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vulcanismo é um fenômeno geológico natural determinado pelas atividades vulcânicas. O processo de


vulcanismo ocorre por meio da alta pressão e temperatura presente no interior da Terra, onde há expulsão do
magma (lava), cinzas, gases, poeira, vapor d’água e de outros materiais (piroclastos) para a superfície.

Vulcão
Os vulcões são montanhas geralmente em forma de cone, que resultam na formação dos relevos vulcânicos (ou
postiços).

Eles podem estar ativos (com presença do vulcanismo) ou extintos. Ocorrem geralmente, em locais que
possuem intensa movimentação das placas tectônicas.

Tipos de Vulcanismo
De acordo com a resultante, há dois tipos de vulcanismo, a saber:
 Vulcanismo Primário: também chamado de "vulcanismo eruptivo", trata-se do processo principal que resulta
na formação de vulcões (centrais) ou de fraturas na superfície (fissurais).
 Vulcanismo Secundário: também chamado de "vulcanismo residual", esse tipo de vulcanismo está
relacionado com a energia térmica e não é tão violento resultando na formação de nascentes termais,
fumarolas e gêiseres.
De acordo com os tipos de magma, o vulcanismo é classificado em:
 Vulcanismo Explosivo: processo de explosão vulcânica, que normalmente gera eventos catastróficos, os
quais são decorrentes da grande pressão no interior da Terra, que possui elevada quantidade de gases. Nesse
caso, ocorre pouca libertação de gases e a textura do magma é bem mais viscosa, ou seja, de teor mais ácido.
São denominados de erupções do tipo "Vulcanianas", formado cones mais altos e estreitos.
 Vulcanismo Efusivo: processo de vulcanismo mais calmo decorrente da pouca presença de gases, que torna
a pressão menor. Nesse caso, uma maior quantidade de gases é liberado e a textura do magma é mais fluida,
ou seja, de teor mais básico. São denominados de vulcanismo do tipo "Havaiano", uma vez que estão
relacionados com os vulcões presentes no Havaí, com cones mais baixos e largos.
 Vulcanismo Misto: nesse caso, o processo de vulcanismo ocorre das duas maneiras: explosiva e efusiva, ou
seja, com períodos de violência vulcânica, seguida de momentos mais calmos. São classificados em vulcões
"Estrombolianos", e referência ao vulcão Stromboli na Itália. Seu cone é de tamanho mediano.
E ainda, segundo o local que ocorrem, o processo de vulcanismo pode ser:
 Vulcanismo Fissural: ocorre através de fissuras (fraturas) situadas na superfície terrestre.
 Vulcanismo Submarino: vulcanismo do tipo efusivo, ocorrem abaixo das massas de água.

Curiosidades: Você Sabia?


 Na Geologia, o estudo sobre os vulcões é chamado de vulcanologia e o profissional da área é denominado de
vulcanólogo.
 O nome “vulcão” está associado ao Deus do Fogo: Vulcano.
 O local da Terra que mais apresenta processo de vulcanismo é chamado de “Círculo de Fogo do Pacífico”, que
reúne aproximadamente 80% dos vulcões do mundo. Isso ocorre porque na região há intenso choque das
placas tectônicas

https://www.todamateria.com.br/vulcanismo/
Vulcanismo primário

06-03-2011 20:34

O que é um vulcão?

Os vulcões são aberturas naturais na crosta terrestre, por onde se movimentam materiais em diferentes estados físicos (sólido, líquido e
gasoso) e a temperaturas e pressões muito elevadas. Esses materiais provêm geralmente de magmas, que se encontram a uma
profundidade de 50 a 200 km, em reservatórios denominadas câmaras magmáticas.

 Em geral, um vulcão apresenta-se como uma construção em forma de cone, o cone vulcânico, com uma abertura na parte superior por
onde são expelidos os produtos da actividade vulcânica, a cratera.

