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11/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Ordem Jurídica e Econômica, destacando os Princípios Constitucionais da Ordem Econômica.

1 - A Economia pode ser dividida em duas grandes partes:

a) Economia Positiva – quando analisa, explica e prevê, dividindo-se em

a1) Teoria ou análise econômica, a realidade é simplificada, a fim de identificar variáveis relevantes para a sua explicação e estabelecer
relações funcionais de causa e efeito. Espécie de Caixa de Ferramentas.

a2) Economia aplicada, aplicação da análise ou teoria econômica às situações concretas.

b) Economia Normativa – quando direciona, prescreve e determina. Divide-se em:

b1) Doutrina Econômica – toda a linha de pensamento voltada para a organização social da atividade econômica; é o conjunto de
instituições e mecanismos desenvolvidos pela sociedade, destinados a estabelecer as relações básicas entre os homens, decorrentes da
necessidade de enfren-tar a escassez. Ex. capitalismo, socialismo,

b2) Política Econômica – toma como ponto de partida um sistema econômico já definido e aceito e, a partir daí, passa a enfocar as
variáveis próprias ao seu funcionamento, ou seja, os objetivos, e os meios a serem utilizados para atingi-los.

O Direito Econômico é a aplicação da política econômica.

2 - A política econômica e seus fins

a) definição dos objetivos: política ou economia?

Não interessa a sociedade apenas corrigir as falhas ou disfunções do mercado, mas vê-lo produzir bons resultados, assim considerados
aqueles correspondentes às suas preferências manifestadas mediante os órgãos de representação política.

A política econômica é o estudo das relações entre certas variáveis sob a ótica de que umas serão meios ou instrumentos para que as outras
assumam um determinado valor ou posição. Essa política não discute as bases filosóficas do sistema, mas sim, dentro de suas premissas,
viabilizarem os objetivos tidos como necessários ou desejáveis pela comunidade, servindo-se dos instrumentos que o próprio sistema
coloca ao seu dispor.

3 - Principais objetivos:

a) Progresso Econômico

b) Estabilidade Econômica

c) Justiça Econômica

d) Liberdade Econômica

Embora sejam termos vagos, não significa que sejam destituídos de sentido.

Progresso – Essa aspiração pode ser para uma sociedade conservadora apenas não mudar ou permanecer cada vez mais apegada a seus
costumes ancestrais, e para uma comunidade inovadora, pelo contrário, progredir será mudar, renovar, destruir o velho para implantar o
novo.

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Há algum tempo definia-se esse progresso com o crescimento constante e auto sustentado do PIB, disponibilidade bens e serviços para a
população.

Hoje em dia há de se levar em conta fenômenos como a deterioração ambiental, a decadência e o congestionamento das cidades, o
esgotamento de recursos não renováveis, o aumento dos índices de criminalidade, as pressões inflacionárias, a degradação social etc.

Estabilidade – é o ideal de eliminar as flutuações do nível de renda e de emprego, justamente uma das maiores vulnerabilidades do sistema
de mercado. Isso se consegue com a estabilidade da moeda, estabilidade locacional, evitando movimentos bruscos da população em
virtude de seus efeitos externos negativos. Por último a estabilidade nas relações econômicas externas de cada país, ou seja, o equilíbrio na
sua balança de pagamentos.

Justiça – Em termos econômicos, a expressão vem basicamente identificada a uma preocupação pela redistribuição de renda, a partir do
pressuposto de o mercado funcionar, em geral, como um mecanismo concentrador desta. Num paradoxo aparente, nas fases iniciais do
processo desenvolvimentista, tal preocupação tem cedido passo a um estímulo à concentração, desde que esta beneficie as classes
adequadas da sociedade, empresários e técnicos. Uma ênfase distributiva tenderia a elevar o consumo, reduzindo a parcela do PIB
destinado ao investimento e com isto se retardaria ou estancaria o processo de desenvolvimento. Ex: e a taxa de juros que varia de acordo
com o destino do mútuo.

Liberdade – O conceito presta-se também a diversas interpretações. Os liberais utilitaristas dirão que é a liberdade de iniciativa, com um
mínimo de restrições por parte do poder. Mas ela possui outras dimensões. A legislação trabalhista, por exemplo, ao limitar a liberdade do
contrato, tornou mais livre uma de suas partes que antes não a possuía.

4 - Conflito: objetivos ativos e restritivos

Os ativos seriam o desenvolvimento, a distribuição de renda, a industrialização.

Os restritivos referem-se à manutenção de determinados pontos de equilíbrio que não podem ser rompidos, sob pena de se destruírem as
condições básicas para o próprio funcionamento harmonioso do sistema. São representados pela estabilidade monetária, pleno emprego,
equilíbrio na balança de pagamentos e o equilíbrio ecológico.

A diferença é de índole política. Os objetivos ativos são metas populares muito mais interessantes para a classe política. Já os restritivos
são medidas impopulares.

Daí a moral, a honestidade, as amenidades da vida, a defesa do meio ambiente, a coesão social, a saúde física e, sobretudo mental
constituem um grupo de objetivos que, não receberem a normalmente a devida consideração dos responsáveis pela implementação da
política econômica.

A ordem econômica possui como principal documento a Constituição Federal, de forma que o seu conteúdo econômico é que compõe a
Constituição Econômica. As normas constitucionais é que determinarão os limites para a criação de todas as normas produzidas pela
legislação infraconstitucional.

Título VII da CF.

5 - Princípios: art. 170 CF

a) Valorização do trabalho humano – Estado cria para si uma obrigação imediata de criação de possibilidades de trabalho, pois é assim que
o valoriza.

b) Livre-iniciativa – é a garantida a liberdade de empreender, o que não induz a possibilidade de empreender.

Outros fatores como a infraestrutura do sistema de transportes, do sistema tributário, do sistema registrário da atividade empresária, da
política de concessão de crédito, entre outros, são os responsáveis para garantir o nível de empreendedorismo. São seus aspectos
principais:

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1 – liberdade de comércio e indústria – não ingerência do Estado no domínio econômico.

1.1 – faculdade de criar e explorar uma atividade econômica a título privado – liberdade pública.

1.2 – não sujeição a qualquer restrição estatal senão em virtude de lei

2 – liberdade de concorrência

2.1 – faculdade de conquistar a clientela, desde não através de concorrência desleal

2.2 – proibição de forma de atuação que deteriam a concorrência.

2.3 – neutralidade do Estado diante do fenômeno concorrencial, em igualdade de condições dos concorrentes.

c) Existência digna – é medida pela quantidade de oportunidades proporcionadas aos indivíduos, sendo tratada como um dos fundamentos
do próprio Estado brasileiro.

d) Justiça social – o justiçado socialmente é o que possui os mesmos direitos e oportunidades para usufruir os bens para a satisfação de
suas necessidades básicas. Ex. acesso à educação, à saúde, à cultura etc.

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