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Escritório Consultoria Virtual

Apresentação do Negócio

Uma empresa de consultoria virtual é a nova forma encontrada por empresas para se
diferenciar dos serviços ditos convencionais, ao realizar suas atividades através da
internet, facilitando assim, a divulgação e o aumento da comercialização de produtos ou
serviços, conquista de novos clientes e melhoria de sua  rede de relacionamentos.

A empresa deste perfil de negócio está num mercado considerado promissor, pois seu
canal para a realização de negócios, a internet, está em franco  crescimento, expansão e
sofisticação, com um público a cada dia maior. Além de ser um tipo de atividade que
não requer um investimento inicial elevado, podendo ser montado com valores variando
entre R$ 8.000,00 e R$ 40.000,00, este último com cinco funcionários.

A expectativa de retorno também é bastante aceitável e irá variar de acordo com o


cliente e suas demandas e com os tipos de trabalho e serviços ofertados pelo empresário
virtual. Uma empresa de consultoria virtual poderá realizar os mesmo serviços que uma
empresa que atua de forma presencial, sendo esta a sua  melhor característica. Porém,
este pode ser considerado também um limitador dos serviços, uma vez que o trabalho é
feito a distância, sem que o consultor virtual realize visita in loco nas empresas
contratantes dos serviços.

Diversas são as possibilidades para uma empresa de consultoria virtual atuar, mas o
empreendedor deve buscar aquela na qual possui maior domínio técnico. As áreas de
atuação mais buscadas nos ambientes virtuais são gestão empresarial, econômica,
financeira, trabalhista, jurídica, contábil e comunicação. Contudo, o foco dessa Idéia de
Negócio é a consultoria empresarial, cujos principais serviços oferecidos são a
elaboração de planos de negócio, organização e elaboração de planilhas financeiras,
realização de estudos econômicos, financeiros e de mercado, desenvolvimento de
estratégias competitivas, planos de  financiamento e amortização, dentre outros.

Outra característica bastante importante está associada ao perfil dos profissionais, que
devem possuir nível superior, estarem constantemente atualizados nas  ferramentas que
surgem no mercado e nas diferentes tecnologias para a execução dos serviços, ter
conhecimento técnico profundo e, preferencialmente, referências sólidas de trabalhos
anteriores.
Mercado

Atualmente, o Brasil se apresenta como um excelente país para se investir em negócios


relacionados à prestação de serviços através da internet. Conforme  pesquisa realizada
pela Razorfish, o Brasil possui a cultura mais digital do planeta e o maior percentual de
pessoas conectadas à internet do mundo,  incluindo a classe C, com uma média de 26,7
horas por mês de conexão. 

Segundo Antonioli (2010), há no Brasil cerca de 67 milhões de internautas, ficando este


país em quinto lugar no mundo com conexões na internet. Nas áreas urbanas há uma
maior concentração: 44% da população e 23,8% dos lares e residências estão
conectados ao mundo virtual.

As empresas brasileiras, 97% do total, já perceberam esse nicho de mercado, que no ano
de 2009 faturou R$ 4,8 bilhões e a expectativa para 2010 é de R$ 10 bilhões. O valor
médio das compras pela internet é de R$ 323,00. (ANTONIOLI, 2010) 

"Em quase todas as escalas, o brasileiro é o povo mais digital do planeta. Com
programas como o novo Plano Nacional de Banda Larga do governo, o acesso se
tornará ainda mais amplo e profundo”, afirmou Joseph Crump, vice-presidente sênior de
estratégia e planejamento da Razorfish, ao ressaltar a importância da  classe C para essa
mudança de paradigma.  

Dados de 2008 mostram que 33% da audiência da classe C hoje está na internet, em
comparação a 44% da televisão, e que esta mesma classe deverá representar 45% do
total do mercado de internet, destacando-se que 51% das compras online são de
consumidores das classes C, D e E. 

Conforme Venkatraman (2000), outra importante característica importante do mercado


virtual é a inexistência de barreiras à entrada de custos reduzidos de  operação,
principalmente se for um negócio de pequeno porte.

Além das características que o mercado digital tem apresentado, cabe destacar que o
Brasil está em franco crescimento econômico, tornando-se um local  propício para a
abertura de novas empresas e negócios. Conforme Oliveira (2010), a estimativa para
aumento do PIB brasileiro tem terceiro aumento  consecutivo. A expectativa de
crescimento do setor industrial brasileiro é de 11,37% e, para 2011, uma média de 4,5%.
Em relação ao investimento direto  estrangeiro no país (recursos para o sistema
produtivo), a expectativa é que no ano que vem o valor alcance R$ 38 bilhões. É
justamente nesse foco que a  empresa virtual poderá operar. 

Corroborando com este tipo de negócio, está cada vez mais fácil encontrar
equipamentos sofisticados por preços acessíveis para a montagem de empresas
e negócios que explorem a consultoria virtual. Por outro lado, do ponto de visto
negativo, facilita também o acesso ao mercado, fazendo surgir um grande número  de
concorrentes.
Exigências legais específicas

Decreto nº. 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamenta a tributação, fiscalização,


arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
Natureza.
 
