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O que é contabilidade ambiental?

A contabilidade ambiental é um instrumento de controle de dados referentes às


atividades ou ações das empresas que possam afetar o meio ambiente de alguma forma.
É um ramo da contabilidade tradicional.

Uma oportunidade de desenvolvimento sustentável, onde o contador é o profissional


responsável em assegurar que a legislação e os critérios éticos sejam cumpridos.

Ele deve incentivar a implantação de uma gestão ambiental eficiente, criando


metodologias que possam medir e mostrar os benefícios destas ações para gerar receita
sustentável.

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O contador também responde pelo estudo de viabilidade do negócio, fornecendo dados


e informações empresariais e governamentais.

Orienta sobre a alocação de recursos alertando os gestores sobre possíveis danos e


consequências que a atividade possa gerar ao meio ambiente.

A contabilidade ambiental engloba despesas, perdas, receitas, custos naturais, ativos e


passivos relacionados ao meio ambiente. O gerenciamento ambiental inclui a elaboração
de relatórios contábeis e de sustentabilidade e um bom planejamento.

Nele devem constar informações importantes como os custos com a recuperação de


áreas contaminadas, gastos para cobrir acidentes, receita oriunda do comércio de
produtos reciclados, entre outras iniciativas positivas.
Como funciona a contabilidade ambiental?

A empresa pode incluir no quadro de funcionários um profissional especializado em


contabilidade ambiental, ou contratar empresas da área, como a Investor para prestar
esse serviço.

Ambos terão a responsabilidade de incentivar ações ambientais positivas e gerar dados


contábeis dos balanços sociais da empresa.

Além disso, tem o dever de  criar sistemas de trabalho que atendam a legislação
ambiental vigente e possam mostrar aos gestores, as vantagens que estas iniciativas
trazem para os resultados financeiros e para a imagem da marca no mercado.

A contabilidade ambiental deve ainda trabalhar para que a empresa implante as normas
do International Organization for Standardization ISO 14.001, que auxiliam na
identificação dos riscos ambientais inerentes à atividade exercida pela empresa.

A norma internacional é concedida pelo Registro Italiano Navale (RINA), uma


certificadora credenciada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro), com sede no Brasil.
Além da produção, o consumo da população sobre os recursos naturais também é objeto
de trabalho e metodologia da contabilidade ambiental, realizada por meio da Pegada
Ecológica.

Qual é o objetivo da contabilidade ambiental?


Uma produção cada vez mais sustentável é o principal objetivo da contabilidade
ambiental. Por isso foca seu trabalho na identificação, no registro e no esclarecimento
de possíveis eventos e operações econômicas relacionadas direta ou indiretamente com
a proteção, a preservação e a recuperação ambiental.

Adotando modernas ferramentas de trabalho, em concordância com a legislação


ambiental, fornece dados sobre os custos, os investimentos ambientais, a padronização
das ações preventivas, emissão de documentos referentes aos riscos, aos impactos, ao
descarte, à degradação, ao saneamento, entre outros.

A contabilidade ambiental atua em três áreas: produção, direção ou gestão e meio


ambiente.

E pode trabalhar tanto por meio da contabilidade ecológica, onde realiza medições
físicas para ver como a empresa se relaciona ou influencia o meio ambiente. Ou pela
contabilidade tradicional voltada para o meio ambiente.

O balanço ambiental é um dos importantes documentos de responsabilidade da


contabilidade ambiental. Nele estão relacionados os gastos e os investimentos que a
empresa realizou em determinado período em prol da área e dos passivos ambientais.

Contabilidade ambiental no Brasil


Apesar do tema das contas ambientais estarem vigente no Brasil desde 1992, ainda são
grandes os desafios e barreiras a serem vencidas em relação ao desempenho da
contabilidade ambiental em prol de uma produção mais sustentável.

Em junho daquele ano o Brasil sediou no Rio de Janeiro a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente, no Rio de Janeiro.

Para o diretor do Programa Biodiversidade, Floresta e Clima da GIZ, Jens


Brueggemann, é preciso criar uma forma eficiente para que as políticas públicas
incorporem o custo e os ativos e ganhos para evitar perdas ao patrimônio nacional e
internacional e ao meio ambiente.

A GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit é uma agência de


implementação da cooperação alemã para o desenvolvimento, com sede no Brasil.