                                                                                                                                             

Classificação quanto à regularidade da actividade vulcânica

· Os vulcões dizem-se activos se estão em erupção ou se entram em actividade frequente;

· Se permanecem inactivos durante longos períodos ou apenas emitem pequenas quantidades de gases denominam-se adormecidos;

· Dizem-se extintos quando não há conhecimento da sua actividade durante o período histórico.

O vulcanismo primário caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas que podem ser de dois tipos:

Vulcanismo Fissural -As erupções ocorrem ao longo de fracturas da superfície terrestre geralmente na crosta oceânica.

Vulcanismo Central- Geralmente forma um cone que se desenvolve pela acumulação de materiais expelidos pelo vulcão.

Composição da lava e tipos de actividade vulcânica

Lava Básica: quando está tem menos de 52% de sílica.

Lava intermédia: quando está se encontra entre os 52% e 65% de sílica.

Lava Ácida: quando está tem mais de 65% de sílica.

A viscosidade da lava depende de:

>A temperatura da lava relativamente à sua temperatura de solidificação;

> A quantidade de sílica;

> A capacidade de retenção do gás.

                                       Lava Viscosa                                             Lava fluida

Temperatura                          baixa                                                         alta

Sílica                               rica em sílica(ácida)               pobre em sílica (básica)           

Gases                   dificuldade em libertar os gases             Facilidade em libertar os gases

 
 

Lavas encordoadas ou pahoehoe- cuja superfície, após arrefecimento, tem um aspecto rugoso idêntico a cordas;

Lavas escoriáceas - cuja superfície, após a consolidação, apresenta um aspecto poroso e fragmentado;

Lavas em almofada ou pillow lavas- são lavas fluídas que arrefecem dentro de água.

Tipos de solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados

Agulhas vulcânicas – formam-se quando a lava de elevadas viscosidade, acaba por solidificar na chaminé, funcionando como uma
perigosa “rolha gigante”.

Domos ou cúpula - a lava viscosa solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera.

Nuvens ardentes -são massas densas de cinzas e gases incandescentes, libertadas de modo explosivo e dotadas de grande mobilidade. A
sua capacidade destrutiva é enorme.

Produtos expelidos durante as erupções vulcânicas

Piroclastos -materiais sólidos, que resultam de salpicos de lava com dimensões variadas que arrefecem e solidificam no ar ou na água
logo após a sua emissão.

Os piroclastos subdividem-se em bombas vulcânicas e lapilli, só o seu diâmetro as distingue.

Pedra-pomes -  é caracterizada pela sua extrema leveza e porosidade.

Cinza - é extremamente tóxica e mortal, quando libertada.

Tipos de erupções

Erupção explosiva - é caracterizada pela emissão violenta de produtos vulcânicos, sob a forma de explosões.

Há projecções de materiais sólidos (piroclastos), um forte desprendimento de gases e pequenos derrames lávicos.

Erupção efusiva – é uma erupção tranquila, com lenta emissão de lavas fluida, formando escoadas mais ou menos extensas, que podem
deslocar-se a grandes distâncias.

Erupção mista – é caracterizada por apresentar períodos de tranquila emissão de lava com um grau intermédio de viscosidade alternando
com os outros explosivos.

Numa paisagem vulcânica é comum observarem-se:

1.    Mantos de lava que se estendem em grandes extensões;

2.    Agulhas ou domos que se erguem do interior das chaminés;

3.    Cones ou crateras de vulcões extintos, que por vezes formam lagos devido à acumulação de águas das chuvas.

4.    Estruturas de aspecto prismático, “tubos de órgãos”;

5.    Solos férteis resultantes da alteração das rochas vulcânicas;

6.    Caldeiras resultantes do abatimento do cone vulcânico que, tal como as crateras, podem vir a formar lagos a partir do armazenamento
de água das chuvas

Ler mais: https://portfolio-eli.webnode.pt/news/vulcanismo-primario/
O que é o Vulcanismo Secundário
Os fenómenos de vulcanismo que representam uma actividade residual do vulcão
são manifestações de vulcanismo secundário.
Algumas manifestações de vulcanismo secundário são as fumarolas, as sulfataras
e os géiseres.
No fim duma fase eruptiva, na cratera do vulcão ou nas suas proximidades,
surgem, por vezes,  emissões de gases a elevadas temperaturas designadas por
fumarolas. Estas emissões contém sempre vapor de água  podendo ser, ou não,
constituídas ainda por outros gases tais como compostos de enxofre – sulfataras
-  ou dióxido de carbono – mofetas.
As crateras de muitos vulcões extintos apresentam fumarolas.

