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ABSTRACT: The article presents a series of analyzes resulting from the movements
carried out in the automobile sector due to the technology of electric vehicles, such an
innovation that goes against the fossil factor, used as a source for the operation of
most vehicles today. Based on this, the article addresses the history of electric vehicles
since their primordial, the definition of electric vehicle, in addition to the structure for
the insertion of this product, and all its relationship with the emission of CO2,
responsible for global warming. Thus, the article presents a problematization and
proposes a solution based on bibliographical research and field research, authored by
its own authorship, for the analysis of the current situation of the automotive market.
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
Apesar dos Veículos Elétricos (VE’s) estarem em evidência a pouco tempo, tais
veículos já existem a mais de um século, tendo surgido antes mesmo dos veículos
movidos a combustão. Segundo Ferreira e Dias (2020, p.141):
O veículo elétrico existe há mais tempo que o veículo à combustão interna
e até o início do século XX, quando as melhorias no motor movido à
gasolina o tornaram uma opção atraente, os carros elétricos dominaram o
mercado de veículos pessoais.
Em primeira análise fica claro que os veículos elétricos existem e são usados
antes mesmo do veículo a combustão e já foram a realidade de todos que tinham
veículos automotivos. Ou seja, os veículos elétricos possuem peso histórico e existem
desde o séc XIX.
O primeiro veículo elétrico (triciclo) que aplica a bateria de chumbo
desenvolvida por Planté como fonte de energia foi demonstrado na França
por Trouvé em 1881, no mesmo ano, ele demonstrou o primeiro barco elétrico
com uma fonte de energia similar.” (FERREIRA; DIAS, 2020, p.141).
Os VE’s surgiram antes dos carros a combustão interna, mesmo assim não
foram mais consumidos que os mesmos. A partir disso é possível inferir que: apesar
de serem mais tecnológicos eles perdiam em competitividade de mercado,
principalmente por fatores de preço de mercado, alto custo de produção devido a
qualificada mão de obra requerida e aos baixos desempenhos das baterias.
Segundo Magalhães e Nogueira (2020, p. 8)“As descobertas de petróleo no
Texas reduziram o preço da gasolina, tornando-a um combustível atrativo para o setor
de transportes.”
Fontes fósseis de energias baratas como o petróleo e o carvão saíram na
frente. Além da construção de ferrovias e estradas nos países desenvolvidos que
requeriam uma alta autonomia de funcionamento, o que não era possível com as
baterias da época.
Atualmente estamos na terceira era dos veículos elétricos e o que tudo indica
será uma era durável. O declínio dos carros movidos a combustíveis fósseis
já está[...]A indústria automobilística do mundo todo está focada nesse
mercado, há muitos investimentos para pesquisas em técnicas de
conservação de energia na tentativa de aumentar a autonomia e velocidade
dos carros elétricos.”(MAGALHÃES; DIAS, 2020, p. 5).
Baran e Laney (2020) explanam que a referida terceira se faz verdade pois
realmente existe uma alavancagem para consumo e melhoria dos carros elétricos. A
Honda, em 1999, foi a primeira empresa a lançar um híbrido no mercado americano,
o Insight, que foi um sucesso imediato.
Com os objetivos, entre outros, de reduzir a dependência da economia dos EUA
em relação ao petróleo importado e de aumentar a produção de combustíveis limpos
de origem renovável, o governo norte-americano promulgou em 2007 o Energy
Independence and Security Act, que destinou US$ 95 milhões anuais, entre os anos
de 2008 e 2013, à pesquisa e ao desenvolvimento de um sistema de transporte
elétrico, e à formação de capital humano especializado em veículos elétricos e na
tecnologia PHEV. Além disso, US$ 25 bilhões foram destinados aos fabricantes de
automóveis e fornecedores que produzirem veículos híbridos e seus componentes.
Portanto ficam claras as divisões históricas dos carros elétricos e seu atual
crescimento de produção, investimentos e compras.
No Brasil, engenheiro mecânico e eletricista João Augusto Conrado do
Amaral Gurgel criou o primeiro carro elétrico nacional e da América Latina, o Itaipu
E150. O primeiro protótipo do Itaipu foi apresentado no Salão do Automóvel de 1974
e seu lançamento veio no ano seguinte.
