)

( indica tríade + A SÉTIMA NOTA DA ESCALA)

ou seja;

escala de dó maior .... do re mi fa sol la si do

número das notas


dentro da escala ... 1 2 3 4 5 6 7 8

tríade.... .. do mi sol

acorde de "C7M"; do mi sol si

Note que o têrmo "7M" significa sétima maior .(para uma melhor compreenssão
veja à frente o tópico -- 'INTERVALOS

-----------------------------------

Um outro acorde com sétima ( também chamado acorde DOMINANTE conforme


veremos à frente), é expresso apenas colocando-se o 7 à frente da nota;

C7 = (Dó maior com sétima)


( tríade + a 7ª nota da escala bemolizada)

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Ou seja;

Escala maior ...... do re mi fa sol la si do

Número das notas


Dentro da escala.....1 2 3 4 5 6 7 8

Tríade .......... do mi sol

Acorde "C7"....... do mi sol sib

* note que a única diferença de um acorde "C7M" e um acorde "C7"é a 7ª nota


bemol.

---------------------12. ACORDES MENORES COM SÉTIMAS

Já havíamos abordado que para "transformarmos um acorde (tríade) maior em


menor , bastava uma alteração na nota 3 (3ª nota da tríade).Neste caso, é
incluída a 7ª nota (veja o acorde C7 e modifique a sua 3ª !!)

Acorde de "Cm7" - ( Dó menor com sétima)


( tríade menor + a sétima nota bemolizada)

Exemplo;

Escala maior .......... do re mi fa sol la si do

Número das notas


Dentro da escala ........ 1 2 3 4 5 6 7 8

Tríade menor ............ do mib sol

Acorde de "Cm7"

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----------------- 13. ACORDES COM SÉTIMAS E NONAS

Conforme o próprio nome já especifica, são os acordes que possuem tríade +


7ª nota da escala + a 9ª nota da escala.

C7M/9 = (dó maior com sétima maior e nona)


Veja;

Escala maior ---------- do re mi fa sol la si do re


Numero das notas da escala --- 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Notas da tríade ---------- do mi sol

Notas do acorde
"C7M/9" - -- do mi sol si re

E assim por diante com outros acordes que possuam 7ª e 9ª em sua estrutura.

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COMO FORMA DE REVISÃO, VAMOS EXERCITAR A NOMENCLATURA DOS ACORDES.

A seguir alguns acordes com seus respectivos nomes.

Acorde ........... pronúncia

C = ( Dó Maior)

Cm = ( Dó Menor)

C7 = ( Do Maior com sétima)

C7M ou Cmaj7 = ( Dó Maior com sétima maior)

Cm7 = ( Dó menor com sétima )

C7M/9 ou Cmaj7/9 = ( Dó Maior com sétima maior e nona )


(Outras
Possibilidades).

Cm7M = ( Dó menor com sétima maior )

Cm7M/9 = ( Dó menor com sétima maior e nona)

E assim por diante (inclusive com outros acordes. Para expressa-los bastaria
colocar a cifra (letra) correspondente;

Veja exemplos;

Db7 - (ré bemol maior com sétima)

F#7M = ( fa sustenido com sétima maior )

Ebm7 = 9 mi bemol menor com setima)

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-----------------------14 .INTERVALOS

INTERVALOS é como chamamos as distâncias entre as notas. Pode ser


compreendido como uma forma métrica, isto é, a maneira de se expressar o
espaço entre uma nota e outra.

TABELA DE INTERVALOS

Uma distância de 1/2 tom é chamada de = 2ª menor

Uma distância de 1 tom é chamada de = 2ª maior

Uma distância de 1 e 1/2 tom é chamada de = 3ª menor

Uma distância de 2 tons é chamada de = 3ª maior (ou 4ª diminuta)

Uma distância de 2 tons e 1/2 é chamada de = 4ª justa

Uma distância de 3 tons é chamada de = (4ª aumentada) ou 5ª diminuta

Lembre-se ; A partir de agora, vamos abreviar a palavra Tom por “T”

E semitom por “S”; conforme visto anteriormente na pagina 8.

15
.......................................15.COMO TRANSPORTAR UMA ESCALA PARA OUTROS TONS

Relembrando a pagina 6

A escala de Dó maior é formada por:

Dó --Re (Tom)
Re --MI (Tom)
Mi --Fa (Semitom)(que é onde no piano ou teclado as duas teclas
brancas estão uma ao lado da outra)

Fa-- Sol (Tom)

Sol -La (Tom)


La --Si (Tom)
Si-- Do (Semitom); (que é onde as duas teclas brancas estão juntas
novamente)

Podemos então afirmar que se fossemos formar uma escala apenas contando
seus tom e semitons teríamos a escala maior com a seguinte formação ;

Tom - tom - semitom - tom - tom – tom e semitom

T T S T T T S

Para a escala maior usamos:

[Distância entre tons] ( conforme visto na pagina 7)

TTSTTTS ( ou C, D, E, F, G, A, B

Graus da escala T 2 3 4 5 6

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Transportando, conservando a mesma “métrica/distancia” (memorize abaxo)

Escala de Dó Maior - C D E F G A B C

C e o D = Tom

D e o E = Tom

E e o F = Semitom

F e o G = Tom

G e o A = Tom

A e o B = Tom

B e o C = Semitom

Portanto T T S T T T S , conforme a pagina anterior.

