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Cisgênero X transgênero
Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu. Um exemplo
de cisgênero é uma pessoa que nasceu com genitália feminina e cresceu com características
físicas de “mulher”, além disso adotou padrões sociais ligados ao feminino, comumente
expressados em roupas, gestos, tom de voz. Ou seja, uma pessoa que nasceu com um
determinado gênero, e se identifica com ele até hoje.
Transgênero é uma pessoa que nasceu com determinado sexo biológico, e não se identifica
com o seu corpo. Um exemplo é o indivíduo que nasceu com genitália masculina, cresceu com
as transformações causadas pelos hormônios masculinos, mas sua identificação é com o físico
feminino.
PABLO
Por trás da sigla LGBTQIA+ existe uma história representada por cada uma das letras que a
compõe. Embora tenham sua origem ligada a sentidos pejorativos, sabemos que a luta pela
diversidade é constante e hoje, mais do que nunca, vem sendo evidenciada uma consciência
coletiva em prol da liberdade de expressão.
Lésbicas: pessoas do gênero feminino, independente de serem cis ou trans, que se atraem
sexualmente ou romanticamente por outras pessoas também do gênero feminino.
Gays ou homossexuais: pessoas do gênero masculino, cis ou trans, que se atraem por outras
pessoas do gênero masculino.
Bissexuais: pessoas, de qualquer gênero, que se atraem tanto por pessoas do gênero
masculino quanto feminino.
Transexuais e Travestis:
Pessoas transexuais são aquelas que não se identificam com o gênero que foi atribuído no seu
nascimento. Ou seja, homens trans, mulheres trans, travestise, pessoas não-binário e pessoas
de gênero flúido são consideradas transexuais.
Um exemplo de travesti que se tornou mais reconhecida na mídia é a participante do BBB 22,
Linn da Quebrada.
Queer
Termo que abriga pessoas que enxergam sua sexualidade e gênero dentro de um aspectro
vasto de possibilidades e não somente cis/ trans ou hétero bi, homo etc. Ou seja, pessoas que
não se encaixam dentro da héterocisnormatividade.
Intersexuais: pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal não se encaixa na forma binária,
ou seja um termo que descreve a anatomia relacionada a questões reprodutivas ou sexuais
que se diferenciam nas definições típicas de homens ou mulheres.
Assexuais
ENZO
Segundo o levantamento, 67,8% dos estudantes afirmam já ter sofrido ou presenciado algum
tipo de agressão em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Desses, 75,9%
afirmam não ter sentido segurança para buscar apoio na direção da escola. “É possível
perceber que o ambiente escolar ainda é um local de insegurança para muitos alunos. Esse
fato é extremamente prejudicial para o processo de aprendizado”, afirma Ruan Vidal,
presidente da AERJ.
Ao responder o formulário, 77,7% dos alunos disseram que sentem-se inseguros em expressar
sua identidade de gênero ou orientação sexual dentro da escola. Na opinião de 42,1%, a escola
repreenderia um aluno transexual que usasse o uniforme com que se sente mais confortável.
Esses dados demonstram o quanto as escolas continuam sendo espaços de perpetuação dos
preconceitos. Isso se dá porque as relações sociais estão atreladas às relações de produção e,
portanto, as escolas reproduzem a lógica capitalista. Ao capitalismo interessa a segregação e a
marginalização de corpos LGBTTs, um projeto que começa desde a escola e os persegue
durante toda a vida.
Diante de tal realidade, o movimento estudantil tem um papel fundamental na luta contra a
LGBTTfobia promovida pelo modelo de produção capitalista. Nesse sentido, é papel das
entidades estudantis organizar, dentro e fora da escola, os estudantes LGBTTs na luta pelos
seus direitos, trazendo debates e levando à tona as suas reivindicações.
Quando eu procuro a unidade básica, eu sei que não vou ser mais um rótulo, mas sim uma
usuária como qualquer outra”, afirma a redutora de danos e mulher trans, Larah Caetano, de
27 anos. A percepção mais positiva sobre o acesso aos serviços de saúde se deve a mudanças
recentes em políticas de acolhimento desse público.
Mesmo assim, ela ressalta a importância de poder contar com orientação médica. “Quando a
gente tem um profissional minimamente para nos orientar, pedir os exames adequados e
acompanhar o nosso quadro, isso garante que nós fiquemos vivos e proporciona uma
qualidade de vida que, até então, a gente não tem”, afirma Joanna Arlen.
SEBASTIAO
Ao se identificarem com um gênero diferente dos que lhes foram atribuídos no nascimento,
os transgêneros enfrentam uma luta permanente para que sejam reconhecidos e respeitados
pela sua verdadeira identidade. Além disso, eles são excluídos do mercado de trabalho e dos
ambientes escolares, que sequer avaliam o seu potencial e conhecimento. “Eu gostaria que
houvesse mais inclusão. Que fosse vista a capacidade de produção da pessoa, mas é muito
difícil porque o preconceito é muito grande”, afirma Julianne da Costa Rosa, 62 anos,
educadora física. Distantes do mercado de trabalho formal e das escolas e universidades, são
marginalizados e hostilizados. A violência contra a população T é tão grande que a sua
expectativa de vida é baixíssima. Enquanto a média de vida do brasileiro é de 75,5 anos,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os transgêneros a
média cai para 35 anos.