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Resumo:
O presente artigo, apresentado no curso de Pós-Graduação em Pericia
Criminal e Ciências Forenses, do Instituto de Pós Graduação Cuiabá – MT, tem
como objetivo discutir os crimes virtuais, dentro do cenário nacional e a
legislação vigente que trata da matéria. Para tanto, fizemos uma abordagem
histórico acerca da internet e seus usos. Entendemos que vem crescendo
significativamente os crimes virtuais dentro do âmbito nacional, isso exige, por
parte dos legisladores uma postura mais pontual, pois tratam de crimes que
ferem direitos e podem sair do âmbito virtual para o físico.
Palavras chave: Crimes Virtuais; Internet; Computadores; Legislação.
Introdução
A busca por uma educação igualitária é tema recorrente no atual contexto
educacional, principalmente quando se refere à inclusão de crianças com deficiência em
escolas de ensino regular. Apesar da ampla discursão em torno dessa temática, ainda há
uma série de limitações quando à prática da inclusão e o papel do professor, para que o
mesmo esteja preparado para lidar com as dificuldades provindas do ensino voltado para
criança com deficiência.
O termo inclusão, que vem sendo amplamente discutido há muito tempo, tem
suas origens nas lutas das pessoas com deficiências por acesso à educação. Nesse
contexto, inclui-se o autista. Várias ações vêm sendo implementadas nas escolas, ao
longo do tempo, com a finalidade de se evitarem preconceitos, segregações e práticas
integracionistas até adoção de uma educação inclusiva com qualidade que atenda todas
as crianças, deficientes ou não, em uma escola regular.
Quando falamos sobre inclusão da criança com autismo na escola de ensino
regular, devemos pensar também no professor, pois este deve estar preparado para
receber os alunos com deficiência, sem fazer distinção comparação ou até a exclusão
dos mesmos.
1. Definição de autismo
O ser Autismo é de origem grega que significa “próprio” ou de “de si mesmo”, e
é utilizado para denominar comportamentos humanos voltados para o próprio indivíduo.
Praça (2011, p.25) explica que a criança com autismo:
[...] permanece em seu mundo interior como um meio de fugir dos estímulos
que a cerca no mundo externo. Outro motivo para o autista permanecer em
seu universo interior é o fato de que, em geral, o autista sente dificuldade em
se relacionar e em se comunicar com outras pessoas uma vez que ele não usa
a fala como meio de comunicação. Não se comunicando com outras pessoas
acaba passando a impressão de que a pessoa autista vive sempre em mundo
próprio, criado por ela e que não se interage fora dele.
A autora relata acontecimento de uma época em que as pessoas com algum tipo
de deficiência eram descartadas do convívio em seu meio social, sem o menor direito de
se tornar inclusas no cotidiano de vida da sociedade, dependendo da caridade de alguns
para sua sobrevivência.
De acordo com Mantoan (2003), a inclusão implica uma mudança de perspectiva
educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam
dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenha sucesso na corrente
educativa geral. Diante desses apontamentos entende-se a importância do processo de
inclusão a qual se faz necessária ocorrer em vários setores principalmente na escola que
é o berço da interação e construção social. A autora deixa claro a importância da
capacidade dos profissionais senso da educação ou da saúde, para que assim possa ser
de fato um amparo inclusivo.
INCLUSÃO NA ESCOLA
A partir de um olhar humanizado de esperança dos profissionais da educação os
quais acreditaram que pessoas mesmo com limitações físicas e ou de outras
especificidades seriam capazes de se desenvolver e evoluir dentro do processo ensino
aprendizado. Atualmente a educação inclusiva pode ser entendida com ponto de
inclusão que está em desenvolvimento, pois foi a partir dos resultados do longo
processo histórico de luta, que perdura até os dias atuais, que está sendo alcançado o
modelo de inclusão que hoje temos. Para Mazotta 2011, essa caminhada ainda não
atingiu seu ápice.
A educação especial tem sido com grande frequência, interpretada como um
apêndice indesejável. Numerosos são os educadores e legisladores que a
veem como meritória obra de alguns “abnegados” que se dispõem a tratar de
crianças e jovens deficientes físicos ou mentais. O sentido a ela atribuído é,
ainda hoje, muitas vezes, o de assistência aos deficientes e não o de educação
de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.
(MAZZOTTA, 2011, p.11).
Falar sobre inclusão de crianças com autismo em sala de aula regular nem
sempre é fácil, por vezes gera polêmica e amplas discussões devido a complexidade das
características apresentadas quando as mesmas são inseridas no ambiente escolar. A
criança com autismo, diante de convívio com outras crianças pode apresentar
comportamentos agressivos com os professores e colegas, podendo ocasionar conflitos.
Entretanto o professor quando recebe uma criança apresenta grande dificuldade em
interagir e se comunicar.
É importante salientar que, para se educar um autista é preciso também
promover sua integridade social e, neste ponto, a escola é, sem dúvidas, o
primeiro passo para que aconteça esta integração, sendo possível por meio
dela aquisição de conceitos importantes para o curso da vida. (FELICIO
2007, p.25).
