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v=cIY22fO9A6o

(Parte 1 de 4)

https://www.youtube.com/watch?v=Klq_6JaTBBs

(Parte 2 de 4)

https://www.youtube.com/watch?v=mcw6WDuU6Ww

(Parte 3 de 4)

https://www.youtube.com/watch?v=UNQwzkjrjN0

(Parte 4 de 4)
TECIDOS MUSCULARES
O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contêm
grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas
contráteis, geradoras das forças necessárias para o contração desse
tecido.

Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se


com a locomoção e outros movimentos do corpo.

As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de


fibras musculares ou miócitos.

Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina


deslizam sobre os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho,
caracterizando a contração.
TIPOS DE TECIDOS MUSCULARES

Há três tipos de tecidos musculares - cada um tem


características próprias, adequadas ao papel que
desempenha no organismo.

1- Tecido muscular estriado esquelético

2- Tecido muscular estriado cardíaco

3- Tecido muscular liso.


Fig. Esquema da estrutura dos três tipos de músculos vistos em cortes
longitudinais e transversais.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do músculo estriado esquelético
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética
Fig. Esquema do tecido muscular estriado esquelético
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do músculo estriado esquelético

Sarcolema (membrana plasmática)

Fibras
musculares Miofibrilas

Capilar Perimísio
Epimísio
Endomísio
Capilares
Fig. Corte transversal de músculo estriado esquelético.
Fig. Corte transversal de músculo estriado esquelético.
Fig. Corte transversal de músculo estriado esquelético.
Fig. Corte longitudinal de fibras musculares estriadas esqueléticas.
Fig. Corte longitudinal de fibras musculares estriadas esqueléticas.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO

Apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse tecido ocorre
apenas no coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo
(contração involuntária). No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica.

Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do músculo estriado cardíaco.


Fig. Desenho ilustrando a estrutura da célula muscular estriada cardíaca.
Fig. Corte longitudinal de músculo cardíaco.
Fig. Fotomicrografia de músculo cardíaco. Observar as estrias transversais
e os discos intercalares.
Fig. Desenho mostrando o disco intercalar e as estruturas juncionais
(zônula de adesão e desmossomos) e junções comunicantes que fazem
parte do disco intercalar.
TECIDO MUSCULAR LISO
 Miócitos uninucleados e fusiformes, isto é, alongados e com as
extremidades afiladas.

 Nessas células a contração é involuntária e lenta.

 Ocorre nas artérias, sendo responsável por sua contração; ocorre também
no esôfago, no estômago e nos intestinos, sendo responsável pelo
peristaltismo nesses órgãos.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do músculo liso.
Fig. Fotomicrografia de músculo liso.
FIBRA MUSCULAR ESTRIADA ESQUELÉTICA

• Tem a forma de um longo cilindro, que pode ter o


comprimento do músculo a que pertence.

• É multinucleada e os núcleos se situam na periferia da


fibra, junto à membrana celular.

• Possui no citoplasma bandas transversais características,


e por esta razão é um músculo estriado.
Figura – Preparação histológica de músculo estriado esquelético.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras
musculares estriadas esqueléticas.
Figura – Preparação histológica, corte transversal de fibras
musculares estriadas esqueléticas.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal e
transversal de fibras musculares estriadas esqueléticas.
ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

• As fibras musculares esqueléticas formam feixes ou fascículos que se


reúnem a outros feixes e estes conjuntos de feixes constituem
os músculos esqueléticos.

• Há um delgado tecido conjuntivo frouxo, denominado ENDOMÌSIO,


envolvendo as fibras musculares. Este tecido conjuntivo é importante
pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados a estas fibras.

• Há um tecido conjuntivo denso não modelado denominado PERIMÍSIO


que reúne (envolve) fibras musculares esqueléticas em grupos
denominados fascículos ou feixes.

• O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo


denso denominada EPIMÍSIO. Esta capa contém todos os fascículos do
músculo.
PLACA MOTORA OU JUNÇÃO MIONEURAL

• É a região da superfície de uma fibra muscular onde um ramo


de um axônio forma uma sinapse com a fibra. Neste local um
impulso nervoso que chega pelo axônio pode resultar em uma
contração muscular.

• Cada fibra muscular estriada esquelética tem somente uma


placa motora.
Figura – Mostra uma fibra muscular estriada esquelética e ramo de
uma fibra nervosa (placa motora)
Figura - Representação esquemática de um músculo, um nervo e de
unidades motoras.
Terminais sinápticos em
Medula junções neuromusculares
espinhal
Unidade Unidade
motora 1 motora 2

Nervo

Corpo celular de
neurônio motor

Fibra de
neurônio motor

Músculo

Fibras musculares
(células musculares)
MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fig. Desenho mostrando a ultraestrutura e o mecanismo de contração


do músculo esquelético.
FIBRA MUSCULAR ESTRIADA CARDÍACA

• Tem a forma de um curto cilindro com um ou dois núcleos no


centro da célula.