Empresários, órgãos ambientalistas e de governo reconhecem a contabilidade ambiental


como um importante instrumento de contribuição para a Agenda 2030 e convenções
ambientais da Organização das Nações Unidas ONU.

Coordenada pela ONU, desde 2015, dirigentes de 193 países assumiram compromisso
de propor ações de enfrentamento a diversos problemas como a pobreza, a fome e os
danos ao meio ambiente. A agenda 2030 envolve governos, instituições, empresas e
sociedade.

O Brasil é um dos integrantes e tem, segundo relatório da Agenda, que encontrar meios
para solucionar dois grandes problemas. O primeiro é o crescente aumento da pobreza.
O segundo é o teto dos gastos públicos, que limita por 20 anos as despesas do governo
em saúde e educação, por exemplo.

Esse é considerado um dos maiores desafios da União para contenção da crise. Jens
ressalta ainda que a contabilidade ambiental é crucial na tomada de decisões por parte
do governo e de entidades em temas como biodiversidade, clima, água ou florestas.

Qual a importância da contabilidade ambiental para as


empresas?
Como são as principais exploradoras dos recursos naturais, as empresas também são
responsáveis em gerar iniciativas que preservem e amenizem os riscos ao meio
ambiente.

Para as empresas são diversas as vantagens em adotar as metodologias propostas pelo


setor. Entre elas:

– Maior controle dos impactos das ações e sistemas produtivos;

– Padronização dos processos de produção;

– Promove redução dos custos;

– Auxilia na tomada de decisões mais assertivas;

– Contribui para aumentar a transparência;

– Melhora a imagem corporativa no mercado e na sociedade;

– Desenvolve maior percepção sobre desenvolvimento sustentável;

– Analisa todos os gastos envolvidos no processo;

– Facilita acesso a incentivos fiscais e taxas menores de juros para financiar o  


crescimento do negócio.

Como aplicar contabilidade ambiental na sua


empresa?
Colocar em prática a contabilidade ambiental na empresa é crucial para seu
desenvolvimento e lucro sustentável. Um bom plano de ação que inclua ações
ecológicas, mudanças nos processos, pode ser um bom começo.

Abaixo trazemos mais alguns passos importantes para esse fim:

1 – Realizar uma avaliação de todos os custos envolvidos no processo produtivo, que,


de alguma forma, possam impactar o meio ambiente. Investimentos que gerem
crescimento sustentável também devem ser considerados.

2 – Demonstrar de forma clara e precisa todas as informações coletadas nos balanços


contábeis.

Por exemplo, no campo dos ativos indicar as receitas ambientais decorrentes de


ressarcimentos do governo ou participação societária em empresas com vistas à
preservação ecológica.

Os ativos imobilizados devem minimizar os impactos ao meio ambiente, bem como o


passivo devem constar multas ou indenizações ambientais, entre outros dados.

3 – Adequar a empresa às normas do ISO 14.001.


4 – Preservar a transparência na hora de informar os danos gerados ao ecossistema,
divulgando informações claras e precisas. Em paralelo deve apresentar as iniciativas
para corrigir e aprimorar os processos para evitar que o problema se repita.

Vantagens da utilização da contabilidade ambiental?


As empresas que já incorporaram a contabilidade ambiental em sua gestão encontram
diversas vantagens no uso de suas ferramentas. Aqui destacamos as principais:

– Maior controle dos impactos ambientais, com melhor aplicação dos recursos e
monitoramento apropriado.

– Padronizar os processos resulta em indicadores sobre o desempenho ambiental mais


precisos e confiáveis.

– Melhor uso dos recursos e de consumo como energia elétrica ou água, irá gerar
redução de custos.

– Contribui para tomada de decisões mais precisas, pois a empresa se baseia nas
avaliações de risco para definir os próximos passos.

– Maior transparência e precisão na elaboração de relatórios integrados reunindo em um


só local informações ambientais, sociais ou financeiras da empresa.

– Adotando todos os itens acima a empresa melhora a sua imagem perante clientes e
consumidores. Além do meio ambiente, também pode ampliar as ações de
responsabilidade social.

– Pode viabilizar várias receitas ambientais. Além do lucro sustentável, esses


rendimentos podem vir das vendas de tecnologia voltada para despoluição; de serviços
de gestão ambiental; de produtos reciclados ou produzidos a partir dos resíduos
industriais, entre outros.

Como fazer contabilidade ambiental?