Importância do Vulcanismo Secundário


Para o homem:
- Atracção turística;
- Fins medicinais:
- Cria as água termais, que são boas para problemas de ossos;
- Nas nascentes de águas termais a água é muito mineral, que também é
bom para a saúde.

Exemplos de Manifestações de Vulcanismo Secundário 


   

Fig.1 – Fumarola  quente (Islândia) Fig.2 – Sulfatara

   

Fig.3 -  Géiser Fig.4 – Fonte/Nascente Termal

   
Fig.5 – Fumarola Fig.6 – Fumarola

   

Fig.7 – Fumarola Fig.8 - Fumarola

Onde existe vulcanismo secundário?


Uma das maiores zonas de fumarolas da Terra situa-se no Alasca, na região do
vulcão Katmai, também conhecida pelo nome de “vale dos mil vapores”.
 Existem manifestações deste tipo em diferentes ilhas dos Açores,
nomeadamente na zona do Vale das Furnas em S. Miguel. Neste lugar, a água e a
lama em ebulição surgem intensamente de depressões , designadas localmente
por “caldeiras”. Por outro lado também em diferentes pontos desta ilha surgem
emanações de vapor de água por numerosas e pequenas aberturas.
Quando a temperatura baixa, as fumarolas podem dar origem a nascentes
termais.
Esta ilha é particularmente rica em nascentes de águas minero-medicinais  com
composições e temperaturas diferentes – águas hipossalinas, carbonatadas,
sulfúricas sódicas, férreas (quentes e frias), cloretadas. Há ainda águas minerais
carbogasosas naturais. No Parque das Furnas podemos observar uma "piscina" de
água quente e ferruginosa.

Fig.9 – “Piscina” de água quente e ferruginosa no Parque das Furnas.


Existem ainda outras manifestações de vulcanismo, verdadeiras fontes quentes e
intermitentes de água - géiseres.
A água subterrânea que se encontra nas fissuras e cavidades, em contacto com a
elevada temperatura das rochas vai aquecendo gradualmente. A elevada pressão
a que  a água se encontra (provocada pelo seu peso) faz aumentar o ponto de
ebulição da água  e, quando a temperatura da água atinge um ponto crítico,
entra rapidamente em ebulição. O vapor de água obriga então a água a subir de
forma violenta, em forma de jacto, dando origem a outra manifestação de
vulcanismo, mais espectacular, mas também mais rara. Este fenómeno pode
observar-se nos Estados Unidos e na Islândia

https://www.notapositiva.com/old/pt/trbestbs/geografia/09_vulcanismo_secundario.htm

Tipos De Erupção Vulcânica


De acordo com a quantidade e intensidade da lava expelida, classificamos os tipos de erupção vulcânica em
efusiva, explosiva ou mista.



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Os vulcões são formações geológicas responsáveis pelo lançamento de magma (lava), cinzas e gases


originários do manto (camada interna da Terra) para a superfície. Esse fenômeno natural recebe o nome
de vulcanismo e ocorre quando as fendas abertas em rochas pouco resistentes permitem que a lava
alcance a superfície da crosta terrestre.
Na atualidade, existem mais de 500 vulcões considerados ativos por todo o mundo. A região que abriga a
maior quantidade deles é o Oceano Pacífico, na área denominada de Círculo de Fogo do Pacífico.
Tipos de erupção vulcânica
O tipo de erupção de um vulcão depende da proporção de rochas, gases e lava que ele emite. As
erupções vulcânicas podem ser divididas quanto à sua intensidade em explosivas, efusivas ou mistas.
♦ Erupções explosivas:
 As lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo, por
isso, violentas explosões;
 Em virtude de sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a se derramar, constituindo estruturas
arredondadas que são chamadas de domas ou cúpulas;

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 Em algumas situações, a lava solidifica-se mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas,
que podem, mais tarde, ficar evidentes na erosão do cone.

