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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

EDUCAÇÃO FÍSICA

ALDAIR GONÇALVES DA SILVA, CHRISTIAN REIS LOPES DE


OLIVEIRA, FRANCIELE TELES BRANDÃO, LEONICE DE SOUZA
CARVALHO, SAIONARA DA SILVA GONÇALVES

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO


FÍSICA ESCOLAR

Seabra
2017
ALDAIR GONÇALVES DA SILVA CHRISTIAN REIS LOPES DE
OLIVEIRA, FRANCIELE TELES BRANDÃO, LEONICE DE SOUZA
CARVALHO, SAIONARA DA SILVA GONÇALVES

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO


FÍSICA ESCOLAR

Trabalho de Educação Física apresentado à


Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção de média semestral na
disciplina de: Metodologia Científica e Avaliação em
Educação Física; Metodologia do Ensino da Natação;
Fundamentos do Treinamento Desportivo; Projeto de
Pesquisa em Educação Física; Seminário da Prática:
Tópicos Especiais.

Orientadores: Prof. Ms. Túlio B.M.A, Moura; Profª Dnda


Eloise W. Almeida; Prof. Ms. Thiago Viana Camata; Prof.
Ms. Mario Carlos W. Balvedi; Prof. Dr. Márcio Teixeira.

Seabra
2017
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
1 METODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR.....................................................................................................................4
2 MÉTODO..............................................................................................................10
3 ENTREVISTA.......................................................................................................12
4 CONCLUSÃO......................................................................................................14
REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
INTRODUÇÃO

Em Educação Física o problema se agrava. Se é difícil avaliar a


aprendizagem da escrita e da leitura, do cálculo, da geografia, etc., que dirá quanto
à aprendizagem em Educação Física? Como avaliar a aprendizagem do movimento
quando sabemos a infinidade de fatores nele envolvidos, tais como força muscular,
resistência, agilidade, equilíbrio, ritmo, sentimento, cognição, afetividade, etc.? (João
Batista Freire, Educação de corpo Inteiro,1989)
As questões levantadas por João Batista Freire na citação acima
mostram como a avaliação em educação física escolar têm se apresentado
complexa e confusa para os professores deste componente curricular.
Até cerca de 10 anos atrás a educação física escolar tinha como
principal enfoque de avaliação o desenvolvimento motor e melhora de performance,
o que era mensurado por meio de métodos de avaliações quantitativas. Já nos dias
de hoje, a educação física escolar objetiva englobar, além do desenvolvimento
motor, também o desenvolvimento social, afetivo e psicomotor. Surge então um
novo instrumento de inferência da relação ensino-aprendizagem, a avaliação
qualitativa.
    A avaliação quantitativa, instrumento da educação física escolar
militarista clássica, ressaltava a influência política e autoritária da época na escola. A
avaliação exercia o propósito de instrumento de "aprovação" ou "reprovação",
classificando o aluno em "bom" ou "ruim" e reforçando esses valores já impostos
pela sociedade. O autoritarismo da época também era refletido pela avaliação,
usada pelo professor para o controle da ordem e da disciplina dos alunos.
Assim esse trabalho através de referências e pesquisas busca
encontrar métodos de avaliação para as aulas de educação física na escola, que
atendam às necessidades de ensino atuais, que contemple uma forma de avaliação
eficaz e motivacional. E verificar quais são os métodos mais utilizados e quais seus
benefícios e resultados.
1 METODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR

Entende-se que a avaliação é uma atividade indispensável no


contexto escolar, pois permite refletir sobre o ensino e aprendizagem, analisar se os
objetivos educacionais propostos estão sendo alcançados, possibilitando orientar a
prática pedagógica e diagnosticar os problemas referentes a aprendizagem
(BARBOSA, 2008). 
Porém os métodos de avaliação nas aulas de educação física, tem
sido um grande desafio para os professores da disciplina. Os alunos não se
movimentam, não querem participar das aulas práticas de EF, não enxergam a
disciplina como um meio de ensino importante para a sua formação. Muitas vezes a
avaliação é feita de forma flexível pra não prejudicar o aluno, e dessa maneira os
alunos deixam de ter um contato profundo com os conhecimentos que permeiam a
educação física.
Para CARVALHO et al (2000, p.195), “a avaliação no âmbito da
educação física deve ser analisada de maneira ampla, contextualizada e inserida no
projeto político-pedagógico da escola e não restrita a métodos, procedimentos
técnicos e aplicação de testes físicos” e os PCNs - Parâmetros Curriculares
Nacionais de Educação Física (p.76 a 77), afirmam que ao avaliar o aluno, o
professor deve utilizar três critérios: Primeiro - Enfrentar desafios colocados em
situações de jogos e competições, respeitando as regras e adotando uma postura
cooperativa; Segundo - Estabelecer algumas relações entre a prática de atividades
corporais e a melhora da saúde individual e coletiva; Terceiro: Valorizar e apreciar
diversas manifestações da cultura corporal, identificando suas possibilidades de
lazer e aprendizagem.
Compreende-se também que a disciplina de Educação Física pode
proporcionar aos alunos a assimilação de muitos conhecimentos, mas para isso é
necessário que professores e equipe pedagógica adotem meios de ensinar e avaliar
que facilitem a formação necessária dos mesmos (RIBEIRO HORONATO, 2014).
A avaliação em Educação Física deve contemplar aspectos
cognitivos e englobar os aspectos afetivos (SINGER e DICK 1992), realizando um
acompanhamento psicopedagógico, com metodologias que possam auxiliar o
professor a avaliar desde a Educação Infantil (SILVA, 2008a e 2008b). Apesar de
ser um processo complexo, uma avaliação de qualidade tem que abranger esses
fatores, pois ao avaliar o professor não pode se esquecer da história de vida do
aluno, seu lado afetivo/emocional, visualizando o aluno por inteiro. Mas, geralmente,
a avaliação que predomina na escola em Educação Física é voltada para a aptidão
física.
No Brasil a avaliação da aprendizagem escolar atual está a serviço
de uma pedagogia dominante, que serve ao modelo social liberal conservador, o
qual é resultado das transformações que ocorreram no auge da Revolução
Francesa, no qual a burguesia foi revolucionária contra os privilégios da nobreza e
do clero feudal e sendo vitoriosa tornou‐se defensora dos princípios conservadores.
No entanto, as ideias liberais advindas das revoluções permanecem na sociedade.
(LUCKESI, 2006).
No entanto, existem diferentes modalidades de avaliação que podem
ser consideradas, “a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação
somativa” (SILVA; PERIC, 2009, p. 33).   O método diagnóstico de avaliação é
indispensável, pois, objetiva a qualidade da aprendizagem.  
Quanto à avaliação formativa, objetiva esclarecer ao aluno como
está seu desempenho nos estudos, para que professor e aluno dialoguem, refletindo
sobre o que precisa melhorar tanto o professor quanto aluno, dessa forma,
desenvolvendo a criticidade de ambos (SILVA; PERIC, 2009).
Com relação à avaliação somativa, é realizada no final do processo
de ensino e aprendizagem, tem função classificatória, sendo que a classificação é
determinada conforme o desempenho do aluno (SILVA; PERIC, 2009).
Nesse sentido, “os professores devem converter os métodos
tradicionais de verificação de erros e acertos em métodos investigativos”
(BARBOSA, 2008, p.5).   Diagnosticando os problemas e ajudando no
desenvolvimento da criticidade dos alunos, objetivando a compreensão dos
conhecimentos e não a memorização. 

1.1 Tendência clássica de avaliação


Na década de 30 surge no Brasil as primeiras instituições
formadoras de professores de educação física, com caráter militarista, que priorizava
o condicionamento físico e a disciplina. Esse enfoque no condicionamento físico
possibilitava a aplicação de uma avaliação que seguia uma tendência fundamentada
em medidas e que privilegiava os comportamentos humanos observáveis passíveis
de mensuração (avaliação clássica), ou seja, uma "verificação quantitativa da
extensão de conteúdos assimilados pelos alunos" (SOUZA e VOTRE, 1993, pg.122).

