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Elaboração Prof.

Luis Aurélio Tercheinski

Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 2 do Curso Online ......................................................................................................................... 2
Aula 1 – Introdução a contabilidade geral ................................................................................................. 2
Introdução .................................................................................................................................................. 2
Contas Patrimoniais ................................................................................................................................... 3
Contas de Resultado................................................................................................................................... 3
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar) .................................................................. 4
Aula 1.1 – Introdução a contabilidade geral .............................................................................................. 5
Débito e Crédito: O que aumenta e o que diminui? .................................................................................. 5
Aula 2 - Escrituração Contábil na Prática ................................................................................................... 7
Aula 2.2 – Resolução de Exercícios (Apuração de Impostos) ................................................................... 11
Aula 3 - Atos e fatos contábeis ................................................................................................................. 13
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Praticar) ................................................................ 13
Aula 4 – Resolução de Exercícios (Classificação de Contas) ..................................................................... 14
Aula 5 – Resolução de Exercícios (Prêmios de Seguros - Contabilização)................................................ 15
Gabarito.................................................................................................................................................... 20

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Módulo 2 do Curso Online


Aula 1 – Introdução a contabilidade geral
Nesta aula estudaremos na prática a estrutura contábil e veremos como as transações devem e são
registradas, afim de melhor entender a nossa profissão de forma cientifica.

Bom estudo!

Introdução
Muitos são os alunos da área contábil que, ao final do curso acadêmico, infelizmente não conseguem realizar
as escriturações contábeis adequadas. Tal afirmação é sustentada ao analisarmos os resultados dos Exames de
Suficiência realizados em anos anteriores e ao verificarmos que nas últimas edições do exame mais de 70% dos
candidatos não foram aprovados. Tendo em vista que mais da metade da prova, ou seja, mais de 50% dela é constituída
por questões relacionadas a Contabilidade Geral, podemos concluir que este curso preparatório deverá sem dúvida
alguma dar ênfase, entre outros assuntos, a esta área de conhecimento, levando os alunos a analisarem a contabilidade
de forma Holística.

Por este motivo, esta aula foi elaborada para fazer uma breve introdução prática ao assunto, e assim fazer com
que todos os alunos desse curso entendam claramente como funciona o fluxo contábil, passando pelo ativo, passivo e
patrimônio líquido, até chegar às contas de resultado e por fim iremos elaborar a DRE - Demonstração do Resultado do
Exercício. Tudo isso de forma prática e dinâmica.

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Contas Patrimoniais
As contas patrimoniais, como o próprio nome sugere, são as contas cujo conteúdo possui lançamentos
escriturados que compõem o Patrimônio da empresa.

Quais de nós, profissionais e ou estudantes da área contábil, nunca vimos a equação básica que segue?

Ativo = Passivo + PL (Patrimônio Líquido)

Atenção, foi publicado em 21 de novembro de 2019 a nova NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL que
entrou em vigor a partir de 2020. Abaixo um comparativo de como eram e como ficaram os conceitos de Ativo,
Passivo e PL conforme a nova NBC TG:

Como era: "Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que resultem futuros benefícios econômicos e o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo
de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade."

Como ficou: “Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos
passados.”

Como era: "Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação
se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos."

Como ficou: “Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como
resultado de eventos passados.”

Como era: "Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus
passivos."

Como ficou: “Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus
passivos.”

Ao verificarmos o exposto acima, podemos dizer então que o Balanço patrimonial é a colocação em prática da
equação Ativo = Passivo + PL, onde o Ativo é igual ao passivo somado ao PL e este último pode ainda ser representado
pelo valor líquido que a entidade possui (Capital Próprio) de forma estática, após os ativos liquidarem todos os passivos.
Em outras palavras, pela simples análise do BP (Balanço Patrimonial) de uma empresa, mais especificamente o PL
(Patrimônio Líquido), podemos obter importantes informações a respeito dessa empresa, como exemplo, podemos citar
sua capacidade de pagar seus compromissos caso a mesma entrasse em processo falimentar no momento exato da
análise, ou seja, o PL estando positivo significa que a empresa possui recursos suficientes para liquidar suas dívidas,
estando negativo significa que todos os recursos da empresa não serão suficientes para saldar os credores. Esta é a
análise crítica básica que devemos fazer sempre que analisamos um Balanço.

Contas de Resultado
São as contas cujo conteúdo possui valores referentes às receitas (Valores das vendas dos produtos ou
serviços), bem como os custos e as despesas (Sacrifício realizado pela empresa, pra gerar receitas). Obtendo o
resultado das Receitas menos as Despesas teremos o resultado do exercício, que pode ser positivo (Lucro) ou negativo
(Prejuízo).

Após a apuração do resultado, vale ressaltar que quando este for negativo o valor apurado volta para o PL
(Patrimônio Líquido) da empresa em forma de Prejuízos Acumulados, ou em caso de o resultado ser positivo a conta
que será contabilizada no PL será a de Reserva de Lucros.

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)


(2º Exame de 2017)

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Aula 1.1 – Introdução a contabilidade geral

Débito e Crédito: O que aumenta e o que diminui?

Contas Natureza Débito Crédito

Ativo Devedora Aumenta Diminui

Passivo Credora Diminui Aumenta

Patrimônio Líquido Credora Diminui Aumenta

Receitas Credora Diminui Aumenta

Despesas Devedora Aumenta Diminui

Compra de Mercadorias à vista

D: Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante)

C: Caixa (Ativo Circulante)

Pergunta: Qual o impacto líquido nas contas patrimoniais?

Resposta: Não altera o Ativo, o passivo e o PL. (Verdadeiro)

Observação: Não altera porque houve um aumento e uma diminuição no ativo simultaneamente.

Pagamento de fornecedores (Compra a prazo)

D: Fornecedores (Passivo Circulante)

C: Caixa (Ativo Circulante)

Pergunta: Qual o impacto líquido nas contas patrimoniais?

Resposta: Diminui o Ativo e o Passivo. (Verdadeiro)

Observação: Diminui o Ativo e o passivo porque o débito diminui o passivo e o crédito diminui o Ativo.

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Reconhecimento de despesas com salários do mês a ser paga no mês seguinte!

D: Despesas com Salários (Resultado)

C: Salários a pagar (Passivo Circulante)

Pergunta: Qual o impacto líquido nas contas patrimoniais?

Resposta: Aumenta o Passivo e diminui o PL. (Verdadeiro)

Observação: Sempre que houver contabilização nas contas de RESULTADO devemos aumentar o
Patrimônio Líquido pelo mesmo valor quando for uma receita (Crédito no Resultado) e devemos
diminuir o Patrimônio Líquido quando for reconhecido uma despesa ou custo (Débito no resultado).

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Aula 2 - Escrituração Contábil na Prática

O mais importante para nós, é observar de forma prática como se dá a escrituração contábil. Para tanto, iremos
agora verificar da forma mais básica possível como se procedem as contabilizações em uma empresa, desde a sua
abertura, passando pelas contabilizações iniciais até a apuração do resultado de um determinado período com base
nos dados que segue:

Abertura da Empresa Modelo LTDA

Sócio A - 50.000 quotas de R$ 1,00 real cada, totalizando R$ 50.000,00.

Sócio B - 50.000 quotas de R$ 1,00 real cada, totalizando R$ 50.000,00.

Capital Social total - R$ 100.000,00

Capital Subscrito -R$ 100.000,00

Capital Integralizado - R$ 70.000,00

Obs. A integralização do Capital social foi feita da seguinte forma:

50.000,00 - Imóvel que servirá de sede para o empreendimento feita pelo sócio A.

20.000,00 - Em dinheiro realizada pelo sócio B.

 O restante, ou seja, os R$ 30.000,00 faltantes que o sócio B deverá realizar deve ser feito até o prazo
determinado em contrato social. A não realização deste valor por parte do sócio B até a data limite imposta em contrato
poderá implicar a retirada deste sócio do quadro social da empresa e o comprometimento, por parte dos sócios
restantes, da integralização do valor do capital social ainda não integralizado.

Escriturações Contábeis a serem feitas conforme contrato social. (1)

D - Capital Social a Integralizar - "Sócio A" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00

D - Capital Social a Integralizar - "Sócio B" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00

C - Capital Social Subscrito - "Sócio A" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00

C - Capital Social Subscrito - "Sócio B" (Patrimônio Líquido) R$ 50.000,00

Escriturações Contábeis a serem feitas no momento da integralização do capital social (Quando da


transferência dos valores e ou bens por parte dos sócios para a empresa) (2)

D - Banco Conta movimento (Ativo Circulante) R$ 20.000,00

D - Imobilizado (Ativo não Circulante) R$ 50.000,00

C - Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido) R$ 70.000,00

Após estas contabilizações, bem como as efetivas transferências de bens dos sócios para a empresa, a mesma
estará apta a iniciar suas atividades, uma vez que já possuirá em seu patrimônio um imóvel pronto para o uso, além de
ter disponível em caixa o valor de R$ 20.000,00.

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Transações realizadas pela empresa após iniciar suas atividades em 01/05/2017, por exemplo.

 02/05/2017 - Compra de Mercadorias para revenda a prazo pelo valor de R$ 5.000,00

Nesse valor está incluso ICMS recuperável pelo valor de R$600,00.

 05/05/2017 - Compra de Mercadorias para revenda a vista pelo valor de R$ 3.000,00

Nesse valor está incluso ICMS recuperável pelo valor de R$360,00.

 15/05/2017 - Venda de mercadorias a vista pelo valor de R$ 10.000,00

Sobre esse valor incide ICMS a uma alíquota de 12%.

 16/05/2017 - Venda de mercadorias a prazo pelo valor de R$ 5.000,00

Sobre esse valor incide ICMS a uma alíquota de 12%.

 31/05/2017 - Pagamento de Pró - Labore ao sócio administrador R$ 2.000,00


 31/05/2017 – Fazer a apuração dos impostos.
 Estoque final, apurado em 31/05/2015 R$ 1.000,00.

Como escriturar?

Primeiramente vamos fazer a escrituração da parte que irá movimentar exclusivamente as contas patrimoniais,
que segue:

Escrituração das Compras de Mercadorias para revenda

02/05/2017 (3)

D - Estoques (Ativo Circulante) R$ 4.400,00

D – ICMS a recuperar (Ativo Circulante) R$ 600,00

C - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 5.000,00

05/05/2017 (4)

D - Estoques (Ativo Circulante) R$ 2.640,00

D – ICMS a recuperar (Ativo Circulante) R$ 360,00

C - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 3.000,00

Agora vamos escriturar as transações que envolvem além das contas patrimoniais, também as contas de
resultado, da seguinte forma:

Escrituração das vendas

15/05/2017 (5)

D - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 10.000,00

C - Receitas com vendas de Mercadorias (Resultado) R$ 10.000,00

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16/05/2017 (6)

D - Clientes a receber (Ativo Circulante) R$ 5.000,00

C - Receitas com vendas de Mercadorias (Resultado) R$ 5.000,00

Escrituração dos impostos sobre vendas do dia 15/05/2017 (7)

D – Impostos dobre Faturamento (Resultado) R$ 1.200,00

C – Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 1.200,00

Escrituração dos impostos sobre vendas do dia 16/05/2017 (8)

D – Impostos dobre Faturamento (Resultado) R$ 600,00

C – Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 600,00

Escrituração do pagamento de Pró-Labore (9)

D - Despesas com Pessoal (Resultado) R$ 2.000,00

C - Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 2.000,00

Apuração do ICMS (10)

D - Impostos a Recolher (Passivo Circulante) R$ 960,00

C - Impostos a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 960,00

Apuração do CMV - Custo da Mercadoria Vendida

Cálculo utilizando a nossa conhecida equação

CMV = EI (Estoque inicial) + Compras - EF (Estoque final)

Informações retiradas do enunciado:

EI = 0,00

Compras do período = R$ 7.040,00

EF = R$ 1.000,00

CMV = 0,00 + 7.040,00 - 1.000,00

CMV = R$ 6.040,00

Escrituração do CMV - Custo das mercadorias Vendidas (Baixa dos estoques)

31/05/2017 (11)

D - CMV - Custos das Mercadorias Vendidas (Resultado) R$ 6.040,00

C - Estoques (Ativo Circulante) R$ 6.040,00

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Razonetes Empresa Modelo LTDA:

GRUPO DE CONTAS PATRIMONIAIS GRUPO DE CONTAS DE RESULTADO


ATIVO PASSIVO RESULTADO
Banco Conta Movimento Fornecedores Receita de Vendas
Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
(2) 20.000,00 3.000,00 (4) 5.000,00 (3) 10.000,00 (5)
(5) 10.000,00 2.000,00 (9) 5.000,00 (6)

Sd 25.000,00 Sd 5.000,00 Sd 15.000,00

Clientes à Receber ICMS à Recolher ICMS Sobre Faturamento


Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos
(6) 5.000,00 (10) 960,00 1.200,00 (7) (7) 1.200,00
600,00 (8) (8) 600,00

Sd 5.000,00 Sd 840,00 Sd 1.800,00

Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO CMV


Débitos Créditos Débitos Créditos
(3) 4.400,00 6.040,00 (11) Capital Subscrito (11) 6.040,00
(4) 2.640,00 Débitos Créditos
50.000,00 (1)
Sd 1.000,00 50.000,00 (1) Sd 6.040,00

ICMS à Recuperar Sd 100.000,00 Despesas Com Pessoal


Débitos Créditos Débitos Créditos
(3) 600,00 960,00 (10) (-) Capital à Integralizar (9) 2.000,00
(4) 360,00 Débitos Créditos
(1) 50.000,00 70.000,00 (2)
Sd 0,00 0,00 (1) 50.000,00 Sd 2.000,00

Imobilizado Sd 30.000,00
Débitos Créditos
(2) 50.000,00

Sd 50.000,00

Balanço Patrimonial ao final do exercício

Ativo Passivo e PL
Ativo Circulante 31.000,00 Passivo Circulante 5.840,00
Banco Conta Movimento 25.000,00 Fornecedores 5.000,00
Clientes à Receber 5.000,00 ICMS à Recolher 840,00
Estoques 1.000,00 Patrimônio Líquido 75.160,00
ICMS à Recuperar 0,00 Capital Social Subscrito 100.000,00
Ativo não circulante 50.000,00 (-) Capital Social a integralizar (30.000,00)
Imobilizado 50.000,00 Lucro ou Prejuízos Acumulados 5.160,00
Total do Ativo 81.000,00 Total do Passivo + PL 81.000,00

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DRE - Demonstração do Resultado ao final do Exercício

Receita Bruta 15.000,00


(-) Impostos (1.800,00)
Receita Líquida 13.200,00
(-) CMV (6.040,00
Lucro Bruto 7.160,00
Despesas 2.000,00
Lucro Líquido 5.160,00

Obs. Notem que após a apuração do resultado do exercício houve a incorporação do resultado do exercício ao
patrimônio líquido, através da conta contábil "Lucros ou Prejuízos Acumulados". Está transação, nos sistemas contábeis
comumente utilizados atualmente, é feita de forma simultânea ao período que está sendo analisado, trazendo com isso
para o balanço patrimonial imediatamente o resultado do exercício e assim possibilitando que o BP mantenha-se sempre
atualizado.

Aula 2.2 – Resolução de Exercícios (Apuração de Impostos)


(2º Exame de 2017)

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Aula 2.3 – Resolução de Exercícios (Contabilizações Iniciais)

(2º Exame de 2017)

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Aula 3 - Atos e fatos contábeis


"Atos Contábeis: são os atos que não provocam alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado, portanto
não interessam a Contabilidade.

Fatos Contábeis: são os acontecimentos que de alguma forma alteram o patrimônio das entidades, quer sob o aspecto
qualitativo, quer sob o aspecto quantitativo. Ex.: emissão de cheques, depósitos bancários, compra de veículos, compra
de materiais.

Fatos Permutativos: são fatos que alteram o patrimônio da entidade sem alterar o seu patrimônio líquido. Refletem
trocas entre os elementos patrimoniais. Ex.: - compra de mercadorias à vista (bens por bens); compra de mercadorias
a prazo (bens por obrigações); recebimento de valor pela quitação de uma duplicata; aumento do capital social com
lucros acumulados;

Fatos Modificativos: são aqueles que alteram o patrimônio da entidade e o patrimônio líquido, aumentando (fato
modificativo aumentativo) ou diminuindo (fato modificativo diminutivo) a riqueza própria do patrimônio.

Fatos Mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e modificativos. Podem ser aumentativos ou
diminutivos, conforme alterem para maior ou menor o patrimônio líquido.

Alterações qualitativas: Transações que não alteram o Patrimônio Líquido

Alterações quantitativas: Transações que alteram (aumentam ou diminuem) o Patrimônio Líquido."

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Praticar)


(1º Exame de 2013)

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Mais alguns Exercícios para praticar

(CONSULPLAN - Pref. Sabará - MG)

Aula 4 – Resolução de Exercícios (Classificação de Contas)


11 Questão: A Sociedade Empresária apresentou, em 31/12/2016, as seguintes contas com seus respectivos saldos na
sua contabilidade, após destinação do resultado apurado:

A partir dos dados apresentados ao final do ano de 2016, o valor total do Patrimônio Líquido é de:

a) R$ 345.600,00

b) R$ 353.600,00

c) R$ 364.600,00

d) R$ 336.600,00

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Aula 5 – Resolução de Exercícios (Prêmios de Seguros - Contabilização)

Mais alguns Exercícios para praticar

(2º Exame de 2016)

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(1º Exame de 2018 - Consulplan)

16
A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma instituição financeira, no valor de
R$ 120.000,00, a ser pago em 120 parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado no
prazo de 30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o registro contábil da
operação de empréstimo na data da operação.

Qual o efeito do registro contábil na data da operação?


A) Diminui o Ativo.
B) Mantém inalterado o Ativo.
C) Altera o resultado do Exercício.
D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa.

(CONSULPLAN - MAPA)

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(1º Exame de 2017)

(CONSULPLAN - Pref. Imigrantes - ES)

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A Pratica faz diminuir a ansiedade na hora da prova (Pratique mais)

1) (1º Exame CFC de 2012) Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00. Neste
valor estão incluídos impostos recuperáveis no valor de R$600,00. No mesmo período, a totalidade das mercadorias
adquiridas foi vendida por R$8.000,00.Sobre o valor da venda, incidiram impostos no montante de R$1.732,00,
embutidos no preço de venda. A comissão devida aos vendedores, no valor de R$80,00, também foi registrada no
período.

Na Demonstração do Resultado do Período, o Lucro Bruto é igual a:

a) R$1.788,00.

b) R$1.868,00.

c) R$3.600,00.

d) R$6.268,00.

2) (1º Exame CFC de 2013) Uma sociedade empresária, composta por dois sócios, iniciou suas atividades em 1º.3.2013,
com as seguintes informações:

 O contrato social estabelece que cada sócio integralizará R$50.000,00, até 31.12 do corrente ano.
 Em 15.3.2013, ambos os sócios integralizaram R$30.000,00, cada um.
 O sócio A integralizou a sua parcela de capital em dinheiro, por meio de depósito, diretamente na conta
bancária da empresa.
 O sócio B integralizou com uma sala comercial e mercadorias para revenda, nos valores de R$25.000,00 e
R$5.000,00, respectivamente.

