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Monica calle

Performances

Mónica Calle irá desenvolver uma segunda fase do workshop O Escuro Que Te Ilumina, um
processo de trabalho iniciado em Julho.
Um trabalho sobre o actor ao longo de 3 dias na Zona J em Chelas, estabelecendo uma relação
entre o espaço teatral e o exterior, elemento fundamental de provocação de estímulos
criativos.
A partir deste título irá desenvolver-se um trabalho físico, sobre o corpo, colectivo e individual,
a partir de histórias ficcionais ou reais e imagens, assente numa pesquisa e nas propostas de
cada participante.

Em 2013, Mónica Calle leva a palco, na íntegra, o livro Os Meus Sentimentos, de Dulce Maria
Cardoso, num espetáculo de cinco horas, refletindo-se na personagem principal do romance.

Escutemos a confissão de um companheiro de inferno: ‘Ó Divino Esposo, meu Senhor, não


recuses a confissão da mais triste das tuas criaturas’.” Assim começa o texto “Virgem Doida”,
uma das partes que integram um texto maior, que Mário Cesariny traduziu como “Uma
Cerveja no Inferno” (“Une Saison en Enfer”), e uma das grandes obras de Arthur Rimbaud
(1854-1891)

No ciclo do ano passado dedicado à obra de Heiner Müller, tudo começou com Anúncio de
morte, três solos a partir de originais do dramaturgo alemão: Álbum de família, releitura de
Máquina-Hamlet, Sete espelhos no quarto de dormir, nascido de Descrição de um quadro, e O
passeio das raparigas mortas, inspirado em Anúncio de morte. O Ciclo Heiner Müller na Casa
Conveniente Rui Monteiro Rui Monteiro é crítico de teatro da revista Time Out. Depois chegou
Recordações de uma revolução, dramaturgia originária de A missão; mais tarde Macbeth, pelo
meio, David Pereira Bastos interrompendo a sequência de encenações de Mónica Calle com
Titus: Laboratório de sangue

Em palco há uma mulher nua que mexe freneticamente os pés ao som de música. Depois veste
uma gabardina suja e amarrotada e diz: "Ela estava morta quando cheguei a casa. Caída no
chão de pedra da cozinha." E assim começa ‘O Passeio das Raparigas Mortas’, espectáculo com
que a encenadora Mónica Calle encerra o ciclo de monólogos de Heiner Müller e que estreia
amanhã na Casa Conveniente, no Cais do Sodré, em Lisboa, às 20h00.

Este é, como explica a autora, um livro sobre a memória. Tudo começa com um acidente de
carro. "Inesperadamente". Violeta, "de cabeça para baixo, suspensa pelo cinto de segurança",
recorda a sua vida. "A memória é feita de morte, porque só nos recordamos do que já passou.
A memória é feita de fragmentos. E a memória também é imaginação, nós recriamos o nosso
passado, nada o que nos lembramos aconteceu exatamente assim." Por isso, para Dulce Maria
Cardoso, este livro, que não tem futuros nem condicionais, só podia ter sido escrito assim, em
fragmentos, com histórias entrecruzadas

Links:

https://coffeepaste.com/anuncios/workshop-de-monica-calle-o-escuro-que-te-ilumina-ii/

https://www.teatrosaoluiz.pt/espetaculo/os-meus-sentimentos/

https://expresso.pt/cultura/2020-09-06-As-viagens-de-Monica-Calle.-De-corpo-e-alma

file:///C:/Users/Supervisor/Downloads/12909-Texto%20do%20Trabalho-38823-1-10-
20170822.pdf

https://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/mulher-nua-fala-do-fim?ref=Mais
%20Sobre_BlocoMaisSobre

https://www.youtube.com/watch?v=-cDxPWlUyqI espetáculo

https://www.dn.pt/artes/teatro/o-encontro-de-monica-calle-e-dulce-maria-cardoso-
3144271.html

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