♦ Erupções efusivas:
 O magma é fluido, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com derramamento de lava
abundante em altíssima temperatura;
 A lava desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias;
 Se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir grandes áreas, constituindo os mantos de lava.

♦ Erupções mistas:
 Assumem aspectos intermediários entre o efusivo e o explosivo, havendo fases explosivas que
alternam com fases efusivas;
 As explosões ocorrem pela entrada de água na chaminé ou na câmara magmática, que, em virtude
das altas temperaturas, vaporiza-se, originando uma grande quantidade de água. Por essa razão,
ocorre um aumento da pressão interior, tornando a erupção periodicamente explosiva.
Na atualidade, há vários vulcões ativos. Um deles é o Vulcão Tungurahua, no Equador

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-erupcao-vulcanica.htm

Vulcanismo

O vulcanismo é o conjunto dos processos através dos quais se dá o derrame de  lava, gases e outros materiais ( piroclastos) à superfície, provenientes
do interior da Terra.

Pode ser classificado em vulcanismo primário e vulcanismo secundário, sendo o primeiro referente ao evento vulcânico principal, associado aos  vulcões,
e o segundo às restantes manifestações vulcânicas, tais como, géisers, fumarolas, nascentes termais, etc..

Vulcões

Os vulcões são aberturas na crusta terrestre por onde se dá o derrame de lava, cinzas, vapor de água e outros gases, vindos do interior do planeta. São
constituídos pelo edifício principal ou cone vulcânico, cratera e chaminé. Por vezes, pode existir um cone adventício ou secundário, com a sua chaminé e
cratera, mas alimentado pela conduta principal.

O edifício principal ou cone vulcânico é construído à custa dos materiais que vão sendo derramados à superfície e vão fazendo “crescer” o vulcão.
Figura 1 - Esquema representativo de um vulcão e estruturas ígneas associadas.

Quando a actividade vulcânica é extinta ou quando os vulcões estão adormecidos, é frequente que se formem lagoas nas suas crateras, à custa das
águas das chuvas. Estas lagoas, denominadas caldeiras, formam-se quando se dá o colapso ou abatimento da parte superior do cone vulcânico, como
resultado do esvaziamento da câmara magmática se, após a erupção não voltar a haver recarga da mesma. Desta forma, a falta de pressão exercida
pelo conteúdo magmático causa a insustentabilidade do edifício e consequente colapso. As caldeiras podem ter variadas dimensões e a forma delas
tende a ser circular ou elíptica, à semelhança da cratera vulcânica.

Em Portugal nos arquipélagos, encontram-se belos exemplos disso. Algumas destas caldeiras, localizam-se na ilha de S. Miguel, Açores.

Figura 2  -  Ilha de S. Miguel, arquipélago dos Açores. Retirado de www.geographicae.wordpress.com

 
 

Figura 3  -  Lagoa das Sete Cidades, ilha de S. Miguel, Açores. Figura 4  -  Lagoa do Fogo, ilha de S. Miguel, Açores.
Fotografia de Marisa Loureiro. Fotografia de Marisa Loureiro.

Vulcanismo fissural

O vulcanismo fissural ocorre a maior parte das vezes associado ao vulcanismo principal. É uma forma de expulsão de lava, que consiste no seu derrame
através de fissuras (ou fracturas) à superfície e não através de um vulcão.

Figura 5  -  Vulcanismo fissural. Islândia.