Assinale a opção que apresenta os lançamentos para contabilização destes fatos.

a) DÉBITO Capital Social R$60.000,00


CRÉDITO Caixa R$30.000,00
CRÉDITO Ativo Imobilizado R$25.000,00
CRÉDITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00

b) DÉBITO Bancos conta Movimento R$30.000,00


CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00

DÉBITO Ativo Imobilizado R$25.000,00


DÉBITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00
CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00

c) DÉBITO Capital Social R$100.000,00


CRÉDITO Capital a Integralizar R$40.000,00
CRÉDITO Caixa R$30.000,00
CRÉDITO Ativo Imobilizado R$25.000,00
CRÉDITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00

d) DÉBITO Capital a Integralizar R$100.000,00


CRÉDITO Capital Subscrito Sócio A R$50.000,00
CRÉDITO Capital Subscrito Sócio B R$50.000,00

DÉBITO Bancos conta Movimento R$30.000,00


CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00

DÉBITO Ativo Imobilizado R$25.000,00


DÉBITO Mercadorias para Revenda R$5.000,00
CRÉDITO Capital a Integralizar R$30.000,00

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3) (1º Exame CFC de 2011)

4) (2º Exame CFC de 2014)

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Gabarito
Pg. Exercício Alternativa
Correta
4 17 B
11 7 B
12 2 D
13 8 C
14 40 C
14 8 B
15 1 C
15 17 D
16 16 D
16 22 A
16 28 D
16 41 B
17 19 B
17 32 C
17 36 C
18 1 B
18 2 D
19 3 C
19 4 B

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 3 – Contabilidade de Custos ......................................................................................................... 2
Introdução .................................................................................................................................................. 2
Aula 1 - Calculando o CPV (Custo do Produto Vendido) ............................................................................ 2
Aula 2 - Custos Fixos, variáveis, diretos e indiretos, Custeio por Absorção e Variável .............................. 3
O que será estudado? ................................................................................................................................ 3
Conceitos Básicos ....................................................................................................................................... 3
Tipos de custos ........................................................................................................................................... 4
Principais métodos de custeio (Cobrados no Exame) ................................................................................ 4
Custeio por absorção ................................................................................................................................. 4
Custeio Variável.......................................................................................................................................... 4
Comparativo Custeio por absorção x Custeio Variável .............................................................................. 5
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Praticar) .................................................................. 6
Aula 3 – Resolução de Exercícios ............................................................................................................... 7
Aula 4 – Resolução de Exercícios (Custeio por Absorção) ......................................................................... 8
Aula 5 – Resolução de Exercícios (Custeio ABC)......................................................................................... 8
Mais alguns Exercícios para praticar .......................................................................................................... 9
A Prática leva a perfeição (Pratique mais) ............................................................................................... 12
Gabarito.................................................................................................................................................... 14

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Módulo 3 – Contabilidade de Custos

Introdução
Muitos são os alunos de contabilidade que afirmam ser a Contabilidade de Custos, a área da contabilidade mais difícil
de ser aplicada e entendida. No entanto, o que ocorre na realidade é que a contabilidade de custos se utiliza com maior
frequência de cálculos matemáticos, o que talvez explique o fato de muitas pessoas terem dificuldades em compreender
e aplicar as técnicas necessárias para realizar cálculos e fazer análises quando o assunto é o tema aqui exposto.

Com o intuito de minimizar as dificuldades, está aula foi preparada para tentar mostrar aos nossos alunos o
quão possível pode ser resolver um exercício desse tipo e o mais importante, fazer com que vocês não se sintam
pressionados quando um exercício de Contabilidade de Custos for tema de uma das questões do Exame de Suficiência.

A importância em estudar e aprender a contabilidade de custos para realizar a prova, pode ser facilmente
verificado ao analisarmos as provas anteriores do exame e notarmos que em média 10% das questões que compõe a
prova estão diretamente relacionadas com o tema que agora será estudado.

Assim sendo, vamos trabalhar! Bons estudos!

Aula 1 - Calculando o CPV (Custo do Produto Vendido)


(2º Exame de 2015)

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(2º Exame de 2017)

Aula 2 - Custos Fixos, variáveis, diretos e indiretos, Custeio por Absorção e


Variável

O que será estudado?


Muito embora a contabilidade de custos possua em sua bibliografia numerosos estudos acerca do assunto, o
que será estudado para realizar uma boa prova serão os principais métodos de custeios cobrados, além de resolvermos
em sala diversos exercícios práticos para que se torne apto a resolver as questões que normalmente são cobradas em
prova. A seguir um breve resumo do que será estudado nesta aula e na aula de gerencial:

 Cálculo dos produtos acabados e em elaboração


 Custos Fixos
 Custos Variáveis
 Custos Diretos e Indiretos
 Custeio por absorção
 Custeio Variável
 Método ABC
 Análise de Custos

Conceitos Básicos
Bruni (2008) define a Contabilidade de Custos como o processo ordenado onde são usados todos os princípios
da contabilidade financeira para registrar os custos de operação de um negócio, coletando os dados financeiros e
contábeis para se estabelecer os custos de produção.

De acordo com Neves e Viceconti (2010) a Contabilidade de Custos, que tinha como função inicial fornecer
elementos para avaliar estoques e apurar resultados, passou a prestar também mais duas funções de grande
importância à contabilidade gerencial: a utilização dos dados de custos para auxílio ao controle e para tomada de
decisões.

Como podemos observar a contabilidade de custos pode ser utilizada tanto como controle interno, como
também pode ser uma poderosa ferramenta gerencial, auxiliando o processo de tomada de decisões.

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Tipos de custos
Levando em consideração que os diversos sistemas de custeio, implementados nas empresas, há muito tempo
deixaram de ser uma simples ferramenta de controle interno, tudo o que é feito para que os sistemas de custos
funcionem adequadamente deve seguir padrões previamente estudados. Estes padrões, pesquisados e transformados
em teorias, dividiram os custos em duas categorias, que abaixo estão listadas:

Custos Fixos: São os gastos que não variam nos casos de aumento ou diminuição da produção ou atividade;

Exemplos: Depreciação das máquinas, aluguel do barracão, etc.

Custos Variáveis: São os gastos que variam de acordo com o aumento ou diminuição da produção ou atividade;

Exemplos: Matéria Prima, mão de obra direta, etc.

Estes dois tipos de custos são ainda subdivididos em Custos Diretos e Indiretos:

Custos Diretos: Custos que podem ser alocados diretamente aos produtos ou serviços;

Exemplo: MOD - Mão de Obra Direta, Matéria Prima, Depreciação das máquinas.

Custos Indiretos: Mão de obra indireta; ferramentas de uso comum na fábrica, Materiais indiretos.

Principais métodos de custeio (Cobrados no Exame)

Custeio por absorção


É o método de custeio onde todos os bens e serviços produzidos absorvem todos os custos, sejam eles fixos
ou variáveis. Desta forma no custeio por absorção todos os custos somados e rateados aos diversos produtos ou
serviços produzem o custo unitário dos mesmos, bem como seu valor total. Para realizar a alocação dos custos indiretos
e custos fixos para cada unidade produzida ou serviço prestado, este método se utiliza de rateios com bases
previamente estabelecidas. Depois de realizada a alocação dos custos o valor total aplicado para transformar o produto
ou realizar o serviço será contabilizado em estoques, no caso das indústrias ou irão compor o valor dos custos dos
serviços prestados para as empresas prestadoras de serviços.

Foster e Datar (2000) definem:


“O método de custeio de estoque em que todos os custos, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis.
Isto é, o estoque que absorve, realmente, todos os custos de fabricação”. Já Lopes de Sá (1990), afirma que o custeio
por absorção é “a expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos que se baseia em dividir ou
ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por
cálculo ou atribuição.”

Custeio Variável
Também conhecido como custeio direto, diferentemente do custeio por absorção é o método de custeio que
consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo
fato de existirem mesmo que não haja produção, são encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse
modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão
custos variáveis. Outra diferença em relação ao Custeio por Absorção encontra-se na maneira de apresentar a
demonstração de resultado. No Custeio Variável, a diferença entre o valor de vendas líquidas e a soma do Custo dos
Produtos Vendidos (que só contém Custos Variáveis) com as Despesas Variáveis (administrativas e de vendas) é
denominada de Margem de Contribuição. Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtém-se o Lucro
Operacional Líquido.

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Comparativo Custeio por absorção x Custeio Variável

NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO:

- Todos os custos de fabricação são considerados como custo do produto;


- O resultado varia de acordo com a produção;
- É necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para atribuir os custos fixos aos produtos; - É possível
estabelecer o custo total unitário dos produtos;
- Não identifica a margem de contribuição;
- Importante para decisões de longo prazo;
- Não há preocupação pela classificação;
- Classifica os custos em diretos ou indiretos;
- Debita o segmento cujo custo está sendo apurado os seus custos diretos e também os custos indiretos através de
uma taxa de absorção;
- Os resultados apresentados sofrem influência direta ao volume de produção;
- É um critério legal, fiscal, externo;
- Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente aos
fundamentos do “regime de competência”;
- Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e indiretos do segmento estudado;
- O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de
avaliação patrimonial;
- Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de
perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da
capacidade ociosa.

NO CUSTEIO VARIÁVEL
- Apenas os custos variáveis são considerados;
- O resultado varia somente em função das vendas;
- Não se utilizam métodos de rateio, os custos fixos são considerados como despesa e não como custo do produto;
- Há um custo unitário parcial, pois considera os custos variáveis;
- Identifica a margem de contribuição unitária e global;
- Classifica os custos em fixos e variáveis;
- Também classifica os custos em diretos e indiretos;
- Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em
relação ao parâmetro escolhido como base;
- Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas;
- É um critério administrativo, gerencial interno;
- Aparentemente, sua filosofia básica contraria os preceitos geralmente aceitos na Contabilidade, principalmente os
fundamentos do “regime de competência”;
- Apresenta a Contribuição Margina – diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado;
- O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerência no processo de planejamento e de tomada de
decisões;
- Como o custeamento variável trata dos custos diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção
dos custos da capacidade ociosa não é bem explorado.

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Obs. Ao analisarmos as figuras acima, podemos facilmente perceber porque o custeio por absorção é o aceito pela
legislação fiscal e tributária, muito embora nem sempre ele seja o mais vantajoso em termos gerenciais, o mesmo
reconhece, quando da elaboração da demonstração dos resultados, apenas uma parte dos custos fixos incorridos no
período em forma de CPV – Custo do Produto Vendido, ficando a outra parte reconhecida nos estoques (Ativo
Circulante). O método pelo custeio variável, ao contrário, reconhece todos os custos fixos incorridos no período
independente de todos os produtos terem ou não sido vendidos. Ou seja, o lucro líquido do período no custeio por
absorção é maior em relação ao custeio variável, o que ocasiona o maior recolhimento de impostos incidentes sobre os
lucros.

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Praticar)


(1º Exame de 2011)

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Aula 3 – Resolução de Exercícios


(2º Exame de 2015)

(CONSULPLAN - CODERN)

(CONSULPLAN - CODERN)

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Aula 4 – Resolução de Exercícios (Custeio por Absorção)


(1º Exame de 2019)

Aula 5 – Resolução de Exercícios (Custeio ABC)


(2º Exame de 2019)

21

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Mais alguns Exercícios para praticar


(2º Exame de 2017)

(1º Exame de 2016)

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(1º Exame de 2016)

(1º Exame de 2016)

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(1º Exame de 2018 - Consulplan)

(1º Exame de 2018-Consulplan)

22
No mês de fevereiro de 2018, foi iniciada a produção de 5.000 unidades de um determinado produto,
na empresa “Bem Aventurança S/A”. Ao final do mês, 4.000 unidades estavam totalmente concluídas
e restaram 1.000 unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de
50%. O custo total de produção do período foi de R$ 900.000,00. O Custo de Produção dos Produtos
Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente:

A) R$ 800.000,00 e R$ 100.000,00.
B) R$ 720.000,00 e R$ 180.000,00.
C) R$ 900.000,00 e R$ 0,00.
D) R$ 900.000,00 e R$ 100.000,00.

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A Prática leva a perfeição (Pratique mais)


1) (1º Exame CFC de 2016)

2) (1º Exame CFC de 2012)

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3) (1º Exame CFC de 2012)

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Gabarito

Pg. Exercício Alternativa


Correta
2 20 B
3 24 D
6 18 C
7 17 A
7 37 B
7 33 C
8 18 B
8 21 C
9 23 C
9 22 B
10 23 C
10 24 C
11 28 A
11 22 A
12 1 C
12 2 B
13 3 4,5,1,3,2

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 4 – Contabilidade Gerencial ......................................................................................................... 2
Aula 1 - Contabilidade Gerencial – Analise de custos ................................................................................ 2
Exemplo de análise dos custos no Processo de Tomada de decisões........................................................ 2
Margem de Contribuição ........................................................................................................................... 4
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar) .................................................................. 5
Aula 2 – Resolução de Exercícios (Margem de Contribuição) .................................................................... 6
Aula 3 – Resolução de Exercícios (Margem de Contribuição) .................................................................... 6
Aula 4 - Ponto de Equilíbrio........................................................................................................................ 7
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar) .................................................................. 8
Aula 5 – Resolução de Exercício (Ponto de Equilíbrio) ............................................................................. 10
Aula 6 - Índices de Liquidez ...................................................................................................................... 11
Índices de Liquidez Corrente .................................................................................................................... 11
Índices de Liquidez Seca ........................................................................................................................... 11
Índices de Liquidez Imediata .................................................................................................................... 11
Índices de Liquidez Geral.......................................................................................................................... 11
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar) ................................................................ 12
OUTROS ASSUNTOS QUE PODEM SER COBRADOS .................................................................................. 16
Margem de Segurança ............................................................................................................................. 16
Margem Líquida ....................................................................................................................................... 16
CCL - Capital Circulante Líquido ............................................................................................................... 17
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar) ................................................................ 17
Gabarito.................................................................................................................................................... 18

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Módulo 4 – Contabilidade Gerencial

Aula 1 - Contabilidade Gerencial – Analise de custos

Exemplo de análise dos custos no Processo de Tomada de


decisões
A forma como são diferenciados os custos em uma empresa, entre custos fixos e variáveis, diretos e indiretos
são de extrema importância, não só para realizar o processo de custeio, como também para que se possa tomar uma
decisão mais assertiva. Um exemplo claro a respeito disso pode ser observado na seguinte situação hipotética:

Vamos imaginar que uma indústria produza mensalmente três produtos distintos. Produto “A”, produto “B” e
produto “C”.

Vamos supor que você foi contratado por esta empresa para realizar um serviço de consultoria e assim indicar
para a empresa quais produtos estão resultando em lucro, quais resultam em prejuízo e ainda quais devem ou não
continuar a serem produzidos.

Para realizar o serviço você fez algumas análises de mercado, afim de descobrir qual o preço de venda máximo
que poderia ser praticado pela empresa para que todos os produtos produzidos fossem vendidos, bem como verificou
a estrutura da empresa para saber qual sua máxima capacidade produtiva. Chegando as seguintes conclusões:

Produtos A B C Total
Produção Mensal 150 200 450 800
Preço máximo Venda Unit. 75,00 110,00 80,00 265,00

Os custos totais de produção, calculados por você, para produzir as quantidades acima discriminadas estão no
quadro a seguir:

Custos de fabricação
Produtos A B C Total
Produção Mensal 150 200 450 800
MOD 2.000,00 3.000,00 5.000,00 10.000,00
Material Direto 500,00 600,00 700,00 1.800,00
Custos Fixos 10.000,00 15.000,00 25.000,00 50.000,00
Custos Totais 12.500,00 18.600,00 30.700,00 61.800,00

Obs. Note que os custos fixos, pelo valor total de 50.000,00, foram rateados com base nos custos da mão de obra direta.
Perceba ainda que com base nestas informações, além de verificarmos o quadro anterior, onde constam os valores de
venda unitário, podemos agora realizar a apuração do resultado. Para isso iremos imaginar, somente aqui neste
exemplo, que a empresa em análise não possua mais nenhum gasto para colocar o produto a disposição dos seus
clientes, ou seja, somente para facilitar nosso entendimento vamos aqui ignorar as despesas com vendas, pessoal
administrativo, impostos, etc., para que assim possamos entender da forma mais simples possível como se dá um
processo de tomada de decisões.

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Resultado mensal por produto

Produtos A B C Total
Preço de Venda Unit. 75,00 110,00 80,00 265,00
Vendas Totais 11.250,00 22.000,00 36.000,00 69.250,00
Custos Totais 12.500,00 18.600,00 30.700,00 61.800,00
Lucro/Prejuízo -1.250,00 3.400,00 5.300,00 7.450,00

Quais conclusões podemos verificar ao analisarmos o quadro acima?

Conclusão 1: A empresa como um todo obteve lucro pelo valor de R$ 7.450,00.

Conclusão 2: O produto “A” foi incapaz de suportar todos os custos que lhe foram alocados e, portanto, teve um prejuízo
mensal pelo valor de R$ 1.250,00.

Resposta aos questionamentos da empresa verificado no início deste exemplo, quais sejam:

a) Quais produtos resultam em lucro?

Resposta: Produto “B” e Produto “C”.

b) Quais Produtos resultam em Prejuízo?

Resposta: Produto “A”.

c) Quais Produtos não devem mais continuar a serem produzidos?

Resposta: Todos os produtos devem continuar sendo produzidos.

Estas deveriam ser as respostas elaboradas por você para os questionamentos da empresa. É verdade, no entanto,
que muitos talvez orientassem equivocadamente os responsáveis pela empresa a deixarem de produzir o produto “A”,
uma vez que o mesmo resultou em prejuízo. No entanto, outra análise deve ser feita antes de se chegar a esta
conclusão. Vejamos:

Vamos então refazer os cálculos, desta vez sem o produto “A”:

Custos de fabricação sem Produto A


Produtos B C Total
Produção Mensal 200 450 650
MOD 3.000,00 5.000,00 8.000,00
Material Direto 600,00 700,00 1.300,00
Custos Fixos 18.750,00 31.250,00 50.000,00
Custos Totais 22.350,00 36.950,00 59.300,00

Vamos supor que os custos fixos em destaque sejam compostos pelo aluguel do barracão, limpeza e conservação,
seguros, mão-de-obra indireta (Salário dos supervisores), depreciação das máquinas, etc. Percebam que estes custos
não diminuíram com a ausência do produto “A”, em virtude de os mesmos independerem da quantidade produzida. Ou
seja, ainda que o produto “A” deixasse de ser produzido, os custos fixos da fábrica seriam ainda os mesmos R$
50.000,00 mensais. Sendo assim o resultado apurado seria o seguinte:

Resultado Sem Produto A


Produtos B C Total

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Preço de Venda Unit. 110,00 80,00 190,00


Valor Vendas Total 22.000,00 36.000,00 58.000,00
Custos Totais 22.350,00 36.950,00 59.300,00
Lucro/Prejuízo -350,00 -950,00 -1.300,00

Conclusão:

Pudemos notar com o exemplo prático acima que, embora um determinado produto resulte em prejuízo ao ser analisado
individualmente pelo método de custeio por absorção, o mesmo possui a capacidade de auxiliar a absorção dos Custos
Fixos da empresa como um todo. Desta forma podemos afirmar que uma análise de custos adequada deve ser feita de
duas formas distintas.

Primeira Análise - Custeio por absorção (Aceito pela legislação fiscal): Primeiramente devemos analisar produto a
produto fazendo com que o mesmo absorva todos os custos de produção, assim obteremos seu resultado individual
(deduzindo das vendas o total dos custos e das despesas). Posteriormente devemos observar qual a importância
individual de cada produto no processo produtivo como um todo. Em outras palavras, o que acabamos de fazer foi
mensurar a capacidade do produto “A” em auxiliar na absorção dos custos fixos da empresa para que a mesma pudesse
resultar em lucro mensal e não prejuízo, como se verificou caso esse mesmo produto deixasse de ser produzido.