Conforme a evolução da educação física escolar, surgem novas


exigências e, consequentemente, novos objetivos, dentre eles o desenvolvimento
motor e a esportivização (performance). Para tanto, a avaliação quantitativa ainda
supria as necessidades do processo avaliativo, no que Libâneo (citado por SOUZA e
VOTRE, 1993) denominou de tendência liberal tradicional e tendência liberal
tecnicista.

1.2 Tendência humanista-reformista de avaliação

Na década de setenta surge a tendência humanista-reformista de


avaliação, resultante de uma crítica à esportivização priorizada até então nas aulas
de educação física escolar. Nessa nova tendência a principal preocupação passa a
ser os aspectos internos ao indivíduo e a formação do ser humano integral. Para
tanto, novos enfoques são considerados, como o psicológico, o afetivo, o social e o
desenvolvimento cognitivo e crítico. Tais aspectos não podem mais ser mensurados
quantitativamente. Cresce a necessidade de outro instrumento de inferência da
relação ensino-aprendizagem, e a avaliação qualitativa ganha força.

1.3 Relação entre métodos avaliativos nas aulas de educação física escolar

Para entendermos melhor a distinção entre esses dois métodos


avaliativos, podemos citar D´antola (1981, p.6), que afirma que para as avaliações
quantitativas, é mais fácil estabelecer padrões, porque elas são baseadas em dados
numéricos que permitem uma valoração mais objetiva. As avaliações qualitativas
dependem geralmente de dados descritivos, para os quais o estabelecimento de
normas e padrões é quase sempre discutível.

1.4 Processo avaliativo quantitativo

Bradfield e Moredock (citados por D´ANTOLA, 1981, p.6) definem


“medida” como “processo que consiste em atribuir símbolos à dimensões de
fenômenos, com o objetivo de caracterizar a posição do fenômeno com a máxima
precisão possível”. A princípio, a medida é um importante instrumento de coleta de
dados para a avaliação quantitativa. Porém, fatores externos ao processo avaliativo,
intrínsecos (dor de dente, dificuldade de executar tarefas sob pressão) e extrínsecos
(pai no hospital, briga com a namorada), podem interferir de forma a modificar a
performance (movimento observável) do aluno, o que poderá refletir no resultado
final da avaliação.
Mensurar a distância de um salto, por exemplo, é uma tarefa fácil
quando se tem o instrumento da medida. O que fica comprometido pelos fatores
extrínsecos e intrínsecos não é a medida em si, pois a medida é sempre exata, mas
a performance do aluno naquele momento. Por essa razão, para que o processo
avaliativo quantitativo não acabe se tornando subjetivo, é que a avaliação deve ser
um processo contínuo, e não a mensuração em um momento distinto. A avaliação
desenvolvida de forma contínua também é importante para o professor, na medida
em que lhe fornece parâmetros para observar se seus objetivos, conteúdos e
metodologia de ensino estão sendo adequados para a população em questão.
Por outro lado, a sociedade nos impõe cobranças a todo instante,
que devem ser respondidas independentemente de fatores intrínsecos ou
extrínsecos, o que torna a avaliação de um distinto momento também importante.
Desta forma, talvez a união entre a avaliação contínua e a avaliação em um
momento distinto seja a forma mais adequada para se realizar o sistema avaliativo
quantitativo no processo ensino-aprendizagem.
1.5 Processo avaliativo qualitativo