Retirado de www.domingos.home.sapo.pt

Vulcanismo submarino

Os vulcões não ocorrem apenas à superfície (vulcanismo sub aéreo), mas também debaixo de água (vulcanismo submarino). Quando os vulcões
“nascem” nos fundos marinhos e o seu topo atinge a superfície ficando fora de água, formam-se as ilhas vulcânicas.
Figura 6  -  Ilha vulcânica de Surtsey na Islândia. Resultou de uma erupção na década de 60.
Retirado de http://www.vulkaner.no/v/volcan/island/Surtsey - 11.jpg

Localização dos vulcões no planeta

A distribuição dos vulcões não se dá ao acaso. A maioria encontra-se na dependência dos  riftes e das zonas de subducção, ou seja, estão
maioritariamente dependentes das zonas orogénicas. Isto é, os vulcões activos localizam-se preferencialmente ao longo das zonas de  fronteira de
placas.

As ilhas vulcânicas, como é o caso do arquipélago do Havai e Açores, entre outros, consistem em vulcões submarinos associados a hotspots (ou  plumas
mantélicas).

Figura 7  -  Representação das placas tectónicas (linhas a preto), áreas


de actividade vulcânica (a cor rosa) e importantes vulcões activos (pontos
vermelhos).
Retirada de www.minerva.uevora.pt

O magma e a actividade vulcânica

As diferentes composições químicas do magma, bem como, a quantidade de gases aprisionados, fazem com que este se torne mais ou menos viscoso,
indo esse grau de viscosidade influenciar o tipo de vulcanismo associado.

O carácter mais ou menos explosivo de um episódio vulcânico está intimamente associado às características do magma. Desta forma, um magma muito
viscoso dá origem a um vulcanismo explosivo (cone vulcânico alto), devido à grande quantidade de material gasoso retido e que lhe faz aumentar a
pressão. Por outro lado, se o magma for fluido, com pequena quantidade de gases aprisionados, o vulcanismo tem um carácter mais  efusivo (edifício
vulcânico baixo), com episódios de vulcanismo mais calmos. No entanto, há casos em que o vulcanismo tem carácter misto, pois ocorrem os dois tipos,
o explosivo e o efusivo, frequentemente alternados. Além destes, pode ocorrer um outro tipo de actividade vulcânica, a  catastrófica. Esta, como o
nome indica, é ainda mais intensa que a explosiva.

As características dos episódios vulcânicos, podem resumir-se no seguinte quadro:

Carácter da erupção Explosiva a Catastrófica Mista Efusiva

Tipo de erupção Peleano Estromboliano Havaiano


Quantidade de gases Muito rico Intermédio Muito pobre

Materiais Domas ou agulhas, nuvens ardentes Lapilli, bombas, escoadas Rios de lava

Viscosidade Grande Média Pequena

Os tipos de erupção Peleano, Estromboliano e Havaiano (segundo Lacroix) são assim designados pois resultam do estudo do “comportamento”
característico dos vulcões Monte Pelée na Martinica, Stromboli no Mar Tirreno e Ilhas vulcânicas do arquipélago do Havai.

Após o derrame à superfície passa a falar-se de lava e não de magma. Assim sendo, e considerando a sua composição química, a lava tem três
classificações diferentes, consoante a quantidade de sílica que contenha. Desta forma, e aproximadamente, uma lava com menos de 50% de sílica é
uma lava chamada básica. Se tiver entre 50% e 65% de sílica, torna-se uma lava intermédia e se tiver mais de 65% de sílica, diz-se que é uma lava
ácida. Quanto mais ácida for a lava, maior é a quantidade de gases que possui, pois como tende a ser mais viscosa, os gases tendem a permanecer
retidos. Pelo contrário, uma lava mais básica e pobre em gases torna-se mais fluida.

As diferentes rochas que resultam do arrefecimento dos magmas (ou da lava) derivam das diferentes composições químicas dos mesmos e também dos
diferentes teores em sílica que estes apresentam.

O leque de rochas é grande, mas pode-se considerar três grupos principais que correspondem aos magmas  basálticos, andesíticos ou riolíticos.
(Ver Magmatismo).

