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Universidade do Estado do Amazonas.

Escola Superior de Tecnologia.


Tecnologia em Manutenção Mecânica.

Diego Souza da silva.

FERRAMENTAS DA QUALIDADE.
*Gráficos de controle estatístico de processos.

MANAUS.
2010
INTRODUÇÃO.

As ferramentas da qualidade são meios utilizados para resolução dos mais variados problemas
em uma empresa, são formas de estabelecer, determinar e prever determinadas situações que
podem afetar a o sistema de gestão da qualidade como um todo. Se apresentam em sete
ferramentas principais porém neste trabalho será abordado apenas uma delas, determinada
‘‘Gráficos de controle estatístico de processo’’, ou cartas gráficas. Estas dizem respeito ao
agrupamento de dados para analise de processos visando o melhoramento e a certificação das
etapas do processo produtivo.
Ferramentas da qualidade.

No plano perfeito os trabalhadores de uma organização são de boa índole e estão sempre
dispostos a ajudar e fazer seu trabalho de forma correta. Pode-se, normalmente, partir do
princípio que todos têm o desejo intrínseco e natural de querer acertar sempre. Entretanto, é
quase impossível alcançar altos índices de qualidade ou implantar filosofias da qualidade total
sem uma metodologia que oriente, de forma científica, a forma correta de se identificar e
resolver problemas. Além disto, é necessário e princípio básico de planejamento ter um objetivo
único e bem claro para todos, que possa direcionar todas as “forças de boa vontade” a atuarem
em uma única direção e no sentido correto.
Na Qualidade Total, a identificação e solução dos problemas são feitas por meio de um método
muito simples, que consiste em identificar, observar, analisar e agir sobre as causas de um
problema. A literatura técnica sobre qualidade identifica sete ferramentas básicas a serem
utilizadas para auxiliar a localização, compreensão e eliminação de problemas que afetam a
qualidade do produto ou do serviço. Especialistas afirmam que a maioria dos problemas
empresariais pode ser analisada e resolvida com a utilização destas sete ferramentas. Tratam-se
de ferramentas simples, mas que, se utilizadas corretamente, transformam-se em um poderoso
instrumento na solução de problemas.
Gráficos de controle estatístico de processos:

Histórico & Definição:

O Dr. Walter Shewhart, do Bell Labs, enquanto estudava os dados de um dos processos de seu
laboratório, na década de 20, foi o primeiro a formalizar a distinção entre variação controlada e
não controlada, que corresponde ao que chamamos de causas comuns e causas especiais
(conforme veremos mais a frente). Ele desenvolveu uma ferramenta simples, mas poderosa, para
separar esses dois tipos de causas, que chamou de carta de controle. Desde essa época, as cartas
de controle têm sido usadas com sucesso numa grande variedade de situações de controle de
processo. A experiência tem mostrado que as cartas de controle efetivamente evidenciam causas
especiais de variação quando elas aparecem, e refletem a extensão da variação de causas comuns
que devem ser reduzidas com a melhoria do processo.

O uso dessa ferramenta na melhoria do processo é um procedimento interativo, em que as


fases de coleta, controle e análise são repetidas. Primeiro, os dados são coletados de acordo com
um plano; baseado nesses dados são calculados os limites de controle que são a base da
interpretação estatística. Para implementar melhorias no controle e na capacidade, causas comuns
e especiais devem ser identificadas e o processo deve ser alterado para eliminá-las, quando
possível. O ciclo, então, se reinicia, visto que mais dados serão coletados, interpretados e usados
como base para a ação.

Uma carta de controle é composta por:

 um gráfico cartesiano, onde o eixo horizontal representa o tempo e, o vertical, o valor da


característica;
 um conjunto de valores (pontos) unidos por segmentos de reta;
 três linhas horizontais: limite inferior de controle, limite controle e linha média;
Fases:

1. Coleta: Dados para a característica (processo ou produto) em estudo são reunidos e


convertidos para uma maneira em que possam ser marcados numa carta de controle. Esses
dados poderiam ser, por exemplo, valores de dimensão de uma peça, número de falhas em
um produto, horários, variáveis físicas (temperatura, pressão, etc.).
2. Controle: Os limites preliminares de controle são calculados baseados nos dados. Eles são
desenhados na carta como um guia para análise. Limites de controle não são limites de
especificação ou objetivos, mas estão baseados na variabilidade natural do processo e no
plano de amostragem.
3. Análise e Melhoria: Depois que todas as causas especiais tenham sido corrigidas e o
processo esteja operando em controle, a carta continua como uma ferramenta de
monitoração. A capacidade do processo pode ser calculada, também. Se a variação
decorrente de causas comuns é excessiva, o processo pode não ser capaz de produzir
resultados que estejam consistentemente em conformidade com os requisitos do cliente.
Nesse caso, ações gerenciais podem ser necessárias para a melhoria do sistema.