Se o processo avaliativo quantitativo, um sistema que tem como


instrumento de suporte a medida (instrumento de coleta de dados exatos), pode ser
considerado subjetivo, o que podemos concluir então sobre um processo avaliativo
que tem como instrumento de suporte a observação, subjetiva em sua essência?
No processo avaliativo qualitativo o que observamos é a variação
de qualidades desenvolvidas pelos alunos a partir das atividades propostas pelo
docente. Almed (citado por DEMO, 1991), entende que "na qualidade não vale o
maior, mas o melhor; não o extenso, mas o intenso; não o violento, mas o
envolvente; não a pressão, mas a impregnação. Qualidade é estilo cultural, mais que
tecnológico; artístico, mais que produtivo; lúdico, mais que eficiente; sábio, mais que
científico". Demo (1991) completa afirmando que "por isso, não pode ser medido
quantitativamente, como não se pode medir a intensidade da felicidade".
Com base nessa afirmação de Demo pode-se concluir que inferir
mudanças comportamentais é muito difícil, partindo do princípio que pode-se
observar a evolução de uma qualidade, porém não se pode mensurá-la.
A falta de instrumentalização desse processo avaliativo, ou seja, a
falta de parâmetros comparativos, acarreta sérios problemas para o professor de
educação física. Essa falta de instrumento de suporte para a avaliação na educação
física escolar (critério de avaliação), principalmente devido à falta de um objeto de
estudo específico na área, caracteriza a atual tendência do processo avaliativo na
escola.
Essa problemática da inferência avaliativa a partir da mera
observação pode ser minimizada por meio de um método muito sugestivo da
avaliação qualitativa, a auto avaliação. Como cita Demo (1991, p. 30), "assim, a
avaliação qualitativa não é uma iniciativa externa, de fora para dentro. Só é factível,
em profundidade, como forma de auto-expressão".
O que se pretende é propor esse método ao aluno afim de deixá-
lo expor sua própria percepção dos aspectos afetivos, psicológicos, sociais e
cognitivos desenvolvidos por meio das atividades propostas pelo professor. Como
sugere Souza e Votre (1993, p. 127), "essa tendência avaliativa privilegia as
mudanças qualitativas ocorridas no interior de cada indivíduo. Ela promove, como
uma possível inovação, a efetiva participação do aluno no momento avaliativo." Esse
instrumento de suporte avaliativo (auto avaliação) não resolve definitivamente o
problema da carência de parâmetros comparativos, e exige uma metodologia
específica para coleta desses dados.
Uma metodologia de caráter informal para a coleta desse tipo de
dados, sugerida por Demo (1991), é a integração íntima entre professor e aluno a
fim de tornar simples práticas como a conversa e a convivência mais natural. Essa
integração mais íntima é dificultada justamente pela relação professor-aluno, que
deve ser desmistificada por meio da maior participação do professor de educação
física na comunidade escolar, para que ele possa inclusive participar da política
dessa comunidade, buscando uma possível identificação ideológica. (LUCKESI,
2006). Sendo assim, é possível reconhecer o nível de conhecimentos em que cada
aluno se encontra, possibilitando aos mesmos a superação de suas defasagens na
aprendizagem, dessa forma a função da avaliação não é somente “reprovar ou
aprovar” alunos, mas dar subsídios para que o aluno se desenvolva (LUCKESI,
2006).
2 MÉTODO