O Conselho Federal de Administração delibera, através da Lei n.º 4.769 de 09 de
setembro de 1965 e do Decreto n.º 61.934 de 22 de dezembro de 1967, que toda
empresa cujo objetivo social se enquadre nas áreas de atuação privativas da
Administração é obrigada a se registrar no Conselho Regional de Administração
conforme sua localização. Recomendamos consulta formal junto ao Conselho Regional
de Administração, uma vez que a atividade de consultoria empresarial encontra-se
relacionada nas áreas de atuação privativas da Administração. Resolução nº 362, 2008,
do Conselho Federal de Administração.
 
Além disso, para funcionamento regular, o empreendimento está sujeito à obtenção dos
registros exigíveis das sociedades empresárias em geral (este é um procedimento
obrigatório para aqueles empreendedores que desejarem prestar serviços para os clientes
corporativos, pela necessidade de emissão de nota fiscal de serviço).
 
Registro e legalização da empresa

Para registro e legalização da empresa, é recomendável a contratação de um contador


profissional. Ele irá lhe auxiliar na escolha da melhor forma jurídica para o seu negócio
(sociedade simples ou empresária), elaborar os documentos constitutivos e realizar o
registro junto aos órgãos responsáveis:

- Junta Comercial;
- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual da Fazenda;
- Prefeitura do município para obter o alvará de funcionamento;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao
recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal);
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”.

Para os empreendedores que desejarem instalar a sua empresa em imóveis comerciais,


deverão ser providenciadas:

- Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar;


- Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa (quando for o caso).

A legislação específica para a abertura de empresas segue as normas instituídas pelo


Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que funciona como órgão
nacional destinado à supervisão, orientação, coordenação e normatização, no plano
técnico; e supletiva, no plano administrativo, e as Juntas Comerciais (JC) como órgãos
de execução e administração dos serviços de registro no Brasil. Em seu sítio,
www.dnrc.gov.br, estão todas as normas, legislações vigentes e endereços e telefones
das Juntas Comerciais em todos os Estados e no Distrito Federal.
Para se tornar um empreendedor/empresário, a pessoa deve se atentar aos princípios
legais vigentes no Código Civil Brasileiro de 2003, dentre os quais se indica que a idade
mínima para constituir uma sociedade é de 18 anos e a idade para emancipação varia
dos 16 aos 18 anos, desde que não seja impedida legalmente.

Abaixo é apresentado um passo-a-passo genérico para abertura de uma empresa no


Brasil, para fins de orientação ao empreendedor:

1º passo – Localização

O primeiro passo é definir a localização da empresa para que seja realizada uma
consulta prévia de endereço na Administração Municipal para verificar se a atividade
pretendida é compatível com a lei de zoneamento da região pretendida, inclusive sobre
questões ambientais. O cliente fornece endereço e a atividade para análise da
administração. Etapa imprescindível para abertura da empresa. É interessante, no
momento da consulta, verificar se o imóvel está regularizado, isto é, se possui HABITE-
SE e se os IPTU’s estão em dias. 

2º passo – Escolha do tipo de Sociedade Empresária

Conforme o novo Código Civil existem cinco tipos de sociedade que podem ser
organizadas no Brasil: Sociedade em Nome Coletivo, Comandita Simples, por Ações,
Anônima e Limitada, sendo as últimas as mais comuns no Brasil. De todas as
apresentadas, a melhor para se constituir uma empresa de pequeno porte é Sociedade
Limitada, por possuir regramentos mais simplificados e preservar melhor os sócios. 

3º passo – Nome da Empresa

Toda empresa deve ter um nome. Nesse momento, o empresário escolhe o nome de sua
empresa e na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de seu
município efetua uma pesquisa para saber se o nome já está registrado. Essa consulta é
realizada em formulário próprio obtido na hora. Há possibilidade de ser realizada pela
Internet. Aproveite para verificar no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual se o
nome ou marca já estão patenteados.

4º passo – Contrato Social e Demais Documentos

Ainda na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, após a definição


do nome da empresa, deverão ser apresentados os seguintes documentos:

• Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;


• Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios;
• Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial ou Cartório), em uma via;
• FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;
• Pagamento de taxas através de DARF.

O Contrato Social é a peça principal na constituição da empresa. Nele são identificados


os objetivos da empresa, a composição societária e a forma jurídica de constituição da
mesma. São apresentadas as legislações, deveres e direitos dos sócios. Conforme
Estatuto da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006), não haverá a necessidade da
assinatura de um advogado nesse documento. Nos demais casos essa assinatura é
obrigatória. Peça auxílio ao seu contador ou advogado. Ao final dessa etapa será
emitido o Número de Identificação do Registro da Empresa (NIRE), necessário para
cadastramento da empresa junto à Secretaria da Receita Federal, nosso próximo passo.