Responsabilidade social e melhor aproveitamento dos recursos naturais são os pilares da
contabilidade ambiental. Ao contar com apoio de um contador especializado no
assunto , a empresa sai na frente de seus concorrentes.

Para interpretar, registrar e divulgar os dados, esse profissional precisa adotar


metodologias e instrumentos importantes para o desenvolvimento do trabalho dentro e
fora da empresa. Entre elas ele deve:

– Realizar os registros contábeis de todas as atividades que possam gerar qualquer dano
ao meio ambiente, bem como as medidas que a empresa tomará para resolver a questão.

– Encontrar e registrar todos os custos, os ativos e os passivos ambientais. Ou seja,


todos os investimentos ou gastos de origem ecológica que podem se apresentar também
em forma de capital circulante ou fixo.

– Definir quais os critérios serão adotados para a realização do trabalho. Deve informar
as metodologias que usou para isso, como taxas, avaliação do ativo, dívidas, valor do

– Deve adotar padrões e certificações técnicas nacionais e internacionais como o ISO


14.001 que trata das condições para criar um sistema de gestão ambiental na empresa.
– É preciso ainda criar ferramentas que aprimore o desempenho ambiental, em especial
as funções ligadas à contabilidade financeira destinada a esse fim.

Registro das atividades

É preciso que o profissional contábil registre todas as informações e atividades da


empresa que, de alguma forma, possam causar algum tipo de impacto ambiental.

Em consequência disso gere prejuízos financeiros. Também devem ser anotados todos
os registros contábeis e ações que a unidade venha a realizar para minimizar ou sanar
esses impactos.

Custos, ativos e passivos ambientais

São considerados custos ambientais todos os investimentos para gerenciamento


ambiental, feitos no processo produtivo, assim como as atividades ecológicas
desenvolvidas.

Já os ativos e passivos se relacionam aos financiamentos e investimentos que a empresa


possa realizar em suas ações em prol do meio ambiente. Devem constar como passível
circulante ou realizável a longo prazo.

Critérios adotados

Todos os registros devem ser feitos e apresentados por meio de notas explicativas


ambientais, que devem ser separadas de outros tipos de notas do gênero.

Elas devem conter os critérios que a empresa adotou para avaliar, por exemplo, estoques
ambientais, valor de depreciação, avaliação do ativo.

Podem conter ainda dados sobre as dívidas em relação a ações ambientais, lucros no
exercício, entre outras informações importantes da área.

Relatórios integrados na contabilidade ambiental

É por meio dos registros contábeis específicos que o contador idêntica se as atividades
da empresa podem ou não causar algum tipo de dano ao ecossistema. Isso de certa
forma pode acarretar prejuízos monetários.

Estas informações são organizadas por meio de relatórios integrados, que unifica dados
financeiros, ambientais, sociais e de governança de forma mais abrangente. São
estruturas de relatórios criadas pelo International Integrated Reporting Council (IIRC).
Um grupo de líderes internacionais dos setores corporativo, investimentos,
contabilidade, valores mobiliários, regulatório, acadêmico e normativo e da sociedade
civil.

Em alguns países, por exemplo, a bolsa de valores exige a apresentação de relatórios


integrados para as empresas interessadas nas suas transações comerciais.

Empresas como Philips, Novo Nordisk, American Electric Power, Pfizer, Astrazeneca e
a United Technologies Corporation já incorporaram o documento em sua gestão
ambiental.

Com base nos relatórios integrados os gestores priorizam as estratégias, minimizam


recursos e ganham competitividade.

Quais as áreas da contabilidade ambiental?


O contador especializado em contabilidade ambiental pode atuar nas áreas de
planejamento e controle de projetos, financeiro, de gestão, meio ambiente, entre outras.

Ele auxilia no cálculo do impacto que as ações da empresa geram ao meio ambiente e
qual seria o resultado financeiro disso.

A contabilidade ambiental está dividida em duas partes distintas, a ecológica e a


convencional aplicada ao meio ambiente.

Duas importantes vertentes que ajudam os gestores a investir de forma mais racional,
com decisões que contribuam para melhorar a imagem corporativa da empresa, bem
como junto aos consumidores.

Ao dimensionar os custos ambientais envolvidos no negócio, esses profissionais


consideram também os gastos gerados com a limpeza ou recuperação de áreas
contaminadas, as penalidades, os impostos e as multas ambientais.

Também são computados os custos para gerenciar resíduos e aquisição de tecnologias


que facilitem a prevenir a poluição, por exemplo.