Para transportarmos para SOL Maior, vamos “conservar/manter” a mesma série


de Tons (T) e semitons (S)

G e o A = Tom

A e o B = Tom

B e o C = Semitom

C e o D = Tom

D e o E = Tom

E e o F# = Tom ( E/mi para F/fa, seria semitom, então usamos o Sustenido (#)
para conservarmos a mesma métrica ( de T T S T T T S

F# e o G = Semitom

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................... 16 - OS TONS RELATIVOS MENORES

Tendo a Escala Maior , escrita consecutivamente, encontramos a ESCALA


MENOR NATURAL ( este termo natural é porque ela “está” na escala maior:

Escala em Dó Maior - ........ C D E F G A B C D E F G A ....

Em Tons e Semitons temos: ... T T S T T T S T T S T T

Escala Menor Natural: ....................... A B C D E F G A ;

Então, em tons e semitons

A e o B = Tom

B e o C = Semitom

C e o D = Tom

D e o E = Tom

E e o F = Semitom

F e o G = Tom

G e o A = Tom

 Teremos alterações nessa escala menor natural, gerando então Escala


Menor Harmonica, Escala Menor Melódica, Escala Menor Cigana, etc ...

.................... 17.A ESCALA CROMÁTICA

A ESCALA CROMÁTICA É UMA SÉRIE DE SEMITONS CONSECUTIVOS;

Ex;

C, C# ou Db, D, D# ou Eb, E, F, F# ou Gb, A, A# ou Bb, B, C , etc...

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........................ 18 OS MODOS (OU MODOS GREGOS)
Aqui, estou usando a descrição do Wikipedia, que me pareceu a mais
completa.

Para uso prático, vá até a pagina 22 , Logo abaixo!

Os modos – Estudo teórico (um pouco de história)


Nada mais são que uma série de sons melódicos pré-definida. Ao todo são 7, mais 7 variações destes.

Compreendendo
Partimos da escala padrão diatónica (a que se forma pelas notas sem acidentes) dó - ré - mi - fá - sol -
lá - si, e sobre cada uma destas notas criamos uma nova escala diatónica. Quando fazemos isto, a
relação dos tons é alterada, consequentemente todo o campo harmónico também muda, visto que, ao
estabelecer uma nota como a inicial, estabelece-se a tónica da nova escala.
Para ser mais claro, na escala musical temos funções que classificamos como graus para cada uma
das notas, de acordo com sua posição acerca da primeira. Portanto, (nota por nota) sendo os graus:
tónica, super-tónica, mediante, sub-dominante, dominante, super-dominante e sensível (para, por
exemplo: dó - ré - mi - fá - sol - lá e si), o que mudamos no sistema modal é esta função de cada uma,
criando uma nova relação entre os graus e notas. Tudo isso deve-se unicamente por estabelecermos
uma nova tônica mantendo os intervalos.

Como são
Da escala diatónica: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, extraímos a relação intervalar de tons (T) e semitons (st)
seguinte: T - T - st - T - T - T - st. Sempre que existir esta relação intervalar, teremos o
modo jónio ou escala maior (no caso, de dó).
Se firmarmos como tónica o ré, usando a mesma escala diatónica, teremos: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó: T -
st - T - T - T - st - T. Sempre que esta relação existir, teremos o modo dórico, e assim por diante:
Modos

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Por tons e semitons:

 T - T - st - T - T - T - st: Jónio(Port.Europeu)
 T - st - T - T - T - st - T: Dórico
 st - T - T - T - st - T -T: Frígio
 T - T - T - st - T - T - st: Lídio
 T - T - st - T - T - st - T: Mixolidio
 T - st - T - T - st - T - T: Eólio
 st - T - T - st - T - T - T: Lócrio

Por intervalos:

 1J 2M 3M 4J 5J 6M 7M : Jônio(Port. Bras.)
 1J 2M 3m 4J 5J 6M 7m : Dórico
 1J 2m 3m 4J 5J 6m 7m : Frígio
 1J 2M 3M 4+ 5J 6M 7M : Lídio
 1J 2M 3M 4J 5J 6M 7m : Mixolídio
 1J 2M 3m 4J 5J 6m 7m : Eólio
 1J 2m 3m 4J 5° 6m 7m : Lócrio