• O citoplasma possui estriações transversais.

• As fibras aderem umas às outras pelas suas extremidades,


através de junções intercelulares. Cada conjunto de junções é
denominado disco intercalar ou disco escalariforme porque às
vezes os traços lembram os degraus de uma escada.

• Frequentemente uma célula estabelece contato com duas ou mais


outras células musculares por meio dos discos intercalares.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras
musculares estriadas cardíacas.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras musculares
estriadas cardíacas.
Figura – Preparação histológica, corte transversal de fibras
musculares estriadas cardíacas.
DISCOS INTERCALARES

• As fibras musculares cardíacas são unidas entre si por


junções intercelulares situadas em suas extremidades.

• Estas junções promovem adesão entre as fibras e


permitem comunicação intercelular através da passagem
de íons e pequenas moléculas de uma célula a outra.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras musculares
estriadas cardíacas. As setas indicam os discos intercalares.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras musculares
estriadas cardíacas. As setas indicam os discos intercalares.
TECIDO MUSCULAR LISO

• As fibras musculares lisas, diferente dos outros tipos de células


musculares são fusiformes; suas extremidades são mais
delgadas que o seu centro.

• O núcleo é central e localizado na porção mais larga da célula.

• O citoplasma não tem estriação transversal.


Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras musculares
lisas.
Figura – Preparação histológica, corte longitudinal de fibras musculares
lisas. As setas indicam a posição central do núcleo.
Fig. Desenho ilustrando a estrutura e a contração da célula muscular lisa.
VIAS DE COMUNICAÇÃO DO MÚSCULO
ESQUELÉTICO COM O SISTEMA NERVOSO.
Figuras - Dissecção de rã, onde se vê a inervação da
musculatura dos membros inferiores, na região sacral.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética
Fig. Desenho ilustrando a estrutura da célula muscular estriada esquelética.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do músculo e da fibra muscular
estriada esquelética.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética
Fig. Desenho mostrando a organização da miofibrila da fibra muscular
estriada esquelética.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética.
• Um túbulo-T ou túbulo transverso é uma invaginação profunda
da membrana plasmática encontrada nas células de músculo
esquelético e cardíaco. Estas invaginações permitem que a
despolarização da membrana plasmática rapidamente penetre
no interior da célula.

• No músculo esquelético, cada túbulo T está ligado (associado)


a duas cisternas do retículo sarcoplasmático, formando uma
tríade.
• No músculo cardíaco, cada túbulo T está ligado (associado) a
uma cisterna do retículo sarcoplasmático, formando uma
díade.
Túbulos T: é o sistema transversal de túbulos constituído de
invaginações do sarcolema (membrana plasmática) e
intimamente associado ao retículo sarcoplasmático (retículo
endoplasmático): têm, em ambos lados, uma cisterna do
retículo sarcoplasmático formando uma estrutura chamada
tríade. É responsável pela contração uniforme de toda a fibra
muscular (célula muscular), garantindo que o estímulo que
chega em determinada região do sarcolema possa ser
espalhado o mais rapidamente possível por toda a fibra, a
cada miofibrila e sarcômeros.
Fig. Desenho ilustrando a estrutura da tríade.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética.

Membrana plasmática da
célula muscular
Fig. Desenho mostrando a ultraestrutura de uma fibra muscular
esquelética de mamífero.
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização da fibra muscular estriada esquelética
MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do sarcômero.

Linha Z Linha Z

SARCÔMERO
MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fig. Desenho esquemático ilustrando a organização do sarcômero.


MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fig. Ultraestrutura do sarcômero.


MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fig. Desenho mostrando o mecanismo de contração muscular.


MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
Fig. Desenho mostrando a estrutura de uma miofibrila e de um sarcômero
da célula muscular esquelética de mamífero.
MECANISMOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Fig. Desenho mostrando a estrutura do sarcômero e o mecanismo de