Exemplo de uso da contabilidade ambiental


Diversas empresas já entenderam os benefícios que a contabilidade ambiental traz para
os negócios. Mas antes de pensar na carreira é preciso identificar onde procurar a
formação nessa área.

Hoje já bem difundida no meio acadêmico, a contabilidade ambiental é uma vertente da


contabilidade tradicional e a primeira instituição a adotar esse conhecimento foi
a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA).

Marcas como Coca Cola, Itaú, Danone e Natura já incorporaram uma versão integrada
dos tradicionais relatórios de contabilidade.

Por meio de modernas ferramentas de gestão identificam, por exemplo, dados como a
quantidade de água usada, de lixo produzido ou de matéria-prima explorada.

Por meio da contabilidade ambiental, a Natura já consegue uma análise detalhada da sua
cadeia produtiva e já colhe resultados.

Conseguiu apurar cerca de R$ 132 milhões de impacto financeiro e R$ 77 milhões


recebidos como compensação ambiental da empresa.

Conclusão
Em busca de uma produção cada vez mais sustentável vimos que a participação da
contabilidade ambiental na gestão das corporações é positiva para a empresa e para o
meio ambiente.

Ela contribui para o desenvolvimento das mais diversas atividades econômicas sem
comprometer a lucratividade do negócio.

Além disso, ajuda a implementar uma mudança na cultura administrativa, com foco em
uma produção mais sustentável e que não agrida o ecossistema.

Tudo dentro das mais rígidas normas regulamentadoras como o ISO 14.001. Serviço
que pode ser incorporado na empresa por meio da contratação de um contador
especializado na área, ou de empresas que podem atuar de forma eficaz dentro e fora da
empresa.

Entre elas a Investor Consulting Partners, com expertise em soluções customizadas e


bom planejamento.

Recursos que oferecem bons resultados nos negócios, em especial, quando o assunto é
preservação ambiental. Com mais de dez anos de atuação, já atendeu mais de 300
empresas dos mais diversos setores da economia, em 20 estados brasileiros.
Para isso conta com equipe especializada, adotando modernas ferramentas e
metodologias de trabalho em diversas áreas de atuação.

Se você gostou de saber um pouco mais sobre contabilidade ambiental e quer se manter
atualizado sobre o tema, acesse nosso site e acompanhe nossas publicações.

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O que é contabilidade ambiental e como


funciona?
O que é contabilidade ambiental? Confira esta definição:

Contabilidade ambiental é um braço da contabilidade “tradicional” que se dedica a


registrar e monitorar dados relacionados às atividades da empresas que impactam, direta
ou indiretamente, o meio ambiente.

Assim, é função da contabilidade ambiental:


Emitir um relatório que aponte, em aspectos monetários, as consequências de todas
as ações da empresa relacionadas a questões ambientais.

Ou seja, mostrar de que maneira a relação que a empresa tem com o meio ambiente
afeta:

 seu patrimônio;
 seus faturamentos;
 sua lucratividade.

Cabe à contabilidade ambiental orientar as tomadas de decisão da empresa no que


diz respeito à sua saúde financeira do negócio e o posicionamento da organização
em relação a aspectos ambientais.

As análises da contabilidade ambiental tratam também dos custos com limpeza e


reparação de alguma área que possa ter sido afetada pelas atividades da empresa,
multas ambientais, impostos específicos para atividades que exploram a natureza
diretamente, gestão de resíduos, investimentos em tecnologias para reduzir a
poluição etc.

A contabilidade ambiental é uma prática muito importante do ponto de vista legal,


financeiro e de mercado.

Manter-se em dia com as legislações ambientais evita que a empresa tenha que
arcar com multas e demais penalidades que podem comprometer a saúde financeira
do negócio.

Isso, aliás, faz parte da chamada gestão de riscos e compliance de uma empresa.

Além disso, a consciência sobre a responsabilidade socioambiental das empresas é


algo que o mercado tem cobrado bastante. Os consumidores estão mais atentos aos
impactos que as atividades das empresas exercem no meio ambiente e isso é um
dos fatores decisivos no processo de compra.

Dessa forma, a contabilidade ambiental vai além dos interesses financeiros da


organização e se preocupa também com as práticas sustentáveis da empresa e com
o relacionamento dela com a comunidade.

A contabilidade ambiental é importante também para imagem da empresa no


mercado. Ou seja, as práticas de contabilidade ambiental contribuem para a maneira
com que o público percebe a marca.