Entendemos que para um bom resultado esse processo, o professor deve ter
propriedade nas práticas aplicadas e conhecimento pleno do que é o autismo. É muito
importante que ele tenha sensibilidade e serenidade para promover em sal de aula
consciência de atos inclusivos, buscando contribuir, dessa forma, no desenvolvimento e
aprendizagem.
Temos observado na realidade educacional, que a forma de professores não
oferece uma base sólida nos aspectos teóricos e práticos, de modo, que poucos
professores possuem uma formação básica centrada nos aspectos inclusivos ou
específica para o autismo, isso implica na falta de compreensão acerca das necessidades
diferenciadas e conhecimentos necessários para ensinar a criança com autismo.
Além de estudar e analisar o desenvolvimento da criança com autismo, o
professor tem a incumbência de tornar a sala de aula um ambiente inclusivo,
possibilitando às crianças os conhecimentos das diferenças e o incentivo para que elas
desenvolvam a solidariedade.
O professor deve desenvolver na criança a autoconfiança e a independência, pois
são características ausentes em sua personalidade. Para o professor também recai a
responsabilidade de desenvolver atividades de acordo com o grau de conhecimento da
criança, para que ela possa desempenhar as atividades de forma correta, possibilitando o
surgimento de novas aprendizagens e o avanço no desenvolvimento de atividades
escolares.
A necessidade da inclusão da criança autista
As crianças com necessidades especificas precisam cada vez mais de ser
incluídas nas salas de aulas regulares, para que seu desenvolvimento seja completo,
aprendendo conteúdos e formas de socialização com os colegas. Claro que a criança
também deve ser acompanhada por um profissional especializado que a ajude com
relação à sua necessidade, mas o professor deve fazer seu papel na sala de aula, porém,
como afirma Mantoan (2015):
Os professores do ensino regular consideram-se incompetentes para lidar
com as diferenças em sala de aula, especialmente para atender os alunos com
deficiência, pois seus colegas especializados sempre se distinguem por
realizar apenas esse atendimento e exageraram essa capacidade de fazê-lo aos
olhos de todos (MANTOAN, 2015, p.17).
Ainda hoje, existe uma série de implicações que impedem que essas crianças
sejam de fato inseridas na rede regular de ensino para ter uma aprendizagem “normal”.
Implicações essas que não permitem que a “inclusão” aconteça de verdade e seja
vivenciada pelas crianças na maioria das escolas das redes públicas, tanto por falta de
apoio, de profissionais, despreparados para recebe-las, não apenas os professores, mas
todo o corpo pedagógico escolar, ou pelo pensamento ultrapassado de que as crianças
autistas não são capazes de aprender. Mantoan (2015) trata a respeito da inclusão e da
necessidade da mudança de perspectiva na escola, quando diz:
A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, porque não
atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de
aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente
educativa geral. Os alunos com deficiência constituem uma grande
preocupação para os educadores inclusivos (MANTIAN, 2015, p. 19).
Mas também sabemos que, além dessa mudança de perspectiva educacional para
que o aluno com deficiência possa frequentar a sala de aula regular juntamente com as
outras crianças, é preciso de uma formação inicial e continuada dos professores, para
que esses se sintam preparados para ministrar uma aula plural e democrática.
Muitos pais e familiares, não apenas da criança autista, acreditam que o
desenvolvimento intelectual, moral e cognitivo das crianças se dá único e
exclusivamente através da escola. Mas, a iniciativa principal para se trabalhar com a
criança autista, antes de tudo, vem do convívio com os seus familiares, já que esses
estarão presentes na vida dela desde o nascimento. Os familiares terão o tempo e a
oportunidade de observar seus comportamentos e identificar qual maior dificuldade.
Assim, com acompanhamento profissional e familiar m a criança será diagnosticada e
começará a ser trabalho o seu desenvolvimento, para facilitar sua chegada na escola e
assim, o professor poderá lidar com a criança da melhor maneira, de acordo com seu
grau de necessidade.
Trabalhar necessidades específicas dos alunos na sala de aula da educação
infantil requer mais responsabilidade tanto profissional, quanto pessoal. O professor
precisa ter um olhar sensível, adquirir as ferramentas necessárias para se trabalhar com
o seu desenvolvimento e conhecimento de todas as necessidades que o aluno tem, pois,
precisa saber mais do que os conteúdos que irá conduzir, ele irá trabalhar com uma
criança que tem necessidades e precisa de cuidados, precisa perceber quais os
problemas irá lidar no decorrer do ano, o seu trabalho será contínuo e de muita
paciência. Então, é de grande importância que o professor se aperfeiçoe ainda mais em
sua formação e procure adquirir conhecimento, pois aprenderá como trabalhar com esse
aluno, respeitando os limites, dentro das suas necessidades especiais.
A criança com autismo poderá alcançar níveis de desenvolvimento,
hierarquização e complexidade cognitiva por meio da atuação do mediador,
que deverá intervir entre os estímulos e a própria criança, a partir do uso da
intencionalidade, possibilitando, assim, a adequação dos diversos aspectos
envolvidos na situação de aprendizagem às necessidades de transformação
das estruturas cognitivas da criança. (ORRÚ, 2003, p. 4-5).
5. Referências bibliográficas