contração muscular.
O filamento fino é composto por três proteínas: a actina, a
troponina e a tropomiosina. A actina é a molécula central, que
polimeralizada forma uma dupla hélice e contém os sítios de
ligação com a miosina. A tropomiosina é uma molécula presa à
actina de forma espiralada sobre a dupla hélice. A
tropomiosina bloqueia o sítio de ligação da actina na miosina,
impedindo a ligação destas duas proteínas. A troponina fica
presa à molécula de tropomiosina, e possui três subunidades:
uma com afinidade à actina, outra a tropomiosina e uma última
ao Ca2+. A troponina regula o bloqueio do sítio de ligação feito
pela tropomiosina.
Os filamentos de actina e miosina têm uma grande afinidade e
ligam-se facilmente sem a presença do complexo troponina-
tropomiosina. O complexo troponina-tropomiosina impede a ligação
da actina na miosina na ausência de cálcio (Ca2+). O mecanismo
de liberação do sítio de ligação actina-miosina começa com a
chegada do potencial de ação à membrana do músculo,
promovendo a saída de íons Ca2+ do retículo sarcoplasmático.
Estes íons ligam-se à troponina C, causando uma mudança
conformacional da mesma que se reflete na molécula de
tropomiosina, que libera então o sítio da actina (onde a miosina se
liga) que estava bloqueado. A interação actina-miosina se dá
imediatamente desde que haja ATP (presente em condições
normais).
Fig. Características dos três tipos de células musculares.
O QUE É A TOXINA BOTULÍNICA ou TETÂNICA (Botox)?

• Polipeptídeo (1296 aminoácidos) sintetizado por bactéria


(Clostridium botulinum) - causa paralisia muscular por inibição
da liberação de acetilcolina.

• Neurotoxina funciona como protease, digerindo componentes


do complexo de fusão, inibindo a exocitose das vesículas
sinápticas e impedindo a liberação da acetilcolina (Ach).

• Uso médico (incontinência urinária, bexiga hiperativa,


hiperatividade muscular involuntária; dor de cabeça;
estrabismo, blefaroespasmo, espasmo hemifacial, distonias e
bruxismo.

• Uso estético (rugas, hiperidrose palmar e axilar).


Resposta à aplicação de toxina botulínica

ANTES DEPOIS DEPOIS DE DEPOIS DE


TRÊS MESES SEIS MESES
• O músculo estriado esquelético (a massa muscular do corpo
humano) é composta por dois tipos principais de fibras musculares,
as vermelhas e as brancas. A classificação das fibras foi feita de
acordo com suas características contráteis e metabólicas.

• As fibras VERMELHAS são também chamadas de Tipo I ou de


contração lenta.

• As fibras BRANCAS são também chamadas de Tipo II ou de


contração rápida.

• Os dois tipos estão presentes em todos os grupos musculares do


organismo, no entanto, há o predomínio de um tipo sobre o outro
dependendo do músculo e de fatores genéticos.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS

 Tipo I - contração lenta

 Tipo II – contração rápida

• Tipo II A – contração oxidativa

• Tipo II B – contração glicolítica


FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I)

• Sistema de energia utilizado: AERÓBICO.

• Contração muscular lenta.

• Capacidade oxidativa (utiliza o oxigênio na produção de energia

(ATP) durante a respiração celular).

• Coloração: vermelha (devido a grande quantidade de mioglobina

e mitocôndrias).

• São altamente resistentes à fadiga.

• São mais apropriadas para exercícios de longa duração (natação,

corrida).
• FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II)
• Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO.

• Alta capacidade para contrair rapidamente.

• Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose).

• Coloração: branca.

• Fadigam rapidamente.

• Gera movimentos rápidos e poderosos.

• Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas,

arranques com mudança de ritmo (basquete, futebol, musculação).


CREATINA é um composto produzido no fígado, rins e pâncreas e transportado até os
músculos esqueléticos. FOSFOCREATINA é uma molécula de creatina fosforilada que é um
importante depósito de energia no músculo esquelético, já que transporta uma ligação fosfato
de alta energia similar às ligações do ATP.
Fig. Corte histológico de músculo estriada esquelético, onde se vê fibras
do tipo I e do tipo II.
Quais são os músculos mais fortes do corpo humano? E o mais fraco?

GLÚTEO MÁXIMO – um dos mais fortes da estrutura humana - sustenta


nosso corpo na posição ereta. Por ser composto por fibras de contração
lenta, resistentes à fadiga e suportam mais peso.

SOLEO E GASTROCNEMIO – músculos da panturrilha estão associados


ao glúteo. O conjunto de três músculos (soleo, gastrocnêmio lateral e
medial) é responsável por vários movimentos do corpo.

MASSETER – músculo da mandíbula.

LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR – além de ser o mais fraco dos


músculos, é um dos menores do corpo.
MÚSCULOS EXTRAOCULARES - posição dos olhos - têm alta proporção
de fibras tipo II (contração rápida).

MÚSCULO SOLEUS - pernas (postura) – têm alta proporção de fibras tipo


I (contração lenta).
MÚSCULO SOLEUS - pernas (postura) – têm alta proporção de fibras
tipo I (contração lenta).

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