Com a contabilidade ambiental, é possível ter acesso a incentivos fiscais e taxas


menores de juros para financiar o desenvolvimento do negócio.

As principais vantagens da contabilidade


ambiental
 Maior transparência sobre a relação entre o patrimônio da empresa e as
questões ambientais;
 Aferição correta do consumo de recursos naturais;
 Melh

oria da imagem de marca da empresa perante consumidores, investidores e


governo;
 Maior clareza sobre a viabilidade de determinadas ações que envolvam o
meio ambiente;
 Identificação mais precisa sobre custos ambientais e otimização dos mesmos;
 Mais assertividades nas tomadas de decisão.

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 CONTABILIDADE AMBIENTAL

4.1 NATUREZA CONTÁBIL DAS CONTAS AMBIENTAIS

4.1.1 Ativo Ambiental

Para a contabilidade, ativos são os bens e direitos pertencentes à empresa, resultantes de


suas transações, objetivando benefícios econômicos (SILVA, 2009, p. 109). Tinoco e
Kraemer (2004, p. 176) afirmam que: ativos ambientais são os bens adquiridos pela
companhia que tem como finalidade controle, preservação e recuperação do meio
ambiente. Ribeiro (2005, p. 61) ressalta que:

Os ativos ambientais são constituídos por todos os bens e direitos possuídos pelas
empresas, que tenham capacidade de geração de benefício econômico em períodos
futuros e que visem à preservação, proteção e recuperação ambiental. O ativo ambiental
pode ser entendido como os gastos ambientais capitalizados e amortizados durante o
período corrente e os futuros, porque satisfazem os critérios para reconhecimento como
ativos.
Conforme definição da Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRIO) (2012), os ativos
ambientais podem ser divididos em dois tipos.

a) cotas (ou permissões): são direitos de realizar um impacto ambiental. Em geral, são
alocadas pelo poder público, de modo a limitar o impacto ambiental de determinadas
atividades.

b) créditos: são certificados que representam um impacto ambiental positivo, resultante


de uma atividade realizada de modo voluntário, podem ser usados para compensar um
impacto ambiental negativo, seja de modo voluntário, ou para cumprimento de leis
ambientais.

De acordo com o IBRACON (2012) – NPA 11 – compõem os ativos ambientais:

O imobilizado no que se refere aos equipamentos adquiridos, visando à eliminação ou


redução de agentes poluentes, com vida útil superior a um ano; e os gastos com
pesquisas e desenvolvimento de tecnologias a médio e longo prazos, constituindo, a
rigor, valores integrantes do ativo diferido (se envolverem benefícios e ação que se
reflitam por exercícios futuros). Também integram o ativo ambiental, os estoque,
quando relacionados com insumos do processo de eliminação dos níveis de poluição;
componentes representados por empregos e impostos gerados; e obras de infraestrutura
local, escolas, creches, áreas verdes e ajardinadas, que busquem o desenvolvimento e a
valorização da região e que, eliminando o passivo ambiental, a empresa produz ativos
no local.

Entende-se por ativo ambiental, todos os bens e direitos adquiridos pela empresa, tendo
esses a finalidade de preservação do meio ambiente, podendo ser considerado também
como todo gasto incorrido que trará benefícios futuros para a empresa, desde que
relacionados com a preservação ou recuperação ambiental, ou aquele gasto que tenha
incorrido em razão de segurança ambiental para a empresa, não gerando nenhum
beneficio para a empresa.

4.1.2 Passivo Ambiental

E conformidade com o IBRACON (2000), o passivo ambiental é toda a agressão


praticada ou que se pratica contra o meio ambiente e consiste no valor de investimentos
necessários para reabilitá-lo, bem como multas e indenizações em potencial. Silva
(2009, p. 135) esclarece que:
O passivo são todas as obrigações a pagar que a empresa possui, contraídas voluntária
ou involuntariamente, que num momento futuro exigirão a entrega de ativos, partes de
suas economias ou mesmo a prestação de serviços por parte da empresa para
compensação de algum tipo de dano ambiental causado ao meio ambiente.

Entre os principais exemplos de passivo ambiental citados por Silva (2009, p. 137)
estão:

a) obrigação de controlar o lançamento de efluentes e as emissões atmosféricas;

b) obrigação de armazenar e dispor adequadamente os resíduos; c) obrigação de


recuperar uma área degredada;

d) obrigação (mesmo voluntária) de preservar uma reserva ecológica.

