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CRIME ORGANIZADO
PETROLINA-PE
2010
CRIME ORGANIZADO
PETROLINA-PE
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2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………… 4
2. ORIGEM E DESENVOLVIMENTO…………………………………………… 5
3. CONCEITO……………………………………………………………………… 8
4. CARACTERÍSTICAS…………………………………………………………… 9
5. MODALIDADES……………………………………………………………… 10
5.1 TRÁFICO DE ENTORPECENTES………………………………………… 11
5.2 CRIMES DE COLARINHO BRANCO……………………………………… 11
5.3 LAVAGEM DE DINHEIRO………………………………………………… 11
5.4 CONTRABANDO E DESCAMINHO………………………………………… 11
5.5 SEQÜESTRO E EXTORSÃO………………………………………………… 12
5.6 ASSALTOS, FURTO E ROUBO DE CARGA……………………………… 12
5.7 PISTOLAGEM E CRIME DE ALUGUEL…………………………………… 12
5.8 TRÁFICO DE PESSOAS…………………………………………………… 13
6. PONTOS DE INTERESSE DO CRIME ORGANIZADO…………………… 13
7. A REALIDADE DO CRIME ORGANIZADO NO BRASIL…………………… 15
8. MECANISMOS DE COMBATE …………………………………………………15
8.1 MECANISMOS INSTITUCIONAIS…………………………………………… 15
8.2 DIREITO E COOPERAÇÃO INTERNACIONAIS…………………………… 16
8.3 MEIOS OPERACIONAIS……………………………………………………… 17
8.4 ESTRATÉGIA POLICIAL……………………………………………………… 17
9. CONVENÇÃO DE PALERMO………………………………………………… 17
9.1 ÂMBITO DE APLICAÇÃO…………………………………………………… 18
9.2 CRIMES PREVISTOS NA CONVENÇÃO
………………………………… 18
10. MECANISMOS DO DIREITO INTERNACIONAL………………………… 19
10.1 CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO………………………………… 19
10.2 INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS…………………………………………… 19
10.3 CONSOLIDAÇÃO DA LEGISLAÇÃO EFICAZ…………………………… 19
10.4 CONVERGÊNCIA DE RISCOS PARA AS REDES CRIMINOSAS…… 19
CONCLUSÃO…………………………………………………………………… 20
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INTRODUÇÃO
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2. ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
2.1 INTERNACIONALMENTE
A mais antiga delas são as tríades chinesas que tiveram origem no ano de
1644, como movimento popular para expulsar os invasores do império Ming. As
tríades incentivavam os camponeses a produção da papoula e a exploração do
ópio ainda quando a sua produção e exploração eram permitidas, contudo,
quando passou a ser proibido o comércio do ópio em todas as suas formas, as
Tríades passaram a explorar solitariamente o controle do mercado negro da
heroína.
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organizações e agrupa cerca de 180 clãs, 5550 homens de honra e 3500
soldados filiados. A Cosa Nostra Siciliana tinha inicialmente como ideal a
defesa e independência da Sicília, cuja população se sentia marginalizada e
abandonada pelos governos estrangeiros de Roma, por isso a organização
ditava a lei na ilha e possuíam a simpatia da população.
2.2 NO BRASIL
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mediante ameaça de pilhagem ou seqüestro. Possuíam a conivência de
fazendeiros, chefes políticos e policiais corruptos.
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atua em roubos a bancos e carros de transporte de valores extorsões a
pessoas presas, seqüestros e tráfico de entorpecentes com ligações
internacionais. O PCC foi fundado em 31.08.1993, e atualmente é maior facção
criminosa do país. Possui grande organização e poder em relação a seus,
vasta atuação no comercio de drogas em diversos Estado, além disso, é
considerado o Partido do Crime e cobra de seus membros mensalidades para
o partido.
3. CONCEITO
“Em acepção vulgar, crime significa toda ação cometida com dolo, ou culpa,
sendo uma infração contrária aos costumes, à moral, à lei. A criminalidade
organizada surge através das condições oferecidas pela sociedade, como os
avanços tecnológicos proporcionados pela modernização, através da
globalização.”
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4. CARACTERÍSTICAS DO CRIME ORGANIZADO
Antijuridicidade
Característica indispensável para configuração da figura delitiva de participação
em organização criminosa, a “antijuridicidade”, é certo, imprescinde da
associação de pessoas com objetivo de praticar atividades ilegais, portanto,
antijurídicas.
Planejamento Empresarial
Da mesma forma que em negócios lícitos, as organizações criminosas fazem
seus planejamentos para minimizar custos e riscos e, principalmente,
maximizar os lucros.
Cadeia de Comando
Existem fortes hierarquia e disciplina, muitas vezes fundamentadas no
argumento da violência. Dentro da organização criminosa, a decisão é
centralizada no mais alto nível, em uma projeção vertical e compartimentada.