5º passo – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)

Com o NIRE em mãos, o empresário deve registrar sua empresa junto à Secretaria da
Receita Federal, efetuado exclusivamente pela internet através de programa específico.
Os documentos exigidos, apresentados no momento do cadastramento, serão enviados
por SEDEX para a Receita Federal. O número do CNPJ será disponibilizado também
pela internet. É de extrema importância nessa fase que o empresário defina o porte de
seu empreendimento e sua classificação, pois é nessa etapa em que a depender da
atividade exercida o contribuinte poderá optar pelo sistema de tributação simplificada, o
SIMPLES.

Aproveite para ir à Secretaria da Receita Estadual para verificar quais tributos sua
empresa deverá pagar e efetuar o registro nesse órgão, item obrigatório para os setores
do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual, bem
como os serviços de comunicação e energia. A inscrição estadual é essencial para a
obtenção da inscrição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Há casos em que essa inscrição ocorre em conjunto com o CNPJ. Verifique no site da
Receita Federal os órgãos que possuem convênio.

6º passo – Alvará de Funcionamento

O alvará de funcionamento, documento obtido junto à prefeitura, ou administração


regional ou na Secretaria Municipal da Fazenda de cada município, é o documento final
que autoriza o funcionamento da empresa. Na maioria dos casos, os documentos
necessários são:

• Formulário próprio da prefeitura;


• Consulta prévia de endereço aprovada;
• Cópia do CNPJ;
• Cópia do Contrato Social;
• Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário.

A depender do tipo de atividade a ser exercida, é necessária que uma vistoria seja
realizada no local. Essas vistorias são realizadas por diversos órgãos, tais como: corpo
de bombeiro (obrigatória), vigilância sanitária, órgãos ambientais e outros. Veja se sua
atividade é passível de licenciamento ambiental no órgão responsável em seu município.

Quando o atendimento é realizado no próprio domicílio, a obtenção do alvará de


funcionamento é condicionada a declaração explícita dos vizinhos de que a atividade
não traz prejuízos à comunidade, autorizando o funcionamento do estabelecimento.

7º passo – Cadastramento na Previdência Social

Após realizar com sucesso as etapas anteriores, o empresário já pode iniciar o seu tão
sonhado negócio. Contudo, ainda há a necessidade de realizar o cadastramento da
empresa na Previdência Social e de seus sócios em até 30 dias, mesmo que não possua
nenhum funcionário. 

8° passo – Aparato Fiscal

Para finalizar e iniciar de forma legal o negócio, o empreendedor deverá se dirigir à


Secretaria de Estado da Fazenda para solicitar a autorização para impressão das notas e
dos livros fiscais. A ajuda do contador, nesse momento, é muito importante. Pronto, seu
negócio está apto a ser iniciado e com todas as necessidades cumpridas. 

Observações:

• Não esqueça que a partir desse momento a empresa deverá cumprir outras obrigações
de caráter fiscal, tributária, trabalhista, previdenciárias e empresariais;

O novo empresário deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às


especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).

Para maiores esclarecimentos, orientações e auxílio, busque o Sebrae local mais


próximo.

Acessibilidade

Especial atenção deve ser dada à acessibilidade das páginas eletrônicas, para aumentar
as chances do negócio e o cumprimento das normas nacionais e internacionais. Exige-se
que todas as páginas na internet estejam acessíveis a pessoas com necessidades
especiais, como áudio e outros recursos para leitura e compreensão de todo o seu
conteúdo. Maiores informações podem ser obtidas no link:
http://www.acessobrasil.org.br/
As normas técnicas são documentos de uso voluntário, utilizados como importantes
referências para o mercado. Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de
desempenho e de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua
destinação final), assim como podem estabelecer procedimentos, padronizar formas,
dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a
maneira de medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.

As normas técnicas são publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –


ABNT.

São normas técnicas úteis para quaisquer tipos de negócios e, também, para uma
empresa de consultoria virtual:

• ABNT NBR ISO 10002:2005 - Gestão da qualidade – Satisfação do cliente -


Diretrizes para o tratamento de reclamações nas organizações
Esta Norma fornece orientação para o processo de tratamento de reclamações sobre
produtos dentro de uma organização, incluindo planejamento, projeto, operação,
manutenção e melhorias. O processo de tratamento de reclamações aqui descrito é
apropriado para ser um dos processos do sistema de gestão da qualidade como um todo.

• ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos


gerais
Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços
adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as
expectativas do cliente.

OBS: A NBR 15842:2010 apresenta questões como cortesia, credibilidade, capacidade


de resposta e compreensão do cliente. Como a norma trata de pequeno comércio de
forma geral, o empreendedor deve atentar para os itens mais específicos relacionados ao
seu negócio e, por analogia, observar como aplicá-los na prestação de serviço.

Através de convênio entre a ABNT e o Sebrae, micro e pequenas empresas podem, após
breve cadastro, adquirir normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.
Acesse e conheça mais pelo http://www.abnt.org.br/paginampe/.

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