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Cézar Feitoza
"Como filho desta pátria tão idolatrada, eu não fugiria à luta nem me furtaria à nobre
missão. E que a incompreensão de alguns mais próximos reverta-se em futuro
entendimento", disse Damasceno durante cerimônia de passagem de comando.
O tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno que comandará a FAB (Força Aérea Brasileira) - Evaristo Sa -
19.dez.2022/AFP
Apesar disso, Damasceno não citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele assumiu o comando da Aeronáutica do brigadeiro Baptista Júnior, que ficou dois anos
no cargo por escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos ex-ministros da Defesa
Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.
General Villas Bôas (primeiro à esquerda) participa de cerimônia de transmissão do cargo de comandante da
Aeronáutica - FAB
O brigadeiro Baptista Junior, que deixa o cargo, disse em discurso que presta continência a
autoridades, não a pessoas.
"Este importante gesto de saudação militar, impessoal e que visa às autoridades, não às
pessoas. Hoje, em meu último gesto como comandante da Aeronáutica, a minha
continência selará a passagem da autoridade e responsabilidades que recebi do meu
antecessor ao nosso comandante líder."
Após a derrota de Bolsonaro, Baptista Júnior participou de movimento com os
comandantes Freire Gomes (Exército) e Almir Garnier (Marinha) para entrega dos cargos
antes da posse de Lula.
A entrega foi vista na equipe de transição como uma insubordinação dos militares, por
supostamente representar uma forma de eles não prestarem continência ao petista.
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez pronunciamento elogioso aos dois
brigadeiros. Chamou o que sai de "legítimo herdeiro dos valores democráticos".