Pluralidade de Agentes
Este é um requisito legal em diversos dispositivos e leis extravagantes. Há
crime de quadrilha ou bando quando se associarem mais de 3 pessoas
objetivando cometer crimes (ou seja, exige a participação de pelo menos
quatro pessoas, segundo o art. 288 do Código Penal). Para o Decreto nº.
5.015/2004, há grupo criminoso organizado quando três ou mais pessoas têm o
propósito de cometer as infrações descritas na Convenção de Palermo. O art.
35 da Lei 11.343/2006 (o revogado artigo 14 da Lei n.º 6.368/76, “Associarem
se 2 (duas) ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente, ou não,
qualquer dos crimes previstos nos arts. 12 e 13 desta lei.” ) descreve como
figura delitiva de associação para tráfico “Associarem-se duas ou mais pessoas
para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos
nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei”, sendo que nas mesmas penas
incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36
(financiamento ou custeio do tráfico de drogas). O concurso de agentes de
natureza eventual, não-permanente, anteriormente previsto no art. 18, III da Lei
nº 6.368/76, deixou de ser fato típico penal e não foi contemplada na nova lei,
configurando abolitio criminis.
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Compartimentação
Esta característica faz com que as atividades das diversas etapas ou níveis da
organização não sejam conhecidas por outros setores. Presta-se como fator de
segurança, protegendo a organização contra as ações de controle ou
investidas das agências oficiais. Compreende ainda a divisão do trabalho,
combinando a centralização do controle com a descentralização das ações. As
organizações criminosas têm a capacidade de incorporar e de substituir
imediatamente seus integrantes nos vários níveis de sua estrutura, sem que
perca o comando e as características de estabilidade e permanência.
Códigos de Honra
A disciplina, a lealdade e a satisfação de regras são impostas por códigos
próprios. Por exemplo, a lei do silêncio, difundida pela máfia italiana. Outro
exemplo é a precisão de pagamentos dos prêmios do “jogo do bicho”, em que
se proclama que “vale o que está escrito”.
Fins Lucrativos
De par com a pluralidade de agentes, é no objetivo do lucro ou na expectativa
de auferi-lo que se resume a principal característica do crime organizado. O fim
lucrativo é o suporte básico motivador, o combustível, a mola propulsora de
toda organização criminosa, daí a competição ou a disputa violenta entre as
organizações pelo controle de mercados. É o crime-negócio.
Controle Territorial
Diz respeito ao controle de atividades criminosas em determinadas regiões ou
área, respeitando os limites estabelecidos para cada organização,
dependendo, é claro, da modalidade criminosa, pois há exceções como nos
crimes de colarinho branco, sonegação fiscal, crimes cibernéticos, que
prescindem de tal controle.
Diversificação de Áreas
Esta é uma tendência verificada em diversas organizações para garantir
retorno financeiro em várias atividades lícitas ou ilícitas, até como uma maneira
de proteger o capital aplicado.
Estabilidade
Segundo a interpretação dos Tribunais pátrios, nos crimes de quadrilha ou
bando (art. 288 do CP) e associação para tráfico (art. 35 e seu parágrafo único
da Lei n.º1.343/2006), é exigida a estabilidade ou permanência do vínculo
associativo como elemento essencial para a sua tipificação.
5. MODALIDADES
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comum e essencial a todas elas a comunhão de vontades das pessoas
envolvidas, associadas para o cometimento de ações criminosas.
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Modalidades do crime organizado, tipificadas no artigo 334 do Código Penal
Brasileiro, tecnicamente são atividades distintas. Contrabando é a importação
ou introdução em território nacional de material proibido, enquanto o
descaminho trata da internação de mercadoria estrangeira sem o pagamento
das obrigações tributárias. Genericamente, esta atividade é chamada de
contrabando, ou seja, o comércio em geral de mercadoria estrangeira proibida
ou internada ilegalmente no País. Ressalve-se que, para configurar crime
organizado, essa prática exige a necessária participação de vários elementos,
com atribuições distintas, dedicando-se à aquisição ilícita, transporte e
distribuição de mercadorias, falsificação de documentos, controle de depósito e
armazenamento dos produtos contrabandeados, como também pela colocação
dos mesmos produtos nos pontos de venda a varejo.
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imprensa como responsáveis pela execução de pessoas em troca de
pagamento. Vale referir que essas ocorrências são mais freqüentes nas áreas
pobres e periféricas das grandes cidades, sendo as ações dessas quadrilhas
vulgarmente denominadas chacinas.
Inimigo Comum
Praticamente todas as organizações criminosas têm nas agências de controle o
seu inimigo comum, e se empenham tanto em escapar do seu alcance como
em neutralizá-las por meio da infiltração sórdida, da corrupção ou pela pura e
simples ameaça.
Segurança
É questão de sobrevivência da própria organização a segurança proporcionada
para os negócios e para os seus integrantes, sendo esse aspecto de essencial
importância para a preservação da incolumidade física, para o planejamento e
proteção das rotas clandestinas de fuga.