Segunda Análise - Custeio Variável (Não aceito pela legislação fiscal): Outra saída nesse exemplo apresentado
seria realizar os cálculos com base no Custeio Variável, onde os custos fixos não são absorvidos pelos produtos, pois
assim poderíamos obter a Margem de Contribuição (Assunto da próxima aula), uma vez que nesse método de custeio,
somente os custos variáveis são alocados aos produtos. Os custos e as despesas quando da apuração do resultado
onde deduzindo do valor das vendas os custos e as despesas variáveis teremos a Margem de Contribuição. Deduzindo-
se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtém-se o Lucro Operacional Líquido.

Margem de Contribuição
Margem de contribuição é um importante indicador Econômico-Financeiro que nos mostra, basicamente,
quanto um determinado produto ou serviço pode contribuir, em valores monetários ou percentuais, para pagar os custos
e as despesas fixas de uma empresa e ainda obter lucro, seja ela comercial, industrial e ou de serviços. Sendo assim
este importante indicador, pode ser facilmente calculado, uma vez que subtraindo dos valores das vendas de um
determinado produto ou serviço o valor total dos custos variáveis, bem como as despesas variáveis, obtemos a margem
de contribuição.

Para melhor ilustrar o que acima foi dito imaginemos que uma indústria venda um determinado produto pelo
valor de R$150,00, imaginemos ainda que a capacidade máxima de produção desta indústria referente a este produto
seja de 200 unidades por mês. O custo variável unitário (CPV) para produzir este mesmo produto é de R$40,00 e suas
despesas variáveis acumulam R$50,00 por unidade, como demonstrado no quadro a seguir:

Unitário Total
(+) Receita Operacional 150,00 30.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 40,00 8.000,00
(-) Despesas Variáveis 50,00 10.000,00
(=) Margem de Contribuição 60,00 12.000,00
(=) Margem de Contribuição % 60,00 40%

Observem que a Margem de Contribuição é obtida pela simples dedução dos custos e das despesas variáveis da receita
operacional.

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Conclusões: Ao analisarmos os cálculos acima podemos concluir que a margem de contribuição é de R$12.000,00, ou
seja, a empresa terá este valor a sua disposição, referente a este produto, para contribuir com o pagamento dos custos
e das despesas fixas (Estrutura do negócio), ou ainda que o percentual da Margem de Contribuição desse produto em
relação a sua receita operacional é de 40%.

A formula para se obter a Margem de Contribuição é bastante simples:

Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)


(2º Exame de 2017)

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Aula 2 – Resolução de Exercícios (Margem de Contribuição)


(2º Exame de 2017)

Aula 3 – Resolução de Exercícios (Margem de Contribuição)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Aula 4 - Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio, também chamado de “Break-even Point” ou ponto de ruptura, é como o próprio nome sugere, o
ponto onde as receitas totais se igualam aos custos totais mais as despesas totais. Em outras palavras, é o momento
onde a empresa “empata” seu negócio, ou seja, quando a empresa analisada não terá nem lucro e nem prejuízo.

O Ponto de Equilíbrio de uma empresa é calculado para se saber, antecipadamente, qual o montante total em valores
monetários, bem como em quantidades necessárias a serem vendidas, para que a empresa a partir daí passe a obter
lucro.

Existem três formas distintas de se analisar o ponto de equilíbrio, quais sejam:

 Ponto de Equilíbrio Contábil: Para calcular este ponto de equilíbrio usaremos a seguinte fórmula:

(Custos fixos + despesas fixas)/margem de contribuição unitária.

Notem que para realizar este cálculo é necessário utilizar a margem de contribuição, em vista disso usaremos os dados
do exemplo anterior, quando falamos a respeito da margem de contribuição e cujos dados foram transportados abaixo:

Exemplo prático:

Unitário Total
(+) Receita Operacional 150,00 30.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 40,00 8.000,00
(-) Despesas Variáveis 50,00 10.000,00
(=) Margem de Contribuição 60,00 12.000,00
(=) Margem de Contribuição % 60,00 40%

Com a margem de contribuição acima calculada, supomos neste exemplo que a empresa tenha produzido e
vendido 200 unidades do produto pelo valor unitário de R$150,00, porém agora iremos supor que está empresa possua
uma capacidade produtiva de 400 unidades deste produto e que seus custos fixos mensais sejam de R$ 8.000,00 e
suas despesas fixas mensais totalizem o valor de R$ 5.500,00, qual seria o ponto de equilíbrio deste produto?

Usando a fórmula obtemos:

Ponto de Equilíbrio = (Custos fixos + Despesas Fixas)/Margem de Contribuição unitária

Ponto de Equilíbrio = (8.000,00 + 5.500,00)/60,00

Ponto de Equilíbrio = 13.500,00/60,00

Ponto de Equilíbrio = 225 Unidades

Conclusões: Levando em consideração os dados e cálculos realizados acima, podemos concluir que esta empresa
precisa vender no mínimo 225 unidades deste produto para que consiga pagar todos os custos e despesas (Fixas e
variáveis) e a partir daí obtenha lucro, ou seja, somente a partir da 226ª unidade vendida está empresa passará a obter
lucro com a venda deste produto.

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)


(1º Exame de 2011)

 Ponto de Equilíbrio Financeiro: Este ponto de equilíbrio calcula o ponto de equilíbrio a partir do qual a
empresa resultará em lucro financeiro. Entendendo lucro financeiro como sendo as receitas totais menos os
custos e as despesas totais, no entanto, do valor dos custos e das despesas será ainda deduzido o valor de
depreciação, amortização e exaustão, valores que compõem os custos e as despesas contábeis da empresa,
mas que não acarretam a saída de recursos financeiros.

A fórmula para calcular o ponto de equilíbrio financeiro é a seguinte:

Ponto de Equilíbrio financeiro = (Custos fixos + Despesas Fixas (-) Depreciação, amortização e Exaustão)/ Margem de
Contribuição Unitária.

Mais uma vez, por se tratar de um cálculo que se utiliza da margem de contribuição já estudada usaremos o mesmo
exemplo anterior onde traz o seguinte quadro com o cálculo da margem de contribuição:

Unitário Total
(+) Receita Operacional 150,00 30.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 40,00 8.000,00
(-) Despesas Variáveis 50,00 10.000,00
(=) Margem de Contribuição 60,00 12.000,00
(=) Margem de Contribuição % 60,00 40%

Com a margem de contribuição já calculada, iremos agora utilizar a formula para realizar o cálculo do Ponto de
Equilíbrio Financeiro, supondo que os custos fixos sejam R$ 8.000,00, as despesas fixas R$ 5.500,00 e os custos e
despesas com Depreciação, amortização e exaustão somem R$ 1.500,00. Vamos então calcular da seguinte forma:

Ponto de Equilíbrio financeiro = (Custos fixos + Despesas Fixas (-) Depreciação, amortização e Exaustão)/ Margem de
Contribuição Unitária.

Ponto de Equilíbrio financeiro = (8.000,00 + 5.500,00 – 1.500,00)/60,00

Ponto de Equilíbrio financeiro = 12.000,00/60,00

Ponto de Equilíbrio financeiro = 200 unidades

Conclusão: A partir dos cálculos acima expostos, podemos concluir que esta empresa irá obter lucro financeiro a partir
da 100ª unidade vendida.

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 Ponto de Equilíbrio Econômico: É o ponto de equilíbrio que leva em consideração o custo econômico
chamado de Custo de Oportunidade. A fórmula pra calcular este ponto de equilíbrio é a seguinte:

Ponto de Equilíbrio Econômico = (custos fixos + despesa fixas + custo de oportunidade) /margem de contribuição
unitária.

Mais uma vez pra realizar o cálculo deste ponto de equilíbrio, vamos nos utilizar do quadro dos exemplos anteriores
onde:

Unitário Total
(+) Receita Operacional 150,00 30.000,00
(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 40,00 8.000,00
(-) Despesas Variáveis 50,00 10.000,00
(=) Margem de Contribuição 60,00 12.000,00
(=) Margem de Contribuição % 60,00 40%

Vamos ainda supor que os custos fixos da empresa sejam agora de R$ 8.000,00, os custos variáveis somem
R$ 5.500,00 e o Custo de Oportunidade seja de R$ 3.000,00, onde podemos entender Custo de Oportunidade como
um conceito econômico percebido como uma possibilidade de ganho ou perda onde exista mais de uma opção, sendo
o custo de oportunidade aquilo que a empresa deixa de ganhar em uma transação por escolher uma entre as demais
opções existentes. Em outras palavras seria o valor que estaria sendo perdido pela empresa por esta ter escolhido a
opção “A” por exemplo, e não a opção “B”, admitindo que a opção “B” fosse a ideal.

Em face dos dados apresentados acima, vamos realizar os cálculos usando a fórmula:

Ponto de Equilíbrio Econômico = (custos fixos + despesa fixas + custo de oportunidade)/margem de contribuição unitária

Ponto de Equilíbrio Econômico = (8.000,00 + 5.500,00 + 3.000,00)/60,00

Ponto de Equilíbrio Econômico = 16.500,00/60,00

Ponto de Equilíbrio Econômico = 275 Unidades

Conclusão: O ponto de equilíbrio econômico a partir do qual a empresa passará a obter lucro é 150 unidades. Ou seja,
a partir da venda da 151ª unidade a empresa passará a resultar em Lucro Econômico.

Obs. Nas questões do exame de suficiência que tratam deste assunto, o Custo de Oportunidade não precisa ser
calculado, uma vez que para realizar este cálculo seria necessário um profundo conhecimento das variáveis econômicas
ligadas a uma determinada empresa. Assim sendo, não precisamos aqui nos preocupar em calcular o Custo de
Oportunidade, visto que, o valor do mesmo sempre estará explícito no problema a ser resolvido.

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(1º Exame de 2012)

Aula 5 – Resolução de Exercício (Ponto de Equilíbrio)

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Aula 6 - Índices de Liquidez


Por meio dos índices de liquidez ou indicadores de liquidez uma empresa consegue analisar qual a capacidade
dos seus ativos em arcar com o pagamento dos seus passivos. Ou seja, estes indicadores, por meio de cálculos
matemáticos simples, fazem a comparação, entre ativos e passivos da empresa, permitindo com isso que os gestores
consigam realizar uma adequada análise da situação financeira e patrimonial. A seguir estão discriminados os principais
índices de liquidez:

Índices de Liquidez Corrente


A Liquidez Corrente é obtida a partir da soma dos direitos a curto prazo da empresa (Ativo Circulante) dividido
pela soma das dívidas a curto prazo (Passivo Circulante).

Formula para calcular:

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Índices de Liquidez Seca


A Liquidez Seca é bastante parecida com a Liquidez Corrente, com a diferença de que no Índice de Liquidez
Seca deve ser deduzido do Ativo Circulante os valores dos estoques. Essa diminuição dos valores que são apresentados
em estoque se justifica pelo fato de o índice de liquidez seca desconsiderar dos seus cálculos valores de difícil
liquidação, ou seja, os estoques, diferentemente das disponibilidades de caixa, devem antes de tudo serem vendidos,
para só então serem transformados em dinheiro efetivamente.

Formula para calcular: Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Índices de Liquidez Imediata


O Índice de liquidez imediata é o índice que, como o nome sugere, leva em consideração para pagamento do
seu Passivo Circulante, somente valores que estejam disponíveis imediatamente, ou seja, contas do balanço cujo seu
saldo possa ser imediatamente transformado em dinheiro, como é o caso do caixa, bancos conta movimento, aplicações
de liquidação imediata, etc.

Formula para calcular: Liquidez Imediata = disponível / Passivo Circulante

Índices de Liquidez Geral


A liquidez Geral, diferentemente dos outros índices vistos anteriormente leva em consideração, além dos ativos
e passivos a curto prazo, também aqueles que extrapolam o período de 12 meses, ou seja, Ativo Total e Passivo Total.

Formula para calcular: Liquidez Geral = Ativo Circ. + Realizável a Longo Prazo /Passivo Circ. + Passivo
não Circ.

*Observação: O Realizável a Longo Prazo NÃO engloba o Ativo Imobilizado nem o Intangível uma vez que estes itens
patrimoniais não são caracterizados como realizáveis, ou seja, a empresa não pretende vender seus imobilizados,
sendo, portanto, caracterizados como realizáveis a longo prazo somente os componentes patrimoniais cujo prazo de
recebimento seja superior a 12 meses. Como exemplo podemos citar os Clientes a receber de longo prazo.

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)


(2º Exame de 2016)

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Quanto mais praticar melhor (Mais exercícios para praticar)

(2º Exame de 2012)

(1º Exame de 2012)

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(CONSULPLAN - CODERN)

1) (2º Exame CFC de 2011)

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2) (1º Exame CFC de 2011)

(2º Exame de 2015)

(2º Exame de 2014)

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OUTROS ASSUNTOS QUE PODEM SER COBRADOS

Margem de Segurança
É todo o valor de faturamento ou quantidade vendida que ultrapassar o Ponto de Equilíbrio, podendo ser
mensurado em Quantidade, termos percentuais ou em valores monetários. Para saber a Margem de Segurança é
necessário primeiramente calcular o Ponto de Equilíbrio e após isso diminuir do valor/quantidade total vendido o
valor/quantidade do ponto de equilíbrio.

Como isso já caiu no Exame?

(1º Exame de 2018 - Consulplan)

23
Considere os seguintes dados da empresa Liberati S/A:

 Quantidade vendida = 258 u.


 Custos e despesas variáveis = R$ 350,00/u.
 Custos e despesas fixos = R$ 56.000,00/mês.
 Preço de venda = R$ 600,00/u.

A margem de segurança operacional, em unidades, é de:


A) 34 unidades.
B) 38 unidades.
C) 224 unidades.
D) 258 unidades.

Margem Líquida
Índice econômico que representa quanto à empresa lucra, em termos percentuais, por cada real da receita
bruta.

A fórmula pra calcular a margem líquida é a seguinte:

Margem Líquida = Lucro Líquido/ Receita Total x 100

Exemplo prático: Vamos admitir que uma indústria produza um determinado produto, e após apurar todos os custos
(Fixos e variáveis) e todas as despesas (Fixas e Variáveis) consumidas por este produto, bem como a receita realizada
pela venda do mesmo, foi constato que com uma Receita Bruta de R$ 100.000,00 a empresa conseguiu auferir Lucro
Líquido (Receita menos custos e despesas totais)no montante de R$ 33.000,00. Os cálculos referente à margem líquido
com base nos dados expostos acima fica da seguinte forma:

Margem Líquida = Lucro Líquido/ Receita Total x 100

Margem Líquida = 33.000,00/100.000,00x100

Margem Líquida = 0,33x100

Margem Líquida = 33 por cento

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Conclusão: Com a venda do produto em questão a empresa terá um lucro de 33%, ou ainda podemos entender que,
para cada 1 real de receita com a venda deste produto, o mesmo resultará em 0,33 centavos de lucro líquido.

CCL - Capital Circulante Líquido


O CCL - Capital Circulante Líquido, mede a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.

Formula para calcular:

CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)


(1º Exame de 2014)

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Gabarito
PG. EXERCÍCIO ALTERNATIVA
CORRETA
5 24 C
6 29 B
6 26 B
8 23 D
10 22 A
10 25 C
12 29 C
13 26 D
13 23 D
14 40 C
14 1 C
15 2 C
15 26 A
15 26 D
16 23 A
17 24 D

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 5 – Demonstrações Contábeis ...................................................................................................... 3
Aula 1 - DFC - Demonstrações do Fluxo de Caixa....................................................................................... 3
1.1 Atividades Operacionais ................................................................................................................. 4
Outras Atividades Operacionais conforma a NBC TG 03 ........................................................................... 4
1.2 Atividades de Investimento............................................................................................................ 4
Outras Atividades de Investimento conforma a NBC TG 03 ...................................................................... 5
1.3 Atividades de Financiamento ......................................................................................................... 5
Outras Atividades de Financiamento conforma a NBC TG 03.................................................................... 5
Aula 1.1 - (Resolução de Exercícios – Classificação de Atividades) ............................................................ 6
Aula 2 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Exceções à Regra - Classificação das Atividades) ................ 6
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ........................................................ 6
5.1.4 Formas de elaborar a demonstração dos fluxos de caixa .......................................................... 7
5.1.5 Método Direto ............................................................................................................................ 8
DFC Método Direto - Exemplo prático de elaboração ............................................................................... 8
5.1.6 Método Indireto ....................................................................................................................... 11

DFC Método Indireto - Exemplo prático de elaboração ..................................... 12


Aula 3 - DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Elaboração Método Indireto) .................................. 12
Aula 3.1 - DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Elaboração Método Indireto) ............................... 14
Mais exercícios para praticar! (Exercício Resolvido – Aula 3.1) ............................................................... 15
Aula 4 - DFC – Live com Resolução de Exercício (Elaboração Método Indireto) ..................................... 16

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.................................................................................................................................................................. 16
Mais exercícios para praticar ................................................................................................................... 17
Aula 5 - DVA – Demonstrações do Valor Adicionado ............................................................................... 20
5.1 Obrigatoriedade ................................................................................................................................. 20
5.2 Definições conforme CPC 09 .............................................................................................................. 20
Elaboração DVA – Exemplo Prático .......................................................................................................... 21
Aula 6 - DVA – Resolução de Exercícios ................................................................................................... 23
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ...................................................... 25
Aula 7 - DMPL - Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido .................................................. 28
Aula 7.1 - DMPL – Resolução de Exercícios (Parte 1) ............................................................................... 29
Exercício semelhante para análise!! ........................................................................................................ 30

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Aula 7.2 - DMPL – Resolução de Exercícios (Parte 2) ............................................................................... 31


Exercícios para praticar em casa .............................................................................................................. 33
Aula 8 - DRE – Resolução de Exercício (Parte 1)....................................................................................... 35
.................................................................................................................................................................. 35
Aula 8.1 - DRE – Resolução de Exercício (Conceitual) .............................................................................. 35
Gabarito.................................................................................................................................................... 36

Módulo 5 – Demonstrações Contábeis

Aula 1 - DFC - Demonstrações do Fluxo de Caixa


Conforme o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 03) "Informações sobre o fluxo de caixa de uma
entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade
gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. O
objetivo deste Pronunciamento Técnico é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa
e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa
do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento."

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório contábil que fornece informações acerca das
movimentações ocorridas em determinado período nos caixas e equivalentes de caixas (Bancos conta movimento e
aplicações financeiras de liquidez imediata)

A DFC é elaborada com base no regime de caixa, de forma que ao fazermos a análise deste demonstrativo,
consigamos identificar claramente a entrada e saída de recursos segregado por atividades, sendo estas atividades
divididas em Atividades Operacionais, Atividades de Investimentos e Atividades de Financiamento.

Segundo a FIPECAFI (2010, p.565) “o objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover
informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um
determinado período”.

1.1 Atividades Operacionais


Todos os recursos financeiros (Entradas e Saídas pelo regime de caixa), que movimentem caixas e
equivalentes de caixas da empresa e que tenham ligação direta com a atividade principal da mesma serão classificados
na DFC como Atividades Operacionais.

Exemplos de Atividades Operacionais

 Recebimento de Clientes;
 Pagamento de Fornecedores;
 Pagamento de Despesas.

Outras Atividades Operacionais conforma a NBC TG 03


 Recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
 Pagamentos de caixa a empregados;
 Recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios
da apólice;
 Pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda;
 Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para
venda futura.