É preciso compreender que na Educação Física a avaliação é a


chance de verificar se o aluno aprendeu a conhecer o próprio corpo e a valorizar a
atividade física como fator de qualidade de vida. Portanto, nada de considerar
apenas a frequência às aulas, o uniforme ou a participação em jogos e competições
- nem comparar os que tem um melhor desempenho nas atividades práticas.
Por isso, com base nas pesquisas e estudos, e partindo de um
conhecimento básico, vendo a fragilidade dos métodos de avaliação nas aulas de
educação física, em que em sua grande parte força o aluno a realizar atividades
aleatórias na busca por pontos e notas que seja o suficiente para a sua meta por
unidade. Tendo também o conhecimento de métodos que julgamos inadequados
para a disciplina pelo modo que utiliza a avaliação, não sendo útil e nem se
adequando as necessidades das aulas de educação física. Buscamos o melhor
método para avaliação e ao mesmo tempo colaborar para o progresso e formação
dos alunos.
Com isso entendemos que o Método Formativo de avaliação seria o
mais indicado, pois a avaliação formativa compreenderá os diversos caminhos da
formação do aluno, bem como servirá de espelho para prática pedagógica do
professor. Avaliar formativamente é entender que cada aluno possui seu próprio
ritmo de aprendizagem e, sendo assim, possui cargas de conhecimentos diferentes
entre si.
Nessa ótica, o professor deverá utilizar-se da avaliação para o
aperfeiçoamento da sua praxe docente. Ele deverá utilizá-la para diagnosticar as
insuficiências das metodologias aplicadas, provendo a recuperação integral do aluno
que ficou para trás. Deve ainda o professor se encaixar como indivíduo avaliado,
pois diante do retrato divulgado pela avaliação, ele poderá concluir o quanto foi
eficiente, mas também quão grande foi a sua falha naquele processo de ensino e
aprendizagem.
Almeida, 2001 coloca que, a função formativa é aplicada no decorrer
do processo de ensino-aprendizagem servindo como uma forma de controle que
visa informar sobre o rendimento do aluno, sobre as deficiências na organização do
ensino e sobre os possíveis alinhamentos necessários no planejamento de ensino
para atingir os objetivos
A avaliação formativa é aquela que observa cada momento vivido
pelo aluno, seja na sala de aula ou fora dela. Ela fortalece a teoria de que o
indivíduo humano aprende em cada instante de sua existência e, portanto, são
nesses diversos momentos que ele terá que ser avaliado. Todas essas
microavaliações se tornarão um todo através do somatório de suas partes.
Assim é muito importante também tornar clara a necessidade de
fornecer mais atenção àqueles alunos com maior dificuldade de aprendizagem. Essa
é mais uma face da avaliação formativa, além de subsidiar panoramicamente a
classe aprendiz, ela emite um olhar mais atento e solidário ao aluno que tem um
ritmo de aprendizagem um pouco menos acelerado.
E para exemplificar o método de avaliação formativo na prática,
optamos por escolher como base uma aula de Voleibol, aplicada para alunos do
ensino médio. Em que o objetivo é fazer como que eles de fato aprendam na prática
todos os principais movimentos realizados em uma partida de voleibol. E por ser um
método formativo (formação), eles serão orientados a participarem independente do
conhecimento prático, ou habilidade com a modalidade, serão convidados a
aprenderem errando, porém praticando. A motivação vem com a certeza de que com
o modelo proposto, eles irão aprender e conhecer cada vez mais a modalidade, e
estarão aptos a praticar de forma regular em pouco tempo, apenas praticando e se
empenhando o máximo nas aulas. E os alunos nesse método podem se agarrar na
ideia de que assim como eles precisam se empenhar para apreender, os
professores precisam se empenhar para ensinar de forma eficiente, para que eles de
fato obtenham resultados, pois a avaliação deles também depende do desempenho
do educador.
Assim em cada aula o professor ensina ao menos 3 movimentos
básicos do vôlei, (saques, corte, bloqueio, recepção, manchete, jogadas e outros) e
os ajudam a realizar, podendo até contar com o auxílio dos alunos que tenham mais
domínio do esporte. O que se verá é a solidariedade e a coletividade dos alunos
aprendendo juntos com o auxílio do educador. Isso fará que em um determinado
período o professor possa realizar a avaliação, comprovando o quanto cada aluno
aprendeu, pois o aluno nunca será o mesmo depois desse método de avaliação, ele
terá apreendido não só a pratica do esporte em si, mais a importância da
coletividade, do trabalho em conjunto, e entenderá que não é preciso ficar de fora de
determinadas atividades, pelo simples fato de não ter domínio sobre ela, mais que é
possível se dedicar e melhorar praticando.
3 ENTREVISTA

Professor Edgar Aprigio dos Santos, ESCOLA ZÉLIA RIBEIRO


COUTINHO (6º ao 9º ano).

PERGUNTAS E RESPOPSTAS:

1) QUAL MÉTODO DE AVALIAÇÃO É UTILIZADO DURANTE SUA AULA DE


EDUCAÇÃO? Processual, provas escritas, trabalhos em grupos e observações.
(SOMATIVA).

2) O MÉTODO UTILIZADO É O MESMO PARA AS DIFERENTES FAIXAS


ETÁRIAS NA INSTITUIÇÃOESCOLAR? Sim, pois os mesmos, no caso os alunos
tem que seguir os mesmos métodos desde cedo, do 6º ao 9º ano.

3) APÓS APLICAR O MÉTODO DE AVALIAÇÃO, VOCÊ ANALISA OS DADOS?


CASO NÃO ANALISE, POR QUE NÃO É REALIZADO? CASO OCORRA A
ANÁLISE, COMO OS DADOS SÃO UTILIZADOS PARA PAUTAR SUAS AÇÕES
NA ELABORAÇÃO DA AULA? Sim, são pautados em cima das dificuldades dos
alunos, pois, os mesmos serão tratados de forma mais planejada para o melhor
aprendizado dos alunos.