O veículo elétrico sofreu naquela época com problemas que ainda são muito
atuais para os veículos elétricos: peso das baterias, baixa autonomia e tempo de
recarga. Apenas 27 unidades foram produzidas. Mais tarde, em 1980, a Gurgel ainda
apostou no Itaipu E400, um furgão também elétrico que fez parte da frota de empresas
brasileiras de eletricidade, como Telebrás e Telesp, mas sua vida também foi curta.
Atualmente os dados referentes a VE’s no Brasil são promissores, o ano de
2021 já mostra números superiores para o segmento de vendas em relação a todo o
ano de 2020.O país possui atualmente uma frota estimada em torno de 60 mil carros
movidos a energia elétrica. São 16 modelos disponíveis para a venda em território
nacional, sendo possível a importação de 3 modelos da Tesla. É esperado também
do governo brasileiro, um subsídio e apoio para formação de capital humano e criação
de inovações e recursos na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nos próximos
anos.
A partir deste gráfico podemos notar que o veículo elétrico tem nos dias atuais
grande popularidade, tendo em vista a esmagadora maioria dos entrevistados do
Litoral Norte de São Paulo responderam que tem conhecimento do que é um veículo
elétrico, assim podemos ver que apesar de se tratar de um produto relativamente novo
no mercado, os consumidores já tiveram contato com esta inovação.
2.3. Estrutura
Mesmo com isso sabe-se que o processo não pode ser apressado, pois caso
isso ocorra a chance de erros virem a ser cometidos é grande, tendo que ocorrer de
maneira natural “A transição de veículos convencionais à combustão para veículos
elétricos também é um caminho natural de desenvolvimento da tecnologia veicular”
(Delgado et al., 2017, p. 11). Cumprindo etapas, como historicamente o setor teve de
cumprir no cenário nacional
Como descrito por Latini, S. A. (2007):
A implantação da indústria automobilística no Brasil foi um marco no processo
de industrialização do país, [...]foi emblemática da política de substituição de
importações do governo Juscelino Kubitschek dentro de seu Plano de Metas.
[...] com ênfase na implantação da indústria automobilística, foi o propósito
do autor, que testemunhou suas diversas etapas e participou de muitas delas.
Uma das principais vantagens dos carros elétricos está atrelada a diminuição
de gases poluentes na atmosfera, sendo eles uma das maiores esperanças para a
gradativa destruição da camada de ozônio, tendo em vista a enorme frota de veículos
a combustão existente em nosso planeta.
Segundo Delgado (2017, p.61) “A expansão da mobilidade elétrica pode
auxiliar na redução das emissões de Gases de efeito estufa (GEE) no setor de
transportes dado que os veículos elétricos não emitem ou emitem muito menos gases
de escape quando comparados aos VCI.”
Mesmo com o auxílio realizado pelos veículos elétricos no controle da emissão
de gases poluentes, é de ciência geral que este fator não ganhará tanta relevância em
relação a toda poluição existente no planeta, segundo Denton (2018, p. 10) “Um
relatório do comitê de mudanças climáticas aponta que a redução da emissão de CO 2
decorrente do uso de VEs será modesta”. Com tudo o processo de utilização destes
veículos pode causar efeitos a longo prazo “conforme a rede de geração se tornar
mais limpa todos os veículos conectados a essa matriz energética trarão resultados
cumulativos” (DENTON, 2018, p. 10).
De acordo com Delgado (2017):
É notável o crescimento das vendas dos veículos elétricos a partir de 2014.
Vale destacar as vendas na China, onde a quantidade de VEs
comercializados em 2015 mais que dobrou em relação ao ano anterior. A
China é um dos países mais afetados com poluição atmosférica, sendo esta
uma grande motivação para o desenvolvimento dos veículos elétricos no
país.
Gráfico 11 – Você acredita que carros elétricos sejam eficientes tão quanto carros a
combustão?
É mais que clara as vantagens que são oferecidas pelos carros elétricos em
relação a veículos a combustão, no gráfico a seguir podemos ver como é alto o
consumo de combustíveis, o que representa prejuízo para o meio ambiente e para o
bolso do consumidor.