1.2 Atividades de Investimento


Todos os recursos financeiros (Entradas e Saídas pelo regime de caixa), que movimentem caixas e
equivalentes de caixas em contrapartida ao realizável a Longo Prazo (Investimentos), Imobilizado e Intangível da
empresa, bem como as entradas ocorridas pela negociação dos ativos presentes nos grupos e subgrupos acima
identificados devem ser classificados, para a elaboração da DFC, como Atividades de Investimentos.

Exemplos de Atividades de Investimentos

 Aquisição de Ações (Participação em outras Cias);


 Aquisição de Móveis e Utensílios;

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 Aquisição de Terrenos.

Outras Atividades de Investimento conforma a NBC TG 03


 Pagamentos em caixa para aquisição de intangíveis e outros ativos de longo prazo.
 Recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;
 Pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures
 Recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de
outras entidades e participações societárias em joint ventures;
 Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos
por instituição financeira);
 Recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a
terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
 Pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap;
 Recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap;

1.3 Atividades de Financiamento


Todos os recursos financeiros (Entradas e Saídas pelo regime de caixa), que movimentem caixas e
equivalentes de caixas em contrapartida ao Passivo Não-Circulante, o Patrimônio Líquido da empresa, bem como
empréstimos e financiamentos de curto prazo, as saídas referentes à amortização da dívida destes empréstimos,
pagamentos aos acionistas de Dividendos e distribuição dos lucros, devem ser classificados, para a elaboração da DFC,
como Atividades de Financiamento.

Exemplos de Atividades de Financiamentos

 Aquisição empréstimos a Curto Prazo


 Aumento de Capital
 Pagamento de Dividendos

Obs. As atividades de Investimentos e Financiamentos, são facilmente confundidas pelos alunos no que diz respeito ao
capital próprio da empresa, uma vez que muitas pessoas podem confundir a integralização do Capital Social por
exemplo, como sendo uma Atividade de Investimento, levando em conta que quando o sócio resolve INVESTIR capital
em uma empresa, tornando-se sócio da mesma, a integralização do capital para o sócio é sim um investimento, no
entanto, para a empresa que está recebendo o recurso do sócio esta entrada de recursos deve ser classificada como
ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO, o mesmo ocorre quando a empresa busca recursos junto a entidades bancárias,
ou seja, ela está buscando alternativas junto a terceiros.

Outras Atividades de Financiamento conforma a NBC TG 03

 Caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


 Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;
 Caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de
dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;
 Amortização de empréstimos e financiamentos; e

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

 Pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento. (A


expressão “arrendamento mercantil” foi substituída em toda a norma por “arrendamento” pela
Revisão NBC 04.

Aula 1.1 - (Resolução de Exercícios – Classificação de Atividades)


(2º Exame de 2012)

Aula 2 - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Exceções à Regra -


Classificação das Atividades)
NBC TG 03: “Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda,
que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de
caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de
ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A da NBC TG
27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das
vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais.”

Conforme NBC TG 03 – Fluxo de Caixa: “Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em
mais de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui tanto os
juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve
ser classificada como atividade de financiamento.”

Conforme NBC TG 03 – Fluxo de Caixa: “Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o
capital próprio recebidos são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras.
Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e
recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa
operacionais, porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os dividendos e os
juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como componente dos fluxos de caixa das atividades
operacionais, a fim de auxiliar os usuários a determinar a capacidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o
capital próprio utilizando os fluxos de caixa operacionais.”

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)


(1º Exame de 2014)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(2º Exame de 2014)

5.1.4 Formas de elaborar a demonstração dos fluxos de caixa


"Segundo Marion (1998) a Demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborada sob duas formas distintas:
 De posse da própria ficha da ‘Conta Caixa’ ou do livro caixa, ordenando as operações de acordo com sua
natureza. Condensando estas operações têm-se todos os dados necessários para a feitura da demonstração do fluxo
de caixa. Este procedimento só é possível caso os elaboradores possuam acesso interno à empresa.

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 De posse das demonstrações financeiras, uma vez que nem sempre se tem o acesso à ficha (ou livro) da conta
Caixa. Este procedimento só será possível se a empresa publicar, ou possuir arquivo, de suas demonstrações contábeis.

Existem dois métodos de apresentação da DFC com base nas demonstrações financeiras: o Método Direto e
o Método Indireto.

O Método Direto é o demonstrativo dos recebimentos e pagamentos derivados das atividades operacionais da empresa,
e não o lucro ajustado, como é feito no método indireto. Este é mais aderente aos objetivos do fluxo de caixa."

5.1.5 Método Direto


Segundo a FIPECAFI (2010, p.573), “o método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos
principais componentes das atividades operacionais, como os recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os
pagamentos a fornecedores e empregados”.

DFC Método Direto - Exemplo prático de elaboração


Estando nós de posse do Balanço Patrimonial, contendo valores do exercício atual, bem como do exercício
anterior, além da Demonstração do Resultado do Exercício de uma determinada empresa, poderemos efetuar os
cálculos para elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), desta mesma empresa. Assim sendo abaixo
encontram-se os dados para elaborarmos a nossa DFC da Empresa Modelo LTDA.

Balanço Patrimonial Empresa Modelo LTDA

Demonstração Do Resultado Do Exercício em 31/12/X2 – Empresa Modelo LTDA

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Na próxima página será apresentada a DFC elaborada pelo método Direto e logo em seguida veremos um
exemplo que nos mostra em detalhes como foram realizados os cálculos que compõem os valores da DFC. Estes
cálculos foram feitos de forma que todos os lançamentos contábeis que movimentaram as contas de caixa e
equivalentes de caixa pudessem reduzir ou aumentar as disponibilidades de acordo com a natureza de sua transação,
além disso foram apresentados na DFC separados por Atividades.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA - Método Direto

ATIVIDADES OPERACIONAIS
a) Recebimentos de Clientes 199.000,00

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b) Pagamento de Compras (22.000,00)


c) Pagamentos de Impostos (69.000,00)
d) Pagamento de Despesas com Vendas (15.000,00)
e) Pagamento de Despesas Administrativas (4.000,00)
f) Outras Despesas Operacionais (7.000,00)

Caixa Líquido Gerado Pelas Atividades Operacionais 82.000,00

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
g) Empréstimos de longo prazo (4.000,00)
h) Distribuição de Dividendos (35.000,00)
i) Capital Social -

Caixa Líquido Consumido Pelas Atividades de Financiamento (39.000,00)

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
j) Investimentos (Part. Outras empresas) (500,00)
k) Veículos (5.000,00)
l) Móveis e utensílios -

Caixa Líquido Consumido Pelas Atividades de Investimento (5.500,00)

ACRÉSCIMO DE CAIXA DO PERÍODO 37.500,00

Saldo de Caixa e Bancos 31/12/X1 113.000,00

Saldo de Caixa e Bancos 31/12/X2 150.500,00


Variação de Caixa 37.500,00

Para melhor elucidar como devem ser pensados e realizados os cálculos para elaborar a DFC, veremos o
exemplo abaixo:

Item “b)” Pagamentos de compras: O valor de R$ 22.000,00 que compõe esse item na DFC foi realizado com a
utilização de pensamento lógico, bem como a fórmula básica utilizada para se fazer o cálculo do CMV – Custo das
Mercadorias Vendidas.
Para descobrirmos o valor que foi efetivamente pago pelas compras de mercadorias, devemos saber quanto,
das mercadorias do período foram compradas a vista, bem como o valor que foi pago para fornecedores no período,
isto foi feito da seguinte forma no exemplo exposto.
Inicialmente precisamos descobrir quanto foi comprado de mercadorias no período, independente de serem
compras a vista ou a prazo, para tanto iremos utilizar a fórmula a seguir.

CMV = EI + COMPRAS – EF

O valor do CMV podemos encontrar na DRE e os valores do EI (Estoque Inicial) e EF (Estoque Fina), podemos
encontrar no BP conta de Estoques. Após substituir os valores na fórmula é só isolar a incógnita “COMPRAS” e
saberemos o valor que foi realizado com as compras de mercadorias no período. A seguir a substituição e os cálculos:

30.000,00 = 25.000,00 + COMPRAS – 19.000,00


COMPRAS = 30.000,00 – 25.000,00 + 19.000,00
COMPRAS = 24.000,00

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O valor de 24.000,00 foi encontrado como resultado, isto significa que no período foram realizadas compras
por este valor, agora o que deve ser feito é analisar os saldos iniciais e finais dos Fornecedores (Passivo) para saber
quanto destas mercadorias, foram compradas a prazo e ainda não foram pagas.
Ao analisarmos o BP deste exemplo, podemos verificar que os saldos dos Fornecedores no passivo circulante
passaram de 2.000,00 no exercício anterior para 4.000,00 no exercício atual, o que significa dizer que a variação positiva
de 2.000,00 deve ser diminuída do valor total das compras, uma vez que tal valor ainda não foi pago. Com a dedução
mencionada o valor das compras que efetivamente foram pagas no período fica sendo de R$ 22.000,00.
Os demais valores foram também realizados com a utilização de raciocínio lógico, levando sempre em
consideração valores que efetivamente movimentem as disponibilidades do período.

METODOLOGIA DE CÁLCULO
(+) Receita Bruta (DRE) 200.000,00
(+) Saldo Inicial Clientes (Balanço) 1.000,00
a)
(-) Saldo Final Clientes (Balanço) (2.000,00)
(=) Valor DFC 199.000,00
(-) CMV (DRE) (30.000,00)
(+) Saldo Inicial Estoques (Balanço) 25.000,00
(-) Saldo Final Estoques (Balanço) (19.000,00)
b)
(=) Compras do Período Total (24.000,00)
(+) Compras a Prazo (Variação Fornecedores) 2.000,00
(=) Valor DFC (22.000,00)
(-) Impostos Sobre Vendas (DRE) (50.000,00)
(-) Contribuição Social (DRE) (7.000,00)
(-) IRPJ (DRE) (15.000,00)
(+) Impostos federais a recolher (Variação Balanço) 500,00
c)
(+) Impostos estaduais a recolher (Variação Balanço) 500,00
(+) Impostos municipais a recolher (Variação Balanço) 200,00
(+) Encargos sociais a recolher (Variação Balanço) 1.800,00
(=) Valor DFC (69.000,00)
d) (-) Despesas com vendas (DRE) (15.000,00)
(-) Despesas Administrativas (DRE) (4.000,00)
e)
(=) Valor DFC (4.000,00)
f) (-) Outras despesas Operacionais (DRE) (7.000,00)
g) (-) Empréstimo de longo prazo (Variação Balanço) (4.000,00)
(-) Saldo Inicial de lucros acumulados (Balanço) (56.000,00)
(-) Lucro do Período (DRE) (71.000,00)
h)
(+) saldo final de Lucros Acumulados (Balanço) 92.000,00
(=) Valor DFC (35.000,00)
i) (-) Empréstimo de longo prazo (Variação Balanço) -
j) (-) Investimentos (Part. Outras empresas) (Variação Balanço) (500,00)
k) (-) Veículos (Variação Balanço) (5.000,00)
l) (-) Móveis e Utensílios (Variação Balanço) -

5.1.6 Método Indireto


"O método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não
envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer deferimento ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa
ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados
com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento."

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O exemplo de elaboração da DFC pelo método indireto a seguir foi feito com a utilização dos mesmos dados
do exemplo anterior , ou seja, o BP (Balanço Patrimonial) e a DRE utilizados pra realizar a DFC a seguir serão os
mesmos do exemplo anterior e por conta disso os valores deverão ser exatamente os mesmos do método direto,
mudando somente a forma de elaboração no que diz respeito às Atividades Operacionais.

As Atividades de Investimento e de Financiamento, portanto, no método indireto é exatamente igual ao método


direto e por este motivo só o que será feito no exemplo a seguir serão as Atividades Operacionais:

DFC Método Indireto - Exemplo prático de elaboração


Como dito acima só o que muda no método indireto em relação ao método direto são as Atividades
Operacionais, pois no método indireto a elaboração destas Atividades parte do lucro líquido do Exercício demonstrado
na DRE e após isso são feitos os ajustes necessários, aumentando o valor inicial do Lucro Líquido quando determinado
valor não for saída efetiva de caixa ou equivalentes (Ex. Depreciações), bem como diminuindo este valor quando o
mesmo revelar ser um aumento do lucro, porém não represente efetiva entrada de caixa ou equivalentes (Ex. Aumento
de Clientes a Receber). Como veremos seguir.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA - Método Indireto

ATIVIDADES OPERACIONAIS
a) Lucro Líquido do Exercício 71.000,00
b) Despesas com Depreciação 1.000,00
c) Clientes (1.000,00)
d) Estoques 6.000,00
e) Fornecedores 2.000,00
f) Despesas a pagar 3.000,00
Caixa Líquido Gerado Pelas Atividades Operacionais 82.000,00

METODOLOGIA DE CÁLCULO
(+) Lucro Líquido (DRE) 71.000,00
a)
(=) Valor DFC 71.000,00
(+) Depreciação (DRE) 1.000,00
b)
(=) Valor DFC 1.000,00
(-) Clientes (Variação Balanço) (1.000,00)
c) Atividades Operacionais
(=) Valor DFC (1.000,00)
(+) Estoques (Variação Balanço) 6.000,00
d)
(=) Valor DFC 6.000,00
(+) Fornecedores (Variação Balanço) 2.000,00
e)
(=) Valor DFC 2.000,00
(+) Impostos federais a recolher 500,00
(+) Impostos estaduais a recolher 500,00
f) (+) Impostos municipais a recolher 200,00
(+) Encargos sociais a recolher 1.800,00
(=) Valor DFC 3.000,00

Aula 3 - DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Elaboração Método


Indireto)

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(1º Exame de 2014)

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Aula 3.1 - DFC - Demonstração dos Fluxos de Caixa (Elaboração Método


Indireto)
(1º Exame de 2012 - FBC)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Mais exercícios para praticar! (Exercício Resolvido – Aula 3.1)


(2º Exame de 2013)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Aula 4 - DFC – Live com Resolução de Exercício (Elaboração Método


Indireto)

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Mais exercícios para praticar


(CONSULPLAN - COFEN)

(CONSULPLAN - Pref. Sabará-MG)

(2º Exame de 2013)

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(CONSULPLAN - Pref. Sabará-MG)

(2º Exame de 2016)

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(1º Exame de 2016)

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Aula 5 - DVA – Demonstrações do Valor Adicionado


“No artigo 188, inciso II da Lei das S/A, informa que a Demonstração do Valor Adicionado indicará: o valor da
riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza,
tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.

O valor adicionado de uma empresa, elaborado na forma contábil, representa o quanto de valor ela agrega aos
insumos que adquire num determinado período e é obtido, de forma geral, pela diferença entre vendas e o total dos
insumos adquiridos de terceiros. Este valor terá também o significado de toda a remuneração dos esforços aplicados
na atividade da empresa. Sob uma abordagem mais ampla, a Contabilidade utiliza a Demonstração do Valor Adicionado,
para identificar e divulgar quanto à atividade da empresa gera de recursos adicionais para a economia local, como e
para quem os distribui. Esta é uma informação de fundamental importância para a gestão econômica governamental
regional, dado que a instalação de uma empresa consome, necessariamente, recursos públicos, por meio da
implementação de infraestrutura básica como: asfalto, rede de água e esgoto etc. ou na forma de subsídios, redução
de impostos permanente ou temporariamente.”

5.1 Obrigatoriedade
De acordo com a lei 11.638/07 a DVA passou a ser obrigatória somente para as empresas de Capital Aberto
(S/A), no entanto, existe a orientação de que essa demonstração seja elaborada por todas as empresas ainda que tão
somente para fins gerenciais.

As companhias de capital aberto, devem obrigatoriamente elaborar e publicar a DVA anualmente.

5.2 Definições conforme CPC 09


Valor adicionado: representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o
valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou
seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços representa os valores reconhecidos na contabilidade


a esse título pelo regime de competência e incluídos na demonstração do resultado do período.

Outras receitas representam os valores que sejam oriundos, principalmente, de baixas por alienação de ativos
não-circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de investimentos, e outras transações incluídas na
demonstração do resultado do exercício que não configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza
criada por outras entidades.

Insumo adquirido de terceiros representa os valores relativos às aquisições de matérias-primas,


mercadorias, materiais, energia, serviços, etc. que tenham sido transformados em despesas do período. Enquanto
permanecerem nos estoques, não compõem a formação da riqueza criada e distribuída.

Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas
adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos
de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.

 Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc.
consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo,
ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas
na demonstração do resultado.

Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado
de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do
período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos, conforme
aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser
somado).

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Valor adicionado recebido em transferência representa a riqueza que não tenha sido criada pela própria
entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo receitas financeiras, de equivalência
patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc.

Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: • Remuneração direta -
representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos
baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados, etc. ƒ Benefícios -
representados pelos valores relativos a assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. ƒ
FGTS – representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados.

Impostos, taxas e contribuições - Valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro,
contribuições ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do empregador,
bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais
como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam a
diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os
itens considerados como “insumos adquiridos de terceiros”.

Elaboração DVA – Exemplo Prático


Para elaborar a Demonstração do Valor Adicionado(DVA)vamos utilizar como exemplo um exercício que caiu
no primeiro Exame de Suficiência de 2012.

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Resolução:

1-RECEITAS 800.000,00
1.1) Vendas de mercadoria, produtos e serviços 800.000,00
1.2) Provisão p/devedores duvidosos – Reversão/(Constituição) 0,00
1.3) Não operacionais 0,00
2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui Impostos) 600.000,00
2.1) Matérias-Primas consumidas 0,00
2.2) Custos das mercadorias e serviços vendidos 600.000,00
2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 0,00
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 200.000,00
4 – RETENÇÕES 8.000,00
4.1) Depreciação, amortização e exaustão 8.000,00
5 –VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 192.000,00
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 0,00
6.1) Resultado de equivalência patrimonial 0,00
6.2) Receitas financeiras 0,00
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 192.000,00
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 192.000,00
8.1) Pessoal e encargos 65.000,00
8.2) Impostos, taxas e contribuições 81.100,00
8.3) Juros e aluguéis (Remuneração Capital de Terceiros) 3.000,00
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos 0,00
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício 42.900,00
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.

A resposta correta é a Letra “b”, levando em consideração que o exercício pede a INCORRETA.

O Valor Adicionado a Distribuir é de 192.000,00 que nesse exercício foi composto pelo valor da Receita Bruta
(800.000,00) menos o custo da mercadoria vendida INCLUÍDO OS IMPOSTOS (600.000,00) menos a depreciação
(8.000,00).

Importante: O custo das mercadorias vendidas a ser usado para elaborar a DVA deve ser o valor das mercadorias sem
serem deduzidos os impostos incidentes sobre as compras, uma vez que a apuração dos impostos a pagar deve ser
evidenciada no item 8.2 Impostos, taxas e contribuições da DVA. Ou seja, o CMV evidenciado na DRE não é o mesmo
valor que o CMV que deve fazer parte da DVA.

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Aula 6 - DVA – Resolução de Exercícios

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CONSULPLAN - Nepomuceno - MG) (Exercício Resolvido – Aula 6 do Curso)

(1º Exame de 2012) (Exercício Resolvido – Aula 6 do Curso)

(2º Exame de 2012) (Exercício Resolvido – Aula 6 do Curso)

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)


(1º Exame de 2011)

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(1º Exame de 2018 - Consulplan)

44

Uma entidade efetuou as seguintes operações em 2017:

• Receita de vendas: R$600.000.

• Custo das mercadorias vendidas: R$250.000.

• Receita com a venda de ativo imobilizado: R$80.000.

• Custo do ativo imobilizado vendido: R$70.000.

• Receita de equivalência patrimonial: R$150.000.

• Despesa de salários de funcionários próprios: R$100.000.

• Despesa de salários de funcionários terceirizados: R$40.000.

• Despesa de aluguel: R$36.000.

Com base nas informações acima e na NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, assinale a alternativa
que indica o valor adicionado total a distribuir, apresentado na Demonstração do Valor Adicionado da entidade
em 31/12/2017.

A) R$ 320.000.

B) R$ 410.000.

C) R$ 434.000.

D) R$ 470.000.

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(1º Exame de 2013)

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(CONSULPLAN - Pref. Caratinga - MG)

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(2º Exame de 2015)

(2º Exame de 2017)

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Aula 7 - DMPL - Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

“A DMPL é uma demonstração que visa apresentar num determinado período de tempo a movimentação das
contas que integram o Patrimônio Líquido das entidades. A Comissão dos Valores Mobiliários mediante Instrução CVM
nº 059-86, tornou esta demonstração e sua publicação de caráter obrigatório, para as companhias abertas, em
substituição à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

A preparação da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples, pois basta
representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do
Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação e Lucros ou
Prejuízos Acumulados. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas.

A preparação consiste no seguinte:

a) abrir um papel de trabalho colunado, no qual se transcrevem, no topo da cada coluna, os nomes das contas,
reservando espaço nas primeiras colunas para descrição da natureza das transações, e uma coluna final para o total;

b) saldo de abertura – transcrever os saldos de cada conta na data do Balanço final do exercício anterior. Somar os
saldos por conta para preencher a coluna total;

c) adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas referidas contas, no período, abrindo linhas para cada natureza
de transação, como:

• Aumento de Capital;

• Lucro do Exercício;

• Dividendos Distribuídos etc.;

d) totalizar, ao final, as colunas, cujos saldos devem coincidir com os saldos do Balanço, e totalizar também as linhas.”

A questão que vem a seguir, cobrada no exame 2º Exame de 2016, foi elaborada de forma que os candidatos
da época não precisassem elaborar a DMPL, uma vez que cada uma das alternativas traz em seu conteúdo uma DMPL
preenchida, e é claro que somente uma das quatro alternativas contendo cada uma delas uma DMPL com valores
distintos é a correta. Nessa questão a alternativa correta é a letra “a” cuja demonstração apresentada está de acordo
com o enunciado.

A forma como deve ser preenchida essa demonstração está na aula 7.1 do curso online.

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Aula 7.1 - DMPL – Resolução de Exercícios (Parte 1)


(2º Exame de 2016)

Assista a vídeo aula de DMPL pra aprender a preencher a tabela acima.

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Exercício semelhante para análise!!


Exame 2013.1

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Aula 7.2 - DMPL – Resolução de Exercícios (Parte 2)


(1º Exame de 2012)

(2º Exame de 2013)

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)

(1º Exame de 2018)

10
A empresa Exemplo S.A. apresentou, em 31 de dezembro de 2016, o total do Patrimônio Líquido no valor de
R$ 150.000,00. Durante o ano de 2017, a empresa apresentou as seguintes movimentações no seu Patrimônio
Líquido:
• Integralização de Capital em dinheiro R$ 10.000,00
• Incorporação de Reservas ao Capital R$ 10.000,00
• Lucro Líquido do Período R$ 100.000,00
• Destinação do lucro para reserva legal R$ 5.000,00
• Destinação do lucro para reserva para contingência R$ 15.000,00
• Destinação do lucro para dividendos obrigatórios R$ 20.000,00
• Aquisição de ações da própria companhia R$ 5.000,00
O total do Patrimônio Líquido da empresa Exemplo S.A. em 31 de dezembro de 2017 foi de:
A) R$ 235.000,00.
B) R$ 245.000,00.
C) R$ 240.000,00.
D) R$ 250.000,00.

(2º Exame de 2015)

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Exercícios para praticar em casa

1) (1° Exame de Suficiência de 2011)

2) (1° Exame de Suficiência de 2011)

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3) (2° Exame de Suficiência de 2013)

4) (1° Exame de Suficiência de 2011)

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Aula 8 - DRE – Resolução de Exercício (Parte 1)

Use esse espaço para fazer a DRE de forma manual conforma explicado pelo professor na
aula 8 do módulo 5. Assim você já vai praticando um pouco.

Aula 8.1 - DRE – Resolução de Exercício (Conceitual)

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Gabarito
Pg. Exercício Alternativa
Correta
5 10 B
6 39 A
6 14 B
12 3 B
13 9 D
14 7 A
15 8 C
16 20 E
16 3 D
17 22 D
17 8 B
18 11 A
22 1 B
23 34 C
23 11 C
23 14 C
24 1 B
24 44 D
25 9 B
25 23 B
26 10 B
26 42 C
30 10 C
30 18 A
31 10 A
31 2 B
32 1 D
32 2 D
33 3 C
33 4 B
34 12 A
34 16 D

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 6 – Contabilidade Geral (Parte2) .................................................................................................. 2
Aula 1 – Depreciação Quotas constantes .................................................................................................. 2
Resolução de Exercício (Exercício resolvido no curso online Aula 2 do módulo 6) ................................... 5
Aula 2.1 - Resolução de Exercícios ............................................................................................................. 6
PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ................................................................................................... 9
Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala) ........................................................ 9
Gabarito.................................................................................................................................................... 11

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Módulo 6 – Contabilidade Geral (Parte2)

Aula 1 – Depreciação Quotas constantes


De acordo com o NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão:

“Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser adotados:
(a) o método das quotas constantes;
Método de depreciação mais utilizado pelas empresas, também conhecido como Depreciação Linear.
Fórmulas para determinar o valor da depreciação:

Depreciação anual = Valor do Bem / Vida útil do bem (Em anos)


Depreciação mensal = Valor do bem/ Vida útil do bem (Em meses)

Exemplo:
Cálculo da depreciação:
Valor do bem 20.000,00
Vida Útil (Anos) 4 anos
Anual = 20.000,00/4 = 5.000,00
Mensal = 20.000,00/(4*12) = 416,67

Aula 1.1 - Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício resolvido aula 1.1
módulo 6)

(1º Exame de 2013)

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Mais exercícios para praticar

(2º Exame de 2014)

(1º Exame de 2011)

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(2º Exame de 2012)

(CONSULPLAN - Pref. Ibiraçu - ES)

(2º Exame de 2017)

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Aula 2 - Valoração de Estoques (Custo médio ponderado)

“O custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo
de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada
em base periódica (Ponderado Fixo) ou à medida que cada lote seja recebido (Ponderado Móvel), dependendo das
circunstâncias da entidade.”

Resolução de Exercício (Exercício resolvido no curso online Aula 2 do


módulo 6)
(2º Exame de 2020)

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Aula 2.1 - Resolução de Exercícios


(1º Exame de 2013)

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Mais exercícios para praticar sobre o assunto

(2º Exame de 2013)

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(1º Exame de 2016)

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PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair)

Outro assunto já cobrado no Exame de Suficiência é o método PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair. Esse
método pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro
lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente
comprados ou produzidos.

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para Fazer em Sala)


(1º Exame de 2011)

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(1º Exame de 2017)

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Gabarito

Pg. Exercício Alternativa


Correta
2 32 D
3 22 B
3 8 C
4 2 A
4 17 C
4 22 B
5 6 D
6 5 B
7 5 D
8 19 D
9 3 A
10 1 B

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 7 – Perícia Contábil ....................................................................................................................... 2
Conforme NBC TP 01 NORMA TÉCNICA DE PERÍCIA CONTÁBIL ................................................................. 2
Aula 1 – Introdução e Planejamento em Perícia Contábil ......................................................................... 2
CONCEITO ................................................................................................................................................... 2
Tipos de peitos ........................................................................................................................................... 2
LAUDO/PARECER PERICIAL CONTÁBIL ....................................................................................................... 2
Tipos de Perícia .......................................................................................................................................... 3
Planejamento em perícia contábil (Mudanças a partir de 2020)............................................................... 3
Aula 2 – Procedimento, impedimentos e suspeições em Perícia. ............................................................. 4
PROCEDIMENTOS ....................................................................................................................................... 4
CONFORME A NBC PP 01 – NORMA PROFISSIONAL DO PERITO ............................................................... 4
Impedimentos profissionais ....................................................................................................................... 4
Suspeição e Impedimento legal ................................................................................................................. 5
SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO LEGAL (Conforme o Código de ética do perito Judicial) ............................. 5
Aula 3 - (Resolução de Exercícios) .............................................................................................................. 6
GABARITO................................................................................................................................................. 13

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Módulo 7 – Perícia Contábil

Conforme NBC TP 01 NORMA TÉCNICA DE PERÍCIA CONTÁBIL

Aula 1 – Introdução e Planejamento em Perícia Contábil

CONCEITO
“2. A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a levar à instância decisória
elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer
pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for
pertinente”

Tipos de peitos
Perito é o contador detentor de conhecimento técnico e científico, regularmente registrado em Conselho Regional de
Contabilidade e no Cadastro Nacional dos Peritos Contábeis, que exerce a atividade pericial de forma pessoal ou por
meio de órgão técnico ou científico, com as seguintes denominações:

(a) perito do juízo é o contador nomeado pelo poder judiciário para exercício da perícia contábil;

(b) perito arbitral é o contador nomeado em arbitragem para exercício da perícia contábil;

(c) perito oficial é o contador investido na função por lei e pertencente a órgão especial do Estado;

(d) assistente técnico é o contador ou órgão técnico ou científico indicado e contratado pela parte em perícias
contábeis.

LAUDO/PARECER PERICIAL CONTÁBIL


O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil têm por limite os próprios objetivos da perícia deferida ou
contratada.
Laudo Pericial Contábil é um documento escrito, no qual o perito-contador deve registrar, de forma abrangente, o
conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de elementos
de prova necessários para a conclusão do seu trabalho. (Elaborado pelo Perito Contador nomeado pelo juiz)
Parecer Pericial Contábil: Idem anterior (Elaborado pelo Perito assistente, normalmente contratado pelas partes
para que este acompanhe as investigações)

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Tipos de Perícia
A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial, é de competência exclusiva de contador registrado em
Conselho Regional de Contabilidade. Entende-se como perícia judicial aquela exercida sob a tutela da justiça. A perícia
extrajudicial é aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.

Perícia arbitral (Somente sobre direitos patrimoniais disponíveis (Bens patrimoniais)) é aquela exercida sob o
controle da Lei da arbitragem (Lei 9.307/96). (Realizada no Juízo Arbitral com o intuito de agilizar o processo)
Perícia estatal é executada sob o controle de órgão do Estado, tais como perícia administrativa das Comissões
Parlamentares de Inquérito, de perícia criminal e do Ministério Público.
Perícia voluntária é aquela contratada espontaneamente pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.

Planejamento em perícia contábil (Mudanças a partir de 2020)


O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial, na qual o perito estabelece as diretrizes e a
metodologia a serem aplicadas.

TERMO DE DILIGÊNCIA
Termo de Diligência é o instrumento por meio do qual o perito solicita documentos, coisas, dados, bem como
quaisquer informações necessárias à elaboração do laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil.
Caso ocorra a negativa da entrega dos elementos de prova formalmente requeridos, o perito deve se reportar
diretamente a quem o nomeou, contratou ou indicou, narrando os fatos e solicitando as providências cabíveis.

DILIGÊNCIA
Diligência:
(a) lato sensu: todos os atos adotados pelo perito, inclusive, comunicações às partes e seus assistentes, na
busca de documentos, coisas, dados e informações e outros elementos de prova necessários à elaboração do trabalho
pericial;
(b) stricto sensu: o trabalho de campo na busca de elementos necessários que não estejam juntados aos
autos.
Forma Circunstanciada
Como ficou após 2020: É a redação pormenorizada e efetuada com cautela em relação aos procedimentos e
aos resultados obtidos no trabalho pericial.

Como era antes de 2020: Entende-se a redação pormenorizada, minuciosa, efetuada com cautela e
detalhamento em relação aos procedimentos e aos resultados do Laudo Pericial Contábil.

Síntese do Objeto da Perícia


Como ficou após 2020: Síntese do objeto da perícia: definir de forma clara o propósito ou a finalidade da
perícia.

Como era antes de 2020: Entende-se o relato sucinto de forma que resulte numa leitura compreensiva dos
fatos relatados ou na transcrição resumida dos fatos da lide sobre as questões básicas que resultaram na nomeação
ou na contratação do perito-contador.

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Aula 2 – Procedimento, impedimentos e suspeições em Perícia.

PROCEDIMENTOS
Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial
contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da
matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação e a partir de 2020
surgiu também a testabilidade.

O exame é a análise de livros, registros das transações e documentos.

A vistoria é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma
circunstancial.

A indagação é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou fato relacionado
à perícia.
A investigação é a pesquisa que busca constatar o que está oculto por quaisquer circunstâncias; (Tem por
finalidade detectar se houve sobre determinado fato, procedimento que obscurece a verdade, como: fraude, má-fé, dolo,
erro, etc.)

O arbitramento é a determinação de valores, quantidades ou a solução de controvérsia por critério técnico-


científico. (O arbitramento é a técnica que se utiliza de procedimentos estatísticos para estabelecer valores e
procedimentos analógicos para fundamentar o valor encontrável.)

A mensuração é o ato de qualificação e quantificação física de coisas, bens, direitos e obrigações.

A avaliação é o ato de estabelecer o valor de coisas, bens, direitos, obrigações, despesas e receitas. (É a
constatação do valor real das coisas por meio de cálculos e análises.)

A certificação é o ato de atestar a informação obtida na formação da prova pericial.

A Testabilidade é a verificação dos elementos probantes juntados aos autos e o confronto com as premissas
estabelecidas. (Incluída pela NBC TP 01 (R1), DE 19 DE MARÇO DE 2020)

CONFORME A NBC PP 01 – NORMA PROFISSIONAL DO PERITO

Impedimentos profissionais
São situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito de exercer, regularmente, suas funções ou
realizar atividade pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. Os itens previstos nesta Norma
explicitam os conflitos de interesse motivadores dos impedimentos a que está sujeito o perito nos termos da legislação
vigente.
Caso o perito não possa exercer suas atividades com isenção, é fator determinante que ele se declare
impedido, após nomeado ou indicado, quando ocorrerem as situações previstas nesta Norma.
Quando nomeado, o perito deve dirigir petição, no prazo legal, justificando a escusa ou o motivo do
impedimento.
Quando indicado nos autos pela parte e não aceitando o encargo, o assistente técnico deve comunicar a ela
sua recusa, devidamente justificada por escrito, facultado o envio de cópia à autoridade competente.
O assistente técnico deve declarar-se impedido quando, após contratado, verificar a ocorrência de situações
que venham suscitar impedimento em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer
o resultado do seu trabalho.

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Suspeição e Impedimento legal


O perito nomeado deve se declarar suspeito ou impedido quando não puder exercer suas atividades,
observadas as disposições legais.
O perito deve declarar-se suspeito quando, após nomeado ou contratado, verificar a ocorrência de situações
que venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, comprometer o
resultado do seu trabalho em relação à decisão.

Os casos de suspeição e impedimento a que está sujeito o perito nomeado são os seguintes:
(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;
(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha
reta ou em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais esses façam parte de seu quadro societário
ou de direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de uma das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; e
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de uma das partes.

SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO LEGAL (Conforme o Código de ética do perito


Judicial)

Artigo 30º. O Perito Judicial deve se declarar impedido quando não puder exercer suas atividades com
imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros, ou ocorrendo uma das seguintes situações:
I. for parte do processo;
II. tiver atuado como Assistente Técnico ou prestado depoimento como testemunha no processo;
III. tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau,
postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;
IV tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou
afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no resultado do trabalho pericial;
V. exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito contador, em função de impedimentos legais
ou estatutários;
VI. tiver mantido, nos últimos cinco anos, ou mantenha com alguma das partes ou seus procuradores, relação
de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado.
VII. Tiver atuado, pessoalmente, como advogado de uma das partes ou de algum de seus procuradores.

SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO TÉCNICO (Conforme o Código de ética do perito


Judicial)

Artigo 31º. Da mesma forma, o Perito Judicial deve declarar-se, ainda, impedido quando lhe faltar conhecimento
técnico-cientifico, decorrente de sua autonomia, estrutura profissional e da independência que deve possuir para ter
condições de forma isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico-cientifico:

I. a matéria em litígio não ser de sua especialidade;


II. a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura profissional não permitem assumir
o encargo ou cumpri-lo no prazo estipulado pelo Juízo;
III. tiver atuado para uma das partes na condição de consultor técnico em processo no qual o objeto da perícia
seja semelhante àquele em apreciação.

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Aula 3 - (Resolução de Exercícios)


(1º Exame de 2011) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

(2º Exame de 2011) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)

(1º Exame de 2012) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

(1º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

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(1º Exame de 2013) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

Conforme NBC TP01 (R1): São documentos escritos, que devem registrar, de forma abrangente, o
conteúdo da perícia e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam o seu objeto e as buscas de
elementos de prova necessários para a conclusão do seu trabalho.

(2º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

(1º Exame de 2017) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

(2º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 3 - Módulo 7 do Curso online)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)

(1º Exame de 2013)

Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)

(1º Exame de 2016)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

(2º Exame de 2016)

(1º Exame de 2017)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

(1º Exame de 2018)

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

GABARITO
Pg. Exercício Alternativa
Correta
6 29 B
6 30 B
7 33 C
7 48 A
8 37 D
8 48 A
9 48 B
9 47 B
10 42 A
10 48 D
11 49 D
11 47 A
12 47 D

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 8 – Auditoria Contábil ................................................................................................................... 2
NBC TA – DE AUDITORIA INDEPENDENTE .................................................................................................. 2
Aula 1 - Introdução, Riscos em Auditoria Contábil .................................................................................... 2
CONCEITO ................................................................................................................................................... 2
Objetivos do auditor .................................................................................................................................. 2
Ceticismo profissional ................................................................................................................................ 2
Auditoria de demonstrações contábeis ..................................................................................................... 2
NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO DO
ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DO SEU AMBIENTE ............................................................................... 3
Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas ............................................................... 3
Riscos em Auditoria .................................................................................................................................... 3
NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA ........................................................................................... 4
Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste ................................................................ 4
Tamanho da amostra ................................................................................................................................. 4
Aula 2 – Fraude, Opinião do Auditor (IMPORTANTE) ................................................................................ 4
NBC TA 240 – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A FRAUDE, NO CONTEXTO DA
AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. ......................................................................................... 4
Características da fraude............................................................................................................................ 4
Comunicações às autoridades reguladoras e de controle ......................................................................... 5
NBC TA 700 – FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................................. 5
NBC TA 705 – MODIFICAÇÕES NA OPINIÃO DO AUDITOR INDEPENDENTE .............................................. 5
 Opinião com ressalva ......................................................................................................................... 5
 Opinião adversa.................................................................................................................................. 6
 Abstenção de opinião......................................................................................................................... 6
Aula 3 - (Resolução de Exercícios) .............................................................................................................. 7
GABARITO................................................................................................................................................. 12

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Módulo 8 – Auditoria Contábil

NBC TA – DE AUDITORIA INDEPENDENTE

Aula 1 - Introdução, Riscos em Auditoria Contábil

CONCEITO
"Attie (2000) define a auditoria como uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do
controle patrimonial objetivando expressar a opinião sobre determinado fato.

O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio administrativo, os quais


compreendem registros contábeis, papéis, documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos
registros e a legitimidade dos atos da administração (FRANCO JÚNIOR, 2001)."

Objetivos do auditor
(a) formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação das conclusões atingidas pela
evidência de auditoria obtida; e
(b) expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito que também descreve a base
para a referida opinião."

Ceticismo profissional
"O auditor independente planeja e executa o trabalho de asseguração com atitude de ceticismo profissional,
reconhecendo que podem existir circunstâncias que façam com que a informação sobre o objeto contenha distorções
relevantes. A atitude de ceticismo profissional significa que o auditor independente faz uma avaliação crítica, mantendo-
se de forma mentalmente questionadora, com referência à validade da evidência obtida e mantém-se alerta para
qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documentos ou representações da parte
responsável."

Auditoria de demonstrações contábeis


"O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. No
caso da maioria das estruturas conceituais para fins gerais, essa opinião expressa se as demonstrações contábeis estão
apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório
financeiro.
A auditoria conduzida em conformidade com as normas de auditoria e exigências éticas relevantes
capacita o auditor a formar essa opinião." (Grifo nosso)

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NBC TA 315 – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE


DISTORÇÃO RELEVANTE POR MEIO DO ENTENDIMENTO DA ENTIDADE E DO
SEU AMBIENTE

Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas


"O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e
avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações. Os procedimentos de
avaliação de riscos por si só, porém, não fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a
opinião da auditoria.
O auditor deve obter entendimento do controle interno relevante para a auditoria.
Embora seja mais provável que a maioria dos controles relevantes para a auditoria esteja relacionada com
demonstrações contábeis, nem todos os controles que se relacionam com as demonstrações contábeis são relevantes
para a auditoria. É uma questão de julgamento profissional do auditor, determinar se um controle,
individualmente ou em combinação com outros, é relevante para a auditoria. (Grifo nosso)

Riscos em Auditoria
São basicamente três os riscos que podem encontrar os auditores ao realizarem seus trabalhos e com isso afetar
consideravelmente suas opiniões.

Risco inerente;
Risco de controle;
Risco de detecção.

 Risco inerente é a suscetibilidade da informação sobre o objeto a uma distorção relevante,


pressupondo que não haja controles relacionados;

Exemplos:
Cálculos complexos com maiores chances de ocorrerem erros;
O caixa como tendo maior chance de roubo;
Contas derivadas de estimativas contábeis.

 Risco de controle é o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada, ou
detectada e corrigida, em tempo hábil por controles internos relacionados. Quando o risco de controle
é relevante para o objeto, algum risco de controle sempre existirá em decorrência das limitações
inerentes ao desenho e à operação do controle interno;"

“Considerando-se que é impossível que qualquer sistema de controle interno possa ser eficiente a tal ponto de
eliminar todos os erros possíveis, então o risco de controle nunca pode ser igual a zero.”

 Risco de detecção é o risco de que o auditor independente não detecte uma distorção relevante
existente."

"Existe ainda o risco geral que nada mais é do que a junção dos três riscos acima salientados.
"Basicamente, o auditor deve determinar e valorizar os riscos inerentes e de controle, e planejar procedimentos
de auditoria para o risco de detecção de tal forma que o risco geral de auditoria não supere o nível aceitável."

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

NBC TA 530 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA


"Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de
população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance
de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população.
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor
deseja concluir.
 Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser
diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria."

Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste


"Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as
características da população da qual será retirada a amostra.
O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível
mínimo aceitável
O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população
tenha a mesma chance de ser selecionada."

Tamanho da amostra
"O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido.
Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.
O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por
meio do exercício do julgamento profissional."

Aula 2 – Fraude, Opinião do Auditor (IMPORTANTE)

NBC TA 240 – RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A FRAUDE,


NO CONTEXTO DA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.

"As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude
e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas demonstrações
contábeis."

Características da fraude
"Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o auditor está
preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções
intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da
apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de
fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.
A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de apropriação indevida de ativos, envolve
o incentivo ou a pressão para que ela seja cometida, uma oportunidade percebida para tal e alguma racionalidade (ou
seja, dar razoabilidade a algo falso) do ato. Por exemplo: · Pode existir incentivo ou pressão para a informação financeira
fraudulenta quando a administração sofre pressão, de fontes externas ou internas, para alcançar metas de ganhos ou
resultados financeiros previstos (e talvez irrealistas).
Do mesmo modo, os indivíduos podem ter um incentivo para se apropriarem de ativos porque, por exemplo, estão
vivendo além de suas possibilidades."

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Elaboração Prof. Luis Aurélio Tercheinski

Comunicações às autoridades reguladoras e de controle


“Caso o auditor tenha identificado ou suspeite de fraude, deve determinar se há responsabilidade de comunicar
a ocorrência ou suspeita a um terceiro fora da entidade. Embora o dever profissional do auditor de manter a
confidencialidade da informação do cliente possa impedir que tais informações sejam dadas, as responsabilidades legais
do auditor podem sobrepor-se ao dever de confidencialidade em algumas situações.”
O dever profissional do auditor de manter a confidencialidade das informações do cliente pode impedir que ele
relate a fraude a uma parte fora da entidade cliente. Contudo, a responsabilidade legal do auditor e, em certas
circunstâncias, o dever de confidencialidade pode ser passado por cima por estatuto, lei ou tribunais de direito. No Brasil,
o auditor de instituição financeira tem o dever de relatar a ocorrência de fraude a autoridades de
supervisão.
Em outros segmentos o auditor também tem dever de relatar distorções nos casos em que a administração e
os responsáveis pela governança deixam de adotar ações corretivas.
O auditor pode considerar apropriado obter assistência jurídica para determinar o curso de ação apropriado
nas circunstâncias, cujo propósito é verificar os passos necessários ao considerar aspectos de interesse público na
fraude identificada.
Considerações específicas para entidade do setor público.
No setor público, as exigências para relatar fraude, descobertas ou não durante o processo de auditoria, podem
estar sujeitas aos aspectos específicos do mandato de auditoria de lei, regulamentação ou outra autoridade relacionada.

NBC TA 700 – FORMAÇÃO DA OPINIÃO E EMISSÃO DO


RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
"O auditor deve formar sua opinião sobre se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável sobre se as demonstrações contábeis
tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou erro."

NBC TA 705 – MODIFICAÇÕES NA OPINIÃO DO AUDITOR


INDEPENDENTE
"Para entendimento apropriado e aplicação desta Norma, modificação da opinião tem o significado de emitir
um relatório diferente do “limpo”, ou seja, observando um dos tipos a seguir apresentado.

Esta Norma estabelece três tipos de opinião modificada, a saber, opinião com ressalva, opinião adversa e
abstenção de opinião. A decisão sobre que tipo de opinião modificada é apropriada depende da:

(a) natureza do assunto que deu origem à modificação, ou seja, se as demonstrações contábeis apresentam
distorção relevante ou, no caso de impossibilidade de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, podem
apresentar distorção relevante; e
(b) opinião do auditor sobre a disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos do assunto sobre as demonstrações
contábeis."

 Opinião com ressalva


"O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando:

(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou
em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou

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(b) ele não consegue obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para suportar sua opinião, mas ele
conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes, mas não generalizados. "

 Opinião adversa
"O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e
suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as
demonstrações contábeis."

 Abstenção de opinião
"O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas,
se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas."

Tabela de Auditoria (Opinião Modificada)

Evidência de
Tipo de Opinião Distorções Relevantes Generalizadas
Auditoria
Com Ressalva Sim/Não Sim/Poderiam ser Não
Adversa Sim Sim Sim
Abstenção de opinião Não Poderiam ser Sim

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Aula 3 - (Resolução de Exercícios)


(1º Exame de 2011) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

(1º Exame de 2011) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

(2º Exame de 2011) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

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(1º Exame de 2012) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

(1º Exame de 2012) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

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(2º Exame de 2016) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

(1º Exame de 2017) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

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(1º Exame de 2017) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

(2º Exame de 2017) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

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(1º Exame de 2018) (Resolvido Aula 3 – Módulo 8 do curso online)

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GABARITO

Pg. Exercício Alternativa


Correta
7 43 D
7 44 A
7 25 B
8 29 C
8 30 3,1,2
9 44 D
9 45 B
10 46 D
10 45 C
11 45 A

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Módulo 9 – Contabilidade Geral (Parte 3) ................................................................................................. 2
CONTABILIADE AVANÇADA ........................................................................................................................ 2
Aula 1 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes ............................................................. 2
Ativo Contingente ...................................................................................................................................... 2

Passivo Contingente ............................................................................................................... 2


Exemplos Retirados da Norma Técnica ...................................................................................................... 4
Aula 1.1 - (Exercício resolvido na aula 1 módulo 9) ................................................................................... 6
Mais exercícios para praticar! .................................................................................................................... 6
Aula 2 - (Exercício resolvido na aula 2 módulo 9) ...................................................................................... 7
Aula 3 - (Exercício resolvido na aula 3 módulo 9) ...................................................................................... 7
Aula 4 - Método de Equivalência Patrimonial .......................................................................................... 10
Aula 4.1 - (Exercício resolvido na aula 4 módulo 9) ................................................................................. 11
Aula 5 - (Exercício resolvido na aula 5 módulo 9) .................................................................................... 12
Mais exercícios para praticar! .................................................................................................................. 12
Aula 6 – Combinação de negócios (Compra Vantajosa e Goodwill) ........................................................ 13
Tipos de Combinações de Negócios. ........................................................................................................ 13
Reconhecimento Contábil na Combinação de Negócios ......................................................................... 13
Aula 6.1 - (Exercício resolvido na aula 6 módulo 9) ................................................................................. 14
Aula 7 - NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos .............................................................. 15
Aula 7.1 - (Exercício resolvido na aula 7 módulo 9) ................................................................................ 15
Aula 7.2 - (Exercício resolvido na aula 7 módulo 9) ................................................................................. 16
Aula 8 - (Exercício resolvido na aula 8 módulo 9) .................................................................................... 16
Aula 9 - Ativos e Passivos Diferidos (Lucro Real)...................................................................................... 19
Definições conforme a NBCTG 32 ............................................................................................................ 19
Exemplos de Ativos e Passivos Diferidos.................................................................................................. 19
Aula 9.1 - (Exercício resolvido na aula 9 módulo 9) ................................................................................. 20
GABARITO................................................................................................................................................. 23

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Módulo 9 – Contabilidade Geral (Parte 3)

CONTABILIADE AVANÇADA

Aula 1 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Ativo Contingente
Definições Conforme NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.

ATENÇÃO: A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados que dão
origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um exemplo é uma
reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em que o desfecho seja
incerto.

Passivo Contingente
Definições Conforme NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

“Passivo contingente é:

• uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou

• uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida porque:

(a) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida
para liquidar a obrigação; ou

(b) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.”

Provisão e passivo contingente

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Exemplos Retirados da Norma Técnica

Exemplo 1 – Garantia

Um fabricante dá garantias no momento da venda para os compradores do seu produto. De acordo com os
termos do contrato de venda, o fabricante compromete a consertar, por reparo ou substituição, defeitos de produtos
que se tornarem aparentes dentro de três anos desde a data da venda. De acordo com a experiência passada, é
provável (ou seja, mais provável que sim do que não) que haverá algumas reclamações dentro das garantias.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – O evento que gera a
obrigação é a venda do produto com a garantia, o que dá origem a uma obrigação legal.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável para as garantias como um todo
(ver item 24).

Conclusão – A provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos para consertos de produtos com
garantia vendidos antes da data do balanço (ver itens 14 e 24).

Exemplo 2A – Terreno contaminado – é praticamente certo que a legislação será aprovada

Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é requerida a fazê-
la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. O país no qual ela opera não possui
legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Em 31 de
dezembro de 20X0 é praticamente certo que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será
aprovado rapidamente após o final do ano.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – O evento que gera a obrigação é a
contaminação do terreno, pois é praticamente certo que a legislação requeira a limpeza.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável.

Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos de limpeza (ver itens 14 e 22).

Exemplo 2B – Terreno contaminado e obrigação não formalizada

Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação e opera em um país onde não há legislação ambiental.
Entretanto, a entidade possui uma política ambiental amplamente divulgada, na qual ela assume a limpeza de toda
a contaminação que causa. A entidade tem um histórico de honrar essa política publicada.

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – O evento que gera a obrigação é a
contaminação do terreno, que dá origem a uma obrigação não formalizada, pois a conduta da entidade criou uma
expectativa válida na parte afetada pela contaminação de que a entidade irá limpar a contaminação.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável.

Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa dos custos de limpeza (ver itens 10 – a
definição de obrigação não formalizada –, 14 e 17).

Exemplo 10A – Caso judicial

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Após um casamento em 20X0, dez pessoas morreram, possivelmente por resultado de alimentos envenenados
oriundos de produtos vendidos pela entidade. Procedimentos legais são instaurados para solicitar indenização da
entidade, mas esta disputa o caso judicialmente. Até a data da autorização para a publicação das demonstrações
contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 20X0, os advogados da entidade aconselham que é provável
que a entidade não será responsabilizada. Entretanto, quando a entidade elabora as suas demonstrações contábeis
para o exercício findo em 31 de dezembro de 20X1, os seus advogados aconselham que, dado o desenvolvimento
do caso, é provável que a entidade será responsabilizada.

(a) Em 31 de dezembro de 20X0

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – Baseado nas evidências disponíveis
até o momento em que as demonstrações contábeis foram aprovadas, não há obrigação como resultado de eventos
passados.

Conclusão – Nenhuma provisão é reconhecida. A questão é divulgada como passivo contingente, a menos
que a probabilidade de qualquer saída seja considerada remota (item 86).

Exemplo 10A – Caso judicial

(b) Em 31 de dezembro de 20X1

Obrigação presente como resultado de evento passado que gera obrigação – Baseado na evidência disponível, há
uma obrigação presente.

Saída de recursos envolvendo benefícios futuros na liquidação – Provável.

Conclusão – Uma provisão é reconhecida pela melhor estimativa do valor necessário para liquidar a
obrigação (itens 14 a 16).

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Aula 1.1 - (Exercício resolvido na aula 1 módulo 9)


(2º Exame de 2011)

Mais exercícios para praticar!


(2º Exame de 2011)

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Aula 2 - (Exercício resolvido na aula 2 módulo 9)


(2º Exame de 2018)

Aula 3 - (Exercício resolvido na aula 3 módulo 9)

(1º Exame de 2019)

(CONSULPLAN - Pref. Ibiraçu - ES)

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(1º Exame de 2014)

(2º Exame de 2015)

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(2º Exame de 2017)

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Aula 4 - Método de Equivalência Patrimonial


A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento
ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade
investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício.

Exemplo de cálculo

Considerando-se que em 01/01/20X1, a empresa "A" (investidora) e a empresa "B" (investida)


apresentaram a seguinte situação:

Valor contábil do investimento da empresa “A” na Empresa "B" R$ 375.000,00, que corresponde a
30% do Patrimônio Líquido.

Capital social R$ 400.000,00

Reservas de capital R$ 300.000,00

Reservas de lucros R$ 550.000,00

Patrimônio Líquido (Total) R$ 1.250.000,00

Contabilização do Investimento na sociedade investidora A

D - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA NA EMPRESA "B" (Investimento) 375.000,00

C – Banco Conta Movimento (Disponibilidades) 375.000,00

Considerando-se que, a empresa "A" (investidora) e a empresa "B" (investida) apresentaram a


seguinte situação em 31/12/20X1:

Valores Após a apuração do Resultado:

Capital social R$ 400.000,00

Reservas de capital R$ 300.000,00

Reservas de lucros R$ 550.000,00

Lucro do Exercício R$ 400.000,00

Patrimônio Líquido (Total) R$ 1.650.000,00

Contabilização da equivalência patrimonial na empresa “A” em virtude do aumento do PL


na empresa “B” (30% sobre o valor de 400 mil que aumentou durante o ano corrente)

D - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA NA EMPRESA "B" (Investimento) 120.000,00

C - RECEITA DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (Resultado) 120.000,00

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Observação 1: Está prevista na Lei das Sociedades por Ações, no item I do art. 248, onde estabelece que,
no valor do patrimônio da coligada ou controlada, “não serão computados os resultados não realizados decorrentes
de negócios com companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas”.

Isto acontece porque, de fato, somente se deve reconhecer lucro em operações com terceiros, porque em
termos de grupo empresarial, as vendas ocorridas entre coligadas, controladas e controladoras, não geram
efetivamente lucro para o grupo, uma vez que as diferenças de preços ficam dentro do grupo.

Observação 2: “Art. 248. da Lei 11.638/2007: No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em


coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou
mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam
sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial.”

Aula 4.1 - (Exercício resolvido na aula 4 módulo 9)


(1º Exame de 2017)

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Aula 5 - (Exercício resolvido na aula 5 módulo 9)


(1º Exame de 2018)

Mais exercícios para praticar!


(1º Exame de 2011)

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Aula 6 – Combinação de negócios (Compra Vantajosa e Goodwill)


“A combinação de negócios é uma transação ou outro evento em que uma entidade obtém o controle
sobre um ou mais negócios. O ponto-chave da definição está na obtenção do controle, definido como o poder de
governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.”

Tipos de Combinações de Negócios.


Fusão: É a união de duas ou mais companhias que se extinguem formando uma nova e única grande empresa. (A
+ B = C)

Incorporação: O artigo 227 da Lei 6.404 define a incorporação como “a operação pela qual uma ou mais sociedades
são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações” (A + B = A Expandida)

Cisão: Operação pela qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a sociedade cindida, se houver versão de todo seu
patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, cisão parcial.

Reconhecimento Contábil na Combinação de Negócios


Contabilização conforme NBC TG 15 – Combinação de Negócios.

“A entidade deve contabilizar cada combinação de negócios pela aplicação do método de


aquisição.

A aplicação do método de aquisição exige:

 identificação do adquirente;

 determinação da data de aquisição;

 reconhecimento e mensuração dos ativos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e das
participações societárias de não controladores na adquirida; e

 reconhecimento e mensuração do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de


compra vantajosa.”

Compra vantajosa

Ocasionalmente, um adquirente pode realizar uma compra vantajosa, assim entendida uma combinação
de negócios cujo valor determinado pelo valor líquido dos ativos e passivos mensurados a valor justo é
maior que o valor pago na aquisição. O adquirente deve reconhecer o ganho resultante no resultado do
período, na data da aquisição.

Goodwill

O adquirente deve reconhecer o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), na data da
aquisição, sendo o valor pago a mais pela aquisição em relação ao valor líquido dos ativos e passivos
mensurados a valor justo a parcela que deve ser contabilizada como ativo intangível:

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Aula 6.1 - (Exercício resolvido na aula 6 módulo 9)


(1º Exame de 2012)

(1º Exame de 2012)

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Aula 7 - NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

“O valor recuperável de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor justo líquido de
despesas de venda e o valor em uso.”

“O valor Justo é o preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago para transferir um passivo em
uma transação ordinária entre participantes de mercado na data da mensuração”

“O valor em uso representa o valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera ser originado por
um ativo ou unidade geradora de caixa.”

“59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil
do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do
ativo.

A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a
menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como
diminuição do saldo da reavaliação.”

“105. Ao alocar a perda por desvalorização, a entidade não deve reduzir o valor contábil de um ativo
abaixo do valor mais alto na comparação entre:

seu valor justo líquido de despesas de alienação (se puder ser mensurado);

(b) seu valor em uso (se puder ser determinado); e

(c) zero.”

