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Desde tempos remotos que o Homem tenta explicar a origem e a diversidade das
espécies. Várias teorias surgiram, enquadradas em dois grandes grupos: teorias fixistas e
teorias evolucionistas.
Fixismo:
– foi aceite durante muitos séculos, principalmente porque era apoiada pela observação
de gerações sucessivas de seres vivos que eram sempre semelhantes;
Evolucionismo:
Lamarckismo:
– foi a primeira teoria explicativa sobre o mecanismo de evolução dos seres vivos,
formulada e defendida por um naturalista francês, o cavaleiro de Lamarck;
– esta teoria assentava em duas leis fundamentais – a Lei do uso e do desuso e a Lei da
herança dos caracteres adquiridos;
– nesta teoria, a adaptação é definida como sendo a capacidade dos seres vivos
desenvolverem características que lhes permitam sobreviver e reproduzir-se num
determinado ambiente;
– admite, ainda, uma progressão lenta e gradual dos organismos mais simples para
os mais complexos.
O
lamarckismo sofreu grande contestação porque:
Maria João Oliveira Pinho 11ºA-CT 2021/2022
Darwinismo
– os fundamentos desta
teoria são os
dados geológicos, os
dados biogeográficos,
o Malthusianismo,
a selecção artificial e
a variabilidade
intraespecífica:
– o mecanismo essencial
que dirige a evolução é
a selecção natural: só os
mais aptos sobrevivem e
transmitem as
características mais
favoráveis porque o
ambiente não possui os
recursos essenciais para a
sobrevivência de todos os
que nascem;
– todas as espécies
apresentam indivíduos com pequenas variações nas suas características;
Maria João Oliveira Pinho 11ºA-CT 2021/2022
– em cada geração, uma parte dos indivíduos é naturalmente eliminada na luta pela
sobrevivência;
– a selecção natural, feita pela Natureza, privilegia os indivíduos mais bem dotados e
elimina os menos aptos relativamente a determinadas condições do ambiente
– sobrevivência do mais apto;
– os mais aptos, portadores das variações favoráveis, vivem durante mais tempo e
reproduzem-se mais e, como tal, transmitem as suas características aos descendentes
por reprodução diferencial;
– a principal crítica a esta teoria é o facto de não conseguir explicar as causas das
variações existentes nas populações.
– tem como objectivo estabelecer possíveis relações de parentesco entre seres vivos de
diferentes grupos taxonómicos;
– estruturas homólogas
– por evolução divergente podem
desempenhar diferentes funções;
– podem ser progressivas ou regressivas:
Série filogenética
regressiva
– estruturas análogas
– resultam da atuação da selecção natural sobre indivíduos com origens distintas que
conquistaram meios semelhantes; os que possuem estruturas que desempenham funções
Radiação adaptativa
semelhantes são seleccionados em detrimento de outros;
– estruturas vestigiais
– a selecção natural pode exercer pressões selectivas Estruturas análogas nos insectos e nas aves
que favoreçam indivíduos com determinado órgão
desenvolvido mas, noutro meio, esse órgão pode ser desnecessário;
– argumentos paleontológicos
argumentos citológicos
– todos os seres vivos, apesar da grande diversidade que apresentam, são constituídos
por células;
– se há uniformidade na constituição dos seres vivos, então, a sua origem deve ter sido
comum;
Tal como foi enunciada por Darwin, a teoria da evolução apresentava alguns pontos que
não foram totalmente esclarecidos, como:
-os mecanismos responsáveis pelas variações existentes nos indivíduos de uma espécie;
-mutações – são uma evidência que permite explicar as variações dos seres vivos;
Com estes novos dados, a Teoria de Darwin é revista e surge uma nova teoria –
o Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução. Para explicar os mecanismos
evolutivos, esta teoria apresenta duas ideias fundamentais, a variabilidade genética e
a selecção natural:
-a selecção natural actua sobre a diversidade, que é gerada pela variabilidade genética;
– Mutações
– são a fonte primária da variabilidade porque introduzem novos genes nas populações;
– podem ser letais para os seus portadores e levarem ao seu desaparecimento, ou podem
ser favoráveis, conferindo vantagens aos indivíduos que as possuem. Neste caso, os
indivíduos sobrevivem e reproduzem-se mais e transmitem esta mutação aos seus
descendentes, modificando os genes da população.
– Recombinação genética
-as populações são conjuntos de indivíduos da mesma espécie que, num dado
momento, ocupam uma determinada
– os indivíduos com o conjunto génico que os torna mais aptos reproduzem-se mais e
estes genes tornam-se mais frequentes na população;