Uma parte dos magmas que não atingem a superfície e não dão origem a nenhum fenómeno de vulcanismo primário, arrefecem em profundidade.
Durante o percurso que vai desde o estado de magma até à rocha consolidada (ou seja, durante a sua ascensão na  crusta), ocorrem alguns fenómenos,
aos quais no seu conjunto, se denomina diferenciação magmática.

Quando ocorre uma erupção vulcânica, uma das formas de expulsão de material magmático consiste nas escoadas de lava, que, dependendo do tipo
(ácida, básica ou intermédia) e do seu conteúdo em elementos voláteis, vão ter aspectos e texturas diferentes. O facto de uma erupção ser submarina e
a lava consolidar em meio aquático, vai também, ter influência nas características da rocha consolidada.

Assim, a lava ao escorrer pelas encostas de um vulcão em meio sub aéreo pode apresentar vários aspectos e estruturas:

- Se a lava for fluida e pouco viscosa, ao escoar e arrefecer adquire uma superfície lisa ondulada, denominando-se lava encordoada ou ‘pahoehoe’
(termo havaiano).

Figura 9  -  Aspecto de uma escoada de lava encordoada.


Figura 8  -  Aspecto de uma escoada de lava encordoada. Retirado
Retirado de http://stevekluge.com/geoscience/images/pahoehoe2.jpg de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/pahoeh
oe.php

- Se pelo contrário a lava for viscosa e menos fluida, vai escorrer mais dificilmente e ao arrefecer fica com a superfície extremamente irregular e rugosa,
resultado dos fragmentos que se vão partindo, denominando-se lava escoriácea ou "lava aa" (termo havaiano).
Figura 10  -  Aspecto de uma escoada de lava escoriácea.
Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/aa.php

- As lavas que arrefecem debaixo de água (vulcanismo submarino) adquirem um aspecto de ‘almofada’ e por isso mesmo se chamam  lavas em
almofada (pillow lavas). Têm secção aproximadamente esférica e um pedúnculo, podendo no entanto, apresentar outras formas além das esféricas
(alongadas ou achatadas).

Figura 11  -  Aspecto de lava em almofada.


Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/PillowLava.php

Quando a lava de uma erupção vulcânica é muito ácida e viscosa, além das escoadas, forma-se frequentemente uma agulha vulcânica quando o magma
solidifica na chaminé. Assim, pode acontecer que, após a erosão do aparelho ou cone vulcânico, reste uma agulha de rocha vulcânica em relevo, que
materializa a chaminé.

No entanto, se a lava solidifica sobre a cratera, formando como que uma ‘tampa’ que fica a obstruir a saída de mais material, denomina-se cúpula ou
doma.

Muito frequentemente, quando o magma arrefece lentamente dentro da chaminé vulcânica ou em filões camada (sills), formam-se estruturas colunares
prismáticas ( disjunção colunar). A origem destas formas resulta da contracção do magma durante o arrefecimento, gerando-se superfícies de fractura,
a maior parte das vezes, formando colunas hexagonais.

Se a erupção vulcânica tem carácter explosivo, libertam-se densas massas de cinzas e gases que se podem deslocar a grandes velocidades tendo um
efeito devastador. Dada a sua densidade, tendem a deslocar-se perto da superfície. São as nuvens ardentes.

O leque de materiais expelidos pelos vulcões simultaneamente com a lava, abrange os gases (vapor de água, dióxido e monóxido de carbono, dióxido
de enxofre e ácido clorídrico), e também materiais sólidos que consistem essencialmente em bombas, blocos, cinzas, poeiras, pedra-pomes e lapili ou
bagacina (este último corresponde a fragmentos de lava cujas dimensões rondam os 4mm a 32mm).
Figura 12  -  Imagem microscópica de um grão de cinza vulcânica.
Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/ash.php

O vulcanismo secundário:

O vulcanismo secundário corresponde a manifestações de vulcanismo que não consistem em erupções vulcânicas, concretamente, mas estão
relacionadas com a energia térmica emitida por corpos magmáticos quentes que se encontram a pequena profundidade. Este tipo de vulcanismo nunca
é tão violento nem destrutivo quanto pode ser o vulcanismo principal.

