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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

PROFESSORA: ALEXA SOARES

Aula - Da Sentença Trabalhista.

 Diante dos princípios do Direito Material Laboral que


influenciam o Processo do Trabalho, além de seus
princípios gerais e peculiares, em especial os da
simplicidade e informalidade, da economia processual e
da celeridade, quando se trata da fase decisó ria, a CLT, nã o
resta omissa, pois trata de modo específico e passaria a
trabalhar, de forma específica, a sentença trabalhista.

 O artigo 832 da CLT dispõ e que da decisã o deverã o


constar:

a) o nome das partes;


b) o resumo do pedido e da defesa;
c) a apreciaçã o das provas;
d) os fundamentos da decisã o e
e) a respectiva conclusã o.

 A CLT nã o exige os requisitos essenciais para a sentença,


nã o utiliza os termos técnicos do processo comum
(relató rio, fundamentaçã o e dispositivo). Mas numa
correlaçã o entre sentença pela CLT e pelo CPC, teríamos:
 o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa
corresponderiam ao relatório;
 a apreciação das provas e os fundamentos da decisão,
à fundamentação;
 a conclusão, ao dispositivo.

- Mas lembremos que a CLT não exige relatório na sentença.


a) Diga-se o mesmo quando da sentença no procedimento
sumaríssimo: o art. 852-I trata expressamente da
dispensa do relató rio.
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b)A exigência quanto ao nome das partes é resultado do


antigo processo físico, uma vez que a sentença poderia ser
juntada em processo distinto (e tal exigência se deu a fim
de evitar equívocos quanto à s partes).
c) Sob o advento do Processo Judicial Eletrô nico, este
requisito perdeu seu sentido, pois a sentença já é feita
dentro do sistema.

Tanto no processo civil quanto no processo do trabalho,


nã o se exige resumo das razõ es de pedir, ou das razõ es da
defesa, estes estã o dispostos no pró prio corpo ou tó picos
da sentença trabalhista.

A grande maioria dos juízes organiza a sentença em


forma de tó picos, atendendo assim, à exigência legal do
resumo do pedido e da defesa, concluindo com os
fundamentos da decisã o com os respectivos argumentos.

Apó s analisar de forma fundamentada as pretensõ es das


partes, o juiz deverá apresentar a “respectiva conclusã o”,
em que proclamará o resultado em relaçã o a cada
pretensã o das partes. (A CLT nã o exige um “dispositivo,
em que o juiz resolverá as questõ es, que as partes lhe
submeterem”, mas apenas a conclusã o)

 Nos termos da CLT, o resultado das questõ es decididas


será proclamado na “respectiva conclusã o” (os processos
trabalhistas costumam contar com vá rios pedidos que
decorrem de distintas pretensõ es
# cada pretensã o corresponde a uma açã o
= cumulaçã o objetiva de açõ es
Assim, é necessá rio que o juiz julgue fundamentadamente
todas as pretensõ es das partes, analisando a prova -
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quando for o caso e apresentando os fundamentos


jurídicos em relaçã o a cada uma delas).

 Irá proferirá a respectiva conclusã o, ou seja, o


acolhimento ou a rejeiçã o da pretensã o da parte.
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CAPÍTULO III-A
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

DO PROCESSO DE JURISDIÇÃ O VOLUNTÁ RIA

PARA HOMOLOGAÇÃ O DE ACORDO EXTRAJUDICIAL

Art. 855-B.  O processo de homologaçã o de acordo


extrajudicial terá início por petiçã o conjunta, sendo
obrigató ria a representaçã o das partes por advogado.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o As partes nã o poderã o ser representadas por advogado
comum.(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2oFaculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado


do sindicato de sua categoria.(Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo nã o prejudica o prazo
estabelecido no § 6odo art. 477 desta Consolidaçã o e nã o
afasta a aplicaçã o da multa prevista no § 8 o art. 477 desta
Consolidaçã o.(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuiçã o
da petiçã o, o juiz analisará o acordo, designará audiência se
entender necessá rio e proferirá sentença.(Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
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Art. 855-E. A petiçã o de homologaçã o de acordo


extrajudicial suspende o prazo prescricional da açã o quanto
aos direitos nela especificados.(Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)0
Pará grafo ú nico. O prazo prescricional voltará a fluir no dia ú til
seguinte ao do trâ nsito em julgado da decisã o que negar a
homologaçã o do acordo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de2017)

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