Benemerências
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A organização criminosa busca o apoio das pessoas, mediante práticas de
benemerência, geralmente entre a população carente, o que muitas vezes é
facilitado pela ausência de ações efetivas do Estado. No Brasil, em áreas de
influência do crime organizado, é comum observar manifestações de
solidariedade, até mesmo de maneira violenta, quando determinados chefes ou
integrantes de grupos criminosos são presos ou mortos, em confronto com as
forças de segurança.
Alianças
O estabelecimento de alianças estratégicas para racionalizar custos e diminuir
os riscos operacionais é uma tendência do crime organizado, particularmente
mais visível na modalidade do tráfico de drogas. Nas alianças, são
corporificados e sustentados os consórcios criminosos.
Intimidação
A intimidação é traço forte do crime organizado de vocação violenta. Se não
conquista com a benemerência ou com a corrupção, busca o domínio pelo
poder da ameaça. Como se frisou anteriormente, é característica principal da
organização do tipo mafiosa – consagrada no Código Penal italiano – sustentar
se com o poder de intimidação e da condição de sujeição, proporcionados tão
somente pelo vínculo associativo dos criminosos.
Influência Política
Por esse meio, a organização criminosa tenta se vincular a bancadas políticas,
apoiando financeiramente os segmentos políticos que lhes possam ser úteis.
Outras vezes, poderá ocorrer que os próprios integrantes sejam eleitos,
movidos pelo propósito de arregimentar facilidades para as práticas criminosas
e de se protegerem por meio do instituto da imunidade parlamentar.
Lucro
Todas as organizações criminosas buscam incessantemente os lucros, nisso
constituindo a razão de sua existência.
Rotas clandestinas
As organizações criminosas podem adotar rotas específicas para escoamento
dos produtos ilícitos, contrabandeados e drogas, por exemplo. Podem recorrer
a rotas desconhecidas, originárias de locais insuspeitos, a rotas que despertem
menor vigilância ou rotas que tenham maior ônus financeiro, para desviar do
parâmetro da lógica comum, com o fim de despistarem os agentes públicos de
repressão ao crime organizado. Também são entabuladas rotas de fuga,
preestabelecidas, com fins emergenciais ou alternativos.
Caos
Na visão de crime organizado, “quanto pior, melhor!” A lógica é a de que as
agências de controle relaxariam as atividades repressivas, enquanto
empenhadas em situações de crise. Em síntese, é a aposta no desastre.
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7. A REALIDADE DO CRIME ORGANIZADO NO BRASIL
Pois bem, o Brasil é hoje um refúgio ideal para mafiosos alienígenas de alto
nível, vez que o país conta com uma estrutura precária de investigação
internacional, bem como de acompanhamento interno de pessoas e de
movimentação financeira suspeita tal fato atrai o criminoso estrangeiro que, ao
vir para o Brasil, traz consigo parte de sua estrutura criminosa e passa a operar
daqui, em um primeiro instante e, após, passa a operar aqui mesmo no Brasil.
8. MECANISMOS DE COMBATE
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No Brasil, as ações do crime organizado estão sujeitas à legislação ordinária
e aos estatutos jurídico-penais especiais. No tocante ao primeiro caso, incide o
Código Penal e seu art. 288; e no que se refere à legislação especial vigora
com especificidade a Lei n.º 9.034/95, que dispõe sobre a prevenção e
repressão aos crimes praticados por organizações criminosas. Supletivamente,
comportam aplicabilidade, ainda, a Lei n.º 8.072/90 (crimes hediondos) e a Lei
nº 11.343/06 (lei de entorpecentes). Por fim, cabe destacar, ainda, a
interceptação das comunicações telefônicas, disciplinada na Lei nº 9.296/96,
como um dos mais eficazes recursos de investigação disponibilizados
institucionalmente ao organismo policial para o enfrentamento das
organizações criminosas.
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assinatura em Nova Iorque, Estados Unidos, em julho de 2001. Todos os
quatro instrumentos ficaram disponíveis para assinatura até 12 de dezembro de
2002 e depois disso apenas por adesão.
Como antecedentes da Convenção de Palermo, temos a Assembléia Geral
da ONU que aprovou a Declaração de Nápoles e um Plano de Ação Global e a
criação de um comitê ad hoc intergovernamental aberto, em dezembro de
1998, para completar a Convenção e seus três protocolos até o final do ano de
2000, sendo que a Assembléia Geral da ONU, em Nova Iorque, adotou os três
primeiros instrumentos em 15 de novembro de 2000 e o último protocolo em
maio de 2001.
9. CONVENÇÃO DE PALERMO
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de projeto debatido no Décimo Congresso da ONU sobre a Prevenção do
Delito e Tratamento do Delinqüente, realizado em Viena/Áustria, no período de
10 a 17 de abril de daquele mesmo ano.
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Pela Convenção de Palermo os delitos revelam natureza transnacional nas
seguintes hipóteses:
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Outro objetivo recomendado internacionalmente, e que passa pelo necessário
ajuste da legislação, foi o de estabelecer uma convergência ou uniformização
de riscos para os delinqüentes e seus negócios, em qualquer país em que
venham a se instalar.
CONCLUSÃO
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