As manifestações secundárias de vulcanismo, consistem em:

- nascentes termais

- fumarolas, mofetas e sulfataras

- géisers

Figuras 13 e 14  -  Fumarolas, ilha de S. Miguel, Açores.


Fotografias de Marisa Loureiro.
 

Figura 15 -  Fumarolas. Figura 16  -  Géiser.


 
Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/fumarole.php Retirado de http://volcanoes.usgs.gov/images/pglossary/geyser.php

Quadro resumo com as características principais das manifestações de vulcanismo secundário:

Tipo de actividade Materiais emitidos Temperatura (ºC)

Fumarola Compostos enriquecidos em ácido clorídrico (gasosos) 900 ºC

Sulfatara Compostos enriquecidos em enxofre (gasosos) Entre 100 ºC e 300 ºC

Mofeta Compostos enriquecidos em dióxido de carbono (gasosos) 100 ºC

Geiser Água líquida 90 ºC (aproximadamente)

Cerca de 6 ºC acima
Nascente termal Água líquida rica em sais minerais
da temperatura média do ar
 

O vulcanismo em Portugal

Os arquipélagos dos Açores e Madeira são, no território nacional,  


umas das mais eficientes manifestações de actividade vulcânica.

As ilhas que constituem o arquipélago dos Açores correspondem


a vulcões submarinos, sendo vários deles activos ainda, isto é,
são vulcões que entram em erupção com alguma frequência, ou
que entraram em erupção recentemente. Além do vulcanismo
principal existem também manifestações de vulcanismo
secundário, as fumarolas, nascentes termais e géisers.

As mais recentes manifestações vulcânicas nos Açores, datam


de 1998 e 1999 com a entrada em erupção do vulcão da Serreta
a 10km NW da ilha Terceira. Esta actividade manifestou-se com
a elevação de uma coluna de vapor a cerca de 30m de altura e o
aparecimento de pedaços de lava a flutuar nas águas.

A Madeira não apresenta vulcanismo activo como os Açores,


tendo sido considerado extinto.

O vulcanismo considera-se extinto quando não há registo da sua


actividade e cujo aparelho vulcânico se encontra quase
completamente erodido.

Existe ainda o conceito de vulcão adormecido que é aquele que


não apresenta actividade durante longos períodos de tempo mas
que além de manter o seu edifício ainda pouco erodido vai
libertando pequenas quantidades de gases para a atmosfera.

Relativamente ao território continental, as evidências de


vulcanismo (rochas vulcânicas – escoadas e piroclastos - e
chaminés vulcânicas), encontram-se no Algarve (vulcanismo
mesozóico), Alentejo (vulcanismo de idade paleozóica,
nomeadamente, do Câmbrico e Silúrico e, posteriormente,
Devónico e Carbónico) e Estremadura (vulcanismo de idade
mesozóica, realçando o Complexo Vulcânico de Lisboa, de idade
cretácica). No entanto, existem manifestações de vulcanismo
secundário, através de nascentes termais.

Figura 17  -  Mapa representativo dos principais tipos de rochas de Portugal


continental.

Geotermismo

O aproveitamento da energia (calor) proveniente do interior do planeta denomina-se geotermismo. À medida que aumenta a profundidade, aumenta
igualmente a temperatura das rochas, sendo que, quanto maior for essa temperatura, mais elevado é o potencial geotérmico dessa região. No entanto,
pode ser que ocorra uma intrusão magmática e esta, pode consistir numa fonte de calor a menor profundidade do que seria necessário, para atingir a
mesma temperatura se não houvesse intrusão. Uma zona com estas características é classificada como tendo um elevado potencial geotérmico.

O calor geotérmico é usado para fins terapêuticos, por um lado, e energéticos por outro. Relativamente ao uso terapêutico, tira-se partido das
propriedades químicas da água, bem como, da temperatura a que esta emerge, quer para ser ingerida, quer para banhos (termas). No que diz respeito
ao uso energético aproveita-se o calor emanado para produzir energia eléctrica ou para aquecimento industrial.

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