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Exemplos

 dó - ré - mi - fá - sol - lá - si: Jónio


 ré - mi - fá - sol - lá - si - dó: Dórico
 mi - fá - sol - lá - si - dó - ré: Frígio
 fá - sol - lá - si - dó - ré - mi: Lídio
 sol - lá - si - dó - ré - mi - fá: Mixolídio
 lá - si - dó - ré - mi - fá - sol: Eólio
 si - dó - ré - mi - fá - sol - lá: Lócrio
Entendendo melhor Para sabermos utilizar tais sistemas na prática, devemos ter em mente que a
escala musical actual é cromática, portanto, podemos estabelecer uma tonalidade e sobre esta
(sem mover a nota da tónica) estabelecer cada uma das funções de um modo.
Exemplo
Partindo sempre da nota dó:

 Jônio: dó - ré - mi - fá - sol - lá - si
 Dórico: dó - ré - mi♭ - fá - sol - lá - si♭
 Frígio: dó - ré♭ - mi♭ - fá - sol - lá♭ - si♭
 Lídio: dó - ré - mi - fá# - sol - lá - si
 Mixolídio: dó - ré - mi - fá- sol - lá - si♭
 Eólio: dó - ré - mi♭ - fá - sol - lá♭ - si♭
 Lócrio: dó - ré♭ - mi♭ - fá - sol♭ - lá♭ - si♭
Isso cria, para cada modo, um novo campo harmónico, uma tónica em escalas diferentes.

Intervalo Nota Referencial à Escala Diatônica


MODO Terça
Característico Diferencial Moderna

JÔNIO maior 4ª Justa Fá Idêntica à Dó Maior

DÓRICO menor 6ª Maior Si Ré Menor

FRÍGIO menor 2ª Menor Fá Mi Menor

LÍDIO maior 4ª aumentada Si Fá Maior

MIXOLÍDIO maior 7ª menor Fá Sol Maior

EÓLIO menor 6º menor Fá Idêntica à Lá Menor

LÓCRIO menor 2ª menor e 5ª diminuta Dó e Fá Si Menor

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19. APARTIR DOS MODOS, ARPEJOPS E ACORDES GERADOS

Vimos as origens nas paginas anteriores, mas como ficam os modos na prática?

Relembrando!

 dó - ré - mi - fá - sol - lá - si: Jónio. (acorde/arpejo gerado pelas notas, 1,3 5 e 7 -Cmaj7)


 ré - mi - fá - sol - lá - si - dó: Dórico (acorde/arpejo gerado pelas notas, 1,3 5 e 7 - Dm7)
 mi - fá - sol - lá - si - dó - ré: Frígio. (acorde/arpejo gerado pelas notas, 1,3 5 e 7- Em7)
 fá - sol - lá - si - dó - ré - mi: Lídio. (acorde/arpejo gerado pelas notas, 1,3 5 e 7 - Fmaj7)
 sol - lá - si - dó - ré - mi - fá: Mixolídio. (acor/arp gerado pelas notas, 1, 3 5 e 7 - G7)
 lá - si - dó - ré - mi - fá - sol: Aeolio. (acorde/arpejo gerado pelas notas, 1, 3 5 e 7 – Am7)
 si - dó - ré - mi - fá - sol - lá: Lócrio. (acorde/arp. gerado pelas notas, 1, 3 5 e 7 – Bm7b5)

Os ACORDES Gerados, então


Cmaj7 / Dm7 / Em7 / Fmaj7 / G7 / Am7 / Bm7b5

Agrupando :

Acordes Maiores com sétimas Maiores do x acorde

Cmaj7 (Jonio)
Fmaj7 (Lidio)

Acordes menores com sétima

Dm7 (Dórico)
Em7 (Frigio)
Am7 (Aeolio)
Acorde Maior com sétima

G7 ( Mixolidio)
Acorde menor com sétima e quinta bemol
Bm7b5 (Locrio)

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Nos exemplos de escalas que estaremos utilizando ( Am7 Dórico, estou
“reproduzindo”a métrica de Dm7, Dórico
Desta maneira :
RE MI FA SOL LA SI DO RE ( então; T S T T T S T )

Para transportar para La


LA SI DO RE MI FA# SOL LA (T S T T T S T )

* veja que o Fa# foi usado para que, metricamente, em Tons e Semitons,
mantenha o “modo Dórico!

* Estamos colocando neste anexo, somente o que usaremos


neste curso; porque na verdade muitas outras escalas e modos
poderão se utilizadas!)

20. Escala Pentatônica - Menor com sétima

Tendo a escala menor natural

LA SI DO RE MI FA SOL LA

A B C D E F G A

LA DO RE MI SOL ( Pentatonica em La Menor (sem Si eFa)

Vá para a parte de escalas no braço do instrumento, , veja alguns


patterns (padrões e então estude os licks, para então aplicar os conceitos
para acrescentar ou desenvolver seu modo de tocar!)

CARLOS IAFELICE JUNIOR ( @carlosiafelicejunior – email cijr62@gmail.com)

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