Ao relacionarmos com a preservação do meio ambiente, observamos que os
veículos elétricos e híbridos possuem uma potencial contribuição para a redução da
emissão de gases poluentes na atmosfera, o que esta diretamente ligada ao consumo
de combustíveis fosseis e a queima destes em veículos a combustão, tal fator é
abordado no gráfico a seguir:
Algo que traz uma vantagem absurda aos carros elétricos e híbridos atualmente
é a questão da alta do preço dos combustíveis, no gráfico acima temos cerca de 39%
dos entrevistados abastecendo seus automóveis uma vez por semana, tem vista o
preço médio imposto no Litoral Norte de São Paulo é um gasto absurdo, assim é
notável que a opção de um carro que usa energia combustível é mais econômica,
tendo muitos dos automóveis híbridos e elétricos um baixo consumo de energia em
seu carregamento.
Além da alta eficiência dos motores elétricos, a parte mais importante também
é a preocupação com o meio ambiente e a saúde. O CO2 em excesso produzido pelos
combustíveis fósseis afeta tanto o efeito estufa quanto na saúde dos seres humanos
causando problemas com os alvéolos pulmonares, brônquios, traqueia, faringe,
laringe que elevam a problemas mais severos como consequências, sendo o Câncer
de Pulmão e Pneumoconiose (POZZAGNOLO, 2013). No caso do carro elétrico não
há nenhum tipo de problema “[...] o carro elétrico é solução perfeita, pois tem zero de
emissão direta e aproveita as fontes alternativas de geração elétrica.” (SANTOS et al.,
2009, p. 337).
A seguir podemos observar um dos gráficos de autoria própria, este que aborda
a questão de uma eventual troca de um veículo a combustão para um veículo elétrico.
Fonte: IBGE-2019
A partir desta tabela é possível observar que a renda da população da região é
algo que também implica diretamente no desenvolvimento dos veículos elétricos no
mercado automobilístico do Litoral Norte paulista, sendo este o fator determinante
para a aquisição ou não do produto. De acordo com o que foi apurado os valores dos
veículos elétricos ou híbridos Brasil estão todos acima de 100.000 reais, sendo novos
ou usados, sendo assim o valor se torna um grande obstáculo para a maior parte da
população.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir podemos observar a exposição de todos os gráficos da segunda
pesquisa de campo, realizada entre 15 de setembro e 3 de novembro. Está pesquisa
teve por objetivo analisar de forma mais direta as relações de consumo dos
entrevistados, abordando as questões de valor de mercado do produto, viabilidade da
comercialização, entre muitos outros fatores. Desta forma é possível realizar análise
do cenário atual de mercado e realizar análise dos pontos fortes e fracos e criar
projeções relacionadas ao setor automotivo.
O grafico aponta que 81,4% dos entrevistados tem conhecimento sobre o que
é um veiculo hibrido ou elétrico, outros 18,6% informam que não tem conhecimento
desta tecnologia, o que evidencia a pertinencia do tema do artigo, sendo este
umassunto conhecido e que ainda possui necessidade de ser mais difundido.
Gráfico 7 - Você considera que a região do Litoral Norte possui estrutura para uma frota de
automóveis elétricos?
Gráfico 10 - Você costuma ver pessoa utilizando veículos elétricos ou híbridos na região?
Gráfico 13 - Você acha viável a criação de leis para evitar o excesso de automóveis a
combustão?
Gráfico 14 - Com o preço que está sendo cobrado pela energia elétrica hoje, você acredita
que haveria grande diferença econômica em relação ao abastecimento de um veículo elétrico
comparado à um veículo a combustão?
Gráfico 15 - Você acha que em até 2030 a frota de veículos elétricos já seja maior que a
de veículos a combustão?
Relacionado ao gráfico 14, este aborda de forma mais direta a opinião das
pessoas em relação ao produto (veículo elétrico) e os benefícios que ele pode trazer
a preservação do meio ambiente. Com isso os entrevistados se mostram favoráveis a
ideia de que esta inovação é sim algo importante para as causas ambientais com
98,6% concordando com a afirmação.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS