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A certeza do cumprimento do chamado e moradia no céu (2 Timóteo 4.

6-8)

- Quando olhamos para a Bíblia Sagrada, Paulo é o escritor da maior parte do novo testamento. Aquilo que
conhecemos por serem cartas, Paulo foi o autor de 13 delas.

- Paulo como servo do Senhor, vivia uma vida em Cristo e ao mesmo tempo escrevia aos seus irmãos.

- Algumas de suas cartas, foram escritos em tempos não muito bons humanamente falando.

 Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom e 2 Timóteo. Foram cartas que ele escreveu enquanto estava
preso.

- Paulo quando escreve 2 Timóteo, por volta do ano 66 e 67 d.C. está preso em uma masmorra fria e úmida,
acorrentado como um criminoso por Nero.

- Só que existe uma clara diferença entre essa carta e as demais que foram escritas por ele enquanto estava preso.

 Paulo, nesse momento (quando escreve 2 Timóteo), estava perfeitamente consciente de que já havia
concluído sua missão, e que seu tempo de vida nessa terra era terminado.
 Nessa epístola, ele não pede orações para sair da prisão, nem tem qualquer expectativa de prosseguir em
seu trabalho missionário. O velho apóstolo está convencido de que a gora de seu martírio havia chegado.

- Só que mesmo diante da sua morte prevista, o que nos chama a atenção é que Paulo tem pelo menos dois grandes
propósitos ao escrever essa carta.

 1 – De ordem pessoal. Acostumado a grandes viagens e muitos relacionamentos, agora estava fechado num
pequeno calabouço, isolado de tudo e todos. Nesse momento muito o haviam abandonado, somente Lucas
estava com ele. E ele roga para que Timóteo (seu filho na fé) fosse vê-lo se possível a fim de conforta lhe o
coração nesses derradeiros momentos.
 2 – Em segundo lugar, Paulo estava, como sempre, preocupado com o bem-estar da Igreja do Senhor em
todas as partes onde houvesse um cristão ou um grupo de crentes reunidos em adoração sincera ao Senhor.

- Mas aqui, percebemos algumas verdades sobre essa situação.

 O apóstolo dos gentios não está encerrando, frustrado, a carreia. Não está com a alma amargurada. As
agruras da terra não empalidecem as glórias do céu. A ingratidão dos homens não enfraquece a assistência
abundante de Deus.

- Porque Paulo, mesmo diante da morte, não renuncia a felicidade da alma, o evangelho, a graça de Jesus Cristo?

 Porque Paulo entendeu Filipenses 1.21: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é Ganho.”
 Porque quando Estevão foi apedrejado, quem estava lá? Paulo. E estevão vê, cheio do Espírito Santo, os céus
abertos e o Filho do Homem em pé a direita de Deus (Atos 7.56). A mesma visão que Estevão teve, Paulo
também queria ver pessoalmente.

- Os versículos lidos para meditarmos (2 Timóteo 4.6-8). Nos mostra como a despedida de Paulo ocorre, aquilo que
Paulo trata como um consolo e prêmio para ele como servo.
Versículo 6 – Paulo olhou para o presente com serenidade
- O veterano apóstolo sabe que vai morrer. Mas não é Roma que vai lhe tirar a vida; é ele quem vai oferecê-la a
Deus.

- O que ele está dizendo nesse versículo 6 é: “Quanto a mim, minha vida já foi derramada como oferta para Deus. O
tempo de minha morte se aproxima” (NVT)

- Paulo ofertou sua vida para Deus:

 Ele não orava para demonstrar falsa bondade, ele orava porque sua vida era ofertada a Deus.
 Ele não evangelizava para o tornar conhecido, ele evangelizava porque sua vida era ofertada a Deus.
 Ele não escrevia cartas para manter sua evidência eclesiástica, ele escrevia porque sua vida era ofertada a
Deus.

- Ele traz o sentido “Quanto a mim, minha vida já foi derramada como oferta para Deus”

 Oferta nada mais é do que semente.


 Quando ele diz que sua vida já foi derramada. Traz o sentido de que semeou para Deus.
 As raízes dele já tinha sido desenvolvida, o tempo de produzir frutos já tinha sido realizado, o crescimento
era evidente em sua vida. Mas agora, chegou o momento de conhecer aquele quem realizou tudo isso na
vida dele.

- Agora, uma vida ofertada a Deus seria levada ao sacrifício, mas o que era a morte para Paulo?

- A morte para Paulo era descansar de suas fadigas:

 Apocalipse 14.13 – “...Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito
Santo, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam”

- A morte para Paulo significa levantar acampamento e deixar a tenda temporária para voltar à casa. A morte para
Paulo era mudar o endereço. Era deixar o corpo e habitar com o Senhor.

 2 Coríntios 5.6-8 – “Portanto, temos sempre confiança, apesar de sabermos que, enquanto vivemos neste
corpo, não estamos em nosso lar com o Senhor. Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos. Sim, temos
confiança absoluta e preferíamos deixar este corpo terreno, pois então estaríamos em nosso lar com o
Senhor.” (NVT)
 Era partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.

- A morte para Paulo era desatar o barco e navegar as águas do rio, atravessando para o outro lado.

 A morte para Paulo era fazer a última viagem da vida, e está rumo à Pátria celestial.

- O que nós temos que entender com a morte:

 A morte para um cristão não é uma tragédia, pois é preciosa aos olhos de Deus.
 A morte não é o fim da vida, mas o começo da bem-aventurança eterna.
 Felizes são aqueles que morrem no Senhor, pois descansam de suas fadigas.
 A morte não é o caminho do purgatório, pois este inexiste. A morte não é o portal da reencarnação, pois
esta é irreal. A morte não abre a porta do sono da alma, pois a alma não dorme. Morrer para uma pessoa
salva é deixar o corpo e habitar com o Senhor.
 Morrer é entrar no paraíso, no céu, no seio de Abraão, na casa do Pai, onde Deus enxugará de nossos olhos
toda lágrima.
 Para os filhos de Deus, a morte não é uma tragédia, mas uma promoção.

Versículo 7 – Paulo olhou para o passado com gratidão


- Paulo nesse versículo, nos traz lembranças de seu passado, ao qual com muita gratidão comenta: “Combati o bom
combate, terminei a carreira e permaneci fiel.”

- Até mesmo em 2 Timóteo, você vai encontrar versículos que vão dizer:

 Paulo enfrentou a solidão (2 Tm 4.9,11,21)


 Paulo enfrentou o abandono (2 Tm 4.10)
 Paulo enfrentou a ingratidão (2 Tm 4.16)
 Paulo enfrentou a perseguição (2 Tm 4.14)

- Agora, como ele consegue olhar para isso e dizer que combateu o bom combate?

- Um homem que enfrentou a severidade da lei judaica e romana por onde passou, mas também a violência da
multidão opositora.

 Quase toda cidade que Paulo passou enfrentou multidões enfurecidas, incitadas principalmente pelos
judeus.
 Foi apedrejado em Lista.
 Açoitado em Filipos.
 Atacado por uma multidão furiosa em Jerusálem.
 Enfrentou prisões, açoites, naufrágios, ofensas e mentiras.
 Sua vida despertou fúria no inferno e tumulto na terra.

- Paulo porém, viveu cabalmente para completar sua carreira e cumprir cabalmente seu ministério.

 Atos 20.24 – “Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho de graça.”

- A pergunta: “Como ele consegue olhar para isso e dizer que combateu o bom combate?” a resposta é: A julgar
pelos padrões mundanos, a carreira de Paulo foi miserável. Agora, pelos padrões dos céus... Paulo exerceu o
ministério que tinha recebido do Senhor.

- Senão vejamos:

 Honra e Desonra – Aos olhos do mundo, Paulo era um homem despojado de toda honra. Mas aos olhos de
Deus sempre foi muito honrado.
 Infâmia e boa fama – Os opositores de Paulo criticavam cada uma de suas ações e palavras, além de odiá-lo.
Porém, a despeito de ser difamado na terra, recebeu certamente boa fama no céu.
 Enganador e sendo verdadeiro – Os críticos de Paulo o consideravam um charlatão ambulante e um
impostor. Contudo, sua vida, sua conduta e seu ministério irrepreensíveis refutaram as acusações levianas
de seus inimigos.
 Morrendo, contudo, vivendo – Muitas vezes, Paulo enfrentou açoites, cadeias, prisões, tumultos e até
apedrejamento. Deus porém, o preservou da morte a fim de que ele cumprisse o propósito de levar o
evangelho até os confins da terra.

- As tristezas de Paulo vinham das circunstâncias; mas, sua alegria emanava da sua comunhão com Deus. Ele se
alegrava não nas circunstâncias, mas apesar delas.

 Sua alegria não era nem presença de coisas boas nem ausência de coisas ruins. Sua alegria era uma Pessoa.
Sua alegria era Jesus. A fonte da sua alegria não estava na terra, mas no céu; não nos homens, mas em Deus.

- Paulo não possuía riquezas terrenas, mas era herdeiro daquele que é o dono de todas as coisas.

 O ímpio tem posse provisória, mas o cristão é dono de todas as coisas que pertencem ao Pai.

- “Combati o bom combate, terminei a carreira e permaneci fiel.”

- Paulo, apesar de tudo que já falamos, pode ao final da sua vida dizer: “Permaneci fiel.”

- A vontade de Deus não é que venhamos renunciar à fé nEle, mas antes venhamos cultivar para que cada dia mais
venhamos ter a convicção daquilo que cremos e acreditamos.

- A fé é o combustível dos crentes, pois eles são salvos pela fé, vivem pela fé, vencem pela fé e morrem na fé.

 A fé não duvida nem titubeia.


 Seu oxigênio é a certeza.
 A fé vê além dos olhos.
 A fé toca o que está fora do alcance das mãos.

- A ausência das manifestações de fé muitas das vezes é por causa da presença da dúvida.
- A fé não opera na dúvida, a fé não opera na dúvida. Nosso Deus é poderoso para fazer tudo muito mais abundante
além daquilo que pedimos ou pensamos. A fé tem como atividade a atmosfera do divino.
- A fé é ter certeza mesmo sem ver, sentir ou tocar. Porque a fé não depende do que se vê para se estabelecer.
- Fé não é algo que devemos prestar satisfação com quem não está na mesma posição que você ocupa.

- Alguém pode até dizer:


 Mas porque orar tanto, quando devia estar indo atrás do filho que está perdido em drogas, amizades e
coisas desse mundo.
 Porque preparar o enxoval da criança se o médico falou que do hospital o bebe não sai vivo.
 Porque preparar as malas para ser missionário(a) se ainda não chegou ninguém disposto a sustentar a
família dele no campo.

- Fé não se presta satisfação, fé se vive, não estou vendo com os olhos carnais, mas, os espirituais estão abertos
vendo a vontade de Deus. Não estou tocando mais sei que vou tocar, não sei como vou chegar lá mas sei que vou
chegar lá.
- O que não podemos colocar em hipótese nenhuma é a ausência de fé em nossas vidas.
- Hebreus 10.37 – Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
- Hebreus 11.6 – Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
 Não importa quanto tempo você é crente.
 Não importa quanto tempo do dia você passa orando ou lendo a Bíblia.
 Não importa aquilo que você já conquistou em sua vida.
- Sem a fé é impossível agradar a Deus, por isso que é melhor ser um crente fazendo aquilo que só a fé de um doido
pode fazer do que ser alguém que não tem fé.

Versículo 8 – Paulo olhou para o futuro com esperança


- A gratidão do dever cumprido, associada à serenidade de saber que estava indo para a presença de Jesus, dava a
Paulo uma gostosa expectativa do futuro.

- Mesmo que Nero o condenasse e o tribunal de Roma o considerasse culpado, o reto e justo Juiz o consideraria
inocente e lhe daria a coroa da justiça.

- Como que num brado de triunfo diante do martírio, Paulo proclama: “Já agora a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia...”

- E essa esperança que Paulo guardou no coração, é aquela que todos nós temos, porque o versículo ainda diz: “...E
não somente a mim, mas também a todos que amarem a sua vinda.”

- A vinda de Jesus Cristo é uma certeza, existe duas formas de encontrarmos com ele:

 Através da morte física.


 Através do arrebatamento.

- Mas uma coisa é por certo, a nossa esperança é encontrar um dia com ele nos ares.

- Por que Cristo voltará?

 Na sua primeira vinda Cristo se esvaziou. Nasceu humilde. Num lar humilde. Num berço de palha. Cresceu
pobre. Veio como servo. Veio como cordeiro. Veio como ovelha muda. Veio para morrer na cruz. Veio para
se fazer pecado por nós.
 Na sua primeira vinda entrou em Jerusalém montado num jumentinho. Foi humilhado. Cuspido. Surrado.
Preso. Traído. Xingado. Pregado na cruz.
 Na sua segunda vinda virá como rei exaltado. Como Senhor dos senhores. Como juiz de toda a terra. Virá
como leão de Judá. Assentará no trono. Julgará as nações. Todo joelho se dobrará diante Dele.

- Como Cristo voltará?

 Voltará pessoalmente. Voltará misteriosamente. Voltará repentinamente. Voltará gloriosamente.

- Naquele dia Deus julgará o segredo do coração dos homens. Os livros serão abertos. Não haverá defesa. Não
haverá desculpas. Quem não estiver no livro da vida será lançado no lago do fogo.

- Mas para os remidos será dia de glória. Dia de coroação. Dia de recompensa. Dia do banquete. Dia do consolo. Dia
do descanso. Dia eterno com Jesus e para Jesus.

- Ainda que brevemente venhamos enfrentar a morte (em um contexto fora do arrebatamento), ela só vai ser a
porta e o caminho para chegar até Jesus no Paraiso de nossas almas.
- Paulo está em uma masmorra, jurado de morte, pronto a se entregar como sacrifício ao Senhor. Contudo, nós não
estamos presos, não sabemos de que modo se dará o término de nossa vida, por isso a vigilância é a nossa principal
observação.

- É tempo de retirarmos nossas raízes terrenas, porque a glória vindoura está para nos ser revelada.

 É tempo de deixar as vaidades.


 É tempo de mudar o foco.
 É tempo de clamar: Maranata.
 É tempo de abandonas os pecados, iniquidades e concupiscência.
 É tempo de voltar a orar mais.
 É tempo de voltar a consagrar mais.
 É tempo de voltar a dizer ao próximo o amor que você tem pela alma dele.
 É tempo de reatar os laços afetivos e parar de buscar somente meus próprios desejos.

- Hino: “Tudo nos mostra que Cristo já volta Breve Jesus voltará! Já deste mundo o mar se revolta Breve Jesus
voltará. Breve virá, breve virá. Breve Jesus voltará”

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