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Miguel Lima dos Reis
O artigo produzido por Mariane Strunf (2005), é o resultado das pesquisas realizadas para sua
tese de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. O texto apresenta os resultados de sua pesquisa, e que nos fornece
um substancial material ao trazer para o centro de nossas discussões a recorrente problemática
do ensino e aprendizagem da língua portuguesa no contexto da escola apontando e discutindo
quais os mecanismos ou métodos responsáveis para uma aprendizagem significativa voltada
para os processos de leitura e escrita do aluno surdo através da escrita de sinais SignWriting.
O texto nos sugere uma provocação reflexiva sobre a necessidade de se evidenciarem produções
escritas especializadas sobre o tema doravante tratado, suscitando um empenho coletivo neste
empreendimento como forma de contribuir para que publicações em SignWriting sejam também
contempladas no contexto acadêmico. Ao caracterizar o foco das discussões desvelamos os
objetivos e propostas advindos deste processo dialético, e que se centram nos mecanismos
cognitivos envolvidos e responsáveis pelo processo de alfabetização pelo sistema de SignW
riting. O empreendimento epistemológico descrito nas linhas do presente atrigo tem
intencionalmente a função de identificar as causas dos recorrentes problemas de compreensão
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Discente do Curso de Licenciatura em Letras/ Libras e Língua Estrangeira pelo centro de Formação de
Professores –CFP da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
que os alunos surdos encontram em seu percurso escolar desde o ensino básico, perdurando até
o ensino superior. Como forma de superar estes pontos de entrave identificados pela autora, o
texto argumenta a importância de alguns procedimentos sistemáticos para a transformação de
livros de diversos gêneros textuais mais adequados as realidades linguísticas dos alunos
atentando sempre para o nível de competência linguística do aluno para assim, tornar esta leitura
mais acessível para a comunidade surda.
Na a interpretação dos dados, o texto ainda nos traz duas proposições elencadas pela autora, e
que abrem novos pontos de questionamento a respeito dos procedimentos de leitura e de escrita
experimentados pelos alunos surdos durante o período de escolarização, em especial no
processo de construção deste saber linguístico; a). Qual o nível de facilidade na leitura para
cada produção apresentada através do sistema SignWrinting?; b) A estrutura de texto
SignWrinting pode qualificar uma compreensão de leitura? Diante do questionamento
levantado no texto torna –se clara que formação dos signos é o processo da alfabetização na
Libras, e o texto através do sistema de SignWriting representando a língua de sinais para o
aluno surdo significa a transmissão de sinais. Esse texto da alfabetização no livro literário
através de SignWriting tem as pilhas que representam cada parâmetro. A expressão dos textos
em SignWriting segue auxiliando em uma alfabetização significativa para os alunos surdos
como primeira língua (L1).
A ideia de um registro impresso e acessível para o aluno surdo com o a utilização do sistema
de escrita SignWriting deve transmitir a as possibilidades da língua à comunidade surda desde
o ensino básico até o ensino superior. Neste contexto vemos que a ELIS, SEI e SignWritng
atualmente utilizadas pela comunidade surda registra no Brasil estas três possibilidades de
escrita de sinais, cabendo enfatizar aqui que no sistema SignWrinting (a recorrentemente mais
utilizada) expressa a predominância da natureza simbólica na CM: OPM: P.A conjunto de
expressões faciais que são utilizados para a representação do registro de língua de sinais, frente
a esta observação é examinado na aparte escrita e na leitura que o sistema desenvolve
competências na alfabetização e na própria escrita de sinais, se configurando como um
processo de ensino-aprendizagem que os surdos dispõe na codificação de símbolos escritos na
verificação das pilhas pela representação em Libras. Neste sentido, compreendem pela
codificação dos signos, o significado das palavras.
O texto aponta também que em grande parte os surdos iniciam seu processo de alfabetização
pela língua Portuguesa sem conhecer ainda a escrita de símbolos atribuídos a língua de sinais
por esta razão, se dá anão compreensão do significado das palavras. Também aponta as
peculiaridades entre escrita alfabética e a pontuado suas estruturas diferente. Enquanto o
processo de ensino – aprendizagem do português se centra na codificação e decodificação
fonológica da fala para o aluno ouvinte, isso não se plicaria na prática para o aluno surdo, este,
seria o ponto crucial em relação ao sujeito surdo, o aprendizado da língua de sinais como a
primeira língua a ser aprendida, e a língua portuguesa como segunda.
O entendimento que se constrói dia te das explanações é de que a língua de instrução para o
surdo deve ser prioritariamente a Língua de sinais, pois esta atuará como ponte em duas vias, e
também como facilitadora da aprendizagem do português como segunda língua ou como língua
de trânsito no contexto de uma sociedade predominantemente letrada.
Referências bibliográficas