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“Se você estiver resfriado, não vá a festas”, diz

infectologista sobre Ano Novo


Circulação da variante Ômicron do coronavírus e da Influenza preocupa especialistas

Giovanna GalvaniLudmila Candalda CNN


em São Paulo

31/12/2021 às 07:58 | Atualizado 31/12/2021 às 08:27

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Com o aumento de casos de Influenza e a circulação da variante Ômicron do coronavírus no


Brasil, infectologistas olham preocupados para o cenário das festas de fim de ano – em especial
o Ano Novo, que geralmente promove mais aglomerações do que o Natal.

À CNN, o infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo João Prats alertou que a
população deve estar consciente do próprio papel neste contexto:

“Se você estiver resfriado, não veja outras pessoas. Não vá a festas. Isso é muito importante”,
ressaltou, explicando algumas diferenças entre as contaminações dos dois vírus.
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Enquanto os casos leves “provavelmente serão iguais”, diz Prats, com sintomas comuns de gripe,
há mudanças identificáveis nos casos mais graves.

“A Influenza geralmente piora mais rápido. Acontece aquela progressão para pneumonia com
febre, dor no corpo, ela é bem aguda. A Covid-19 geralmente piora no 8º ou 9º dia da doença, não
vai ter acometimento do pulmão tão cedo”, diz. “Se a febre continua e você se mantém doente
depois de uma semana, é quando virá a piora da Covid.”

A solução mais indicada é a vacinação – mesmo quando a cepa da Influenza circulante, chamada
de Darwin, ainda não tem uma vacina específica para combatê-la.

Assim como na vacinação contra a Covid-19, a imunização pode evitar casos graves e
hospitalizações mesmo quando mutações acontecem, observou Prats.

O médico ainda ressaltou que enquanto as crianças entre 5 e 11 anos não estão vacinadas, o que
as torna vulneráveis à Covid-19, o ideal é que se forme um “bolsão” de imunizados ao redor delas,
o que diminuiria as chances de contaminação.

No caso da Influenza, ele destaca que essa faixa etária precisa estar com a vacinação em dia, já
que é uma doença cujo grupo é considerado de risco, assim como os idosos. “A Influenza é uma
doença de alto risco em crianças”, disse.

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