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SERVIÇO SOCIAL

SARAH RAYANNE SILVA DAVEMPORT

PRODUÇÃO TEXTUAL

São Luís
2020
SARAH RAYANNE SILVA DAVEMPORT

PRODUÇÃO TEXTUAL

Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera como


requisito parcial à aprovação no 1° semestre, 2020.2,
semestre dos cursos de Filosofia, Ética, Política e
Cidadania, Psicologia Social e Sociologia.

São Luís
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................6
REFERÊNCIAS.............................................................................................................7
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho sobre o tema “A invisibilidade social do vírus”, mais


concretamente acerca de como as minorias ao afetadas diretamente pelo vírus da
Covid-19, abordando questões de suma importância, como desigualdade social,
exclusão e inclusão social, Países com economia desenvolvida perante o vírus, os
tratamento ofertados ao trabalhador pelos modelos Social-democrata e Neoliberal,
dentre outros assuntos.
É objetivo deste trabalho analisar tais questões, baseado em dados e
estatísticas, visando discutir a importância de uma maior atenção à população que
vive em situações de precariedade e extrema pobreza.
A metodologia utilizada foi a pesquisa eletrônica.
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DESENVOLVIMENTO

De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro caso da Covid-19 no


Brasil é do fim de janeiro. E hodiernamente, já são mais de 4 milhões de casos
em todo o país, levando as autoridades e governos a adotarem diversas
medidas e investimentos com a finalidade de combater a propagação de tal
vírus. Mas, e em relação às minorias, às parcelas da população menos
favorecidas e vistas pela sociedade? Estas estão sendo assistidas pelas
autoridades?
O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) da ONU aponta o Brasil
como o 7° país mais desigual do mundo, e certamente, isto reflete no tratamento
ofertado às pessoas que se encontram em situação de precariedade e pobreza.
Para especificar tais desigualdades: o número de leitos de UTIs na rede pública,
por exemplo, por 10.000 habitantes, é quase cinco vezes inferior ao da rede
privada. Ademais, desde o início da pandemia no Brasil, milhões de pessoas
perderam seus empregos, alguns até por não conseguirem arcar com seus
custos de aluguéis, tiveram que morar na rua. E não muito além das
desigualdades, estão os impostos, estes mais pagos por pobres que por ricos.
Um verdadeiro absurdo! Este contexto nos leva a um triste cenário de exclusão
social, apesar dos mais variados projetos visando os grupos que sofrem com a
desigualdade no País, o Brasil está para longe de ser um país 100% inclusivo.
Mas o que seria um país inclusivo? Indubitavelmente, um país inclusivo é um
país com políticas e ações voltadas para a inclusão em sociedade dos grupos de
pessoas mais discriminados, seja por sua raça, sua classe social, sua
deficiência, sua sexualidade, sua faixa etária, etc. E no Brasil, até os dias atuais,
os negros, os indígenas, a comunidade LGBTQIA+, a população carcerária,
dentre outros grupos, sofrem repressão e preconceito por parte da população
brasileira.
E além disso, da cobrança por mais inclusão à determinados grupos
sociais, há também muita cobrança por parte do povo brasileiro em relação ao
Estado: uma alta demanda por programas de assistência à população e ofertas
de empregos com altos salários, caracterizando o que conhecemos por Social-
democracia. Esta, nada mais é que um estado de bem-estar social no qual o
governo provê a todos por meio de altos gastos sociais. O que acontece, é que
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tal modelo é mais recorrente e longínquo em países ricos, onde a população


produz muito e possui uma alta renda per capita, ao ponto de não precisarem se
endividar para bancar todos esses gastos, o que não seria o caso do Brasil, já
que de acordo com o Ibre/FGV, o Brasil terá perda de renda maior que 63% de
191 países em 2020.
Em contrapartida à este modelo, temos o modelo neoliberal, mais visto no
Brasil a partir dos anos 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso,
no qual o Estado deixa de ser o principal investidor e passa a ser o regulador,
através da privatização das empresas, vendas dos bancos estaduais,
terceirização dos trabalhadores, abertura do mercado nacional brasileiro para
empresas estrangeiras, etc.
Mas voltando ao âmbito da Covid-19, e analisando os países de fora,
considerados ricos, será que estes estão tendo um maior êxito, com relação à
outros países, no tratar ao combate deste vírus? De certa forma, sim. De acordo
com a Revista Veja, um relatório apresentado pela ONG Oxfam, divulgado em
16 de setembro de 2020, demonstra que um grupo de países ricos que
representa 13% da população mundial, comprou mais da metade das
prometidas doses de vacina contra a Covid-19. Sendo assim, o que se espera
destes países enquanto potências mundiais, é que haja também a distribuição
gratuita das vacinas, para os países mais necessitados.
A partir daí, surge mais um dilema para as autoridades: salvar vidas ou a
economia? Para o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por exemplo, o
combate à doença não pode implicar na desaceleração econômica, mesmo com
as recomendações do Ministério da Saúde (OMS) para o isolamento social, há
esse dilema por parte do governo, o que na verdade, segundo especialistas, se
trata de um falso dilema, já que saúde pública e economia andam juntas, assim,
se nos dispusermos a perder milhares de pessoas para o vírus, simplesmente
porque estas devem trabalhar para “sustentar” a economia do País, estaremos
provocando um furo ainda maior na economia, visto que perderíamos muita mão
de obra.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, abordamos a temática ‘A invisibilidade social do vírus’, e em


virtude dos fatos mencionados, fica exposto que as parcelas mais pobres e menos
favorecidas da sociedade, carecem de um olhar mais atento por parte das
autoridades, além da criação de projetos e políticas voltadas para a inclusão e
suporte deste grupo em específico. Só assim, teremos um País mais inclusivo.
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REFERÊNCIAS

VARGAS, Mateus; LINDNER, Júlia. Primeiro caso da covid-19 no Brasil é do


fim de janeiro, diz Ministério da Saúde. Disponível em:
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,primeiro-caso-da-covid-19-no-
brasil-e-do-fim-de-janeiro-diz-ministerio-da-saude,70003258394

RBA, Redação. Brasil é o sétimo país com mais desigualdade no mundo,


segundo a ONU. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/12/brasil-7-pais-
desigualdade/

BÔAS, Bruno Villas. Brasil terá perda de renda maior que 63% de 191
países em 2020, diz Ibre/FGV. Disponível em:
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/05/30/brasil-ter-perda-de-renda-
maior-que-63-pontos-percentuais-de-191-pases-em-2020-diz-ibrefgv.ghtml

VEJA, Revista. Covid-19: Países ricos compram metade do suprimento de


vacinas. Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/covid-19-paises-ricos-
compram-metade-do-suprimento-de-vacinas/

FONTES, Giulia. Salvar vidas ou preservar a economia? Especialista


mostra por que esse é um falso dilema. Disponível em:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/crise-coronavirus-valor-vida-
recuperacao-economia/

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