Aula 7.1 - (Exercício resolvido na aula 7 módulo 9)


(2º Exame de 2011)

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Aula 7.2 - (Exercício resolvido na aula 7 módulo 9)


(2º Exame de 2015)

Aula 8 - (Exercício resolvido na aula 8 módulo 9)


(1º Exame de 2019)

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(2º Exame de 2017)

(2º Exame de 2011)

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Como isso já foi cobrado no Exame? (Exercício para praticar)

(1º Exame de 2017)

(1º Exame de 2017)

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Aula 9 - Ativos e Passivos Diferidos (Lucro Real)


Em muitos casos o Lucro contábil que deve ser calculado com base nas Normas Internacionais de
Contabilidade, pode ser diferente do Lucro Fiscal, calculado com base em normas fiscais específicas. Isso ocorre
devido a deduções (Despesas) e adições (Receitas) que são contabilizadas em um determinado período, mas, que
para fins fiscais devem ser consideradas, total ou parcialmente em períodos futuros.

Definições conforme a NBCTG 32


“Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável
(prejuízo fiscal) do período.
Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro
relacionado às diferenças temporárias tributáveis.
Ativo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro recuperável em período futuro
relacionado a:
(a) diferenças temporárias dedutíveis;
(b) compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e
(c) compensação futura de créditos fiscais não utilizados.
Diferença temporária é a diferença entre o valor contábil de ativo ou passivo no balanço e
sua base fiscal. As diferenças temporárias podem ser tanto:
(a) diferença temporária tributável, a qual é a diferença temporária que resulta em valores
tributáveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros quando o
valor contábil de ativo ou passivo é recuperado ou liquidado; ou
(b) diferença temporária dedutível, a qual é a diferença temporária que resulta em valores que
são dedutíveis para determinar o lucro tributável (prejuízo fiscal) de futuros períodos quando
o valor contábil do ativo ou passivo é recuperado ou liquidado.
Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais.

Exemplos de Ativos e Passivos Diferidos

Ativo Diferido: Um exemplo de Ativos Diferidos, para facilitar o entendimento, seriam os Clientes
com Liquidação Duvidosa que ainda não atendam as normas fiscais no momento do reconhecimento, mas que foram
considerados contabilmente.

Quando do reconhecimento desses valores considerados incobráveis pela administração da empresa, a


contabilização desse fato irá ocasionar uma diminuição no Lucro da empresa e, por consequência, deveria também
ocasionar uma diminuição nos impostos sobre o Lucro a ser pago, no entanto, o fato de essa despesa ainda não
atender as normas fiscais que tratam do assunto, faz com que ajustes no Lucro Real sejam necessários. Portanto,
a diferença tributária ocasionada pela diferença entre o Lucro Contábil que nesse caso será menor que o Lucro
Fiscal, deve ser contabilizada como Ativo Diferido em contrapartida a um aumento no resultado, que será,
futuramente revertido, quando a empresa atender aos preceitos legais em relação a créditos de liquidação duvidosa.
Em outras palavras: O imposto pago a mais no exercício corrente deve ser reconhecido como Ativo Fiscal Diferido,
para que no futuro possa ser incorporado ao Resultado como sendo Despesa Tributária daquele período.

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Passivo Diferido: Um exemplo de Passivo Fiscal Diferido são as Despesas com Depreciação
acelerada, que podem ser diferentes para a Apuração do Lucro contábil em Relação a Apuração do Lucro Fiscal
tributável. Nesse caso o governo pode determinar a vida útil de um bem em 2 anos por exemplo, mas, a empresa
estima que a vida útil desse mesmo bem é na verdade de 4 anos. O cálculo dessa depreciação, levando em
consideração as estimativas da empresa irá ocasionar um Lucro Contábil maior que o Lucro Fiscal Tributável, uma
vez que em virtude de o cálculo da depreciação ocasionar uma despesa maior com depreciação, levando em
consideração a vida útil de apenas 2 anos. Em face do exposto a empresa deve reconhecer um Passivo Diferido em
contrapartida a uma diminuição no resultado. Futuramente, esse passivo será revertido.

Aula 9.1 - (Exercício resolvido na aula 9 módulo 9)

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(2º Exame de 2016)

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(2º Exame de 2017)

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GABARITO

Pg. Exercício Alternativa


Correta
6 4 C
6 6 B
7 22 C
7 8 A
7 21 A
8 7 B
8 8 A
9 43 C
11 18 D
12 4 A
12 7 A
14 12 D
14 15 D
15 5 A
16 5 A
16 1 C
17 16 A
17 7 A
18 10 A
18 5 A
20 42 B
21 11 B
22 12 B

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
CPC 00 (R2) – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO .................................................. 2
Principais Mudanças................................................................................................................................... 2
Aula 1 - Finalidade da Estrutura Conceitual ............................................................................................... 2
Capítulo 1 – Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro para fins gerais............................... 3
Desempenho financeiro refletido pela contabilização pelo regime de competência ............................... 3
Desempenho financeiro refletido por fluxos de caixa passados ............................................................... 3
Aula 2 - Características qualitativas de informações financeiras úteis Introdução ................................... 4
Características qualitativas fundamentais ................................................................................................ 4
Relevância .................................................................................................................................................. 5
Representação Fidedigna ........................................................................................................................... 5
Características qualitativas de Melhoria .................................................................................................... 6
Comparabilidade ........................................................................................................................................ 6
Capacidade de verificação.......................................................................................................................... 7
Tempestividade .......................................................................................................................................... 7
Compreensibilidade ................................................................................................................................... 7
Aula 3 - Mudanças nas Definições de Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas .............. 8
Capítulo 5 – reconhecimento e desreconhecimento ................................................................................. 9
Processo de reconhecimento ..................................................................................................................... 9
Desreconhecimento ................................................................................................................................. 10
Alguns termos novos que podem cair em prova a partir de 2020:.......................................................... 10
Capítulo 6 – Mensuração ......................................................................................................................... 10
Bases de Mensuração............................................................................................................................... 10
Custo histórico ......................................................................................................................................... 10
Valor Atual................................................................................................................................................ 10
Valor Justo ................................................................................................................................................ 11
Valor em uso e valor de cumprimento..................................................................................................... 11
Custo Corrente ......................................................................................................................................... 11

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CPC 00 (R2) – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO

Principais Mudanças
Capítulos CPC 00 (R1) 2011 Capítulos CPC 00 (R2) 2019

1. Objetivo da elaboração e divulgação de relatório Capítulo 1 – objetivo do relatório financeiro para fins
contábil-financeiro de propósito geral gerais

2. Entidade que reporta a informação Capítulo 2 – características qualitativas de


informações financeiras úteis

3. Características qualitativas da informação contábil- Capítulo 3 – demonstrações contábeis e a entidade


financeira útil que reporta

4. Estrutura conceitual (1989): texto remanescente Capítulo 4 – elementos das demonstrações contábeis

Capítulo 5 – reconhecimento e desreconhecimento

Capítulo 6 – mensuração

Capítulo 7 – apresentação e divulgação

Capítulo 8 – conceitos de capital e manutenção de


capital

Aula 1 - Finalidade da Estrutura Conceitual


A finalidade desta Estrutura Conceitual é:

(a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que tenham base em conceitos
consistentes;
(b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a desenvolver políticas contábeis
consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à determinada transação ou outro evento, ou quando o
pronunciamento permite uma escolha de política contábil; e
(c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), considerando o seu objetivo de promover e manter a plena
convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas
pelo IASB, decidiu desde 2008, adotar a Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro emitida pelo Iasb no
desenvolvimento dos Pronunciamentos Técnicos do CPC.
Esta Estrutura Conceitual não é um pronunciamento propriamente dito. Nada contido nesta Estrutura Conceitual se
sobrepõe a qualquer pronunciamento ou qualquer requisito em pronunciamento.

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Capítulo 1 – Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro


para fins gerais
O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre a entidade que
reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na
tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade.

Essas decisões envolvem decisões sobre:

(a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;


(b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou
(c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso dos
recursos econômicos da entidade.

Muitos investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, NÃO podem exigir
que as entidades que reportam forneçam informações diretamente a eles, devendo se basear em relatórios financeiros
para fins gerais para muitas das informações financeiras de que necessitam. Consequentemente, eles são os principais
usuários aos quais se destinam relatórios financeiros para fins gerais.
Contudo, relatórios financeiros para fins gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações de
que necessitam investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais. Esses usuários
precisam considerar informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo, condições e expectativas
econômicas gerais, eventos políticos e ambiente político e perspectivas do setor e da empresa.
Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes e possivelmente
conflitantes. Ao desenvolver os Pronunciamentos, busca-se fornecer um conjunto de informações que atenda às
necessidades do maior número de principais usuários. Contudo, concentrar-se em necessidades de informação
ordinárias não impede que a entidade que reporta inclua informações adicionais que sejam mais úteis para um
subconjunto específico de principais usuários.
A administração da entidade que reporta também está interessada em informações financeiras sobre a
entidade. Contudo, a administração não precisa se basear em relatórios financeiros para fins gerais, pois ela pode obter
internamente as informações financeiras de que precisa.

Desempenho financeiro refletido pela contabilização pelo regime de


competência
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre
reivindicações e recursos econômicos da entidade que reporta nos períodos em que esses efeitos ocorrem, mesmo que
os pagamentos e recebimentos à vista resultantes ocorram em período diferente. Isso é importante porque informações
sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta e mudanças em seus recursos econômicos e
reivindicações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação do desempenho passado e futuro da
entidade do que informações exclusivamente sobre recebimentos e pagamentos à vista durante esse período.

Desempenho financeiro refletido por fluxos de caixa passados


Informações sobre os fluxos de caixa da entidade que reporta durante o período também auxiliam os usuários
a avaliar a capacidade da entidade de gerar futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e avaliar a gestão de recursos
da administração sobre os recursos econômicos da entidade. Essas informações indicam como a entidade que reporta
obtém e despende caixa, incluindo informações sobre contratação e amortização de dívida, dividendos em dinheiro ou
outras distribuições de caixa a investidores, e outros fatores que podem afetar a liquidez ou solvência da entidade.
Informações sobre fluxos de caixa auxiliam os usuários a compreender as operações da entidade que reporta, avaliar
suas atividades de financiamento e investimento, avaliar sua liquidez ou solvência e interpretar outras informações sobre
o desempenho financeiro.
Introdução

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As características qualitativas de informações financeiras úteis discutidas neste Capítulo identificam os tipos
de informações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e
potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas informações contidas em seu relatório
financeiro (informações financeiras).
Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo
que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem comparáveis, verificáveis,
tempestivas e compreensíveis.

Aula 2 - Características qualitativas de informações financeiras úteis


Introdução
As características qualitativas de informações financeiras úteis discutidas neste Capítulo identificam os tipos
de informações que tendem a ser mais úteis a investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e
potenciais, para que tomem decisões sobre a entidade que reporta com base nas informações contidas em seu relatório
financeiro (informações financeiras).
Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo
que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem comparáveis, verificáveis,
tempestivas e compreensíveis.

Tempestividade Comparabilidade

Características qualitativas fundamentais


• Relevância

• Representação fidedigna TEM-2CO- CA


Características qualitativas de melhoria Compreensibilidade
• Comparabilidade
• Capacidade de verificação (Antes era apenas Verificabilidade) *Capacidade de Verificação
• Tempestividade
• Compreensibilidade

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Características qualitativas fundamentais

Relevância
Informações financeiras relevantes são capazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários.
Informações podem ser capazes de fazer diferença em uma decisão ainda que alguns usuários optem por não tirar
vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir de outras fontes.

Informações financeiras são capazes de fazer diferença em decisões se tiverem valor preditivo ou valor
confirmatório, ou ambos.

Valor preditivo: Informações financeiras têm valor preditivo se podem ser utilizadas como informações em
processos empregados pelos usuários para prever resultados futuros. Informações financeiras não precisam ser
previsões ou prognósticos para ter valor preditivo. Informações financeiras com valor preditivo são empregadas por
usuários ao fazer suas próprias previsões.

Valor Confirmatório: Informações financeiras têm valor confirmatório se fornecem feedback sobre (confirmam
ou alteram) avaliações anteriores.

Os valores preditivo e confirmatório das informações financeiras estão inter-relacionados. Informações que
possuem valor preditivo frequentemente possuem também valor confirmatório. Por exemplo, informações sobre receitas
para o ano corrente, que podem ser utilizadas como base para prever receitas em anos futuros, também podem ser
comparadas a previsões de receitas para o ano corrente que tenham sido feitas em anos anteriores. Os resultados
dessas comparações podem ajudar o usuário a corrigir e a melhorar os processos que foram utilizados para fazer essas
previsões anteriores.

Materialidade

A informação é material se a sua omissão, distorção ou obscuridade puder influenciar, razoavelmente, as


decisões que os principais usuários de relatórios financeiros para fins gerais tomam com base nesses relatórios, que
fornecem informações financeiras sobre entidade específica que reporta.
Em outras palavras, materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade com base na natureza
ou magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do relatório financeiro da entidade
individual. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou
predeterminar o que pode ser material em uma situação específica.

Representação Fidedigna

Relatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e números. Para serem úteis,
informações financeiras não devem apenas representar fenômenos relevantes, mas também representar de forma
fidedigna a essência dos fenômenos que pretendem representar. Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno
econômico e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma
legal não representaria fidedignamente o fenômeno econômico
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a representação tem três características. Ela é
completa, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição nunca ou raramente é atingida. O objetivo é maximizar
essas qualidades tanto quanto possível.

A representação completa inclui todas as informações necessárias para que o usuário compreenda os
fenômenos que estão sendo representados, inclusive todas as descrições e explicações necessárias. Por exemplo, a
representação completa de grupo de ativos inclui, no mínimo, a descrição da natureza dos ativos do grupo, a

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representação numérica de todos os ativos do grupo e a descrição daquilo que a representação numérica retrata (por
exemplo, custo histórico ou valor justo). Para alguns itens, uma representação completa pode envolver também
explicações de fatos significativos sobre a qualidade e natureza do item, fatores e circunstâncias que podem afetar sua
qualidade e natureza e o processo utilizado para determinar a representação numérica.

A representação neutra não é tendenciosa na seleção ou na apresentação de informações financeiras. A


representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de ser enfatizada, nem é, de
outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as informações financeiras serão recebidas de forma
favorável ou desfavorável pelos usuários. Informações neutras não significam informações sem nenhum propósito ou
sem nenhuma influência sobre o comportamento. Ao contrário, informações financeiras relevantes são, por definição,
capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.

A neutralidade é apoiada pelo exercício da prudência. Prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos
sob condições de incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão superavaliados e passivos
e despesas não estão subavaliados.
Da mesma forma, o exercício de prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a
superavaliação de passivos ou despesas. Essas divulgações distorcidas podem levar à superavaliação ou subavaliação
de receitas ou despesas em períodos futuros.

Livre de erros significa que não há erros ou omissões na descrição do fenômeno e que o processo utilizado
para produzir as informações apresentadas foi selecionado e aplicado sem erros no processo. Nesse contexto, livre de
erros não significa perfeitamente precisa em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de preço ou valor não
observável não pode ser determinada como precisa ou imprecisa. Contudo, a representação dessa estimativa pode ser
fidedigna se o valor for descrito de forma clara e precisa como sendo a estimativa, se a natureza e as limitações do
processo de estimativa forem explicadas e se nenhum erro tiver sido cometido na escolha e na aplicação do processo
apropriado para o desenvolvimento da estimativa.

Características qualitativas de Melhoria


Comparabilidade, Capacidade de Verificação, tempestividade e compreensibilidade são características
qualitativas que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade.
As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que
sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para
retratar um fenômeno.

Comparabilidade
As decisões dos usuários envolvem escolher entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter o
investimento, ou investir em uma ou outra entidade que reporta. Consequentemente, informações sobre a entidade que
reporta são mais úteis se puderem ser comparadas a informações similares sobre outras entidades e a informações
similares sobre a mesma entidade referentes a outro período ou a outra data.

Consistência, embora relacionada à comparabilidade, não é a mesma coisa. Consistência refere-se ao uso
dos mesmos métodos para os mesmos itens, seja de período a período na entidade que reporta ou em um único período
para diferentes entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência ajuda a atingir essa meta.

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Capacidade de verificação
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna
os fenômenos econômicos que pretendem representar. Capacidade de verificação significa que diferentes observadores
bem informados e independentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente completo, de que
a representação específica é representação fidedigna. Informações quantificadas não precisam ser uma estimativa de
valor único para que sejam verificáveis. Uma faixa de valores possíveis e as respectivas probabilidades também podem
ser verificadas.

Tempestividade
Tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para que sejam
capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto mais antiga a informação, menos útil ela é. Contudo,
algumas informações podem continuar a ser tempestivas por muito tempo após o final do período de relatório porque,
por exemplo, alguns usuários podem precisar identificar e avaliar tendências.

Compreensibilidade
Classificar, caracterizar e apresentar informações de modo claro e conciso as torna compreensíveis.
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua compreensão fácil.
Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros pode tornar mais fácil a compreensão das
informações contidas nesses relatórios financeiros. Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto,
possivelmente distorcidos.

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Aula 3 - Mudanças nas Definições de Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido,


Receitas e Despesas

Antes de 2020 A partir de 2020

Ativo é um recurso controlado pela entidade como Ativo: Recurso econômico presente controlado pela
resultado de eventos passados e do qual se espera que entidade como resultado de eventos passados.
fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
Recurso econômico é um direito que tem o
potencial de produzir benefícios econômicos.

Passivo é uma obrigação presente da entidade, Passivo: Obrigação presente da entidade de


derivada de eventos passados, cuja liquidação se transferir um recurso econômico como resultado de
espera que resulte na saída de recursos da entidade eventos passados.
capazes de gerar benefícios econômicos. Obrigação é o dever ou responsabilidade que a
entidade não tem a capacidade prática de evitar. A
obrigação é sempre devida à outra parte (ou partes).

Patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da Patrimônio Líquido: Participação residual nos ativos
entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. da entidade após a dedução de todos os seus
passivos.

ATIVO = PASSIVO + PL PL = ATIVO - PASSIVO

Receitas são aumentos nos benefícios econômicos Receitas: Aumentos nos ativos, ou reduções nos
durante o período contábil, sob a forma da entrada de passivos, que resultam em aumento no patrimônio
recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de líquido, exceto aqueles referentes a contribuições
passivos, que resultam em aumentos do patrimônio de detentores de direitos sobre o patrimônio.
líquido, e que não estejam relacionados com a
contribuição dos detentores dos instrumentos
patrimoniais.

Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos Despesas: Reduções nos ativos, ou aumentos nos
durante o período contábil, sob a forma da saída de passivos, que resultam em reduções no patrimônio
recursos ou da redução de ativos ou assunção de líquido, exceto aqueles referentes a distribuições
passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio aos detentores de direitos sobre o patrimônio.
líquido, e que não estejam relacionados com
distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.

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Capítulo 5 – reconhecimento e desreconhecimento

Processo de reconhecimento
Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou na demonstração do
resultado e na demonstração do resultado abrangente de item que atenda à definição de um dos elementos das
demonstrações contábeis – ativo, passivo, patrimônio líquido, receita ou despesa.
Reconhecimento envolve refletir o item em uma dessas demonstrações – seja isoladamente ou em conjunto
com outros itens – em palavras e por meio do valor monetário, e incluir esse valor em um ou mais totais nessa
demonstração.
O valor pelo qual ativo, passivo ou patrimônio líquido é reconhecido no balanço patrimonial é referido como o
seu “valor contábil”.