Benefícios:

Usadas adequadamente, as cartas de controle podem:

 Servir aos operadores para o controle contínuo do processo;


 Ajustar o processo para que produza de forma consistente, previsível, com qualidade e
custo adequados;
 Obter do processo, resultados com:
o melhor qualidade;
o menor custo por unidade;
o maior capacidade instalada;
 Fornecer uma linguagem comum para a análise do desempenho do processo, separando
causas especiais de variação das comuns, como um guia para ações locais sobre o sistema.
Tipos de Carta de Controle:

Variáveis:

 Média ( ) e Amplitude (R)

 Média ( ) e Desvio Padrão (s)

 Mediana ( ) e Amplitude (R)


 Valores Móveis Individuais e Amplitude Móvel (X – AM)

Atributo:

 Proporção Não-Conforme (p)


 Número de Itens Não-Conformes (Np)
 Não-Conformidades (c, u).

Construção:

 Comece planejando como e onde você adquirirá seus dados (escreva uma Definição
Operacional).
 Complete a informação de identificação da carta (o que está sendo medido, datas, local,
coletor).
 Calcule a média de processo (somente para Cartas de Controle).
 Calcule os limites de controle superior e inferior (somente para Cartas de Controle).
 Determine a escala para a carta de controle, esboce o centro e as linhas de controle.
 Interprete o gráfico.
PRÉ-REQUISITOS PARA CONSTRUIR UM GRÁFICO DE CONTROLE
• Coletar dados
• Calcular os parâmetros estatísticos:
Valor médio X;
Média total X ;
Dispersão R;
Média da dispersão R;
Linha de controle: L.M, L.I.C, L.S.C;
Fração defeituosa P ;
Número de não conformidade C;
Número da não conformidade com variação U;

Os gráficos de controle estatísticos de processo servem para verificar se um determinado


processo está dentro dos limites de controle, isto é, se o processo está realmente ocorrendo da
forma como planejado.

Como fazer um gráfico de controle:


• Coletar dados.
• Calcular os parâmetros estatísticos de cada tipo de gráfico.
• Desenhar as linhas de controle.
• Plotar as médias das amostras no gráfico.
• Verificar se os pontos estão fora ou dentro dos limites de controle.

Exemplo: considere que um pacote de biscoito de maisena deva pesar entre 198 e 202 gramas,
com alguma tolerância para valores ligeiramente fora desta faixa. Porém, nenhum pacote deve
ter peso superior a 204 gramas e nem inferior a 196 gramas. Durante todo o dia são pesados
alguns pacotes de hora em hora. Os pesos obtidos são apresentados em um gráfico de controle,
conforme a figura abaixo:

LSC = Limite superior de controle = 204 gramas.


LSE = Limite superior da especificação = 202 gramas.
Média = 200 gramas
LIE = Limite inferior da especificação = 198 gramas.
LIC = Limite inferior de controle = 196 gramas.

Vantagens:
• Mostram tendência, ao longo do tempo, de um determinado processo (se a seqüência de valores
for muito longa, é recomendável o gráfico de l inhas);
• Apresentam dados estratificados em diversas categorias;
• É útil para comparar dados resultantes de processo de contagem (variáveis discretas e
atributos).

Desvantagens:
• Tem que ser atualizados, conforme o período mostrado no gráfico (diário, semanal, mensal,
anual, etc.);
• É genér ico. Não há detalhes sobre a informação (histórico/composição);
• Tem que ter conhecimentos básicos de estatísticas para poder utilizar e escolher o tipo mais
adequado para cada situação.
Relação com outras ferramentas:
 Diagrama de causa e efeito: pode ser usado para encontrar a causa fundamental como já
descrito no item anterior.

 Brainstorming: faz um levantamento de sugestões do grupo para identificar a causa.

 Folha de verificação: na coleta dos dados no processo.

 Histograma: para nos mostrar aproximadamente a distribuição normal e se todas as


amostras encontram-se dentro das faixas especificadas.
Conclusão:
Com base na ferramenta de gráficos de controle pode-se verificar a importância desta no dia a
dia da gestão da qualidade pois é uma ferramenta capaz de .......

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