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INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ENGENHARIA NAVAL

TERMODINÂMICA
BÁSICA

VAN WYLEN, G.J., SONNTAG, R.E., BORGNAKKE, C. FUNDAMENTOS DA


TERMODINÂMICA. Editora Edgard Blucher Ltda, São Paulo, 5a Edição, 1998 .

MORAN, M.J., SHAPIRO, H.N., FUNDAMENTALS OF ENGINEERING


THERMODYNAMICS. John Wiley & Sons Inc., 2a ed., 1993.

PROFESSOR DR. MOUNSIF SAID


TERMODINÂMICA BÁSICA - ENGENHARIA NAVAL

7ª PARTE
GERAÇÃO DE ENTROPIA

VARIAÇÃO DE ENTROPIA DURANTE UM VARIAÇÃO DE ENTROPIA DE


PROCESSO IRREVERSÍVEL UM SÓLIDO OU LÍQUIDO

GERAÇÃO DE ENTROPIA EXEMPLO DE APLICAÇÃO


(TRABALHO PERDIDO)

PRINCÍPIO
DO AUMENTO DA ENTROPIA

EXEMPLO DE APLICAÇÃO
TERMODINÂMICA BÁSICA – ENGENHARIA NAVAL

VARIAÇÃO DE ENTROPIA DURANTE


UM PROCESSO IRREVERSÍVEL

Aplicando a desigualdade de Clausius, durante um processo irreversível:

o Esta equação demonstra a influência da irreversibilidade na


entropia de um sistema.
o Se durante a transferência da quantidade de calor para o sistema à
temperatura T ocorrerem efeitos irreversíveis, a variação da entropia
será maior do que a do processo reversível.
o As irreversibilidades influenciam no sentido de aumentar a entropia
do sistema.
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VARIAÇÃO DE ENTROPIA DURANTE


UM PROCESSO IRREVERSÍVEL

Aplicando a desigualdade de
Clausius, durante um processo
irreversível:

Como exemplo, o diagrama


T x s de um processo
ocorrendo numa turbina
adiabática e reversível e
numa turbina real:
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GERAÇÃO DE ENTROPIA
(TRABALHO PERDIDO)

De modo a obter uma expressão para a variação da entropia para um


processo irreversível que envolva uma igualdade e não uma desigualdade,
podemos escrever:

onde:

A transferência de calor em processo irreversível é menor do que aquela


do processo reversível:
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GERAÇÃO DE ENTROPIA
(TRABALHO PERDIDO)

Utilizando a 1ª lei da termodinâmica, temos que o trabalho em processo


irreversível também é menor do que aquele que o do processo reversível:
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GERAÇÃO DE ENTROPIA
(TRABALHO PERDIDO)

Quanto à geração de entropia:

i. Há 2 formas de aumentar a entropia de um sistema:


1. Transferência de calor para o sistema
2. O sistema realizar um processo irreversível
ii. Há apenas uma forma possível de diminuir a entropia de uma
sistema: transferência de calor do sistema (geração de entropia
não pode ser negativa). Para um processo adiabático, 𝜹𝑸 = 𝟎, o
incremento de entropia é sempre associado às irreversibilidades.
iii. Considerando os gráficos p x V e T x S, a área abaixo das linhas
relacionadas aos processos irreversíveis nunca representarão
trabalho ou calor (linhas pontilhadas).
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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
Exemplo 1

Água inicialmente como líquido saturado


a 100ºC está contida num conjunto pistão-
cilindro. A água realiza um processo ao
estado correspondente de vapor saturado,
durante o qual o pistão move-se livremente
no cilindro. (Não há transferência de calor
com a vizinhança). Se a mudança de
estado ocorre devido a ação de um
agitador,
(a) determine o trabalho por
unidade de massa, ambos em kJ/kg e,
(b) a quantidade de entropia
produzida por unidade de massa
em kJ/kg K.
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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

Exemplo 2 (caixa de transmissão de eixos paralelos)


Durante uma operação em regime permanente, uma caixa de transmissão de
eixos paralelos recebe 600 kW pelo eixo de alta velocidade, mas devido a fricção
e outras irreversibilidades entrega apenas 588 kW pelo eixo de baixa velocidade.
A caixa de transmissão é arrefecida na sua superfície externa de acordo com a
relação, onde h é o coeficiente de transferência de calor, A é a área
da superfície externa, 𝑇𝑏 é a temperatura uniforme da superfície externa, e 𝑇𝑜 é a
temperatura uniforme da vizinhança distante da vizinhança imediata da caixa de
transmissão. Avalie a taxa de geração de entropia, 2𝑆1,𝑔𝑒𝑟 , em kW / K, para:
(a) a caixa de transmissão como o sistema e
(b) um sistema maior consistindo da caixa de transmissão e o suficiente de sua
vizinhança para a transferência de calor ocorrer a temperatura 𝑇𝑜 .
Considere h = 0,17 kW / 𝑚2 K, A = 1,8 𝑚2 e 𝑇𝑜 = 293 K.
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EXEMPLOS DE APLICAÇÃO

Exemplo 2 (caixa de transmissão de eixos paralelos)


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PRINCÍPIO
DO AUMENTO DA ENTROPIA

Consideremos agora um
universo constituído por Para o sistema, temos:
um sistema e o meio:

Para o meio (reversível por


definição), temos:

A variação líquida de
entropia:
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PRINCÍPIO
DO AUMENTO DA ENTROPIA

Consideremos agora um universo


constituído por um sistema e o meio:

Assim, ou,
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PRINCÍPIO
DO AUMENTO DA ENTROPIA

Um outra interpretação considera um balanço de entropia num sistema


isolado:

Esta equação dita a única direção na qual qualquer processo pode ocorrer
O princípio do aumento da entropia pode ser considerado como uma
afirmação geral quantitativa da 2ª Lei da termodinâmica do ponto de vista
macroscópico.
Do ponto de vista microscópico, podemos dizer que os únicos processos que
um sistema isolado pode realizar são aqueles que aumentam a “desordem” do
sistema.
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VARIAÇÃO DE ENTROPIA DE UM
SÓLIDO OU LÍQUIDO

Temos para sólidos e líquidos que:

Da equações de Gibbs:

Podemos considerar o calor específico constante em muitos processos que


envolvem sólidos ou líquidos; assim:
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Uma barra de metal (0,3 kg) inicialmente a


1200 K é removida de um forno e passa por
um processo de têmpera por imersão em
um tanque isolado contendo 9 kg de água
inicialmente a 300 K.
Ambas substâncias podem ser modeladas
como incompressíveis.
Adote calores específicos constantes 𝒄𝒘 =
4,2 kJ / kg K e 𝒄𝒎 = 0,42 kJ / kg K para a
água e barra, de metal respectivamente.

A transferência de calor do tanque pode ser desprezada.


Determine:
(a) a temperatura final de equilíbrio do metal é da água, em K, e
(b) a quantidade de entropia gerada, em kJ / K.

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