Os passivos ambientais, conforme Martins e De Luca (1994, p. 27), referem- se:

Aos benefícios econômicos que serão sacrificados em função de obrigação contraída


perante terceiros para preservação e proteção ao meio ambiente. Tem origem em gastos
relativos ao meio ambiente, que podem constituir-se em despesas do período atual ou
anterior, aquisição de bens permanentes, ou na existência de riscos de esses gastos
virem a se efetivar (contingenciais).

Conforme o conceito dos autores entende-se por passivo ambiental, toda e qualquer
dívida que a empresa venha a contrair resultante de agressões praticadas contra o meio
ambiente, sejam elas voluntárias ou não, provenientes de riscos e incertezas ambientais.

4.1.3 Receita Ambiental

Receitas são entradas para o Ativo, sob a forma de bens ou direitos, sendo que em uma
empresa é representada pela venda de seus produtos, mercadorias ou serviços. Silva
(2009, p. 161).

Carvalho (2007, p. 142) afirma que, receitas ambientais são os recursos auferidos pela
entidade, em decorrência da venda de seus subprodutos ou de materiais reciclados.

Consideram-se receitas ambientais, todas as receitas que forem obtidas através da troca
por insumos ou serviços diretamente ligados a questão ambiental. Mais especificamente,
Tinoco e Kraemer (2004, p. 187), relatam que as receitas ambientais são decorrentes de:

b) venda de produtos elaborados de sobras de insumos do processo produtivo;


c) venda de produtos reciclados;

d) receita de aproveitamento de gases e calor; e) redução de consumo de matérias-


primas; f) redução do consumo de energia;

g) redução do consumo de água;

h) participação no faturamento total da empresa que se reconhece como sendo devida a


sua atuação responsável com o meio ambiente.

Ao investirem no meio ambiente consequentemente as empresam provocam melhorias


em seu desempenho econômico, financeiro, ambiental e social, através do incentivo à
produtividade dos recursos utilizados em seu processo produtivo, tornando-se
poupadores desses recursos que além de contribuírem para a redução de impactos
ambientais podem ser considerados receitas (TINOCO; KRAEMER, 2004).

4.1.4 Perdas ambientais

De acordo com Hendriksen e Van Breda, (1999, p. 234), “[...] as perdas ambientais
devem refletir uma queda de valor de mercado ou outra medida observável de valor. As
perdas resultam de eventos externos e exógenos não previstos como necessários para o
processo de geração de receitas”.

Ribeiro (2010) define perdas ambientais como todo o gasto incorrido em uma
companhia e que não proporcionam benefícios para a mesma. Classificam-se como
normais ao serem previsíveis e de montante definido e aceitável e, como anormais ao
serem inesperados e de volume relevante. Segundo o mesmo autor, as perdas ambientais
podem advir de:

a) gastos que não trazem qualquer benefício adicional;

b) multas ou penalidades por inadequação das atividades à legislação; c) restauração de


áreas contaminadas (próprias ou de terceiros);

d) complemento da estimativa dos custos de recuperação relacionados a atividades de


períodos anteriores.

Percebe-se assim, que é importante a correta identificação dos custos, das despesas, dos
ganhos e das perdas ambientais, pois todos atingem diretamente o resultado da empresa.

4.1.5 Custos e Despesa Ambiental


Conforme explica Silva (2009, p. 189) “Despesas são os recursos consumidos na forma
de bens e serviços que resultará em uma receita, é todo sacrifício da empresa para
obtenção de uma receita”. Segundo Ribeiro (1992, p.78),

Estes recursos, necessários à obtenção de receitas são tradicionalmente divididos entre


custos e despesas. Os custos são aqueles relacionados ao processo de produção,
enquanto as despesas são aquelas relativas à administração da empresa como um todo.

Tinoco e Kraemer (2004, p. 186), relatam que as despesas ambientais são ocasionadas
por:

a) prevenção de contaminação relacionada com as atividades operacionais atuais;

b) tratamento de resíduos e vertidos; c) tratamento de emissões;

d) descontaminação; e) restauração;

f) materiais auxiliares e de manutenção de serviços; g) depreciação de equipamentos;

h) exaustões ambientais;

i) pessoal envolvido na produção; j) gestão do meio ambiente;

k) investigação e desenvolvimento;

l) desenvolvimento de tecnologias mais limpas; m) auditoria ambiental.

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