Diagrama 5.1: Como o reconhecimento vincula os elementos das


demonstrações contábeis

O reconhecimento inicial de ativos ou passivos decorrentes de transações ou outros eventos pode resultar no
reconhecimento simultâneo tanto de receitas como das respectivas despesas. Por exemplo, a venda de produtos à vista
resulta no reconhecimento de receita (do reconhecimento do ativo – caixa) e da despesa (do desreconhecimento de
outro ativo – produtos vendidos).

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Desreconhecimento
Desreconhecimento é a retirada de parte ou da totalidade de ativo ou passivo reconhecido do balanço
patrimonial da entidade.
O desreconhecimento normalmente ocorre quando esse item não atende mais à definição de ativo ou passivo:

(a) para o ativo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade perde o controle da totalidade
ou de parte do ativo reconhecido; e
(b) para o passivo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade não possui mais uma
obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo reconhecido.

Alguns termos novos que podem cair em prova a partir de 2020:

Componente Transferido: Desreconhecendo quaisquer ativos ou passivos que expiraram ou foram


consumidos, recebidos, executados ou transferidos, e reconhecendo quaisquer receitas ou despesas resultantes.

Componente Retido: Continuando a reconhecer os ativos ou passivos retidos, denominados “componente


retido”, se houver. Esse componente retido torna-se uma unidade de conta separada do componente transferido.

Capítulo 6 – Mensuração
Os elementos reconhecidos nas demonstrações contábeis são quantificados em termos monetários. Isso exige
a seleção de uma base de mensuração. A base de mensuração é uma característica identificada – por exemplo, custo
histórico, valor justo ou valor de cumprimento – de item sendo mensurado. Aplicar a base de mensuração a ativo ou
passivo cria uma mensuração para esse ativo ou passivo e para as respectivas receitas e despesas.

Bases de Mensuração

Custo histórico
A mensuração ao custo histórico fornece informações monetárias sobre ativos, passivos e respectivas receitas
e despesas, utilizando informações derivadas, pelo menos em parte, do preço da transação ou outro evento que deu
origem a eles. Diferentemente do valor atual, o custo histórico não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida
em que essas mudanças se referirem à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.

Valor Atual
As mensurações ao valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos e respectivas receitas
e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições na data de mensuração. Devido à atualização,
os valores atuais de ativos e passivos refletem as mudanças, desde a data de mensuração anterior, em estimativas de
fluxos de caixa e outros fatores refletidos nesses valores atuais. Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo
ou passivo não resulta, mesmo em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo.

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Valor Justo
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela transferência de passivo
em transação ordenada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Valor em uso e valor de cumprimento


“Valor em uso é o valor presente dos fluxos de caixa, ou outros benefícios econômicos, que a entidade espera
obter do uso de ativo e de sua alienação final.” (Valor presente dos fluxos de caixas futuros de Ativos)

“Valor de cumprimento é o valor presente do caixa, ou de outros recursos econômicos, que a entidade espera
ser obrigada a transferir para cumprir a obrigação. Esses valores de caixa ou outros recursos econômicos incluem não
somente os valores a serem transferidos à contraparte do passivo, mas também os valores que a entidade espera ser
obrigada a transferir a outras partes de modo a permitir que ela cumpra a obrigação.” (Valor presente dos valores
necessários para liquidar Passivos no futuro)

Custo Corrente
O custo corrente de ativo é o custo de ativo equivalente na data de mensuração, compreendendo a
contraprestação que seria paga na data de mensuração mais os custos de transação que seriam incorridos nessa data.
O custo corrente de passivo é a contraprestação que seria recebida pelo passivo equivalente na data de
mensuração menos os custos de transação que seriam incorridos nessa data.
Custo corrente, como custo histórico, é o valor de entrada: reflete preços no mercado em que a entidade
adquiriria o ativo ou incorreria no passivo. Assim, é diferente do valor justo, valor em uso e valor de cumprimento, que
são valores de saída. Contudo, diferentemente de custo histórico, custo corrente reflete condições na data de
mensuração.

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Tabela 6.1 – Resumo de informações fornecidas por bases de


mensuração específicas

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Sumário
Sumário ...................................................................................................................................................... 1
Aula 1 - NBC TG 23 (R2) – POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO.2
Aula 2 - (Resolução de Exercícios) .............................................................................................................. 3
Aula 3 - NBC TG 29 (R2) – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA ....................................................... 4
Mais Definições relacionadas com a área agrícola .................................................................................... 4
Reconhecimento e mensuração................................................................................................................. 5
Reconhecimento dos Ativos Biológicos ..................................................................................................... 5
Importante: Vamos entender o que é Valor Justo ..................................................................................... 5
Incapacidade para mensurar de forma confiável o valor justo ................................................................. 6
Reconhecimento dos Insumos Agrícolas e demais produtos..................................................................... 6
Aula 4 - (Resolução de Exercícios) .............................................................................................................. 7
(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online) .................................................... 7
(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online) .................................................... 8
(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online) .................................................... 9
(1º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 5 - Módulo 12 do Curso online) .................................................... 9
Aula 6 - NBC TG – 28 Propriedades para investimentos: ......................................................................... 10
Exemplos de itens que são propriedades para investimentos: ............................................................... 10
Exemplos de itens que NÃO são propriedades para investimentos: ....................................................... 10
(1º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 7 - Módulo 12 do Curso online) .................................................. 11
Gabarito.................................................................................................................................................... 12

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Aula 1 - NBC TG 23 (R2) – POLÍTICAS CONTÁBEIS, MUDANÇA DE


ESTIMATIVA E RETIFICAÇÃO DE ERRO.

“Objetivo: O objetivo desta Norma é definir critérios para a seleção e a mudança de políticas contábeis,
juntamente com o tratamento contábil e a divulgação de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas
estimativas contábeis e a retificação de erro. A Norma tem como objetivo melhorar a relevância e a confiabilidade
das demonstrações contábeis da entidade, bem como permitir sua comparabilidade ao longo do tempo com as
demonstrações contábeis de outras entidades.”

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas


aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis.

Estimativas: Como consequência das incertezas, muitos itens nas demonstrações contábeis não podem
ser mensurados com precisão, podendo apenas ser estimados.

Exemplos:

(a) créditos de liquidação duvidosa;

(b) obsolescência de estoque;

(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;

(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios econômicos
incorporados nesses ativos; e

(e) obrigações decorrentes de garantias.

Importante: “O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa contábil significa que a


mudança é aplicada a transações, a outros eventos e a condições a partir da data da mudança na estimativa. A
mudança em uma estimativa contábil pode afetar apenas os resultados do período corrente ou os resultados
tanto do período corrente como de períodos futuros.”

As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas contábeis. As estimativas


contábeis, por sua natureza, são aproximações que podem necessitar de revisão à medida que se conhece
informação adicional. Por exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de contingência, que,
anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não constitui retificação de erro.

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Aula 2 - (Resolução de Exercícios)


(1º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 2 - Módulo 12 do Curso online)

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Aula 3 - NBC TG 29 (R2) – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA

“Esta norma deve ser aplicada para a produção agrícola, assim considerada aquela obtida no momento e
no ponto de colheita dos produtos advindos dos ativos biológicos da entidade. Após esse momento, a NBC TG 16 –
Estoques, ou outra norma mais adequada, deve ser aplicada. Portanto, esta Norma não trata do processamento dos
produtos agrícolas após a colheita, como, por exemplo, o processamento de uvas para a transformação em vinho
por vinícola, mesmo que ela tenha cultivado e colhido a uva. Tais itens são excluídos desta Norma, mesmo que seu
processamento, após a colheita, possa ser extensão lógica e natural da atividade agrícola, e os eventos possam ter
similaridades.”

Como podemos observar essa norma trata somente da produção agrícola, que é considerada o produto
originado de ativos biológicos. A partir daí essa produção agrícola passa a ser tratada pela NBC TG 16 – Estoques,
inclusive quando a mesma empresa utiliza o produto agrícola como matéria-prima para a produção de outros
produtos.

A tabela a seguir fornece exemplos de ativos biológicos, produto agrícola e produtos resultantes do
processamento depois da colheita:

No quadro acima podemos notar a diferença entre “Ativos biológicos”, “Produto agrícola” e
“Produtos resultantes do processamento após a colheita”. A seguir as definições conforme a norma:

 Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos.


 Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.

Mais Definições relacionadas com a área agrícola

 Planta portadora é uma planta viva que:

(a) é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas;

(b) é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e

(c) tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para eventual venda como
sucata.

 Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da colheita de ativos biológicos para


venda ou para conversão em produtos agrícolas ou em ativos biológicos adicionais, pela entidade.
 Produção agrícola é o produto colhido de ativo biológico da entidade.

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 Transformação biológica compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e procriação


que causam mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico.
 Despesa de venda são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda de ativo, exceto despesas
financeiras e tributos sobre o lucro.
 Grupo de ativos biológicos é um conjunto de animais ou plantas vivos semelhantes.
 Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo biológico.”
 Não são plantas portadoras:

(a) plantas cultivadas para serem colhidas como produto agrícola (por exemplo, árvores cultivadas para o
uso como madeira);

(b) plantas cultivadas para a produção de produtos agrícolas, quando há a possibilidade maior do que
remota de que a entidade também vai colher e vender a planta como produto agrícola, exceto as vendas
de sucata como incidentais (por exemplo, árvores que são cultivadas por seus frutos e sua madeira); e

(c) culturas anuais (por exemplo, milho e trigo).

Reconhecimento e mensuração

Reconhecimento dos Ativos Biológicos

“10. A entidade deve reconhecer um ativo biológico ou produto agrícola quando, e somente quando:

(a) controla o ativo como resultado de eventos passados;

(b) for provável que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão para a entidade; e

(c) o valor justo ou o custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente.

11. Em atividade agrícola, o controle pode ser evidenciado, por exemplo, pela propriedade legal do gado e a sua
marcação no momento da aquisição, nascimento ou época de desmama. Os benefícios econômicos futuros são,
normalmente, determinados pela mensuração dos atributos físicos significativos.

12. O ativo biológico deve ser mensurado ao valor justo menos a despesa de venda no momento do
reconhecimento inicial e no final de cada período de competência, exceto para os casos descritos no item 30,
em que o valor justo não pode ser mensurado de forma confiável.

13. O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser mensurado ao valor justo, menos
a despesa de venda, no momento da colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da
aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.”

Podemos facilmente verificar na norma em análise, que tanto os Ativos Biológicos (Animal e ou plantas
vivos), quanto o Produto Agrícola (produto colhido de ativo biológico) devem ser mensurados ao valor justo, menos
as despesas de vendas.

Importante: Vamos entender o que é Valor Justo

vejamos o que nos diz a NBC TG 46 – Mensuração do Valor Justo:

"Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo
em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Ver NBC TG 46 –
Mensuração do Valor Justo)."

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Conforma depreende-se da norma, Valor Justo é basicamente o valor de mercado, ou seja, o valor que seria recebido
com a venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo entre participantes de um mercado concorrente.

Ainda a NBC TG 46, traz o seguinte texto:

"presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação para a venda do ativo ou
para a transferência do passivo seja o mercado principal ou, na ausência de mercado principal, o mercado
mais vantajoso."

Isso quer dizer que não havendo mercado principal a entidade deve escolher o mercado mais vantajoso, ou seja,
aquele cujo preço de venda menos os custos resultam em valor mais elevado.

Em outras palavras, o Valor Justo que deve ser escolhido nos casos em que existam dois mercados distintos
para um determinado produto deve ser o mercado que trouxer mais vantagem para empresa. Após a escolha do
mercado mais vantajoso aplica-se o Valor Justo do mesmo.

Incapacidade para mensurar de forma confiável o valor justo

“Há uma premissa de que o valor justo dos ativos biológicos pode ser mensurado de forma confiável. Contudo, tal
premissa pode ser rejeitada no caso de ativo biológico cujo valor deveria ser cotado pelo mercado, porém, este não
o tem disponível e as alternativas para mensurá-los não são, claramente, confiáveis. Em tais situações, o ativo
biológico deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade
acumuladas.”

Podemos notar no trecho acima retirado da norma que quando não for possível a mensuração de um Ativo
biológico ao seu valor justo o mesmo deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por
irrecuperabilidade acumuladas.

Reconhecimento dos Insumos Agrícolas e demais produtos

O reconhecimento dos insumos agrícolas que compõem estoques (Adubos, fertilizantes, defensivos, etc) e
demais produtos destinados a garantir a produção agrícola devem levar em consideração o que preceitua a NBC
TG 16 – Estoques, levando em consideração que tais produtos NÃO são classificados como “Ativos Biológicos”.

Ao analisarmos a NBC TG 16, verificamos o seguinte:

"Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois o menor."

Como podemos verificar o que diz a norma, todos os produtos (Insumos) necessários para garantir a
produção agrícola e que compõe estoques devem ser classificados ao valor de custo ou o valor realizável líquido
dos dois o menor, conforme preceitua a NBC TG 16 – Estoques. Sendo o valor do custo o também chamado custo
de aquisição e o valor realizável líquido o Valor venda menos as despesas necessárias para efetuar a venda.

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Aula 4 - (Resolução de Exercícios)


(2º Exame de 2011) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online)

14 - Em relação à NBC TG 29 que trata de Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas, analise as afirmativas.

I. _____________________________ é um animal e/ou uma planta vivos.

II. _____________________________ compreende o processo de crescimento, degeneração, produção e


procriação que causa mudanças qualitativa e quantitativa no ativo biológico.

III. _____________________________ é o produto colhido de ativo biológico da entidade.

IV. ___________________ é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo biológico.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.

A) Ativo biológico / Atividade agrícola / Colheita / Produção agrícola

B) Ativo biológico / Transformação biológica / Produção agrícola / Colheita

C) Ativo biológico / Transformação biológica / Colheita / Produção agrícola

D) Produção agrícola / Atividade agrícola / Colheita / Transformação biológica

(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online)

08 - Uma Sociedade Empresária tem como atividade principal a produção e a comercialização de milho. Essa
sociedade também desenvolve, em menor escala, atividade de comercialização de fubá, canjica, amido e
flocos, todos resultantes do processamento do milho colhido. Sabe-se que, ao encerrar o último exercício
social, faziam parte dos Ativos dessa sociedade e estavam registrados em seu Balanço Patrimonial:

 uma lavoura de milho no ponto de colheita;

 120 toneladas de milho (em grãos) colhidas na última safra e armazenadas em silos da Sociedade Empresária;

 produtos, resultantes do processamento do milho colhido, armazenados no galpão da Sociedade Empresária.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto


agrícola, assinale a alternativa correta sobre esses Ativos da Sociedade Empresária.

A) A lavoura de milho é uma Planta Portadora.

B) A lavoura de milho é um Imobilizado em Andamento.

C) Os produtos resultantes do processamento do milho colhido são classificados como Estoques.

D) O milho em grãos e os produtos resultantes do processamento do milho colhido são classificados como Ativos
Biológicos.

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(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online)

07- Uma companhia tem como objeto social a produção e comercialização de cana-de-açúcar. Para tanto,
consta em seu balanço patrimonial algumas lavouras de cana-de-açúcar registradas no grupo Ativos
Biológicos. Em seu último exercício social, a companhia divulgou que aplicou, de maneira consistente, as
seguintes políticas contábeis:

I. A cana colhida foi mensurada ao valor justo menos as despesas de venda no ponto da colheita e reconhecida nos
Estoques de Produtos Agrícolas (Ativo Circulante).

II. Os estoques de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas foram avaliados pelo custo de aquisição, haja vista
que o valor de custo é menor que o valor realizável líquido.

III. As lavouras de cana-de-açúcar foram mensuradas pelo valor justo, utilizando a abordagem de preços de mercado
dessa commodity, deduzido das despesas com vendas e custos a incorrer, a partir da pré-colheita.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, é correto afirmar que essa companhia atendeu ao
que dispõe as normas NBC TG 29 (R2) – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA e NBC TG 16 (R2) –
ESTOQUES no que consta em:

A) I, II e III.

B) I, apenas.

C) II, apenas.

D) I e III, apenas.

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(2º Exame de 2018) (Resolvido – Aula 4 - Módulo 12 do Curso online)

02 - Uma Sociedade Empresária produz certo tipo de produto agrícola que é negociado em dois diferentes
mercados ativos (Mercado A e Mercado B) a preços diferentes. A Sociedade Empresária pode acessar os
preços do produto agrícola nesses dois mercados na data de sua mensuração. Outras informações também
são conhecidas por essa Sociedade Empresária:

 Mercado A

R$ 59,00/saca  preço que seria recebido pela venda do produto agrícola.

R$ 4,00/saca  custos de transação no Mercado A.

R$ 4,00/saca  custos para transportar o produto agrícola a esse mercado.

 Mercado B

R$ 60,00/saca  preço que seria recebido pela venda do produto agrícola.

R$ 6,00/saca  custos de transação no Mercado B.

R$ 4,00/saca  custos para transportar o produto agrícola a esse mercado.

 Tanto o Mercado A quanto o Mercado B não são considerados o mercado principal para esse produto agrícola.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 46 (R2) – Mensuração do valor justo e


NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola, assinale a alternativa que apresenta o valor correto da
mensuração do valor justo do produto agrícola negociado pela Sociedade Empresária.

A) R$ 50,00/saca.

B) R$ 51,00/saca.

C) R$ 55,00/saca.

D) R$ 56,00/saca.

(1º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 5 - Módulo 12 do Curso online)

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Aula 6 - NBC TG – 28 Propriedades para investimentos:

“As propriedades para investimento são mantidas para obter rendas ou para valorização do capital ou para
ambas, e por isso classificadas no subgrupo Investimentos, dentro do Ativo Não Circulante.”

Requisitos:

Mantidos para:

• Obter renda: Ex: Aluguel;

• Valorização de Capital;

• Ou ambos.

Exemplos de itens que são propriedades para investimentos:


• “(a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no curso
ordinário dos negócios;

• (b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a entidade não tiver determinado
que usará o terreno como propriedade ocupada pelo proprietário ou para venda a curto prazo no curso
ordinário do negócio, o terreno é considerado como mantido para valorização do capital);

• (c) edifício que seja propriedade da entidade (ou ativo de direito de uso relativo a edifício mantido pela
entidade) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos operacionais; (Alterada pela Revisão NBC
01)

• (d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou mais arrendamentos
operacionais;

• (e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura utilização como propriedade para
investimento.”

Exemplos de itens que NÃO são propriedades para investimentos:


• “(a) propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou em vias de construção ou
desenvolvimento para tal venda (ver NBC TG 16 – Estoques), como, por exemplo, propriedade adquirida
exclusivamente com vista à alienação subsequente no futuro próximo ou para desenvolvimento e revenda;

• (c) propriedade ocupada pelo proprietário (ver NBC TG 27 e NBC TG 06), incluindo (entre outras coisas)
propriedade mantida para uso futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida
para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade
ocupada por empregados (paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo
proprietário ao aguardo de alienação; (Alterada pela Revisão NBC 01)

• (e) propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro.”

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(1º Exame de 2019) (Resolvido – Aula 7 - Módulo 12 do Curso online)

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Gabarito
Pg. Exercício Alternativa
Correta
3 43 B
7 14 B
7 8 C
8 7 A
9 2 C
9 4 D
11 13 B

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Referências
Disponível em: <http://www2.masterdirect.com.br>
Disponível em: <http://www.famanet.br>
Disponível em: <http://www.ceap.br>
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Disponível em <http:<//contabilizefacil.blogspot.com.br>
Disponível em http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2012/12/NBCT_3.pdf
HORNGREN, C; FOSTER, G; DATAR, S. Contabilidade de Custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
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