Professor Kleber da Silva Gonçalves, ESCOLA ZÉLIA RIBEIRO


COUTINHO (6º ao 9º ano).

PERGUNTAS E RESPOPSTAS:

1) QUAL MÉTODO DE AVALIAÇÃO É UTILIZADO DURANTE SUA AULA DE


EDUCAÇÃO? Analise de textos, atividades em duplas e em grupos, provas escritas
individuais, atividade de leitura com autonomia, atividade em sala, avaliação
processual de observação. (SOMATIVA).
2) O MÉTODO UTILIZADO É O MESMO PARA AS DIFERENTES FAIXAS
ETÁRIAS NA INSTITUIÇÃOESCOLAR? Sim, os mesmos, caso os alunos tem que
seguir os mesmos métodos do 6º ao 9º ano.

3) APÓS APLICAR O MÉTODO DE AVALIAÇÃO, VOCÊ ANALISA OS DADOS?


CASO NÃO ANALISE, POR QUE NÃO É REALIZADO? CASO OCORRA A
ANÁLISE, COMO OS DADOS SÃO UTILIZADOS PARA PAUTAR SUAS AÇÕES
NA ELABORAÇÃO DA AULA? Sim, analise é feita com uma socialização com
todos os alunos com base nas dificuldades apresentadas pelos alunos.
4 CONCLUSÃO

Enfim podemos notar que os métodos de avaliação utilizados por


boa parte das instituições de ensino, pressiona os alunos a decorarem os assuntos
para chegarem ao fim de cada unidade com a pontuação suficiente para aprovação.
Porém esses métodos não valorizam a coisa mais importante do ensino, que é levar
os educandos ao conhecimento, a prática, a satisfação em se aprender.
Não educação física esses métodos são incoerentes e falhos, pois
se trata de uma disciplina com foco na cultura corporal e do movimento. Os alunos
precisam estar motivados a se movimentarem, precisam de uma razão para
realizarem as atividades práticas da educação física, e só a avaliação somativa não
é suficiente, as qualitativas e quantitativas, as inferiorizam. Porém a Avaliação
Formativa, traz aos alunos o desejo de praticar as aulas de educação física, pois
eles veem suas obrigações compartilhadas e a certeza que conhecerão a liberdade
e possibilidades de movimentos, utilizarão de suas capacidades motoras e se
formarão através da pratica. E serão avaliados pelos seus esforços e superações,
não por suas falhas.
REFERÊNCIAS

D´ANTOLA, A. R. M. A. Observação na Avaliação Escolar. 2ed. São Paulo:


Loyola, 1981.

DEMO, P. Avaliação Qualitativa. 3° ed. São Paulo: Cortez, 1991.

MATHEWS, D. K. Medida e avaliação em Educação Física. 5. ed. Rio de Janeiro:


Interamericana,1980.

SOUZA, N. M. P.; VOTRE, S. J. Ensino e Avaliação em Educação Física. In:


Sebastião Josué

Votre. (Org.). Ensino e Avaliação em Educação Física. 1a. ed. São Paulo: Ibrasa,
1993, p. 121-149.

GIANNICHI, R. S. Medidas e avaliação em Educação Física. Viçosa: Editora da


Universidade Federal de Viçosa, 1984.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São


Paulo: Cortez, 1992.

XAVIER, T. P. Métodos de ensino em educação física. Barueri: Editora Manole,


1986.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. –


18. Ed. – São Paulo: Cortez, 2006.

SILVA, Waldirene Gomes. PERIC, Raja Bou Assi. Avaliação nas aulas de
Educação Física: entre a teoria e a prática. Revista Interfaces: ensino pesquisa e
extensão. Nº 1, 2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo.


Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, n. 6, p. 6-15, nov./dez. 1984.
LÜDKE, M.; MEDIANO, Z. Avaliação na escola de 1º grau: uma análise
sociológica. Campinas: Papirus, 1992.

SANT’ANNA, I. M. Por que Avaliar? Como Avaliar? Petrópolis: Vozes, 1995.

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